RUFAM OS TAMBORES PRA SAUDAR O POVO DA MATA
SALVE A NOSSA AMZÔNIA!
NESSA VIAGEM MEU LEÃO SE ENGEROU
TEM PAJELANÇA, TUCUMÃ É NATUREZA
NA TERRA DE ENCANTO E RIQUEZAS
QUE DEUS TUPÃ ABENÇOOU!
ÔÔÔ GUARACY COCAR DE FOGO
ÔÔÔ JACY LUA DE PRATA
TANTA MAGIA DA FAUNA E DA FLORA SAGRADA
RIOS CACHOEIRAS E CASCATAS
SALVE… ETERNOS ENCANTADOS GUARDIÕES
CHICO, DOROTHY, BRUNO E DOM
SE UNEM AO CURUPIRA, CAIPORA E YKAMIABAS
É LINDO O CANTO DO UIRAPURU…
O BOTO, E A ARARA AZUL
ONĆA PINTADA… BELEZAS RARAS
NO FOLCLORE, A TRADIÇÃO DOS FESTIVAIS
GARANTIDO E CAPRICHOSO… QUE EMOÇÃO!
EU TENHO A COR VERMELHA DOS NOSSOS ANCESTRAIS
MEU SAMBA CLAMA…
DESMATAMENTO NUNCA MAIS!!!
MEU ESTÁCIO É A AMAZÔNIA HOJE NA SAPUCAÍ
O PULMÃO DO MUNDO É AQUI
EU SOU GIERREIRO DA FLORESTA, UM GUARDIÃO
LUTANDO POR PRESERVAÇÃO
Compositores: Marcio Alexandre, Waltinho Honorato, Allan Da Doca, Jean Baratão, Paulinho Da Lins, Batista Coqueiral, Sandro Compositor, T’Nem, Wilsão e Thiago Rodrigues
Os meus olhos viram coisas
E afirmo francamente
Qualquer um duvidaria
Eu vi fera meio gente, eu vi planta virar gente
Eu vi noite virar dia…
Real ou fantasia não consigo distinguir
Seduzido mata adentro após soprar Yamandaci
Conheci Uirapuru, Jurupari… Uiara
Toda Riqueza de Ypure filha de Anhangá
Com permissão de Yara mãe matei a sede
Boiaçuquara… Dinaí olhos brilhantes
Ouvi dizer que no Reino dos urubus
Teve um bravo… muito bravo
Que casou com Tamapú
Cabelos de fogo saindo do Jequitibá
Feitiçaria lançada pra atormentar
7 encantados guardiões da Floresta
Em Dons e Mendes a força ancestral manifesta
Que energia Surreal Ueee aaaa
Senti a cada festival Uuueee Aaaa
Me garanti caprichei na toada
Dancei com a porta bandeira na mata
ME “DEIXA FALAR”
O meu rugido é um alerta de preservação
Originários aqui ninguém solta a mão
Da natureza, do samba e do mundo
Meu povo é voz diversidade cultural
É Guerra ou Festa por motivo especial
Do São Carlos pra Amazonia… Da Amazonia a Avenida
Tem pajelança pra contar o que vivi
Sou Leão do Velho Estácio Guerreiro Empoderado
Com meu corpo engerado virei Guarini
Sou eu o leão empoderado e cheguei na Amazônia
Pra conhecer a flora e fauna, suas riquezas culturais
Eu vou devaniando há dentro a mata
Iamandacy mãe poderosa com seu sopro abre a clareira
Criando a passarela florestal
De braços abertos o Page guiou
Mistérios e lendas pra me encontrar
E seres que aqui encontrei
Vi tribos em seus rituais
Sou leão guarani e guerreiro nesse lugar
E alucinado eu vou… vou que vou
Deslumbrado na floresta
De riquezas e encantos
Natureza está sofrendo
Proteger a hora é essa
Pare a ganância chega de desmatamento
E as queimadas não podem existir jamais
Que os animais tenham paz e não tormento
Não ter malandro pra roubar os minerais
Os guardiões e defensores da floresta
Em suas lutas buscam o mesmo ideal
Caindo na festividade
Guerreiros em danças triunfais
Em Parentis emocionado até chorei
No Carnaval do Rio despertei
Bate forte o tambor…ô ô ô
Pisa firme na avenida
Sou leão estaciano
Não desisto vou a luta defendo a própria vida…
NO VENTRE DE YAMANDECY ACORDEI
VIVENCIEI MISTÉRIOS, LENDAS DA VERDE MATA
ENVOLVENDO ELEMENTOS DA FLORESTA, ABUNDANTE DE RIQUEZAS
VI YARA, NAIA E TAINAKÃ QUE EXALA O PURO AR
O TUCUMÃ COM SUA MAGIA
BELA YPURÉ ENCANTA, FILHA DE ANHANGÁ
CAMUFLADOS SURGEM SERES IMAGINÁRIOS
INVOCADOS POR YNHANGÔROM, PROTEGIDOS POR COARACI E YACI
BOIÚNA, A GUARDIÃ
DO LINDO REINO JURUPARI, UIRAPURU
UIARA NA TERRA MARAVILHOSA DE GENTE NATIVA E RELIGIOSA
COM PODER SOBRENATURAL
ILUSTRA A VIDA NESSA NATUREZA DIVINAL
COM BRAVURA, FORÇA E FÉ
FUI BATIZADO, CODINOME GUARINI
GUERREIRO REAL DA FANTASIA
LEÃO DO POVO ORIGINÁRIO GUARANI
EM REZA COM MARACÁ, COM MARACÁ, É NOITE DE LUA CHEIA
RUFAM OS TAMBORES, PAJELANÇA, TEM FESTA NA ALDEIA
INDÍGENA EM TRANSE CANTA E DANÇA A DEVOÇÃO
AO PAI MAIOR PEDE PAZ E PROTEÇÃO
XAMÃ NO RITUAL DO CACIQUE DA MATA
COM ERVA CURA, PURIFICA, LIVRA DO MAL
SE ENTRELAÇAM, COSTUMES, FOLIA E HISTÓRIA
HERANÇA DO SAGRADO ANCESTRAL
NESSA FLORESTA DE FOLCLORE SEM IGUAL
MINHA ESTÁCIO DE SÁ SE ENGERA EM ARTE
CULTURA QUE CHICO MENDES ABRAÇOU
E O LEÃO ENCANTADO RUGE PRO MUNDO OUVIR
QUE PRESERVAR É RESISTIR
À AMBIÇÃO QUE VEIO DESTRUIR
VAI EMBORA DAQUI, NÃO TEM JEITO NÃO
ESSE ESPAÇO É MEU
AMAZÔNIA É O NOSSO PULMÃO
Ouvi contar
Que meu amor estaciano
Num devaneio de encanto
Pediu licença entrou na mata
Conheceu Iamandacy, rebatizado Guarini
Na feitiçaria de um pajé
A fé num sopro sobrenatural
Desperta a beleza ancestral
Caminhando sobre as folhas e flores
Avistou o saber da aldeia
Valores pra proteger, pajelança e lua cheia
Coaraci, Yaci , Tainakã, ypuré
Sol, cor , estrela e brilho
Seres , mitos e crenças em seu delírio…
Sete espíritos a força guardiã
Os encantados guiarão o amanhã
Incorporado de caciques justiceiros
Que o garimpeiro um dia ceifou
A esperança em seu peito aflora
Amazônia lhe implora
O sonho não acabou
Entrou na roda ciranda
Eu quero ver cirandar
Caiu nas graças do folclore popular
Do norte chega o lutador guerreiro
Corpo pintado de vermelho
Pra ensinar o que aprendeu
Na defesa do que é seu!
É a lenda de um Leão
Alma do Velho Estácio
Engerado na floresta
Raiz do São Carlos
Compositores: Júlio Alves, Claudio Russo, Magrão do Estácio, Thiago Daniel, Filipe Medrado, HB, Serginho do Porto, Diego Nicolau, Tinga, Adolfo Konder, Dilson Marimba e Marquinhos Beija-Flor
Intérpretes: Tinga, Diego Nicolau e Serginho do Porto
JACI,
JÁ FAZ TEMPO É TESTEMUNHA OCULAR
EU “BEM TE VI” NA HISTÓRIA QUE VOU CONTAR:
VAI, LEÃO! VAI ENCONTRAR SUÇUARANA
À SOMBRA DE UMA IMBURANA
AO LADO DE MIL TRACAJÁS
NUM RITUAL, ARARA PULA NO CIPÓ
LÁ NA BEIRA DO IGAPÓ, ENCANTADOS ANCESTRAIS
POR SEU LEGADO, MÃE DA MATA DE TUPI
NESTE SOLO SAGRADO, AO PAJÉ FOI LEVADO
O REI GUARINI
PELO AMOR DE DEUS TUPÃ
PELO CANTO DA YARA
PELA FLOR DO TUCUMÃ
ESSA LUTA É TÃO CARA
SUCURI, SUCURIJU E A CONTA QUE NÃO FECHA
ENQUANTO HOUVER BAMBU, TEM FLECHA!
RASTRO DE BOIUNA, TRONCO DE JEQUITIBÁ
SUMAÚMA É PORTA-BANDEIRA A BAILAR
COARACI VEM CLAREAR
SETE ENCANTOS NO OLHAR
EU SOU O DOM DE RESISTIR, EU SOU ESTÁCIO
EU SOU O DOM!
ESSA BATALHA NÃO É FÁCIL
VERDE PRA VIVER, VER DE SER HUMANO
NESTE CORAÇÃO ESTACIANO
EU VOU! EU VOU!
LÁ VOU EU NA BATUCADA
NO CALOR DA MARUJADA
GARANTIR E CAPRICHAR
Ê, Ê, MEU BOI
O LEÃO FOI ENGERADO
DESCE O MORRO DE SÃO CARLOS
PRA VOLTAR AO SEU LUGAR
Em busca de um rápido retorno ao Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, a Unidos do Porto da Pedra lançou, em sua quadra de ensaios em São Gonçalo, o enredo “A História que a Borracha do Tempo Não Apagou” para o carnaval de 2025, desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Quintaes e o enredista Diego Araujo. O Tigre de São Gonçalo contará, no próximo carnaval, a história de Fordlândia, cidade utópica de Henry Ford, fundador de uma das maiores montadoras do mundo, no meio da Amazônia. O enredo tratará da tentativa do norte-americano de construir a cidade industrial no meio da floresta e o consequente abandono da ideia, após resistência do povo nativo.
Fotos: Gabriel Gomes/CARNAVALESCO
Na apresentação enredo na quadra, a escola realizou uma performance teatral com personagens vestidos de indígenas e plantas com um carro representando um veículo da montadora fundado por Henry Ford. A temática da Amazônia não é nova para a Porto da Pedra, que em 2023, também sob desenvolvimento do carnavalesco Mauro Quintaes, se consagrou campeã da Série Ouro com o enredo “A Invenção da Amazônia”.
“Mais uma vez, fomos rebuscar nas entranhas da Amazônia para trazer uma história que poucos conhecem. Portanto, é o momento onde o carnaval vira instrumento de cultura, de conhecimento e de interesse em cada tema que é colocado em uma escola de samba. A partir do momento em que vocês se deparam com uma história que não conheciam, certamente vão pesquisar, dar uma olhadinha. Se a gente conseguir colocar o mínimo de interesse em cada um no nosso enredo, certamente vai gerar outros interesses e é assim que a máquina cultural do carnaval funciona”, discursou Mauro Quintaes.
“A nossa história é uma fábula amazonense que conta uma história que foi esquecida pela história e nós estamos trazendo à tona”, completou.
Mauro Quintaes, rumo ao sétimo carnaval na Vermelha e Branca de São Gonçalo, explicou a mensagem do enredo. “A mensagem do enredo é uma crítica ao capitalismo que há séculos cobiça e tenta vilipendiar a nossa Amazônia. Esse enredo tem como foco o Brasil se rebelando contra, o que até hoje existe, o vilipendiar da nossa floresta”.
“Essa história já é conhecida, eu já tinha ela guardada, ela foi enredo no carnaval virtual, vim saber disso depois. É uma história fascinante, a ideia é trazer de novo essa resistência da Amazônia. É uma grande fábula, eu vou tratar o enredo com muita loucura, nada vai ser palpável, nem correto, é só tirar pela logo que a gente vê que vai ser uma grande loucura. A Fordlândia foi uma grande loucura de um grande empresário”, explicou Mauro em entrevista ao site CARNAVALESCO.
Presidente de honra promete briga forte pelo retorno ao Grupo Especial
Na apresentação do enredo da Porto da Pedra para o carnaval de 2025, o presidente de honra da escola, Fábio Montibelo, deu um forte discurso à comunidade presente na quadra da Vermelha e Branco. Fábio prometeu que a escola brigará forte pelo retorno ao Grupo Especial.
“A Porto da Pedra vai brigar para voltar de novo, não tem esse negócio de que caiu e vai ficar tantos anos para voltar, vamos brigar feio para voltar para o Grupo Especial porque a Porto da Pedra foi sacaneada, não merecia cair. Mas, infelizmente, erramos, pagamos o preço, acertamos e levamos porrada. A escola é forte e vamos voltar brigando”, disse.
Segundo o presidente de honra da Porto da Pedra, o enredo da escola para o carnaval de 2025 não era a primeira proposta apresentada pelo carnavalesco Mauro Quintaes, que precisou ser alterada após uma escola do Grupo Especial apresentar tema similar.
“O Mauro ia lançar um enredo antes, mas deu uma zebra porque uma escola do Grupo Especial lançou um enredo que seria parecido e o Mauro abortou a ideia. Eu falei para ele: Vamos fazer um enredo que você está acostumado a fazer, um enredo que fala da cultura do Brasil, vai pesquisar e depois você me mostra”, explicou Fábio Montibelo.
A sinopse do enredo tem previsão de entrega para a segunda semana do mês de julho. Em 2025, a Porto da Pedra será a quinta escola a desfilar no sábado de carnaval da Série Ouro, 01 de março.
Com Treinamento de Combate a Incêndio, a Viradouro encerrou a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Nos dois primeiros dias de evento, 25 e 26, todas as atividades aconteceram no barracão da agremiação, na Cidade do Samba, exclusivamente para funcionários e colaboradores da vermelho e branco. Eles assistiram a palestras que abordaram diversos temas, como Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, Ginástica Laboral, Técnicas e Ferramentas de Redução de Impactos Socioambientais. Foi a segunda SIPAT que a escola promoveu e a novidade este ano foi a participação de funcionários das demais escolas do Grupo Especial.
Foto: Divulgação/Viradouro
O dia de encerramento teve, pela manhã, palestra no auditório da Liga Independente das Escolas de Samba e, à tarde, no pátio da Cidade do Samba, foi realizada a parte prática. Diretor de carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, destacou a importância do trabalho que a Viradouro tem feito em relação à prevenção contra acidentes e incêndio.
“A Viradouro toma uma posição firme de cuidar da floresta, não se preocupando só com a árvore. A gente tem que se sentir honrado com o que a Viradouro fez nesses três dias”.
Para Alessandro Cobra, diretor de barracão da Unidos de Padre Miguel, escola recém-chegada à Cidade do Samba, a palestra e o treinamento foram bastante proveitosos.
“Achei muito interessantes tanto a palestra quanto o treinamento, com o palestrante e o instrutor totalmente gabaritados. Eles passaram informações importantes. Parabenizo a Viradouro pela parceria e, sempre que tiver alguma coisa que possa estar agregando conhecimento, gostaria sempre de participar”.
Alex Fab, diretor de carnaval da Viradouro, comemorou a presença de profissionais das outras agremiações.
“Fico feliz com o fato de que quase a totalidade das escolas tenha participado. Agradeço imensamente ao presidente Gabriel (David, da Liesa) e ao senhor Elmo, por terem autorizado o uso das dependências da Cidade do Samba. Agradeço também ao senhor Marcelo Calil, presidente de honra da Viradouro, pelo investimento na segurança e na saúde dos nossos funcionários e colaboradores. A presença das coirmãs foi importante. Nosso intuito não foi ensinar, foi dividir conhecimento”, declarou Fab, acrescentando que, para o próximo ciclo, o projeto deve ser ampliado, com maior número de participantes, com mais dias de palestras e treinamento.
Na última terça-feira foi inaugurado um espaço de monitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF) na quadra da Portela, em Madureira. O objetivo da parceria é proporcionar à população de Oswaldo Cruz, Madureira e toda a Zona Norte do Rio de Janeiro um polo da UFF mais acessível. O projeto vai oferecer apoio acadêmico aos alunos dos cursos superiores que frequentam a Portela, permitindo que esses estudantes tenham acesso a monitorias no formato remoto, utilizando as salas de monitoria próximas às suas residências.
Fotos: Divulgação/Portela
A iniciativa é de uma parceria entre a Portela, sua Escola de Samba Mirim Filhos da Águia e a universidade. Além das monitorias, também será realizado um mapeamento dos jovens frequentadores da agremiação que estão matriculados em qualquer universidade, para que possam participar da seleção de monitores e tutores que irão atuar no projeto.
A sala de monitoria recebeu o nome de Carlos Monte, em homenagem ao ex-Diretor Cultural da Portela e benemérito da escola. Durante a inauguração, estiveram presentes o Reitor da Universidade, Antônio Carlos Lucas da Nóbrega, e o Ministro Benedito Gonçalves.
O presidente da Portela, Fábio Pavão, destacou a importância desse projeto não apenas para a escola, mas para toda a comunidade ao redor.
“Eu como professor e presidente de uma agremiação como a Portela, vejo esse projeto com um grande potencial, pois educação e cultura de precisam andar lado a lado, sendo fundamentais para construção de futuros profissionais. Com essa parceria, buscamos fortalecer a educação e oferecer novas oportunidades de aprendizado para a comunidade local”, disse Fábio Pavão.
A quadra da Portela está localizada na Rua Clara Nunes, número 81, em Madureira.
