A Superliga definiu a ordem dos desfiles da Série Prata para o Carnaval 2025 na Intendente Magalhães. A novidade é que os desfiles vão acontecer no domingo, segunda e terça de carnaval. São 30 agremiações. Provavelmente, devido a construção da Cidade do Samba 2 para Série Ouro, apenas a campeã subirá de grupo, mas isso ainda será oficializado em plenária com os presidentes das escolas de samba.
Série Prata 2025: Domingo (02 de março de 2025)
1 – Sereno de Campo Grande
2 – Renascer de Jacarepaguá
3 – Feitiço Carioca
4 – Barra da Tijuca
5 – União de Jacarepaguá
6 – Unidos de Lucas
7 – Arrastão de Cascadura
8 – Santa Marta
9 – Chatuba de Mesquita
10 – Praça da Bandeira
Série Prata 2025: Segunda (03 de março de 2025)
1 – Independentes de Olaria
2 – Flor da Mina do Andaraí
3 – Império de Nova Iguaçu
4 – Flamanguaça
5 – Acadêmicos do Engenho da Rainha
6 – Santa Cruz
7 – Vizinha Faladeira
8 – Acadêmicos da Rocinha
9 – Leão de Nova Iguaçu
10 – Alegria de Copacabana
Série Prata 2025: Terça (04 de março de 2025)
1 – Boi da Ilha
2 – Império da Uva
3 – Tubarão de Mesquita
4 – Acadêmicos da Abolição
5 – Alegria do Vilar
6 – Unidos do Jacarezinho
7 – Concentra Imperial
8 – Império da Tijuca
9 – Cubango
10 – Vila Santa Tereza
A Superliga definiu a ordem dos desfiles da Série Bronze para o Carnaval 2025 na Intendente Magalhães. A novidade é que os desfiles vão acontecer na sexta (07 de março de 2025) e sábado das campeãs (08 de março de 2025).
Série Bronze 2025: Sexta (07 de março de 2025)
1 – Leão de Quintino
2 – Império de Brás de Pina
3 – União do Parque Curicica
4 – Lins Imperial
5 – Villa Rica
6 – Arame de Ricardo
7 – Unidos de Cosmos
8 – Imperadores Rubro-Negros
9 – Raça Rubro-Negra
10 – Acadêmicos do Recreio
11 – Bangay
Série Bronze 2025: Sábado (08 de março de 2025)
1 – Acadêmicos de Jacarepaguá
2 – Dendê
3 – Siri de Ramos
4 – Mocidade de Vicente de Carvalho
5 – Vila Kennedy
6 – Gato de Bonsucesso
7 – Força Jovem
8 – Império Ricardense
9 – Caprichosos de Pilares
10 – Cabuçu
11 – Acadêmicos do Peixe
O Camisa Verde e Branco apresentou o enredo “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!”, na noite do último sábado, para a comunidade em grande evento na Fábrica do Samba, contando com presenças das co-irmãs Rosas de Ouro e Imperatriz Leopoldinense. O tema, que vai homenagear o cantor Cazuza, já era de conhecimento de todos, mas a agremiação preparou um espetáculo com a comissão de frente encenando clássicos do artista. Além disso, foi lançado o pavilhão de enredo que será ostentado pelo segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira. Outra presença importante foi de Dona Lucinha, mãe de Cazuza. A senhora de 87 anos recebeu das mãos da presidente Érica Ferro e do vice-presidente João Victor Ferro, um pavilhão simbólico de presente, onde está estampada uma fotografia da mãe e do filho homenageado. Por fim, a logo foi apresentada no telão e o enredo do Camisa Verde e Branco para o Carnaval 2024 é intitulado como “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive”, assinado pelo carnavalesco Cahê Rodrigues.
Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO
‘Pro dia nascer feliz’
Cahê Rodrigues está retornando ao carnaval paulistano após onze anos, onde em 2013 o artista prestou serviços ao Vai-Vai. Na época, dividia funções junto ao carnaval carioca, mas agora será dedicado somente ao Camisa Verde e Branco. De acordo com Cahê, o tema da escola é oriundo de um desejo da presidente Érica Ferreira e, por coincidência, o carnavalesco tem amizade com a mãe do homenageado, o que abriu portas para estreitar os laços e bater o martelo.
“O enredo do Cazuza nasceu no coração da presidente Érica, só que ela não sabia que eu tinha uma amizade com a Dona Lucinha (mãe do Cazuza). Não era a minha ideia autoral, mas eu fiquei muito feliz, porque eu já sabia que a Lucinha é apaixonada por carnaval. Ela já desfilou em dois desfiles meus no Rio. O Cazuza carrega com ele a liberdade de exaltação ao amor. Apesar de toda a polêmica de ser um artista visceral”, contou.
O Cazuza desperta uma complexidade enorme. A história dele vai muito além da música. Entretanto, Cahê disse que a narrativa do enredo irá seguir uma biografia musical do artista, passando por todas as fases polêmicas, mas tendo ênfase na música. Outro ponto é que o carnavalesco pretende ‘incomodar’ pessoas no desfile, assim como Cazuza fez em suas aparições.
“Por entender essa complexidade toda que é a vida do Cazuza, nosso maior desafio foi encontrar o caminho do desfile, e aí a gente decidiu que seria uma biografia musical onde as pessoas vão poder acompanhar a trajetória desse artista, mas com essas pinceladas de rebeldias, desse cara que conseguiu transformar a mentalidade de muitas pessoas. Não tem como falar de Cazuza e não gerar incômodo nas pessoas, porque era isso o que ele fazia. O meu equilíbrio é isso. Encontrar uma plástica que tenha desenvolvimento, beleza e tradição do Camisa, mas que também em algum momento, se sinta incomodado com esse artista que incomodou as pessoas com a sua postura”, declarou.
O Camisa escolheu fechar a sexta-feira de carnaval, mas Cahê conta que foi uma decisão da agremiação, pois era um desejo da comunidade. Devido a isso, tem toda a questão do “dia nascer feliz”, música cantada por Cazuza quando ele fazia parte do grupo Barão Vermelho.
“Fechar o carnaval foi uma decisão da Érica, porque era um desejo da escola. Como eu estou retornando agora, ainda não tenho esse termômetro e deixei nas mãos deles. Eu só disse que claro que seria incrível que o dia nasceria feliz dentro da proposta do enredo. Daí eu dei uma segurada no enredo, porque se a gente não fecha o dia, eu tinha que mexer em algumas coisas. Havia umas quatro fantasias e o último carro que eu não tinha desenhado ainda esperando a definição da ordem. Quando aconteceu, acabei mexendo no projeto e pude concluir essa ideia de o ‘dia nascer feliz’”, explicou.
Enredo emotivo e pesquisa detalhada
A dupla de enredistas que o carnavalesco Cahê Rodrigues levou consigo para o Camisa Verde e Branco, Victor Marques e Clark Mangabeira, se diz muito feliz na escola e em São Paulo. Segundo a dupla, o enredo desperta muita emoção no povo brasileiro e, com certeza, isso foi traduzido na sinopse.
“A gente já tinha feito carnaval em São Paulo, mas eu acho que agora tem um gosto muito especial, porque falar de um ícone que representa o Brasil, é diferente. Mexe muito com a memória afetiva da população brasileira. Então eu acho que isso é muito importante. A gente olhar para dentro do nosso país e reconhecer o melhor que nós temos”, disse Victor.
“Esse enredo é um dos mais emocionantes que a gente já fez, sendo Rio e São Paulo. É um tema que mexe com a emoção, mexe com o amor. É a mensagem que o Camisa, que o Cahê e que a gente quer passar tentando trazer na sinopse e no enredo como um todo. Então fazer esse tema é uma honra. Conhecer a Lucinha, conversar com ela é um presente inigualável”, completou Clark.
Mangabeira explicou como foi feita a sinopse. O escritor confirmou a ideia do carnavalesco Cahê e será uma biografia musical. Segundo ele, tentou extrair o máximo de informações, livros, outros artistas, televisão e a mãe Lucinha.
“O processo de sinopse foi uma pesquisa intensa. Quando a gente recebeu o tema, fizemos um recorte específico. A gente estava sempre pensando em uma biografia musical, pensando em trazer a música dele pela questão da memória afetiva com o Brasil afora. Então, foi um processo que começou com pesquisa, muita conversa, o carinho, a bênção da Lucinha. Conversamos também com todos os artistas que a gente pôde conversar para trazer um pouco de um Cazuza que não ficasse só nos livros, mas o Cazuza que a gente via na televisão e que a gente ouve falar. A ideia foi fazer uma sinopse que fosse emotiva, bonita e tentasse pegar um pouco da essência, da poesia do Cazuza e desse amor que a gente quer levar para o Anhembi”.
Altas expectativas e entrosamento com o carnavalesco
Luiz Romero, coreógrafo da comissão de frente, se diz muito emocionado com o tema e com uma alta expectativa com o que está por vir. “É muito emocionante, não só para mim, mas para todos da escola. Acho que quando teve a reunião da diretoria para anunciar o enredo, foi uma emoção, a presidente chorando. Vocês conhecem a Érica, foi muito emocionante. Quando a gente fala para as pessoas com a missão de falar do Cazuza, remete a algo muito bacana para a galera. É uma responsabilidade muito grande, é uma emoção muito grande. Estou muito feliz, porque de fato, a gente vai para uma linha musical. A expectativa está lá no alto”, opinou.
Um entrosamento entre carnavalesco e coreógrafo é fundamento para o sucesso do quesito. Luiz contou que teve conversa com o Cahê Rodrigues, trabalharam juntos para o lançamento do enredo no evento e que a expectativa é que seja um carnaval perfeito. “A gente teve uma primeira conversa falando um pouquinho do que eu gostava de trabalhar, do que ele gostava de trabalhar para a comissão, mas hoje o lançamento, a apresentação, foi um trabalho conjunto meu e do Cahê. Então, estamos nos entrosando e acho que até o carnaval já vai ser perfeito”, afirmou.
Romero falou que não é adepto dos desfiles de manhã, mas irá se adequar. O dançarino acabou olhando para a questão emotiva, onde o sol nascerá no Anhembi com o Trevo entrando na pista. “Eu particularmente não gosto de ser o último a desfilar, ainda mais na sexta-feira, porque a galera da comissão tem alguns profissionais da dança, trabalham o dia todo e aí desfilam no outro dia de manhã… Tive essa experiência com o Império e eu não acho tão bacana. Para o físico não é tão legal, exige uma preparação maior. Mas eu acho emocionante você entrar no Anhembi com o sol raiando, e ainda mais falando do Cazuza, eu acho que vai ser incrível. O lado bom é muito maior do que o lado ruim”, declarou.
Cuidado com a festa e como será a escolha do samba
Um evento organizado marcou a noite. De acordo com o diretor de harmonia Diego Zulu, tudo deve ser feito perfeitamente para deixar todos confortáveis. “O evento do Camisa é sempre grandioso pelo tamanho da escola, então a gente sempre tem que tomar cuidado com vários setores, várias situações e tratar bem o nosso povo e principalmente os nossos convidados. Então a gente fez um cronograma, organizou para tratar bem os convidados, tanto as escolas quanto as pessoas que vieram assistir a uma festa e ver que é sempre grande uma festa do Camisa”, disse.
O diretor deu detalhes sobre a escolha do samba. Ainda há de se confirmar o formato, mas será eliminatória com sambas concorrentes e provavelmente terá mais do que somente uma final. “Em breve vamos passar a sinopse para os compositores e abrir as eliminatórias para que a gente possa escolher o melhor samba para levar para a avenida. A princípio serão eliminatórias em quadra. A gente ainda não definiu se já começa pelas quartas de final ou já pegamos alguns pelos CDs. Ainda não definimos por completo, mas vão ser eliminatórias”, concluiu.
A Unidos de Padre Miguel anunciou a nova função do músico Júlio Assis na agremiação. Atuando na escola desde 2015 como cavaquinista, Júlio assumirá a direção musical do Boi Vermelho para o Carnaval de 2025.
Foto: Diego Mendes/Divulgação UPM
Formado em Harmonia Funcional pelo CIGAM e com aperfeiçoamento em Percepção e Harmonia na EMDO, o músico traz uma bagagem impressionante que promete enriquecer ainda mais a parte musical da agremiação.
Com uma trajetória de sucesso e reconhecimento no mundo do samba, Júlio atuou como diretor musical da Beija Flor de Nilópolis de 2012 a 2017, período em que foi o autor dos sambas de enredo campeões da escola nilopolitana nos anos de 2018, 2019, 2020, 2022 e 2023. Recentemente, ele também foi o autor do samba de enredo campeão da União da Ilha do Governador em 2024.
Além de sua atuação nas escolas de samba, Júlio possui uma vasta experiência como músico. Ele participou do reality show Big Brother Brasil, acompanhando a Beija Flor de Nilópolis em 2013, 2014 e 2024. Sua carreira inclui participação no projeto Emoções em Alto Mar do cantor Roberto Carlos em 2012, a gravação do CD do Grupo Dose Certa e performances no evento “Botequim da Cidade do Samba”.
Júlio de Assis também se destacou como cavaquinhista no projeto “Samba do Carlinhos”, liderado pelo coreógrafo Carlinhos de Jesus, sob a regência do Maestro Jorge Cardoso. Sua contribuição às escolas de samba Leão de Nova Iguaçu e Portela em vários anos, incluindo 2010, 2011, 2012, 2018, 2019 e 2020, evidenciam sua rica e diversificada experiência. Desde 2005, ele é cavaquinista da Beija Flor de Nilópolis e, desde 2015, da Unidos de Padre Miguel.
Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da Unidos da Tijuca, Lucinha Nobre e Matheus André se apresentaram para a escola no dia da leitura da sinopse do enredo “Logun-Edé – Santo menino que velho respeita”, que a escola levará à Marquês de Sapucaí em 2025. Após a apresentação e a leitura, eles conversaram com o CARNAVALESCO falando sobre o último carnaval, como já estão se preparando para o próximo ano e o que esperam da parceria com Edson Pereira.
Foto: Rafael Arantes/Divulgação Unidos da Tijuca
Lucinha Nobre já virou a página para o ano seguinte, acreditando que cada ano é um ano de trabalho: “Uma página virada. E a partir desse dia, desse momento aqui, a gente já começa a trabalhar voltado para o próximo ano. E é isso. Se tivesse dado tudo certo, também seria igual. Porque eu acho que cada ano é um ano e com nota ou sem nota tem que sempre deixar pra trás. E seguir. E é isso que eu estou focada”.
Ambos já estão buscando se aperfeiçoar para o carnaval de 2025, e Lucinha contou o que já vem trabalhando com Matheus para o próximo ano: “Entrosamento. A gente tem ensaiado bastante já, focado na dança de casal mesmo. Acho que a gente acaba fazendo um trabalho mais voltado para o conhecimento. E é isso, eu estou muito feliz com o Matheus, a gente tem uma dança que combina, a gente está satisfeito aonde a gente está chegando”.
Lucinha, por fim, contou o que espera da parceria com Edson Pereira na escola: “Já estou bem empolgada, a gente já está conversando. Eu gosto muito do trabalho dele como desenhista de roupa de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Acho que ele fez roupas lindas. Acho que ele no ano passado fez uma das roupas que eu achei mais bonitas na Sapucaí, no casal do Salgueiro. Fez na Vila roupa incrível pra Cris também, naquele ano do Martinho, que é uma roupa que eu amo, as roupas da UPM. Então assim, é um carnavalesco que sempre tem roupas muito bem cuidadas. É um carnavalesco que tem um cuidado com o casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Você vê que ele tem um carinho pela dança, pelo casal e pelo figurino. E a gente já tá conversando, mandando foto um pro outro de referência, a gente já está trabalhando”.
Matheus André também fez seu balanço de 2024: “Bom, estou bastante feliz. Mais uma temporada com a Unidos da Tijuca. Estou na escola desde o final de 2015, para o Carnaval de 2016. Então, mais um ano renovando. Nossa família é maravilhosa. Acredito que a escola escolheu um bom enredo. Um enredo bem forte. E desejo toda a felicidade, que a gente consiga desenvolver esse enredo com bastante energia, bastante garra, do jeito que a Tijuca vem sempre todo ano lutando, animando o público. É um enredo que a escola abraçou, eu estou bastante feliz de estar mais um ano com a minha porta-bandeira queridíssima e com essa nova oportunidade”.
O mestre-sala falou também sobre as justificativas e notas que o casal recebeu dos jurados no último carnaval, e o que eles tiraram de aprendizado das mesmas: “O jogo é pra ser jogado. Como é um jogo de perder ou ganhar, eu acredito que é um jogo que a gente sempre ganha, a gente sempre vai com alguma informação, alguma coisa pro próximo ano, e tudo das notas, da justificativa, foi de muito proveito. Já reconhecemos o erro, já o encontramos. E vamos buscar melhorar pro próximo desfile. E foi de muito, muito proveito. O carnaval foi bem forte. Teve muito ensaio. A dança teve entrega. Teve o que pediam no regulamento. E o algo a mais, infelizmente, não chegou lá, mas vamos trabalhar esse ano para poder conseguir alcançar a nota”.
Matheus contou então o que espera do trabalho com Edson Pereira, carnavalesco da escola para 2025, o que ele tem trazido para a comunidade: “Ele está trabalhando em cima de um enredo forte, um enredo bom, um enredo que é a cara da Tijuca, mas que por muito tempo, não teve um enredo tão forte assim dentro da escola. A escola já está com grande expectativa e espero que esse enredo traga bastante nota 10 para a escola e uma colocação à altura da Unidos da Tijuca”.
Por fim, o mestre-sala também falou sobre algumas das justificativas que os jurados colocaram sobre o estilo de dança que os casais apresentaram no último carnaval de forma geral: “Fica um ponto de interrogação na cabeça de todo mundo. Mas acredito que é assim, o carnaval todo ano vem revelando novas figuras, novos atos, tem cena, coisas que acontecem ali no meio da avenida que traz uma surpresa que é o que traz o ‘boom’ do carnaval que todo ano você espera. É bom inovar, mas a tradição do carnaval é uma coisa que a gente não pode seguir muito longe da linha. Eu acho que acredito que tem muita coisa que é tradicional que dá para aproveitar, que dá para estar todo ano se renovando. Então, eu acho que é aquele ponto de não perder o eixo, não sair da tradição, mas estar sempre trazendo alguma coisa diferente”.
A Pérola Negra anunciou em suas redes sociais o enredo que apresentará no Sambódromo em 2025. Intitulado “Exu Mulher”, o enredo é de autoria dos carnavalescos Rodrigo Meiners e Thiago Meiners. Em 2025, a Pérola Negra é a quinta escola a desfilar pelo grupo de acesso 2.
Confira o texto divulgado pela agremiação:
Em novembro de 2023, a autora Claudia Alexandre traz um debate sobre o estudo das tradições e religiosidades afro-brasileiras através do livro “Exu Mulher e o Matriarcado Nagô”. A obra, inspirada na tese de doutorado da autora, exemplifica que na formação dos candomblés de tradição iorubá-nagô, cujos terreiros cultuam Exu/Legba/Elegbará, o racismo religioso ganha centralidade a partir da figura de Exu e reivindica seu lado feminino, algo pouco explorado na literatura.
A masculinização e a demonização foram as principais transformações que Exu sofreu na travessia atlântica. A ênfase na representação da divindade como símbolo de masculinidade, especialmente destacando o falo, acabou por excluir completamente qualquer traço de feminilidade.
Inicialmente, houve resistência por parte das lideranças mais antigas em iniciar filhos e filhas de Exu e as justificativas fornecidas apenas reforçavam a concepção demoníaca da divindade. Essas restrições podem ter levado ao
ocultamento e silenciamento sobre a existência do aspecto feminino de Exu.
Ele é reconhecido como o senhor do movimento, responsável por manter o equilíbrio vital e distribuir igualmente o essencial para a fertilidade e a perpetuação da vida.
Gostaríamos de parabenizar a jornalista, apresentadora, escritora, mestre e doutora em Ciência da Religião (PUC-SP), Cláudia Alexandre por esta obra maravilhosa, e agradecer publicamente toda atenção, orientação, colaboração e carinho com a nossa Pérola Negra!
Uma das maiores manifestações folclóricas do Brasil, o Festival de Parintins ganhará, neste ano, um reforço financeiro importante do Governo Federal. O Ministério do Turismo destinou R$ 10 milhões para potencializar o tradicional festejo e incrementar o turismo na região. O anúncio foi feito pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, na quarta-feira, em evento que reuniu, em Brasília (DF), a bancada federal, representantes dos Bois Caprichoso e Garantido, dos Correios e da Petrobrás. Além dos recursos do MTur, a festa terá o patrocínio das duas empresas públicas, somando R$ 12 milhões.
Foto: Renato Vaz/Divulgação Ministério do Turismo
O apoio financeiro para as festividades tradicionais do Brasil é um dos campos de ação do Ministério do Turismo, com foco em ajudar os municípios na preparação turística dos destinos. No Carnaval, foram investidos cerca de R$ 30 milhões e, neste momento, a Pasta tem incentivado os festejos juninos, que inclui o Festival de Parintins. O ministro do Turismo, Celso Sabino, ressaltou que a meta é manter a cultura brasileira viva e atraente para os turistas, possibilitando que os visitantes conheçam o Brasil e movimentem hotéis, restaurantes e equipamentos turísticos.
“Confesso a vocês que o meu coração está transbordando de alegria e de felicidade, de poder estar, hoje, como ministro do Turismo, seguindo a determinação do presidente Lula, anunciando esse apoio histórico ao Festival de Parintins. Quem já vivenciou essa incrível manifestação cultural sabe da grandiosidade do nosso folclore amazônico, que movimenta enormemente a economia do estado, gerando emprego e renda”, ressaltou Sabino.
O Festival de Parintins acontecerá nos dias 28, 29 e 30 de junho. Neste período, a população da cidade atinge mais de 120 mil pessoas, o que é praticamente o dobro do local, incrementando em R$ 150 milhões a economia do município, somente nos três dias da festividade. Os representantes dos Bois, protagonistas da festa, ressaltaram a importância do apoio do MTur.
“É um momento que promove a visibilidade de uma região, não apenas por ser exótica, mas por ter um potencial turístico fantástico. Esse apoio do MTur nos dá tranquilidade para realizar a festa, que será ainda maior neste ano”, ressaltou o presidente do Boi Garantido, Fred Góes.
“O olhar do governo federal, do Ministério do Turismo, é muito importante para que o povo de Parintins possa ter uma segurança econômica. Cerca de 50% da base da economia de Parintins é fruto da festa”, frisou o representante do Boi Caprichoso, Rossy Amoedo.
O representante da Bancada Federal na Câmara dos Deputados, deputado Saullo Vianna, reforça a atuação do MTur em levar a diversidade turística da Amazônia para o Brasil e o mundo. “O ministério tem feito um excelente trabalho para promover a região da Amazônia no Brasil e para fora do país. Já testemunhei vários ministros de outros países enaltecendo o trabalho que vem sendo feito por Celso Sabino, e isso representa um apoio forte do governo federal”, ressaltou.
“Quero agradecer este apoio ao Festival de Parintins, que gera empregos, oportunidades, e você se apaixona pela cultura amazônica”, ressaltou o senador amazonense Omar Aziz.
SELO – Além de recursos, o Festival de Parintins ganhou dos Correios um selo comemorativo com a ilustração dos Bois Garantido e Caprichoso, que são os protagonistas da festividade e expressão do folclore do Amazonas. Além de usar para postar correspondências, o visitante poderá levar para casa uma linda lembrança do estado.
Atual vice-campeã do Carnaval 2024, a Imperatriz Leopoldinense segue colhendo bons frutos da última folia na Marquês de Sapucaí. Seu samba, um dos mais aclamados por público e crítica durante toda a festa, e interpretado por Pitty de Menezes, alcançou a marca de 1,5 milhão de ouvintes, no somatório das versões acústica e ao vivo do Rio Carnaval, no Spotify.
Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO
Este é mais um recorde quebrado pela Rainha de Ramos, que em abril, na mesma plataforma, já havia alcançado o número 1 da VIRAL Rio de Janeiro BR com sua versão ao vivo, além de acumular bons índices em outras plataformas de música.
Desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira, “Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da cigana Esmeralda”, marcou o segundo carnaval consecutivo do artista na escola, que já se prepara para o próximo ano na verde, branco, e ouro da Leopoldina.
Em 2025, a Imperatriz levará para a avenida o enredo “ÓMI TÚTU AO OLÚFON – Água fresca para o senhor de Ifón”, contando a história da saga de Oxalá ao reino de Oyó para visitar Xangô, no domingo de Carnaval.
A Flamanguaça definiu o enredo para o Carnaval 2025. A escola está na Série Prata e desfila na Intendente Magalhães. A agremiação levará para Avenida o enredo “Coletivo Gazela Negra – O quilombo contra o racismo”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Amarildo de Mello. Veja abaixo o texto da escola sobre o enredo.
“Atitudes de racismo no esporte são recorrentes e cada vez mais agressivas com os atletas negros, levando a urgente necessidade de discussões para o combate dessas ações nocivas a sociedade.
Tendo como discurso central de nosso enredo o combate ao Racismo e enfretamentos as desigualdades promovidas pela diferença de cor de pele nos esportes, floresce a ideia de nosso enredo. Como ponto de partida e para desenvolvimento do mesmo, Érica Lopes, praticante velocista e uma das principais atletas do Flamengo, conhecida pelo codinome “Gazela Negra”, será o fio condutor dessa história e a grande homenageada.
De grande importância, será o “Coletivo Gazela Negra” fundado pelo Flamengo, o qual leva o codinome de Érica Lopes, que objetiva valorizar e trazer a memória atletas negros de variadas modalidades do Flamengo. Negros que fizeram e escreveram sua história através do clube rubro-negro. Mostrando a importância da raça negra, seus feitos, suas vitorias e conquistas no esporte, que tanto nos orgulha e nos traz felicidades.
Nosso desfile será uma ode aos atletas de pele preta e ao mesmo tempo uma exemplificação de lutas, vonquistas e de enfretamento a uma das maiores sequelas sociais de nossos tempos – O PRECONCEITO RACIAL – que persiste em criar processos de desigualdades, alijando e minorizando o povo de pele preta, em seus feitos, suas realizações e conquistas.
Na luta contra o racismo! Nosso quilombo de estrelas reluz e brilhará em nosso desfile… Gazela Negra, Jarbas Flecha Negra, Domingos da Guia, Fio Maravilha, Adílio, Andrade, Diamante Negro, Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira, Izaquias Queiroz, Rafaela Silva, Vini Jr…
Basta!!! No Olimpo Rubro-Negro – Contra o Racismo, a luta não vai parar!”
A Unidos de Padre Miguel está em plenos preparativos para sua estreia no Grupo Especial do Carnaval de 2025, e o casal que atingiu a nota máxima em 2024, Vinicius e Jéssica, desfilam pela 12ª vez consecutiva à frente da condução do pavilhão da UPM. O primeiro casal do Boi Vermelho de Padre Miguel, em conversa com o site CARNAVALESCO, destacou a importância de finalmente conquistar o tão sonhado lugar no Grupo Especial, compartilhando também como foi pisar no barracão da Cidade do Samba pela primeira vez e o que podemos esperar da apresentação deles em 2025.
Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO
Jéssica, que já desfilou no Especial em 2012 com a Renascer de Jacarepaguá, destacou a importância e a emoção de participar ao lado de toda a equipe da Unidos de Padre Miguel. Para ela, estar presente nesse cenário é uma experiência incrível e emocionante: “Estava conversando agora com a nossa diretora das baianas sobre isso porque a gente chegou, chegamos no Grupo Especial e é emocionante poder estar aqui com a nossa equipe, todo mundo reunido nessa festa maravilhosa. Está tudo lindo, maravilhoso, e é uma emoção estar aqui com a Unidos de Padre Miguel”.
Para Vinicius esse momento também é muito emocionante. O mestre-sala destacou o quanto lutaram e buscaram por isso: “A emoção é muito grande porque foram anos esperando por esse momento da escola, esse acesso ao Grupo Especial, e hoje estar aqui pertencente a esse grupo, é de uma importância muito grande. A gente lutou e buscou por isso há muito tempo. É só alegria”.
A porta-bandeira expressou sua emoção ao descrever sua primeira visita ao barracão na Cidade do Samba, destacando que tudo é novo e emocionante, pois a jornada até chegar ali foi marcada por muita luta e esforço. Agora, estar presente e fazer parte desse ambiente tão especial é uma conquista significativa para ela e para toda a escola, gerando uma grande emoção.
“É tudo muito novo para Unidos de Padre Miguel, mas é tudo muito emocionante, porque a gente lutou tanto para estar aqui e hoje a gente conquistou. É uma emoção muito grande”, expressou Jéssica.
Vinicius revelou o quanto essa experiência de entrar no barracão foi marcante, porque depois de tantas tentativas e fracassos, ele começou a aceitar que talvez não alcançaria esse objetivo e agora que finalmente conseguiu conquistar esse lugar, surge a ansiedade para começar os ensaios e aproveitar ao máximo essa nova fase na Cidade do Samba.
“Por muito tempo, de tanto a gente bater na trave e não conseguir, parece que a mente estava aceitando, aqui não é meu lugar e está tudo certo. E quando a gente chegou, olhava esse galpão grande, falei: ‘É real, existe!’. Estamos ansiosos para começar a ensaiar e usufruir o máximo possível”.
Jéssica revelou que, para a apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos de Padre Miguel no Carnaval de 2025, eles não perderão sua essência. Ainda buscarão inovações para sua coreografia e dança, mas sempre mantendo o tradicional que é característico da escola.
“A gente não pode perder a nossa essência. A nossa essência a gente jamais vai perder. Mas sim, vamos buscar coisas novas para nossa coreografia, para nossa dança, mas sem perder a nossa essência, a essência do tradicional”.
Vinicius completou enfatizando que os casais compartilharam que o Especial se baseia mais na tradição do que em inovações ou modernismo. Assim, eles planejam seguir essa linha, pois tem sido bem-sucedida para a Unidos de Padre Miguel:
“Os casais que já fazem parte do Especial, eles foram muito humildes em conversar com a gente e explicar que o Especial é muito mais tradição do que invenção, modernismo. Nós vamos caminhar por essa linha, porque está dando certo”.