A Liga-SP definiu na noite deste sábado, em evento na Fábrica do Samba, a ordem dos desfiles do Acesso 2 de São Paulo. As agremiações vão passar pelo Anhembi no dia 22 de fevereiro. As duas primeiras colocadas vão subir para o Acesso 1.
Veja abaixo a ordem oficial dos desfiles do Acesso 2
1 – Raízes do Samba
2 – Imperatriz da Paulicéia
3 – Peruche
4 – Torcida Jovem
5 – Pérola Negra
6 – Morro da Casa Verde
7 – Imperador do Ipiranga
8 – Primeira da Cidade Líder
9 – Brinco da Marquesa
10 – Camisa 12
Tricampeão do Grupo Especial do Rio de Janeiro, o carnavalesco Leandro Vieira publicou nas redes sociais sua opinião sobre a temática afro nos enredos para o Carnaval de 2025. O artista, que está na Imperatriz Leopoldinense, apresentará no ano que vem o enredo “ÓMI TÚTÚ AO OLÚFON- Água fresca para o Senhor de Ifón”. Veja abaixo o posicionamento de Leandro Vieira.
Foto: Divulgação/Imperatriz
“Geral sabe que, em nosso país, há uma tendência que generaliza não só o corpo negro, mas também, aspectos da cultura negra. Pra mim, é este equívoco que determina a visão de parte da turma sobre a safra de enredos que alguns estão chamando de “monotemática”.
Toda vez que leio essa parada, lembro do Milton Nascimento dizer em entrevistas sobre sempre ter sido confundido com o Djavan. Anos depois, vi a atriz Elisa Lucinda falar que, ainda hoje, é confundida com a Zezé Motta. E que o mesmo é recorrente com outros artistas pretos.
Na fala, Elisa expõe de onde parte esse olhar que invisibiliza às diferenças e os danos que resultam de, no Brasil, a turma achar que “tudo que é preto é igual”. Penso que a “queixa” de “muitos enredos afro” no carnaval que virá parte daí: De um pré-conceito que generaliza.
Nos enredos, Oxalá não é o Logun Edé. O candomblé da Casa Branca não é a devoção ao Malunguinho. O preto mineiro da Portela passa longe do negro sambista de Nilópolis. Pensar que tudo é igual, é como olhar pro Milton e errar dizendo ser o Djavan. Ver a Elisa e pensar na Zezé.
Olho a safra (e a discussão sobre ela) pensando que a variedade temática “afro” porvir oferece uma condição raríssima de cidadania e educação pro povo brasileiro: A de, ao acompanhar os enredos das Escolas de Samba, se informar pra enterrar a ideia de que preto é tudo igual”.
O presidente da Vila Isabel, Luiz Guimarães, falou sobre a opção da escola em levar para a Sapucaí no Carnaval 2025 o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros. Em breve, a azul e branca do bairro de Noel trará mais detalhes sobre o desenvolvimento do enredo, assim como a sinopse. Além de Paulo Barros, também assinam o enredo o pesquisador Vinícius Natal e o professor da Faculdade de Educação da Uerj Luiz Rufino.
“O enredo é a cara do Paulo. Será um enredo misterioso e divertido. Nós estamos apostando em um caminho diferente da maioria das outras escolas porque acreditamos que investir na personalidade e no modelo de trabalho do nosso carnavalesco vai nos trazer o título”, afirmou o presidente da agremiação, Luiz Guimarães.
Nos últimos dois anos, a Rosas de Ouro desfilou às sextas-feiras, mas se pesquisar carnavais anteriores, se vê a Roseira presente no sábado. É uma agremiação que alterna bastante nos dias de desfiles. Esse também é o discurso da escola, onde se diz preparada para qualquer horário, sendo na sexta ou no sábado. Vale destacar que a Rosas de Ouro ficou na décima primeira colocação e, sendo assim, tem quatro posições para escolher dentre as que restarem. O diretor de harmonia Dante Baptista e o intérprete Carlos Júnior conversaram com o CARNAVALESCO e falaram sobre o que deve acontecer neste sábado, que é o dia da definição dos desfiles.
Foto: Fábio Martins/CARNAVALESCO
Análise do julgamento e estratégias de horário
No último carnaval, a Rosas de Ouro fechou a noite de sexta-feira ao amanhecer. De acordo com Dante, tudo ocorreu da forma que a escola queria. A estratégia que montaram para a os componentes se concentrarem deu certo e não houve dificuldades no transporte até o Anhembi. “A gente acredita que por conta da nossa estratégia de pré-concentração feita na quadra e concentração no polo, foi muito facilitada porque a gente não teve, como acontece nas primeiras escolas da sexta-feira, o fator do trânsito da Marginal muito intenso, porque é um momento em que as pessoas saem para viajar e a gente não enfrentou esse problema. Pegamos vias vazias na madrugada. Optamos por fazer uma pré-concentração na quadra começando cedo, uma saída gradual dos ônibus, ala por ala, para que a gente chegasse na concentração do Anhembi praticamente montados. Então isso aconteceu, a gente conseguiu executar essa estratégia e isso gerou um momento de tranquilidade. Ficou confortável mesmo para o próprio componente, que pôde desfrutar e ter um ambiente sem nenhuma turbulência”, explicou.
O diretor disse que houve mudanças para a Roseira se comportar na pista, visto que em 2023 passaram sufoco na apuração, ficando na décima segunda colocação. Dante diz não concordar com a posição final da agremiação na tabela, além de que um melhor julgamento precisa ser feito no carnaval como um todo, pois a Rosas de Ouro foi mal interpretada pelos jurados, segundo o profissional. “A gente também tinha executado algumas mudanças com relação ao último carnaval de 2023 e surtiram efeito na avenida. Percebemos isso de forma positiva, e por tudo isso que a gente projetou e executou, não era o resultado esperado o 11º lugar. Acreditamos que merecemos um carnaval melhor, mas depois do desfile a gente entendeu, voltamos para a prancheta, entendemos onde nós erramos e também onde fomos mal julgados. Com relação aos nossos erros, é um trabalho ano a ano de aprimorar, de buscar fazer que essa margem de erro seja mínima, que ela tenda a ser zero, porque isso é fundamental para conseguir resultado. Com relação a ser mal julgado é a gente buscar nas esferas competentes dentro da Liga-SP que o melhor julgamento seja bom para todos, não só para nossa agremiação”, declarou.
Como a escola ocupou o 11º lugar no Carnaval 2024, só restará apenas quatro posições de escolha. Dante diz que há alguns fatores para se ter uma posição positiva de desfile. “O conceito de agradável é muito amplo, porque nem sempre o que é bom para uma escola é bom para outra. As estratégias de desfile são diferentes para cada agremiação, os desafios que cada dia e cada horário impõe são diferentes. Se você é uma das primeiras a desfilar na sexta-feira, você tem uma questão do trânsito da cidade, que ele dificulta um pouco mais, você pode ter focos de congestionamento na Marginal para chegar ao Anhembi. No sábado para o outro lado pega a estrada mais vazia, mas tem uma dificuldade um pouco maior de mobilizar os componentes, porque eles já estão mais relaxados, já viveram a primeira noite. Todos os horários e dias têm os seus pontos positivos e seus desafios”, disse.
Perguntado sobre preferência pela sexta ou sábado, o diretor disse que não tem um dia que queira, pois a agremiação já realizou grandes desfiles em ambos os dias. “Com relação à preferência por dia ou horário, a gente gosta dos dois dias. A Rosas de Ouro já fez grandes desfiles, seja na sexta-feira ou no sábado. Nos últimos anos a gente tem desfilado mais às sextas-feiras, mas também gostamos do sábado. O nosso componente hoje é apaixonado pela escola, então vai estar presente e vai se engajar com o nosso desfile independente do dia que estiver desfilando”, completou.
Problemas no som do Anhembi, expectativa da ordem e trabalho bem feito
O intérprete Carlos Júnior tem experiências em desfiles pela manhã. O mais famoso é pelo Império de Casa Verde no não de 2005, onde foi campeão. Em 2023 foi com a Tucuruvi e, no último carnaval, com a Roseira. O cantor fez duras críticas ao trabalho feito pelo som da Liga-SP no Anhembi pela manhã. “Eu desfilei nos dois últimos anos de manhã pela Tucuruvi e Rosas. Acredito que nesse último carnaval nós fizemos um trabalho de uma escola que tem pretensões de longo prazo. Todos os envolvidos foram e fizeram o seu dever. Contudo, o júri talvez pelo horário, estava em uma atenção ruim com o trabalho e a prova é o corte de 100% deles. A escola se prepara para sair de manhã, nós cantores também, porém o julgamento me parece ser cansativo hoje em dia, principalmente para a última. Isso vai também para sonoplastia da emissora parceira da Liga, que equalizou nosso desfile muito mal. Está sem coral, voz solo, poucas cordas. Faltou qualidade, pareceu um trabalho de alguém que estava cansado”, relatou.
O cantor deu o seu palpite sobre como será a definição e, na opinião dele, as seis primeiras escolas vão pegar as melhores posições. “Em particular conto com a intervenção da segurança pública no caso das escolas oriundas de torcidas. Lá em cima nós temos três. Não sei se vão desfilar no sábado, por exemplo. Então acho que pode sobrar uma vaga na penúltima a desfilar ou segunda de algum dos dois dias. Posso estar viajando, mas muitas escolas vão preencher o sábado, que é um dia a mais para preparação. Nem todas pensam dessa forma, mas é o desejo da maioria. Creio eu que lá nas primeiras seis escolas, vão preencherem as seis melhores vagas com um adendo da possibilidade de intervenção da segurança pública, o que já aconteceu em outros carnavais”, comentou
Analisando o seu primeiro ano como intérprete oficial da Rosas de Ouro, ‘Carlão’, como é conhecido no mundo do samba, avaliou como positivo sua estreia e exaltou a ala musical. “Eu não tenho capacidade para fazer uma avaliação do meu trabalho. Como sempre digo, nunca me julguei puxador ou intérprete de escolas de samba. O destino me deu a oportunidade de ter um trabalho digno e todo ano procuro junto com os companheiros de carro de som deixar o meu melhor. Uma estreia é sempre uma expectativa. Tenho plena convicção de que fizemos um trabalho de alta performance. Se não foi melhor que a excelência, foi talvez pela falta de sinergia costumeira nos meus antigos trabalhos. Contudo, tenho para mim que dentro do planejado, nós ensaiamos, executamos, cumprimos o objetivo, mostramos que o tempo e o trabalho bem feito pode trazer muito mais do que fizemos”, finalizou.
Em entrevista para o jornalista Bruno Chateaubriand, na “Veja Rio”, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Gabriel David, falou sobre o início da sua gestão e prometeu ter eventos de carnaval das escolas de samba durante o ano inteiro.
Foto: Divulgação/Rio Carnaval
“Novos eventos irão gerar mais visibilidade para as escolas, e isso engrandece os sambistas, protagonistas da festa. Um maior uso da Cidade do Samba, por exemplo, irá fortalecer as agremiações. Vamos estimular projetos de formação e capacitação por lá. O Carnaval vai durar o ano todo”, disse.
Gabriel David prometeu também endurecer o cumprimento das regras por parte dos donos de camarotes. “Estamos prevendo multas mais severas, e operadores desses espaços poderão ser retirados, perdendo a concessão, caso não cumpram as regras acordadas contratualmente com a Liesa”.
O presidente da Liesa também revelou que está em contato constante com a Prefeitura do Rio para realização de obras de melhorias do Sambódromo da Sapucaí.
Em mais um passo para o Carnaval 2025, a Imperatriz Leopoldinense lançará na segunda-feira, a partir das 19h, em sua quadra, em Ramos, Zona da Leopoldina do Rio, a sinopse do enredo “ÓMI TÚTÚ AO OLÚFON- Água fresca para o Senhor de Ifón”, do carnavalesco Leandro Vieira.
Arte: Antonio Vieira/Divulgação
Este será o primeiro encontro da diretoria da agremiação e de Leandro com os compositores que irão participar da disputa de samba da Rainha de Ramos este ano, que passou por mudanças em seu cronograma e regras, justamente para facilitar e permitir uma participação mais equilibrada de todos que irão competir.
Após a explanação do carnavalesco Leandro Vieira na próxima segunda, os compositores terão quatro datas para tirar dúvidas sobre a sinopse.
As eliminatórias começam no dia 16 de agosto, e a grande final, onde o hino oficial para o ano que vem será escolhido, está marcada para o dia 27 de setembro.
No Carnaval 2025, a Imperatriz Leopoldinense contará a história da saga de Oxalá ao reino de Oyó para visitar Xangô, e este será o terceiro carnaval consecutivo assinado por Leandro Vieira na verde, branco, e ouro da Leopoldina.
O último desfile da escola tendo um orixá como protagonista foi em 1979, com a “Lenda de Oxumaré”, assinado por Mário Barcellos e Caetano Costa.
O ciclo do carnaval de 2024 da Mocidade Alegre não poderia ter sido melhor. Bicampeã com a pontuação máxima possível, a Morada do Samba chega motivada e com enredo anunciado e para a definição da ordem dos desfiles de 2025, que ocorrerá durante festa promovida pela Liga-SP na Fábrica do Samba neste sábado, dia 18 de maio.
Foto: Fábio Martins/CARNAVALESCO
O novo critério estabelecido para a definição, onde todas as escolas poderão escolher sua posição de desfile de acordo com a classificação do ano anterior, não muda de maneira significativa para a Mocidade, haja vista que até 2024 a campeã do carnaval já tinha esse poder. O diretor de carnaval Junior Dentista, que conversou com o site CARNAVALESCO, tem boa expectativa para esta novidade. “A melhor possível. É uma valorização e uma motivação a mais pra escola que almeja e trabalha por um ótimo resultado. Lembrando que esse método já acontece em relação aos ensaios técnicos”, disse.
Terceira de sábado? Talvez
Sempre que a Mocidade Alegre teve o poder de escolha como a campeã, optou por desfilar como a terceira escola do sábado. Mas as mudanças previstas para a concentração do Anhembi, que eram especuladas para ocorrer já para o carnaval de 2024, podem fazer com que a bicampeã reveja a sua estratégia, de acordo com Junior.
“Não é novidade para ninguém no mundo do samba a preferência do dia e do horário que o Mocidade gosta de desfilar. Mas com algumas mudanças estruturais que o sambódromo vem passando, estamos nos reunindo para uma melhor definição. Estamos levando em conta vários fatores para escolher o dia e horário, como a estrutura na semana que antecede o desfile para acomodar as alegorias, o andamento das obras para melhorar a concentração das alas e da bateria no dia do desfile, entre outros”, explicou.
O décimo segundo título do Grupo Especial fez a Mocidade Alegre se isolar como segunda maior campeã do carnaval de São Paulo. Mesmo em um ano com vários motivos para comemorar, o rigoroso diretor acredita que a escola pode melhorar ainda mais. Junior Dentista também demonstra como o trabalho já está em andamento para o ano em que a Morada do Samba buscará o tricampeonato pela terceira vez na história.
“Balanço muito positivo, e não teria como avaliar de outra forma pelo resultado da escola (bicampeonato). Temos a consciência que tivemos erros, como todas tiveram, e já estamos trabalhando para consertar o que erramos e melhorar os nossos acertos. Para 2025 estamos com um magnífico enredo, com a cara da nossa escola e com a nossa comunidade vibrante com a escolha desse enredo. Fizemos a explanação da nossa sinopse com a presença em massa de compositores para fazer nosso samba, o que nos dá mais a certeza de que estamos trilhando mais um trabalho vitorioso. Afinal, Quem Não Pode Com Mandinga Não Carrega Patuá”, concluiu.
O Acadêmicos do Salgueiro realizará neste domingo, a edição de maio da Feijoada do Salgueiro. O evento terá início às 13h na quadra do Salgueiro, localizada na Rua Silva Teles, 104, Andaraí. O público poderá desfrutar de muito samba, cerveja gelada e a Feijoada mais querida do sambista.
Foto: Anderson Borde/Divulgação Salgueiro
As atrações musicais começarão com a apresentação da cantora Flavia Saolli, seguida do grupo Pagode do Adame e do cantor Thiago Soares, proporcionando muito samba e animação. O encerramento ficará por conta do show do Elenco da Academia do Samba, acompanhado da Bateria Furiosa.
Os ingressos para o evento estão à venda no site Guichê Web, com preços variando de R$ 60 a R$ 700.
A Feijoada do Salgueiro é um oferecimento dos parceiros: Perdigão, Brahma Cerveja, Rei da Feijoada, Chinezinho, Arroz Palmares, Guaracamp, Pitú, Vrauu Energy Brasil, e Esportes da Sorte.
O Império de Casa Verde é uma agremiação que gosta de desfilar aos sábados. Foi assim nos últimos três carnavais, onde o Tigre Guerreiro conseguiu grandes desfiles, sendo terceiro colocado em dois deles. Apesar do último ano ter ficado na sexta colocação, a apresentação da agremiação no Anhembi foi uma das melhores de 2024 e é aclamada por muitos como ‘campeão do povo’. Como citado, o sábado é sempre um dia preferido pela escola. Agora, no evento deste sábado, resta saber se a entidade irá conseguir pegar a segunda noite de carnaval. O mestre de bateria da escola, Zoinho, conversou com o CARNAVALESCO e opinou sobre as questões envolvendo a definição dos desfiles.
Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP
Carnaval estratégico
O diretor está levando muito a sério a definição. De acordo com o músico, o carnaval se ganha com estratégia e a disputa já começa a partir do momento em que se define o horário de desfile. Zoinho destaca a importância de um planejamento bem feito.
“No Carnaval a gente ganha com estratégia, com planejamento e acho que essa definição dos horários é muito importante. Já que é escolha e não é sorteio, a gente tem que tomar as melhores decisões. A partir do momento em que você escolhe um bom horário para desfilar, você já começa o carnaval. Esse ano que passou foi a sexta escola, então a gente ainda veio com o carnaval à noite. Então, a gente fez todo o planejamento em cima disso e foi muito legal, porque nos preparamos para isso. Em termos de concentração, em termos de plástica do carnavalesco, tudo isso conta muito. Acho que carnaval hoje é estratégia. Tem que pensar muito no projeto. Você pegar uma avenida mais fria ou no meio da noite, acho que faz grande diferença”, declarou.
Preferência pelo meio da noite
O comandante da “Barcelona do Samba”, que vai completar 20 anos de Império no próximo carnaval, disse que prefere desfilar pelo meio da noite. O profissional também revelou que não gosta de ser o primeiro e nem o último, pois segundo o próprio, o carnaval é definido entre a terceira e sexta escola.
“A primeira escola eu não gosto. Como mestre de bateria eu nunca tive isso. Sempre foi da segunda para lá, mas eu prefiro no meio da noite. Eu acho que entre a terceira e a sexta escola é o ideal. A última também eu não gosto muito. Acho que a gente já pega arquibancada não tão cheia. Você já enxerga aqueles espaços vazios. Se você pega no meio da noite, é mais legal para o desfile. Independentemente de qualquer coisa a gente tem que se preparar, mas o horário entre a terceira e a sexta escola, acho que o carnaval se resolve ali. Sempre foi assim. Eu já fui campeão desfilando por último também. O Império já foi campeão em 2005, no meu primeiro ano. A gente foi a última escola e conseguimos o título. Nos preparamos bastante, então acho que muda todo o plano, mas o meio da noite é bem melhor para todo mundo”, opinou.
Trabalhar melhor para 2025
Ganhador mais uma vez dos 40 pontos na avenida, Zoinho contou que não gostou do resultado em si. Esperava ao menos a escola no Desfile das Campeãs. Entretanto, o mestre prometeu se preparar melhor e já projeta bom enredo, samba e comunidade se engajando com o projeto do Império de Casa Verde.
“O Carnaval de 2024 foi muito bom. O Império fez um grande desfile, mas a gente não conseguiu nosso objetivo, que era ficar entre as primeiras escolas e pelo menos voltar para as campeãs. Não ficamos muito felizes com o resultado. Esperávamos pelo menos ficar entre as três primeiras, que eu acho que foi surpresa para todo mundo o Império ficar de fora. A gente fez um grande trabalho, não só de bateria como da escola inteira no geral. Não ficou legal, mas esse ano a gente vai se preparar melhor, ver se a gente consegue êxito e voltar entre as primeiras. O campeonato, a gente sabe que é consequência. Se o trabalho for bem feito, se as coisas derem certo, existe uma combinação de fatores para a gente ser campeão. A gente tem que trabalhar muito sério, escolher um enredo legal também, um samba bom, bateria trabalhando bastante. A comunidade comprando a ideia, o projeto, a gente consegue o campeonato, se Deus quiser”, completou.