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Em negociação com a TV Globo, presidente da Liesa fala da parceria com a emissora e cita interesses pela transmissão dos desfiles

Durante participação no podcast “Resenha do TF”, o presidente da Liesa, Gabriel David, falou sobre as negociações para renovação do contrato com a TV Globo, responsável pelos direitos de transmissão dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro. O atual contrato se encerrou após o Carnaval de 2025, e, segundo Gabriel, o processo de avaliação do futuro da parceria está em andamento.

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Foto: Lucas Sampaio/CARNAVALESCO

“Com o conhecimento do mercado que o contrato com a Globo chegava no final após o Carnaval 2025, tivemos a procura de outras emissoras e canais de internet e streaming”, revelou o dirigente, destacando o interesse crescente de outras plataformas no maior espetáculo da Terra.

Apesar das sondagens, Gabriel reforçou a força da relação histórica com a Globo. “A parceria com a Globo é de muito tempo. É de longe a principal emissora deste país. Tem conexão histórica entre a Globo e o carnaval”, afirmou.

O presidente da Liesa também indicou que há uma tendência clara de manutenção da parceria: “Acredito muito que a permanência dessa parceria seja fundamental para os dois lados. A tendência é a renovação de contrato”.

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No entanto, ele ressaltou que os novos moldes de consumo de conteúdo ao vivo também influenciam as negociações.

“Transmissões de eventos ao vivo estão mudando radicalmente no mundo. A gente acompanha isso. O contrato também se adapta nessas mudanças. Com certeza, não será um contrato igual ao que passou. Será uma readaptação ao mercado atual”, concluiu Gabriel.

O presidente da Liesa também deixou claro que o vínculo entre a Liesa e a emissora vai além de uma simples relação comercial. “Não vejo a TV Globo como um cliente, mas como um parceiro. Ela quase que co-produz o carnaval com a gente. A representatividade e audiência da TV Globo é fundamental para o nosso resultado final e vice-versa. O resultado comercial impacta as duas e temos encontrado um modelo que isso também seja real dentro da negociação”, explicou.

A possível renovação com a Globo reforça a importância da emissora para a ampla divulgação do carnaval do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que abre margem para inovações no formato de exibição e distribuição dos desfiles.

Museu do Carnaval não será mais construído na Cidade do Samba, revela Gabriel David

Durante participação no podcast “Resenha do TF”, o presidente da Liesa, Gabriel David, revelou que o Museu do Carnaval, inicialmente planejado para ser erguido na Cidade do Samba, não será mais construído no local. A decisão foi tomada após uma reavaliação da demanda por espaço nos barracões das escolas de samba, que acabou inviabilizando a proposta original.

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Foto: Reprodução de internet

“Muitas vezes defendi a ideia de fazer um museu na Cidade do Samba. Essa era a intenção. Criamos um projeto para isso. Tivemos uma série de apoios para construir esse museu, inclusive, do prefeito Eduardo Paes”, explicou Gabriel.

Contudo, a necessidade de ampliação dos barracões das escolas acabou sendo prioridade. “Só que os barracões ficaram muito pequenos para as escolas, que precisaram de mais espaço. Nós tínhamos dois barracões sobressalentes e, diante de um pedido das 12 escolas de samba, fizemos uma votação em plenária. Ficou decidido que eles seriam divididos em seis baias cada um para que cada escola pudesse ter extensão de seus barracões”, detalhou o presidente da Liga.

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Com a redistribuição dos espaços, o projeto do museu teve que ser, momentaneamente, deixado de lado. “Nós ‘perdemos’ essa ideia”, lamentou.

Apesar disso, Gabriel David sinalizou que a ideia do museu não está descartada, e pode ganhar novo fôlego em outro espaço simbólico do carnaval carioca: o Sambódromo. “O Sambódromo é um movimento muito interessante para retomada dessa ideia do Museu do Carnaval, que é um absurdo não termos até hoje. E, claro, que está no nosso check-list para fazermos”.

A criação de um espaço permanente dedicado à memória e à grandiosidade do carnaval é uma demanda histórica dos sambistas, e o presidente da Liesa reiterou o compromisso com esse objetivo, embora a viabilidade dependa de um novo local e planejamento.

Opinião: Mocidade apresenta ‘Rita força da natureza Lee’ em sinopse para o Carnaval 2026 com alma e coragem

Rita Lee na Avenida. Só essa frase já arrepia. Mas quando a Mocidade Independente de Padre Miguel anuncia que vai levar essa força da natureza pra Sapucaí, a gente sabe que vem coisa grande. E a sinopse do enredo “Rita Lee, a Padroeira da Liberdade”, assinada por Renato Lage, não deixa dúvida: vai ser um desfile com alma, coragem, poesia e aquele tempero que só a escola de Padre Miguel sabe colocar na Avenida. * LEIA A SINOPSE

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Foto: Divulgação

O texto não é uma biografia tradicional. E ainda bem. A proposta é outra. A Mocidade quer transformar Rita em símbolo, entidade. Ou, como a própria sinopse diz: “Ela nasceu pra ser livre. Livre para compor, cantar, amar, rir, transar, cuidar da vida e da natureza. Livre para falar palavrão. Para dizer não. Para deitar e rolar”.

É desse jeito, com liberdade até nas palavras, que a escola vai contar essa história. E que presente para os compositores! A sinopse é praticamente uma carta aberta à ousadia: pede metáfora, irreverência e atrevimento. Não quer samba engessado. Quer samba que voe. “Não queremos contar uma biografia. Queremos contar uma história de liberdade”.

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Com essa frase, o recado está dado. O desfile será uma viagem pelos sentimentos, lutas, amores e provocações de Rita. A artista que desafiou a ditadura, que brincou com os padrões, que misturou rock com Iansã, Janis Joplin com Carmem Miranda, agora vira inspiração para a turma independente.

A Mocidade vai entregar à sua ala de compositores um terreno fértil para criar. Não falta assunto. Tem psicodelia, feminismo, humor, sensualidade, crítica social, Rita de bruxa, santa e deusa pop. É um prato cheio pra quem gosta de escrever samba com alma e conteúdo.

“Em meio à caretice dos dias duros da ditadura, ela surgiu como uma entidade, uma mistura de Janis Joplin, Carmem Miranda e Iansã”. Esse trecho da sinopse é daqueles que quase vira refrão por si só. E imagina só quantas imagens potentes cabem em um verso desses? Dá pra brincar com o tempo, a estética, o sagrado e o profano. Tudo no mesmo caminho.

Agora, o desafio está lançado. Como transformar essa Rita tão única em samba? Como rimar liberdade com leveza? Como colocar no papel uma mulher que nunca coube em rótulos? A sinopse termina com um convite que é quase uma convocação: “Na Sapucaí, seu rockcarnaval vai deitar e rolar. Com ela, ninguém segura essa tribo de loucos apaixonados por samba e por liberdade”.

E aí a gente entende que o desfile vai ser mais do que uma homenagem. Vai ser uma celebração da diferença, coragem, da arte que incomoda. Se os sambas concorrentes souberem captar esse espírito, o desfile de 2026 tem tudo para ser histórico. Porque Rita Lee nunca foi só cantora. Foi, e sempre será, um grito de liberdade. E a Mocidade é o melhor alto-falante que o samba podia oferecer pra esse grito ecoar.

Liga-SP impulsiona formação inédita para gestores de projetos de Carnaval

Desde a última terça-feira estão abertas as inscrições para o curso Gerenciamento de Projetos Carnavalescos, uma iniciativa gratuita que visa capacitar profissionais para gerir os desafios e as especificidades dos bastidores do Carnaval de São Paulo. Com 20 vagas disponíveis, o programa, oferecido pelo CULTSP PRO – Escolas de Profissionais da Cultura, conta com uma abordagem prática que alia técnicas de gestão de escopo, cronograma, recursos, riscos e custos às particularidades dos barracões de escola de samba.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

As inscrições podem ser realizadas diretamente pelo site do programa (www.cultsppro.org.br) até o dia 27 de julho. As aulas serão ministradas presencialmente, de segunda a sexta-feira, no período das 18h às 22h, entre os dias 4 e 15 de agosto. O curso, com carga horária total de 40 horas, acontecerá na Fábrica do Samba, situada na Avenida Dr. Abraão Ribeiro, 505, no Bom Retiro, proporcionando um ambiente imerso na cultura do samba.

Esta formação inovadora é direcionada a profissionais que atuam – ou desejam atuar – na gestão de projetos de escolas de samba, contribuindo para a profissionalização e valorização da cadeia produtiva do Carnaval paulistano. Conforme destacou a Veja São Paulo, o projeto “é resultado de uma parceria firmada em novembro de 2024 com a Liga das Escolas de Samba de São Paulo para promover atividades de formação para a cadeia produtiva do Carnaval paulista.”

Após a divulgação dos candidatos selecionados, prevista para o dia 28 de julho, o processo de matrícula ocorrerá até o dia 2 de agosto.

Um dos grandes destaques desta ação é a intermediação de Lúcia Helena, que desempenhou papel fundamental ao articular a colaboração entre a Liga-SP, o Governo do Estado (por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas) e o IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão). Essa articulação estratégica reforça o compromisso com a inovação e o fortalecimento das estruturas culturais que sustentam o Carnaval de São Paulo. Para Lúcia Helena, a inauguração de mais este curso reforça o empenho da Liga-SP em apoiar e estruturar um carnaval mais profissional e mais igualitário.

“Essa parceria entre Liga-SP, CULTSP PRO e IDG ajudam a mostrar à sociedade que o Carnaval vai muito além de uma grande festa durante cinco dias, mas também é celeiro de educação, de profissionalização e de oportunidades sociais e profissionais. É uma honra novamente ser a ponte entre instituições tão importantes e relevantes em nosso país. Esta é mais uma ação de salvaguarda e proteção continuada do patrimônio cultural e imaterial do Estado de São Paulo”, completa.

A Liga-SP, por meio dessa iniciativa, reafirma seu compromisso com a capacitação técnica e a promoção de uma cultura vibrante, garantindo que os profissionais do samba tenham acesso às melhores práticas de gestão e possam contribuir significativamente para o sucesso e a evolução do Carnaval paulistano.

Mais informações: [email protected]

Ficou em Caxias! Paolla Oliveira é anunciada como rainha de honra da Grande Rio para o Carnaval 2026

A Grande Rio anunciou, nesta quarta-feira, que a atriz Paolla Oliveira continuará desfilando pela escola de Duque de Caxias, agora em um novo posto: o de rainha de honra. A novidade foi divulgada pelas redes sociais da agremiação, celebrando os laços afetivos construídos ao longo dos últimos sete anos, período em que Paolla ocupou o cargo de rainha de bateria.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

“Uma história de muito amor que continua viva! Paolla Oliveira será a Rainha de Honra da Grande Rio. Em um novo posto, a atriz seguirá fazendo parte da nossa escola e, em 2026, estará presente como mais uma integrante da realeza tricolor. A gente não precisa nem falar, né!? A casa é sua, Paolla Oliveira!”, afirmou a escola na publicação oficial.

A homenagem vem como coroação de uma trajetória marcante da artista com a vermelho, branco e verde de Duque de Caxias. Após sua despedida da linha de frente da bateria em 2025, Paolla recebeu diversas demonstrações públicas de carinho por parte da diretoria. À época, o presidente de honra da Grande Rio, Jayder Soares, já havia garantido que a atriz teria “sempre um lugar garantido na escola”.

A presença de Paolla Oliveira no desfile de 2026 reafirma sua conexão com a agremiação e reforça seu papel simbólico na identidade recente da Grande Rio, agora como figura permanente da realeza carnavalesca da escola.

União de Maricá apresenta figurinos dos casais de mestre-sala e porta-bandeira para o Carnaval 2026

Seguindo seu cronograma de preparação para o desfile na Série Ouro, a União de Maricá realizou na noite da última segunda-feira a entrega dos figurinos dos casais de mestre-sala e porta-bandeira, no barracão de alegorias, em São Cristóvão. A apresentação dos croquis foi conduzida pelo carnavalesco Leandro Vieira, responsável pelo desenvolvimento do enredo “Berenguendéns e Balangandãs”, que a agremiação levará para a Sapucaí em 2026.

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Fotos: Ney Junior/Divulgação União de Maricá

O primeiro casal, formado por Fabricio Pires e Giovana Justo, e o segundo casal, Gugu e Bia Strella, conheceram o figurino e a explicação dele ao lado da equipe de carnaval da escola. Pelo segundo ano seguido, as fantasias serão confeccionadas pelo Ateliê Aquarela Carioca.

Durante a entrega, Leandro Vieira falou sobre o simbolismo que essas roupas carregam e a conexão direta com o enredo proposto para o desfile. O carnavalesco destacou a importância do momento não só para os casais, mas também para o projeto artístico da escola.

“A entrega dos figurinos dos casais é sempre especial. Essas fantasias têm um simbolismo muito forte dentro do desfile e ajudam a traduzir em imagem a proposta estética e narrativa do enredo. É um momento especial para quem cria e para quem vai vestir”, disse.

Além disso, Leandro reforçou que esse tipo de entrega faz parte de um planejamento detalhado da União de Maricá. Segundo ele, cada passo é cuidadosamente pensado para garantir que o desfile tenha coesão e impacto visual. Para o carnavalesco, apresentar os figurinos também é uma forma de reforçar a identidade da escola.

“Cada etapa como essa é pensada com muito cuidado. Não se trata apenas de roupa bonita: é construção de linguagem, de identidade. Apresentar esses figurinos é sinal de que estamos no caminho certo”, completou Vieira.

Em 2026, a União de Maricá será a sexta a desfilar no sábado, 14 de fevereiro, pela Série Ouro, na Marquês de Sapucaí.

Defensor da liberdade religiosa, Átila Nunes se junta à Estácio de Sá no enredo sobre Tata Tancredo

A Estácio de Sá deu mais um importante passo na preparação para o Carnaval 2026. Na tarde da última terça-feira, o presidente da agremiação, Edson Marinho, e membros da diretoria se reuniram com o ex-deputado estadual e ativista Átila Nunes, que confirmou sua participação no desfile do próximo ano.

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Foto: Divulgação/Estácio

Reconhecido como um dos maiores defensores da liberdade religiosa no Rio de Janeiro, Átila teve atuação marcante como relator da CPI da Intolerância Religiosa na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) e foi o idealizador da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Sua trajetória, tanto na política quanto no ativismo, é marcada pela luta contra o racismo religioso e pela valorização das religiões de matriz africana.

“A Estácio é o berço do samba. Vou desfilar na escola no carnaval do ano que vem”, declarou Átila Nunes, após a reunião.

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No Carnaval 2026, a Estácio de Sá levará para a Marquês de Sapucaí um enredo que homenageia Tancredo da Silva Pinto, conhecido como Tata Tancredo, importante liderança espiritual da Umbanda e personalidade histórica do samba carioca. Fundador do bloco Deixa Falar, que é considerado o embrião das escolas de samba, Tancredo será exaltado no enredo que destacará sua trajetória como o “Papa Negro”, referência ao seu papel de liderança e à resistência cultural e religiosa da população negra no Brasil.

A escolha do enredo reafirma o compromisso da Estácio com suas raízes e com a valorização das figuras históricas que ajudaram a moldar o carnaval como expressão de identidade, fé e resistência do povo afro-brasileiro. A presença de Átila Nunes no desfile simboliza a união em um momento em que a liberdade religiosa segue sendo pauta urgente no país.

A escola promete um desfile emocionante e engajado, com forte impacto cultural e político, honrando a memória de Tata Tancredo e reafirmando o papel do samba como ferramenta de luta e celebração.

Viradouro: Ciça festeja aniversário com a Resenha dos Mestres no sábado

Escolhido como tema do desfile da Viradouro para o próximo Carnaval, mestre Ciça será festejado neste sábado, na quadra da escola, em Niterói, pela comemoração do 69º aniversário. A Resenha dos Mestres terá entrada franca e a quadra da Viradouro fica na Avenida do Contorno, 16, no Barreto, em Niterói.

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Foto: Renata Xavier/Divulgação Viradouro

Para a Resenha dos Mestres, foram convidados os comandantes das baterias de todas as escolas do Grupo Especial e da Série Ouro do Carnaval Carioca. O evento terá shows da Estácio de Sá, agremiação de origem de Ciça, do grupo Caciqueando, que vai comandar a roda de samba com repertório recheado de clássicos, como “Caciqueando” (Noca da Portela), “O show tem que continuar” (Arlindo Cruz, Sombrinha e Luiz Carlos da Vila) e “Vou festejar” (Jorge Aragão e Nelci Dias). Os ritmistas da bateria da casa também prometem um grande show.

Resenha dos Mestres
Data: 19/07/2025
Horário: 18h
Local: Quadra da Viradouro
Endereço: Av. do Contorno, 16, Barreto, Niterói
Atrações musicais: Baterias dá Estácio de Sá e Viradouro e roda de samba com o grupo Caciqueando
Informações: 21 28280658 Classificação etária: 6 anos

‘É um sonho do Mauro Quintaes’, diz Diego Araújo sobre enredo da Porto da Pedra para 2026

Na leitura da sinopse do enredo da Unidos do Porto da Pedra para o Carnaval de 2026, no Dia Internacional da Prostituta, 02 de junho, o enredista da escola, Diego Araújo, falou sobre a proposta da Vermelha e Branca para o carnaval de 2026. O Tigre será a sexta escola a desfilar no sábado de carnaval da Série Ouro, com o enredo Das Mais Antigas da Vida, o Doce e Amargo Beijo da Noite”, que aborda a história da prostituição, desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Quintaes. De acordo com Diego Araújo, a ideia do enredo partiu de um sonho antigo do carnavalesco Mauro Quintaes. Na década de 1990, em sua primeira passagem pela Porto da Pedra, Mauro pensou uma trilogia de enredos (loucos, ladrões e prostitutas), que não pôde ser concretizada à época.

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Enredista da escola, Diego Araújo. Foto: Gabriel Gomes/CARNAVALESCO

“O enredo é um sonho do Mauro, ele fecha uma trilogia dele, de loucos, ladrões e as prostitutas que chegam agora mais de 20 anos depois. É um enredo que teve que esperar o tempo dele para que ele não fosse vulgarizado, a Porto da Pedra, em 98, o enredo dos ladrões foi visto de uma forma que as pessoas não conseguiram entender. E agora, para o carnaval de 2026, a gente tem a oportunidade de ressignificar a palavra puta, ressignificar esses corpos que são marginalizados, eles estão na rua e as pessoas invisibilizam”, disse Diego Araújo.

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Em entrevista ao CARNAVALESCO, Diego também falou sobre o processo de pesquisa e criação do enredo da Porto da Pedra para o carnaval de 2026. O enredista explicou como será o desenvolvimento do tema na avenida no sábado de carnaval da Série Ouro.

“O processo todo de criação e pesquisa eu recebi do Mauro algumas informações dele, do ano original, do que ele sonhava e a gente foi costurando nas conversas o que a gente podia trazer, como a gente atualizaria esse enredo, como a gente traz para o discurso atual do carnaval. A ideia foi passear pela prostituição pelo profano e pelo sagrado, as pombagiras, os satiros, a questão mais espiritual, depois a prostituição na corte, no luxo, mas também na zona do mangue no Rio de Janeiro, personagens históricos de televisão e no final, a luta contemporânea”, explicou.

“A gente está criando esse manifesto, o enredo se torna um manifesto em defesa desses corpos que estão na rua. Defender essas mulheres, ouvi-las e não fazer desse carnavaluma chacota nem algo jocoso, é algo muito sério. São corpos reais que estão na rua e precisam que a gente dê vez e voz a eles”, completou.

Parceria com Mauro Quintaes

No carnaval de 2026, Mauro Quintaes e Diego Araújo completam cinco carnavais de parceria profissional, que se iniciou no Império de Casa Verde, em São Paulo. Diego, enredista da Porto da Pedra, afirma se sentir muito feliz com o momento e os resultados da parceria.

“Eu sou muito feliz. Eu falo para o Mauro que nesses cinco anos que estamos juntos, desde o Império de Casa Verde, chegar aqui hoje, neste quarto ano de Porto da Pedra e como resultados positivos, me deixa muito feliz. Ele me tirou muito da minha zona de conforto em alguns momentos para a criação de enredo. O Mauro me dá liberdade de pensar com ele, de pensar junto dele, ele capitaneia tudo isso, é o grande mentor disso tudo. Sou muito grato a ele pela oportunidade”, contou.

Em 2026, a Unidos do Porto da Pedra será a sexta escola a desfilar no sábado de carnaval da Série Ouro, com o enredo “Das Mais Antigas da Vida, o Doce e Amargo Beijo da Noite” , de Mauro Quintaes, com pesquisa de Diego Araújo.

Amizades e confiança no trabalho são chaves da Camisa 12 no retorno ao Acesso I

Como primeiro passo em seu retorno ao Grupo de Acesso I, a Camisa 12 participou da festa de definição da ordem dos desfiles do carnaval de São Paulo, realizada em 17 de maio na Fábrica do Samba. O enredo da Pantera já está escolhido: “Princesas Nagô, Rainhas do Brasil — A Origem da Fé, Herança de Ketu”, assinado pelo carnavalesco Delmo de Moraes, será o tema do desfile que abrirá as apresentações de domingo, dia 15 de fevereiro de 2026, no Sambódromo do Anhembi. O CARNAVALESCO conversou com integrantes da escola alvinegra sobre o trabalho vitorioso de 2025.

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Da sintonia da dupla ao sonho Especial

O intérprete Tim Cardoso realizou seu quinto desfile pela Camisa 12 em 2025, sendo o segundo ao lado do veterano Clóvis Pê. O artista falou sobre a experiência de dividir o carro de som com o cantor carioca, que acumula passagens marcantes por grandes escolas do eixo Rio-São Paulo, durante o ciclo que marcou o retorno da Pantera ao Grupo de Acesso I.

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“Emoção à flor da pele. Não só de subir o Acesso I, que estávamos batendo na trave há alguns anos, mas o Clóvis é meu parceiro, meu professor. Estamos vindo de outro carnaval, já cantamos em outras escolas juntos e eu fiz questão de ele vir para cantar conosco não só pela voz dele, mas pelo astral, pelo clima dele. É um cara que traz sempre muita alegria para nós”, declarou.

Para Tim Cardoso, o bom desempenho do carro de som da Camisa 12 também passou pelo entrosamento com Clóvis Pê. O cantor destacou a harmonia entre os intérpretes como um fator decisivo para a performance da dupla na Avenida.

“Graças a Deus, nenhum dos dois tem muita vaidade. Todo mundo tem um pouco de vaidade, mas a vaidade tem sempre um limite. Eu acho que entendemos um ao outro, temos uma parceria. Nos falamos muito pelo telefone, mesmo ele ensaiando no Rio de Janeiro. Eu moro em Santos, tocamos muito pelo telefone e sempre nos ensaios nós estamos nos envolvendo nas ideias da hora. Acho que o entrosamento sai natural, graças a Deus”, disse.

O intérprete relembrou como a confiança se desenvolveu ao longo do ciclo do carnaval de 2025. Para Tim, a aceitação do samba pela comunidade e o desempenho nos ensaios alimentavam boas expectativas para o desfile que garantiu à Camisa 12 o acesso.

“O samba foi uma crescente. Nós víamos pela escola, pela comunidade, vendo que estava todo mundo aceitando legal. Eu tinha esperanças, esperanças sempre temos. Todo mundo entra na Avenida com 10, mas sempre tem alguma coisa, algum detalhe que acaba pecando. Esse ano, graças a Deus, viemos com o barracão perfeito, a comunidade veio direitinho, dando aquela força para nós esse ano. No começo no primeiro ensaio técnico, que nós tivemos um ensaio técnico só, mas teve outro ensaio em rua, que eu acho que quando teve ensaio técnico na rua senti que dava para chegar um pouquinho aonde precisávamos chegar”, avaliou.

Ao projetar o novo ciclo carnavalesco, Tim Cardoso destacou a motivação da escola para não apenas ter um bom desempenho no Acesso I, mas também almejar voos mais altos.

“Podem esperar muita garra, muita alegria, muita vontade de permanecer no grupo, que é um grupo de vencedores, é um grupo muito forte. Queremos vir comendo pelas beiradas, e se der um espacinho podemos até morder um pouco mais para cima. Quem sabe podemos ter essa ambição de chegar a ganhar e chegar no Especial? Mas podem esperar muita garra, muita vontade que a Camisa 12 vem chegando”, completou.

Superando desafios e a força da amizade

A Camisa 12 desfilará no Acesso I após vinte anos. Nesse período, a Pantera sofreu quedas, mas conseguiu se reerguer e retorna ao segundo grupo do carnaval paulistano após sete desfiles seguidos no Acesso II. O diretor de carnaval Demis Roberto reconhece o desafio de encarar um concurso com alta rotatividade de escolas, mas está confiante na capacidade da Alvinegra em competir de igual para igual, e até sonhar com mais.

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“Acho que temos feito um trabalho que nos qualifica para estarmos no Grupo de Acesso I. Nós só não tínhamos subido antes por problemas técnicos. Um carro quebrou duas vezes, e quando acontece uma coisa dessas não tem muito o que fazer. Acho que nós estamos sim credenciados e vamos fazer um trabalho para isso. Sabemos que é muito difícil, é um grupo enxuto demais. São oito escolas, duas sobem, duas caem, é um grupo enxuto onde qualquer tropeço leva para o Acesso II. Mas nós vamos disputar, nós vamos fazer um trabalho condizente com as nossas ideias. Já temos enredo, também estamos trabalhando, e acho que estamos credenciados sim. Vamos buscar, e se deixarem nós beliscamos alguma coisa”, afirmou.

Durante a apuração, a Camisa 12 flertou por muitos momentos com o título. O acesso veio mesmo sem o primeiro lugar, mas para Demis, isso pouco afetou os planos da escola para o próximo carnaval. “Faria diferença no sorteio, mas o ânimo é o mesmo. Talvez eu não abrisse o carnaval, e hoje vou abrir. De um ponto de vista muito técnico, nós deixamos escapar”, disse.

O desfile de 2025 marcou o retorno do carnavalesco Delmo de Moraes para a Camisa 12 após um ano fora, para assinar seu quinto desfile pela Pantera. O diretor exaltou o colega de escola, destacando seu legado e a amizade que possuem.

“O Delmo é um grande parceiro, é um amigo querido. Trabalhamos juntos desde o Império. Trabalhei com ele no Império, na Vila Maria e trouxe ele para a Camisa 12. É um grande parceiro, não tenho o que falar do Delmo, é mais o mesmo. Ele trabalha comigo, é um grande parceiro. É um cara que, se eu puder, vou trabalhar com ele a vida inteira”, concluiu Demis.