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TV Globo: Sambistas comentam sobre possível volta do jornalismo nas transmissões dos desfiles

No Carnaval 2024 houve um grande debate sobre as transmissões dos desfiles das escolas de samba. Nas últimas semanas, circularam informações pela internet de que a TV Globo, detentora dos direitos de transmissão do carnaval do Rio e São Paulo, mudaria novamente seu estilo de comunicação ao público. Neste ano, a emissora praticamente abandonou o jornalismo que sempre fazia e deu ênfase aos influencers junto às escolas com o objetivo de atrair mais audiência. Entretanto, não deu certo. O canal registrou uma das piores audiências da história e as discussões entre os sambistas é sobre o formato que não deu a devida atenção aos quesitos e a competição. O site CARNAVALESCO conversou com sambistas presentes no evento do sorteio na Cidade do Samba e questionou sobre o modelo preferido e o que falta para uma eventual melhora. Uma curiosidade é que, por unanimidade, todos falaram dos esquentas.

desfile viradouro
Foto: Alexandre Vidal/Divulgação Rio Carnaval

Esquenta da escola é importante

Luygui Silva, mestre de bateria da Vigário Geral, diz ser importante a volta do jornalismo, pois prefere assistir os bastidores. “É importante voltar o jornalismo, mostrar os bastidores da escola e voltar com aquela ideia da transmissão antiga. É muito bacana, vai ser muito legal”, declarou.

luigy

Perguntado sobre o que gostaria de colocar em uma transmissão, o músico não hesitou em falar dos esquentas. “Sem dúvidas é o esquenta. Se na transmissão pudesse mostrar para todo o Brasil, o esquenta todo dedicado à escola seria de grande importância. Acho que traria mais pessoas para o carnaval”, completou.

Três dias de desfile e a falta dos esquentas

A jovem musicista Laísa Lima exaltou os canais que sempre dão atenção maior ao carnaval e, também, enalteceu a Rede Globo e já vê um futuro promissor com os três dias de desfiles. “Nós sambistas, preferimos alguns canais no qual valorizam a gente, que não nos tirem do ar. Porém, a Globo é e sempre será a maior emissora a televisionar de maneira correta o carnaval. Agora, o Rio está com um formato de três dias de desfiles. Acredito que nada vai atrapalhar. O campeonato é maravilhoso”, comentou.

laisa

Seguindo a linha de pensamento do mestre Luygui, a profissional da música sente falta dos esquentas. De acordo com Laísa, falta pegar a emoção dos componentes antes de entrar na passarela. “Falta aquele esquenta. Vou nem dizer do Setor 1 ao boxe, mas pelo menos o mínimo ali do boxe. Aquele grito de guerra, o samba exaltação, a hora que a gente chora, se emociona… Eu sinto muito a falta disso. Eu gostaria que as pessoas entendessem o nosso sentimento de escola naquele momento”, disse.

Carnaval é alegre e do povo

José Carlos Machine, síndico do Sambódromo da Sapucaí foi bem sucinto em relação ao tema. Segundo o funcionário do local, o carnaval é do povo e tudo precisa ser mais alegre. “Eu prefiro a diversão, porque é mais alegre. Eu acho ótimo o pessoal entrevistando o público no meio da arquibancada. O carnaval é o povo”, afirmou.

machine

Precisa-se acostumar com o novo e implementar várias novidades

O coreógrafo de ala das passistas e comissão de frente, Diego Nascimento, tem várias ideias. O profissional vai ao contrário do que muita gente pensa e apoia a ideia dos influencers dentro da transmissão. O dançarino crê que deveria ter mais tempo para esse formato se provar a valer à pena e que o público deveria se acostumar com as novidades.

“Eu sou uma pessoa que eu gosto da novidade. Ao contrário do que muita gente falou, eu gostei muito dessa nova programação de entretenimento, de colocar outras pessoas de fora. Eu acho que vieram pra agregar. Na minha opinião, pode estar havendo um retrocesso pela questão de voltar para o mesmo que todo mundo já conhece, que já era algo que eu não gostava. O que acontece hoje em dia é que muita gente está com medo do novo. Eles não estão dando tempo para poder se provar se é algo que veio mesmo para ficar e se é válido ou não. Eu acho muito que a Globo, na minha opinião, poderia fazer o que ela às vezes já fez no Multishow, que é mesclar o jornalismo e o entretenimento”, opinou.

diego

O dançarino é mais um sambista que apoia a volta dos esquentas. Além disso, gostaria de ênfase para as alas de passistas, que é um segmento importante do carnaval. “Eu acho que todo mundo sente falta do esquenta das escolas. Além dos esquentas, eu acho que deve passar mais nas alas da comunidade, dar uma visibilidade também maior para as passistas, que é uma ala que muita gente não sabe. Eu falo porque hoje eu sou coreógrafo de ala e de alegoria da Portela. Hoje eu ajudo na comissão de frente da Viradouro. Porém, eu já fui passista. É um segmento que faz o carnaval acontecer. É um segmento que não para e não tem férias no carnaval”, disse.

Por fim, Diego comenta que gostaria de maiores bastidores, como os componentes se arrumando e a correria que existe antes da escola entrar na pista. “Falta também explicação daquele segmento, o quanto importante é para a escola de samba, para o carnaval do Rio de Janeiro. Eu acho que falta pegar o pessoal se preparando, colocando a roupa, aquela correria gostosa, aquele desespero, se o carro vai entrar ou não. Falta desmembrar mais e pegar essas alas de comunidade e saber inserir dentro da transmissão”, finalizou.

Samba Patrimônio é a nova exposição do Museu do Samba

O Museu do Samba abriu uma nova exposição. Intitulada “Samba Patrimônio”, a mostra tem como proposta inserir o visitante na atmosfera do samba carioca e contar um pouco da história social por trás do samba-enredo, do partido alto e do samba de terreiro. Para seguir nessa viagem, o Museu do Samba expõe itens característicos da indumentária e do ritmo do samba, além de prestar homenagens a sambistas ilustres de agremiações carnavalescas e rodas de samba e mapear a geografia do samba no estado do Rio.

Foto: Divulgação/Museu do Samba

“Samba Patrimônio é mais que uma exposição, é um ambiente de acolhimento, pensado para despertar o sentimento de pertencimento e inspirar uma sociedade mais integrada, democrática, e que reconheça a riqueza desse patrimônio cultural. É uma mostra que celebra a identidade do sambista, exalta suas lutas e reconhece a força cultural e social do samba”, explica Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba.

*Ineditismo* – A maioria das peças da nova mostra foi doada à instituição pelos próprios sambistas e suas famílias e fazia parte da reserva técnica do museu, ou seja, daquela parte do acervo guardada longe dos olhos do público e ainda inédita. Roupas e acessórios típicos do visual do samba ganham destaque com itens como o exuberante colar de crioula da cantora Alcione e a guia de orixás do compositor Arlindo Cruz. Os chapéus panamá de Monarco e Tia Surica da Portela, o sapatinho bordado de Dona Zica da Mangueira, e o sapato bicolor de Wanderley Caramba, compositor da Estácio de Sá, também marcam presença, exibindo o estilo inconfundível da tradição que virou marca registrada do samba.

No mesmo setor, um painel de madeira presta homenagem a oito baluartes conhecidos pela elegância e originalidade em se vestir, caso de Mestre Dionisio, fundador da Escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, de Tia Nilda, presidente da ala das baianas da Mocidade Independente de Padre Miguel, de Zé Catimba, compositor da Imperatriz Leopoldinense, Djalma Sabiá, fundador do Salgueiro, Carlinhos Brilhante, lendário mestre-sala da Vila Isabel, do compositor Tiãozinho da Mocidade e, ainda, Nelson Sargento e Dodô da Portela. Ao tocar na foto do artista, a imagem gira como uma janela que se abre, tornando visível uma mini biografia de cada homenageado.

*Ritmo e poesia* – No espaço dedicado ao ritmo, à música e à poesia do samba, estão expostos o repique de mão de Ubirany e o pandeiro de Bira Presidente, os irmãos fundadores do bloco carnavalesco Cacique de Ramos e do grupo Fundo de Quintal, símbolos das inovações rítmicas e melódicas do gênero no início da década de 1980. A essa valiosa “bateria”, se juntam o tarol de Mestre Ciça, veterano mestre de bateria da Unidos do Viradouro, e o imponente agogô de 22 bocas de Ciro do Agogô, junto com a fantasia que o percussionista da Unidos de Vila Isabel usou no desfile de 2004.

Garantindo a harmonia, o histórico violão do compositor Cartola é uma das preciosidades da exposição. Ao seu lado, o manuscrito de ‘As rosas não falam’, um dos maiores sucessos do mestre mangueirense. Os Estandartes de Ouro do compositor Aluísio Machado, do Império Serrano, autor do antológico samba-enredo “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, de 1982, também ganham destaque.

*Geografia do samba e resistência* – A exposição Samba e Patrimônio passeia ainda pelo mapa da Geografia do Samba no Rio de Janeiro, apresentando ao visitante a localização das escolas de samba e das principais rodas de samba da cidade do Rio de Janeiro e sua Região Metropolitana, Niterói e Baixada Fluminense. Estão listadas 19 rodas, como Beco do Rato, Candongueiro, Samba do Trabalhador, Feira das Yabás, Tia Doca, Tia Gessy e Samba da Dida. Além das escolas que desfilam na Marquês de Sapucaí e na Estrada Intendente Magalhães, o mapa aponta ainda locais de referência para a história do gênero, como Pedra do Sal, Igreja da Penha, Largo do Estácio e Cidade do Samba.

Samba e Patrimônio relembra também um ato de resistência protagonizado por Candeia: a fundação, junto com Neizinho, Wilson Moreira e Mestre Darcy do Jongo, do Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, em 1975. O lendário compositor da Portela afastou-se de sua escola de samba do coração, criticando fortemente as inovações trazidas pelas agremiações nos desfiles e a falta de valorização do sambista e suas tradições. A bandeira original do GRANES Quilombo faz parte da mostra, que conta detalhes desta história de resistência.

*Sambistas Pintores* – Uma agradável surpresa da nova mostra do Museu do Samba é a presença de duas telas, em estilo arte naif, pintadas por sambistas que também foram artistas plásticos. São eles Wanderley Caramba, célebre autor de sambas de terreiro, e Nelson Sargento, eterno baluarte da Estação Primeira de Mangueira. Wanderley e Nelson integraram o grupo Pintores do Samba, fundado em 1984 e composto ainda por Guilherme de Brito, Heitorzinho dos Prazeres e Sérgio Vidal.

*Créditos e patrocínio* – A exposição Samba Patrimônio é patrocinada pelo Ministério da Cultura, por meio do Ibram – Instituto Brasileiro de Museus, com verba de emenda parlamentar da deputada federal Benedita da Silva.

A exposição tem idealização e curadoria de Nilcemar Nogueira e Nathalia Basil, com pesquisa de Juliano Dumani, Camila Reis e Annanda Baptista. O projeto expográfico é de Lilian Sampaio.

SERVIÇO
Exposição Samba Patrimônio
Local: Museu do Samba
Endereço: Rua Visconde de Niterói, 1296 – Mangueira
Horário: de terça a sábado, das 10h às 17h
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada) – Grátis para estudantes da rede pública

Fundo de Quintal é confirmado no Rock in Rio

O maior festival de música do país confirmou a participação do Fundo de Quintal no Palco Favela, no dia 19 de setembro. Será a primeira vez do quinteto formado por Bira Presidente (pandeirista), Sereno (tantã), Márcio Alexandre, Junior Itaguay (banjo), Ademir Batera (bateria) e Tiago Testa (repique de mão) no evento.

fundo quintal
Foto: Divulgação

“Na primeira batida do tantã, do repique de mão e do pandeiro, todo mundo já sabe que vai ouvir samba da mais alta qualidade. O impacto do Fundo de Quintal vai além dos palcos e se estende ao universo digital, onde mantém uma presença sólida com milhões de visualizações em seu canal no YouTube, além de uma considerável base de ouvintes mensais em plataformas de streaming”, divulgou o Rock in Rio em comunicado.

Com quase 50 anos de carreira, o Fundo segue arrastando uma multidão nos shows Brasil afora e com milhões de views nas plataformas digitais. No mês passado, o grupo lançou um novo trabalho: o EP “Samba de Roda”. A obra é composta por três inéditas: “Bora Bora”, de Sereno, Jr. Itaguay, Márcio Alexandre e Vitor Souza; “Samba de Roda” – Sereno e Polegar; e “Um sonho se perdeu”, de Alcino Correia Ferreira e Marquinhos PQD.

O Fundo de Quintal é um grupo de samba brasileiro formado no Rio de Janeiro na década de 1970. Surgido a partir das rodas de samba do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, agremiação criada por Bira Presidente, Ubirany e Sereno em 1961. Entre os grandes nomes que passaram pelo Fundo de Quintal, muitos foram fazer carreira solo. A lista é grande. Entre eles, estão Jorge Aragão, Sombrinha, Arlindo Cruz, Cleber Augusto, os saudosos Almir Guineto e Mario Sérgio, e outros sambistas que construíram a história do grupo.

Viradouro recebe a Vila Isabel na feijoada deste sábado

A Unidos do Viradouro vai receber no próximo sábado a Unidos de Vila Isabel durante a feijoada na quadra da escola, em Niterói. Do encontro, vão participar os principais nomes dos segmentos das duas agremiações. Wander Pires, por exemplo, receberá o intérprete Tinga, voz oficial da azul e branco. Os dois vão presentear o público com repertório de sambas-enredo clássicos de suas respectivas escolas.

wander tinga
Foto: Divulgação

O evento, que começa às 14h, contará ainda com shows da cantora Gau Silva e do Intimistas, grupo que vem lotando pagodes em vários pontos do Rio de Janeiro e de Niterói, com repertório de qualidade.

O ingresso custa R$ 30 e pode ser comprado antecipadamente na secretaria da quadra, que fica na Avenida do Contorno, 16, no Barreto, Niterói. O prato de feijoada, servido até 17h, sai por R$ 25. A classificação etária é de 6 anos, com menores acompanhados por responsáveis. Informações pelo 21-28280658.

Viradouro recebe Vila Isabel
Data: 08/06
Horário: 14h
Local: Quadra da Viradouro, Av, do Contorno, 16, Barreto, Niterói
Atrações: Shows da Viradouro e Vila Isabel, Gau Silva e Grupo Intimistas
Ingresso: R$ 30
Prato de feijoada (servido até 17h): R$ 25
Classificação etária: 6 anos, com menores acompanhados por responsáveis
Informações: 21-28280658

Unidos da Tijuca inicia projetos de samba no pé e percussão na quadra de ensaios

A Unidos da Tijuca já começou as atividades para o Carnaval de 2025. Duas oficinas começaram a agitar a quadra da agremiação. Além da Oficina de Percussão Pura Cadência realizada nas tardes de sábado, a agremiação contará agora com o projeto Sambando com o Pavão, oficina de samba no pé. Podem participar homens, mulheres e crianças acima de 8 anos.

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Foto: Mauro Samagaio/Divulgação Tijuca

As aulas de samba no pé ocorrem todas às quartas-feiras a partir das 19 horas na quadra localizada na Avenida Francisco Bicalho. Para se inscrever basta ir até o local no dia e horário das aulas ou se inscrever através do WhatsApp 21 96942-9076. As aulas serão ministradas pela coordenadora da ala de passistas da Unidos da Tijuca, Leyla Barros. Além de aprender o verdadeiro samba no pé, os alunos poderão aprimorar um pouco mais seus conhecimentos na expressão e postura corporal.

Já quem optar em aprender a tocar um instrumento, pode ingressar na oficina de percussão Pura Cadência. O projeto, de desenvolvimento do mestre Casagrande, acontece nas tardes de sábado, oferecendo aulas de: caixa de guerra, repique, marcação, tamborim e chocalho. Os interessados precisam ter acima de 12 anos de idade. Para se inscrever o interessado deverá entrar em contato com o WhatsApp 21 99441-2080.

Serviço:
– A quadra da Unidos da Tijuca fica localizada na Avenida Francisco Bicalho 47 – Santo Cristo
– As aulas de Samba no Pé custam R$ 20 (mensal) e ocorrerão às quartas-feiras, a partir das 19h.
– As aulas de Percussão custam R$ 100 (mensal) e ocorrem aos sábados, a partir das 14 horas.

– Inscrições: 21 96942-9076 (Samba no Pé) e 21 99441-2080 (Percussão)

A amarelo ouro e azul pavão do Morro do Borel desfilará dia 03 de março de 2025, segunda-feira de carnaval na Marquês de Sapucaí pelo Grupo Especial com o enredo “Logun-Edé – Santo Menino que Velho Respeita” do carnavalesco Edson Pereira.

Mocidade promove intercâmbio cultural com escola de samba de Londres

O setor de comunicação da Mocidade Independente de Padre Miguel realizou no domingo um intercâmbio cultural com a London School of Samba, escola de samba da capital da Inglaterra apadrinhada pela verde e branca de Padre Miguel desde 1989.

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Foto: Divulgação/Mocidade

O encontro teve como objetivo a troca de experiências e conhecimentos nas áreas de marketing e comunicação, setores em que a Mocidade já se consolidou como referência no Carnaval carioca.

“Feliz demais em poder realizar essa troca do outro lado do mundo e ver que a Mocidade é respeitada em Londres e tem muita gente seguindo nossos passos. Que possamos contribuir muito com o desenvolvimento local e compartilhar as coisas que estamos fazendo dentro do âmbito do marketing, comercial e comunicação”, afirmou o diretor de comunicação, Bryan Clem.

Durante o intercâmbio, houve um momento de descontração, no qual cantaram os principais sambas da escola. Entre eles, o “Caju”, que dominou as paradas de músicas virais no Rio de Janeiro no Spotify, ficando à frente de grandes sucessos da como Oruam, Filipe Ret e MC Cabelinho.

Em homenagem à estrela guia da Zona Oeste, a London School of Samba adota as cores verde e branca em seu pavilhão e levou para o desfile em Notting Hill, em 2022, um dos principais enredos da Mocidade: “Sonhar não custa nada”.

Além disso, a agremiação inglesa oferece oficinas de percussão, confecção de fantasia e samba durante o ano, afirmando seu compromisso com a comunidade e cultura do Carnaval.

Dudu Azevedo revela como está a preparação para o Carnaval de 2025 da Mangueira

Em busca de reforçar sua equipe para o carnaval de 2025, a Estação Primeira de Mangueira conta com o reforço de Dudu Azevedo. Com uma grande experiência que inclui passagens pelo Salgueiro, Grande Rio e Beija-Flor de Nilópolis, o diretor de carnaval traz consigo um conhecimento valioso para contribuir com a Verde e Rosa. Em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, ele expressou sua felicidade com essa nova fase e ressaltou como tem se sentido acolhido pelo povo mangueirense. Além disso, o diretor compartilhou um pouco sobre seu trabalho com o novo carnavalesco, Sidnei França, e revelou detalhes sobre como funcionará a disputa de samba na escola.

dudu azevedo mangueira
Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO

Dudu Azevedo expressou sua felicidade com sua nova posição na direção de carnaval da Mangueira, destacou a receptividade calorosa que recebeu da comunidade mangueirense, descrevendo-a como fervorosa e ansiosa pelo próximo desfile. O diretor de carnaval acredita que o enredo será grandioso, a conexão da Mangueira com a ancestralidade é um ponto forte, e os mangueirenses se orgulham de suas raízes ancestrais. Ele enfatizou a importância de estarem felizes e agradeceu todo o apoio recebido da comunidade. Dudu também mencionou a expectativa pela escolha do samba, prevendo ainda mais apoio da quadra para fazer um carnaval cheio de sorrisos. Ele está confiante de que os mangueirenses estarão satisfeitos na quadra este ano.

“Eu estou muito feliz, fui muito bem abraçado pelo povo mangueirense, uma nação que está bem aguerrida para o próximo carnaval, bem participativa e esperando muito essa leitura da sinopse para se embrenhar mais no enredo, depois do sucesso que foi o lançamento. A Mangueira gosta de falar de ancestralidade, o mangueirense gosta de bater no peito e falar das suas raízes ancestrais, então a gente acredita que vai ser um grande enredo, vai ser um grande desfile com a equipe, com o Sidnei e toda a equipe que com todo carinho está cuidando disso, mas o mais importante é a gente estar feliz e eu estou muito feliz com todo o abraço que o mangueirense vem dando para gente. E olha que ainda nem tem samba, quando tiver com essa quadra fervendo, acho que vai ser mais abraços ainda para gente tocar um carnaval de sorriso. Tenho certeza de que o mangueirense na quadra esse ano vai sorrir”, expressou Dudu.

Dono de cinco títulos em SP, Sidnei França chega na Mangueira e fala do enredo: ‘reflete e reforça a ancestralidade preta’

Dudu compartilhou que o trabalho com o novo carnavalesco Sidnei França está fluindo muito bem, eles estão trabalhando juntos passo a passo, estipulando datas em comum acordo e mantendo uma comunicação constante. A direção de barracão também está bastante envolvida, com um processo de trabalho adiantado e os carros já preparados, aguardando a arte de Sidnei. O processo de construção do carnaval está sendo conduzido com tranquilidade e com participação de todas as partes, incluindo a direção de barracão, direção de carnaval e o carnavalesco. A expectativa do diretor de carnaval é que a plástica do desfile seja exuberante, refletindo a assinatura criativa de Sidnei.

“O Sidnei é muito cordial, muito comunicativo, ele vem passo a passo conversando com a gente. Estamos estipulando datas, sempre em comum acordo. Eu e ele, a direção de barracão também já está com um processo de trabalho bem adiantado, os carros já limpos, esperando a arte do Sidnei. A gente vem construindo o processo do carnaval com muita tranquilidade, com muita participação da direção de barracão, direção de carnaval, do carnavalesco, para gente criar as datas e o cronograma. E a arte total na mão dele, ele está bem feliz, ele demonstra muita felicidade de estar conosco, e acredito que ele vai ter uma plástica exuberante, que já é uma assinatura dele e é isso que a gente espera”, compartilhou Dudu.

Conheça a sinopse do enredo da Mangueira para o Carnaval 2025

O diretor de carnaval explicou que haverá uma mudança significativa no processo de disputa de samba para o próximo ano. Não haverá mais o pagamento inicial das obras. Os sambas serão inscritos no concurso sem o pagamento e, após a divulgação da sinopse, os compositores terão quatro datas no barracão para tirar dúvidas sobre o enredo. Dessa vez, será realizada uma audição no barracão, com acesso restrito à diretoria e às pessoas envolvidas na escolha do samba, como membros da harmonia e da bateria. Nessa audição, será possível ouvir os sambas em primeira mão e entender qual deles alcançou a grandeza esperada pela Mangueira para o desfile. Após essa etapa, o samba classificado será liberado para gravação, e os compositores terão um mês. Posteriormente, a Mangueira divulgará os sambas em suas redes.

“A grande mudança é não ter o pagamento inicial das obras. As obras hoje se inscrevem no concurso sem o pagamento e após os sambas, após a sinopse, os sambas têm quatro datas no barracão para tirar dúvidas. São os tira dúvidas, e aí todo compositor ia lá no barracão e mostrava o samba, mas dessa vez vamos fazer um lance oficial, a gente vai fazer uma audição no barracão, barracão fechado só para a diretoria, só para as pessoas envolvidas com a escolha do samba, da diretoria, harmonia, bateria, para que a gente possa ouvir o samba em primeira mão e entender quem alcançou a grandeza da Mangueira de um grande samba por desfile e a gente libera para gravação e aí eles terão um mês para gravar e aí depois a Mangueira divulga na sua rede”, explicou Dudu.

Integrantes da Mangueira aprovaram a escola fechar o domingo de carnaval

Sonhando com os sambistas do amanhã, presidente da Associação das Escolas Mirins comenta mudanças nos desfiles

O presidente da Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro, a AESM-Rio, Edson Marinho, esteve no sorteio da ordem dos desfiles do Grupo Especial, na Cidade do Samba no último dia 23. O CARNAVALESCO conversou com ele sobre a situação das escolas mirins e a mudança de dias de desfiles. Marinho falou sobre a parceria com a Liesa para a realização dos mesmos, enaltecendo que ela dará uma qualidade maior para o desfile das escolas mirins. Ele citou também como a Liga pode ajudar na visibilidade e na receita dos desfiles mirins através de alguns projetos, junto da mudança de dia de desfiles.

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Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“Rio Carnaval, a empresa, junto com o presidente Gabriel está nos apoiando, juntamente com a Liesa e a gente está muito esperançoso que realmente essa mudança, de terça para a sexta que antecede o sábado das campeãs, a gente acredita que, com toda segurança que foi combinado acordado, vai conseguir fazer um grande desfile, ainda mais com o suporte maior da Liesa, que sempre nos ajudou. Mas, que essa proposta, essa nova administração, nós estamos acreditando que vai ser bem maior a qualidade do desfile, até a questão de segurança para as crianças, as roupas, de dar uma qualidade realmente maior para o desfile e vai ter mais alguns dias para trabalhar com mais calma, já que a grande maioria que trabalha no carnaval mirim, trabalha no carnaval das escolas, seja da Sapucaí ou da Intendente. O pessoal já trabalha muito e na sexta-feira a gente acredita que vai ter um tempo maior para a gente poder trabalhar”.

Em relação a mudança para sexta, o presidente Marinho comentou que o desfile deve começar um pouco mais tarde, e que vai buscar junto a prefeitura um ponto facultativo na sexta antes do desfiles das campeãs para realizar o desfile mirim, e que isso não prejudicaria os pequenos sambistas que irão desfilar:

“A gente está almejando, junto ao prefeito, pedir o ponto facultativo sexta-feira para que tenha a possibilidade de fazer realmente o desfile com mais tranquilidade. Embora a gente tenha pretensão de começar um pouco mais tarde. Acredito que na hora que a gente começar o desfile as crianças já não vão estar mais na escola. Sobre o horário, a gente vai conversar ainda com a Liesa, juntamente com a Primeira Vara da Infância e Juventude. A gente tem uma pretensão de começar às 18h ou às 19h”.

Edson comentou também sobre a transmissão dos desfiles das escolas mirins pela Rio Carnaval, deixando inclusive uma possibilidade de ser transmitida por uma TV aberta.

“Tem essa possibilidade. A Rio Samba tem a possibilidade de transmitir no canal, Milton Cunha fazendo a cobertura, transmitindo ao vivo. E tem outros sites também que já fazem esse trabalho, a gente também não pode chegar e dispensar. Já vai ter um grupo que vai estar transmitindo sim, talvez, até tem uma grande possibilidade até de uma emissora, uma TV aberta, transmitir”.

Evelyn Bastos revoluciona o carnaval ao ser empossada diretora cultural, planeja parcerias com escolas públicas e trazer crianças do desfile mirim para a Liesa

Por fim, Edson Marinho comentou o que espera das escolas mirins e o que ele almeja para cada pequeno sambista que vive em comunidade no dia a dia das escolas:

“As escolas mães tentam dar realmente um grande apoio. Tem outras que nem tanto, não dão grande atenção. A gente sonha com o desfile mirim que tenha cada vez mais, que as pessoas realmente reconheçam o valor, que é o sambista do futuro. O carnaval mirim, eu costumo falar, a gente usa o samba como uma grande ferramenta de inclusão. Para desfilar tem que estar estudando. Então, aí a gente começa a estar se preparando, formando cidadãos. E também uma grande preocupação que nós temos realmente é com material humano para fomentar, para sustentar o carnaval. O carnaval mirim funciona como se fosse uma grande equipe. Eu costumo associar com um clube de futebol. Tem os profissionais, que no caso do samba são os adultos, e tem os juniores, que são os mirins, se preparando para poder ser um adulto, ser um grande sambista do amanhã”.

Profetizou! Antes do sorteio, Selminha disse que queria Beija-Flor na segunda-feira e o desejo aconteceu

A porta-bandeira Selminha Sorriso, antes do sorteio da ordem dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro, já tinha revelado ao site CARNAVALESCO que queria desfilar na segunda-feira. E deu certo! A escola de Nilópolis será a segunda a desfilar. No mesmo dia ainda vão se apresentar a Unidos da Tijuca, que será a primeira, o Salgueiro, a terceira, e o encerramento será da Vila Isabel.

Beija-Flor ressalta pontos didáticos da sinopse que homenageia Laíla: Fé, protagonismo preto e profundo conhecimento musical

“Todos sabem que a segunda-feira é a minha preferência. Para mim, era o dia que mais importava. Mas é claro que, independente do dia, a Beija-Flor fará um grande carnaval em homenagem ao nosso grande mestre Laíla – essa figura emblemática do samba e da Beija-Flor”.

Novo vice-presidente da Beija-Flor, Thiago David, celebrou o enredo para o ano que vem, que homenageia Laíla.

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“Acho que a comunidade da Beija-flor é forte. Estamos vindo com um enredo mais forte ainda. Temos tudo para fazer um grande carnaval”.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Flávio Mello é aclamado como presidente da Lins Imperial

A Sociedade Recreativa Escola de Samba Lins Imperial aclamou Flávio Mello e Geraldo Gonçalves como presidente e vice-presidente, respectivamente, pelos próximos três anos.

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Foto: Geissa Evaristo/Divulgação Lins Imperial

A Assembleia Geral e Prestação de Contas teve início às 10hs da manhã, em primeira chamada, e às 11h, em segunda chamada. O Conselho Fiscal iniciou a Assembleia aprovando as contas do último triênio 2022/2024. Duas chapas se inscreveram no pleito, mas somente uma foi aprovada e assim foi aclamado como presidente da agremiação, Flavio Mello.

Vale lembrar que Flávio resgatou a credibilidade e promoveu a união de suas comunidades, o que é a base da agremiação. O presidente continuará o trabalho que vem sendo feito nos últimos anos, incluindo um campeonato na Série Prata e o retorno da verde e rosa à Sapucaí na Série Ouro. Com o descesso para a Série Bronze no último carnaval, devido a um incidente com uma alegoria, o objetivo principal no próximo triênio é voltar ao topo.

A agremiação divulgará em breve enredo e equipe para o próximo carnaval.