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Gaviões da Fiel renova com casal de mestre-sala e porta-bandeira para o Carnaval 2025

O Gaviões da Fiel, seguindo o planejamento para o Carnaval 2025, acertou a renovação de Wagner Lima e Carolline Barbosa como primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. O casal garantiu a nota 30 no último desfile, quando a escola foi a quarta colocada no grupo especial.

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Na foto, além de Carol e Wagner, estão o Cleber Sobrinho, diretor de carnaval e Fabio de Oliveira Camara (Fantasma), vice-presidente do Gaviões.

União do Parque Acari renova com Valci Pelé para o Carnaval 2025

A escola de samba União do Parque Acari anunciou em suas redes sociais a renovação do responsável pela comissão de frente, Valci Pelé, para o Carnaval 2025. Pelé fez parte da estreia da agremiação na Marquês de Sapucaí.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

Valci Pelé trouxe em 2024 uma coreografia que homenageia o bloco baiano Ilê Aiyê, enredo da agremiação, conquistando a admiração da comunidade e dos críticos. Em declaração emocionada, Valci Pelé expressou sua gratidão pela renovação e prometeu continuar a trabalhar com empenho para o sucesso da escola.

“Quero expressar minha gratidão pela minha renovação e dizer que estarei novamente de corpo e alma neste novo ciclo, a fim de que nossa agremiação tenha ainda mais sucesso, para felicidade da nossa comunidade”, afirmou o coreógrafo.

A União do Parque Acari, que desfilará na Marquês de Sapucaí como a segunda escola no dia 1º de março de 2024, está prestes a divulgar o enredo que levará para a avenida.

Eryck Quirino, neto de mestre Quirino da Cuíca, receberá a Medalha Pedro Ernesto

O músico, percussionista e neto de um dos maiores nomes do carnaval carioca, Mestre Quirino da Cuíca, Eryck Quirino, de 29 anos, receberá nesta terça, às 19h, a Medalha Pedro Ernesto, considerada a maior honraria entregue pela Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Quirino é atuante assíduo de rodas de samba e integrante de diversos projetos que movimentam a cultura da cidade. Fundador do Samba da Volta e do Batuque Suburbano, também faz parte da banda do Marcelo D2.

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Foto: Elisângela Leite/Divulgação

A honraria será concedida pelo mandato da vereadora Tainá de Paula, que acolheu a indicação da Quiprocó Filmes, através do seu Diretor Executivo, Fernando Sousa. Na homenagem, a mesa principal da Casa será composta por Marcelo D2; pelo carnavalesco da Portela, André Rodrigues; pelo diretor executivo da Quiprocó Filmes, Fernando Sousa; pelo sambista e historiador Vinicius Natal; e pela jornalista Lola Ferreira.

A Medalha Pedro Ernesto é concedida a personalidades e instituições que se destacam em suas áreas de atuação e que contribuem de forma significativa para o bem-estar da sociedade. Nesse contexto, Eryck faz parte da juventude negra que constrói presenças e legados da história do samba na cidade do Rio de Janeiro, representando a terceira geração da Mocidade Independente de Padre Miguel. A vivência no carnaval e nas escolas de samba foi fundamental para a sua formação musical, intelectual e de sua personalidade.

Quirino é uma das pessoas mais jovens a receber a medalha. No filme “Rio, Negro”, da Quiprocó Filmes, em que é entrevistado, ele fala de sobre o toque diferenciado da bateria da escola de samba.

“Pesquisando sobre meu avô, por exemplo, eu vi que ele foi para a Europa, o trabalho dele chegou lá. E isso me impactou muito. Agora, eu não consigo dimensionar o tamanho do que tenho feito com o samba, porque eu só tenho 27 anos e pretendo construir muita coisa ainda. Mas o que eu faço é um resgate do que aprendi em casa e coloco na rua, desde músicas que os mais velhos cantavam e eu levo para a roda, até comportamentos que me ensinaram. Meu maior ídolo é meu pai e ele me dizia que o eu quero fazer do samba é o que eu tenho vontade de ser. Então eu levo isso comigo sempre, principalmente com astral, energia e fundamento”, afirma.

Em sétimo carnaval pela Milênio, Murilo Lobo exalta importância de tema LGBTQIA+ no retorno ao Especial

A Terceiro Milênio conquistou o Grupo de Acesso I pela segunda vez, assim como foi em 2022, esteve no Especial em 2023, mas acabou não permanecendo no grupo. Em 2024 com o tema “Vovó Cici conta e o Grajaú canta: o mito da criação”, venceu o título. O terceiro título de Murilo Lobo como carnavalesco da Milênio, em seis carnavais, venceu o Acesso II em 2019 e os dois títulos do segundo grupo do carnaval paulistano.

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Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO

Com identidade na comunidade do Grajaú, extremo sul de São Paulo, o carnavalesco Murilo Lobo aposta em tema forte para o carnaval 2025, será sobre a comunidade LGBTQIA+ como relatou em conversa exclusiva no site CARNAVALESCO: “Felicidade por estar de volta, trabalhamos demais para conseguir esse resultado. Estamos de volta à elite do carnaval paulistano, trazendo um tema tão necessário, tão sério e delicado. Precisamos mudar a realidade do Brasil. Um país que mais mata a comunidade LGBT no mundo, então não dá mais para continuar assim. E aí, trazer esse enredo para 2025 está sendo uma delícia, a comunidade abraçou, as pessoas estão se surpreendendo com a história que vamos contar. Isso é incrível, esperamos fazer um grande manifesto carnavalesco em prol dos direitos humanos, desta comunidade, celebrar, festejar, reivindicar, fazer tudo que a comunidade merece”.

Vale lembrar que a Terceiro Milênio fez um outro manifesto em 2022 com o enredo: “Ô abre alas que elas vão passar”, onde fez uma homenagem às mulheres do carnaval e foi bem marcante no primeiro título do Acesso I.

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Em uma posição atípica para escola que vem do Grupo de Acesso, a Terceiro Milênio será a sexta escola a desfilar no sábado de carnaval, dia 1 de março, e Murilo Lobo falou sobre os desafios do horário por conta da logística da escola ‘mais distante’ do Sambódromo do Anhembi.

“Muda muito pouco na verdade, muda mais na parte estratégica, pois estamos uma hora e quarenta de distância do Anhembi, então preparar essa comunidade para esse novo horário. Mas é a noite, e esse é um enredo que precisava ser apresentado à noite. Então estou muito feliz, contente, ao lado de grandes escolas, vai ser maravilhoso”.

Pela segunda vez no Grupo Especial, Murilo Lobo falou sobre aprendizados em 2023 e também sobre as mudanças nas equipes: “Algumas peças acabaram saindo, outras entraram, substituindo algumas peças, pois o carnaval do Especial já tivemos essa experiência, é um carnaval muito maior. Então nos preparamos para isso, já estou desenhando, já vamos começar pilotos, é um trabalho que vai a todo vapor, para fazermos uma grande festa e apresentar um lindo espetáculo em 2025”.

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Com uma história no Grajaú, o carnavalesco agradeceu todo o trabalho em conjunto com a Coruja da Zona Sul de São Paulo: “Sétimo ano, sétimo carnaval seguido, é uma escola que me abraçou, que me acarinha o tempo todo, sou muito feliz lá, Tenho muita liberdade, eles entendem minhas propostas, são parceiros, não te deixam na estrada, são muito organizados, profissional, então estou muito feliz de trabalhar com o Grajaú”.

De volta a Fábrica do Samba, Murilo comemorou: “Nós estivemos aqui na Fábrica do Samba e tivemos a tristeza de sair daqui, mas retornamos com a maior alegria”.

A Terceiro Milênio será a sexta escola a desfilar no dia primeiro de março, sábado de carnaval, segunda noite do Grupo Especial de São Paulo e o tema é “Muito além do Arco-Íris – Tire o Preconceito do caminho que nós vamos passar com o Amor”.

Viradouro promove a semana de prevenção de acidentes de trabalho com participação de escolas do Especial

Pelo segundo ano consecutivo, a Viradouro promove na Cidade do Samba, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Pela primeira vez, colaboradores das demais escolas que integram o Grupo Especial estão convidados a participar. A programação da SIPAT começa nesta terça-feira, e as atividades se estendem até quinta-feira, com a presença de especialistas em diversas áreas como palestrantes. Na abertura, o tema será Segurança da Indústria, com palestras de Rubens Gomes, engenheiro de Segurança da Petrobras, e de Itamar Santana, engenheiro e coordenador de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, ambos da Petrobras. Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, Ginástica Laboral, Técnicas e Ferramentas de Redução de Impactos Socioambientais em Ambientes Culturais serão alguns dos outros temas que serão abordados, com atividades restritas ao barracão da Viradouro e voltadas somente aos colaboradores da agremiação.

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Foto: Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

O dia de encerramento, com Treinamento de Combate a Incêndio, vai reunir, além dos profissionais da Viradouro, representantes das demais escolas do Grupo Especial. A parte teórica será no auditório da Liga Independente das Escolas de Samba, enquanto a parte prática será no pátio da Cidade do Samba, tendo como instrutor o tenente Luciano Dias Seabra, do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.

Alessandro Malta, técnico em Segurança do Trabalho da Viradouro, destaca a importância da participação das demais escolas do Especial nesta edição do SIPAT.

“É de extrema importância o compartilhamento de conhecimento e de experiências. O envolvimento de todas as agremiações é visto pela direção da Liesa e da Viradouro como mais um importante passo para tornar o processo de produção dos desfiles cada vez mais seguro para todos os trabalhadores da Cidade do Samba”, afirma Malta.

Confira a programação completa:

Dia 25/06 – terça-feira – 10h – Palestra: Segurança na Indústria – Palestrantes: Rubens Gomes – Engenheiro de Segurança da Petrobras e Itamar Santana – Engenheiro e Coordenador de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras

13h30 – Palestra: Saúde Mental no Ambiente de Trabalho – Palestrante: Luísa Sabino – Psicóloga do Trabalho

15h – Palestra: Técnicas e Ferramentas de Redução de Impactos socioambientais em Ambientes Culturais – Palestrante: Márcia Mendes Rosa, Bióloga, e Doutorado em Ciências Ambientais / UERJ

Dia 26/06 – quarta-feira – 9h – Ginástica Laboral – Instrutor: Eduardo Nunes – Professor de Educação Física – Pós Graduação em Fisiologia e Treinamento Esportivo

10h – Palestra: Motivação e Disciplina no Ambiente de Trabalho – Palestrantes: Carlos Eduardo Falcão – Gestor de RH e Alex Sandro Pereira da Silva – Gestor de Logística e Especialização em Gestão de Pessoas e Conflitos

13h – Treinamento Primeiros Socorros – Instrutores: Equipe do Hospital Geral do Andaraí

Dia 27/06 – quinta-feira – 9h às 12h – Treinamento de Combate a Incêndio, parte teórica – Instrutor: Luciano Dias Seabra – Tenente do CBMERJ com Especialização em Segurança do Trabalho – auditório da LIESA.

13h às 15h30 – parte prática – pátio da Cidade do Samba.

Monique Rizzeto celebra nova fase do samba com ensaio especial

Se preparando para a estreia como rainha de bateria na Marquês de Sapucaí, Monique Rizzeto está celebrando uma nova fase em sua trajetória no mundo do samba. Apesar de atravessar a passarela já alguns anos, será a primeira vez que a beldade estará a frente de uma bateria no palco sagrado.

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Fotos: Davi Borges/Divulgação

Monique já começou com o pé direito o seu reinado. Além de já ter encontrado segmentos da Acadêmicos de Niterói e o próprio mestre Demétrius, recentemente esteve no sorteio da ordem dos desfiles. E como uma boa pé quente, deu sorte para a agremiação, que desfilará no sábado de carnaval, sendo a sétima agremiação.

“Desde quando eu assumi esse compromisso com a escola, sempre disse que me dedicaria ao máximo para ser uma rainha presente. O reinado está apenas começando, ainda quero viver cada detalhe desta linda história que só está nascendo. Estou me entregando de corpo e alma e darei o meu melhor pela Acadêmicos de Niterói”, revela Monique.

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Recentemente, a beldade também recebeu o Prêmio Feras do Carnaval, na quadra da Estácio de Sá, onde faturou na categoria “Melhor musa”, onde desfilou pelo Império Serrano no carnaval de 2024.

Escolas que abrem os dois dias de desfiles da Série Ouro comentam expectativas para o próximo carnaval

No Carnaval de 2025 os desfiles da Série Ouro vão ser abertos por uma escola que pisará na Sapucaí pela primeira vez, na sexta, e, no sábado, por outra que passou dez anos desfilando na Intendente. Botafogo Samba Clube e Tradição iniciarão suas noites de desfile seguidas pelo Arranco, na sexta, e União do Parque Acari no sábado. Durante a noite do sorteio da ordem dos desfiles, o CARNAVALESCO conversou com os presidentes das escolas, em busca de saber o que esperam do Carnaval de 2025, já que antes do sorteio seus lugares já estavam pré-definidos.

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Foto: S1 Comunicação/Divulgação Liga RJ

A Botafogo Samba Clube chega à Sapucaí com muita expectativa, e abre o carnaval da Série Ouro com o enredo “Uma gloriosa história em preto e branco”, que contará a história do próprio clube. O presidente da agremiação, Sandro Lima, comentou como é essa chegada a Série Ouro e a desfilar na Sapucaí: “É uma honra. É um prazer, é um sonho. É uma meta realizada, a gente esperou isso desde o primeiro dia de ideia da escola e, graças a Deus, esse ano aconteceu e estamos buscando um espaço no meio dessa galera”.

O presidente prosseguiu falando sobre a relação entre o clube, a SAF, e a escola, inclusive perante a disputa de samba-enredo: “O Botafogo hoje é dividido entre o clube social olímpico e a SAF. A gente tem uma conversa muito boa com os dois. O clube social tem aberto as portas para gente, já teve evento lá e nós faremos nosso concurso de samba enredo lá dentro, em General Severiano. E com a SAF a conversa é muito boa em relação ao futuro, em relação ao próximo carnaval. Em relação a divulgação, a página do Botafogo hoje é pela SAF. Algumas coisas no estádio passam pela SAF. Graças a Deus eles abraçaram a ideia da escola e a gente está vivendo uma parceria bem bacana”.

Por fim, Sandro comentou sobre a possibilidade de alguns jogadores, que passaram pelo Botafogo, desfilarem na escola e aproveitou para falar um pouco da organização que a escola já está tendo em relação ao desfile do ano que vem: “Já entramos em contato com alguns. A gente tem vindo de alguns podcast, de algumas entrevistas, com uma participação na TV Botafogo e tem sempre um ex-jogador participando, sempre animado de participarem. Confesso que a gente está definindo agora lugares, porque a escola está com uma fila de espera de quase mil e quinhentas pessoas para desfilar e a gente está meio sem saber se a gente aumenta, se a gente mantém o jeito que está. Estamos fazendo algumas reuniões a partir disso, conversando com o Alex de Souza para ver o que é que a gente faz. Mas, a gente não quer inflamar muito em relação a camisa, em relação a galera que vem em volta ali, para não atrapalhar o desfile, mas com certeza vai ter muita gente bacana que participou da história do clube desfilando com a gente”.

Tatiana Santos, presidente do Arranco, comentou sobre a escola já vir com uma posição pré-definida, por conta do resultado do último carnaval, mas que ficou muito feliz com a posição por conta do horário: “O Arranco é uma escola que ela gosta de estar sempre no início. O nosso número da sorte é três, mas não foi três, foi dois. A gente está muito feliz, porque a gente já não queria uma colocação mais para a tarde, mas o número que viesse a gente iria abraçar no peito e iria para briga”.

Ela ainda ressaltou que o enredo do ano que vem virá para emocionar quem estiver na avenida, ou em casa, assim como ocorreu no último carnaval: “Eu acho que independente de ter cinquenta milhões de pessoas ou dez milhões de pessoas ou cem milhões na Marquês de Sapucaí, as pessoas que estiverem na Marquês de Sapucaí, todo mundo que estiver assistindo dentro de casa, vai se emocionar. Assim como se emocionaram com Nise da Silveira, vão se emocionar, porque todo mundo tem mãe, quando vê a história linda que vai ser contada, vai ser marcante de qualquer maneira”.

Já na Tradição, a presidente Raphaela Nascimento comentou sobre o retorno da escola à Sapucaí depois de uma década longe da principal avenida de desfiles da cidade, onde vai abrir o segundo dia de desfile, no sábado de carnaval: “A Tradição está muito feliz, está radiante. É o ano dos quarenta anos dela. Após dez anos estar voltando é uma felicidade imensa. O povo de Campinho está muito feliz”.

Em relação a quadra da escola, a presidente comentou que tudo está em processo e que virão novidades em breve em relação a este assunto. Ela também ressaltou que o samba da escola será encomendado: “Vai ser uma surpresa muito grande”.

Acari vai encomendar samba-enredo para 2025

Por fim, a União do Parque Acari, que virá em seguida, já planeja o lançamento do enredo para o fim deste mês, e que se tratará de um enredo focado na cultura musical brasileira, segundo o presidente Dudu, que ressaltou que a escola está buscando um ineditismo em relação ao tema: “A gente vai fugir um pouquinho do que normalmente, a nossa cultura brasileira nos leva ao afro, àquela coisa lúdica, homenagem a alguma personalidade. A gente vai fazer uma coisa inédita, um pouco diferente. É inédita, mas não é tão diferente, vamos falar da musicalidade, da nossa cultura musical. Esse mês vai ter o lançamento dia 30 de junho. O que eu posso adiantar, junto ao CARNAVALESCO, é que vai ser um show de musicalidade. É um enredo musical. A cultura musical do nosso país. Vai ser muito bacana, a gente está acreditando muito nesse enredo”.

O presidente aproveitou para comentar também que o samba foi encomendado: “Já tem samba, já está pronto, que é do Moacyr Luz e Fred Camacho, a gente está com uma parceria muito boa com eles. O samba ficou lindo. E realmente vai ter uma surpresa boa para vocês ano que vem”.

Conheça o enredo da Acadêmicos da Abolição para o Carnaval 2025

Durante a realização de sua geijoada, a GRES Acadêmicos da Abolição lançou seu enredo para o Carnaval de 2025. Com o título “Os Reis da Rua” o enredo é de autoria da Comissão de Carnaval composta por Thayssa Menezes, Jovanna Souza, Raquel Martins e Pedro Duque e tem a Direção Artística de Antônio Gonzaga. A Acadêmicos da Abolição é a quarta escola a desfilar na terça-feira de Carnaval na Intendente Magalhães.

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Apresentação do enredo

“Nas ruas, esquinas e encruzilhadas reinam corpos mascarados que se encantam e ressignificam o cotidiano. Em cada rua, em suas curvas e dobras, acende-se as velas e vela-se as vidas, regando o chão suburbano com marafo e folia. A rua nada mais é que a simplicidade do que se passa por ela, o ordinário que se faz extraordinário. É na diversidade dos corpos que a ocupam que encontramos as escrevivencias dos saberes que resistem a beleza do dia-a-dia, dividir o pão, o suor e as fagulhas de alegria.

A rua também se apresenta como espaço democrático, é de quem nasce, se cria e morre nela, mas também que é de quem faz dela um lugar de atravessamento, do rito e da invenção de mundos. A rua é das mulheres, dos homens, das crianças e de quem ousar desafiar a sua própria lógica de existência, transgredindo o que tá posto, tecendo o emaranhado de histórias e sagacidade, disputando nas frestas e festas o banquete dos excluídos. Eis a rua e seus protetores, a gargalhada que ecoa no silêncio da madrugada, farofa, marafo e mel para adoçar os saberes e sabores da vida, eis o povo de rua e da rua.

Hoje, a Acadêmicos da Abolição vem coroar os descoroados, os corpos que se encantam, que se econtram nas vestes sagradas da existência e se materializam na coletividade das urgências, os bate-bolas.

A rua é nossa, nós somos a rua, eis aqui a dinastia suburbana que insiste em colocar a máscara para sentar em seu trono.
Eis os reis, os reis da rua!”.

Com grande evento, Vai-Vai reúne a comunidade na ‘Festa da Retomada’

O Vai-Vai realizou no último sábado a sua “Festa da Retomada”, com o intuito de rever a comunidade e dar início à 2025 junto aos torcedores e componentes. O evento, que aconteceu na Fábrica do Samba, contou com várias atrações, tendo destaque a presença da coirmã carioca, Paraíso do Tuiuti. Apesar de estarem em cidades diferentes, as duas escolas mostraram um elo muito forte. A ala musical da Saracura, comandada pelo intérprete Luiz Felipe e a bateria “Pegada de Macaco”, também fizeram a festa e levantaram o público presente no local.

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Importante destacar que o evento teve parceria com o Camarote Avenida, que é um dos principais espaços do Anhembi nos dias de desfiles. Lideranças estiveram presentes e conversaram com o CARNAVALESCO. Os diretores falaram sobre a festa, futuro da escola, projeções para o Carnaval 2025, novo formato de samba-enredo e o motivo de escolher fechar o carnaval.

Importância de reunir a comunidade

O presidente Clarício Gonçalves afirma que o Vai-Vai está trabalhando forte e cita a escola como uma empresa, indicando uma gestão profissional, além de uma agremiação de carnaval. “Apesar da festa de hoje, já iniciamos o carnaval. Quando você pretende fazer uma escola se manter na cultura e fazer com que ela seja uma empresa, termina um carnaval, descansa um mês e já retoma os trabalhos. Graças a Deus estamos com uma equipe reduzida, porém trabalhando com foco”, contou.

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Presidente Clarício Gonçalves

O diretor geral da escola, Luiz Robles, citou a junção da comunidade para dar início no trabalho para 2025, que internamente já está em andamento. “Abrir os trabalhos. Já estamos trabalhando, para falar a verdade, mas eu acho que é importante fazer esse primeiro encontro com a comunidade. A gente optou em fazer uma festa para trazer todo mundo, juntar o nosso povo de novo para logo começar os ensaios, as eliminatórias que vem por aí. Então, para nós é muito importante essa festa de hoje, trazer a nossa co-irmã, Tuiuti, que sempre estamos juntos. Para nós é importante essa festa, unir o nosso povo novamente e iniciar os trabalhos”, disse.

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Diretor geral da escola, Luiz Robles

Paulo Melo, diretor de harmonia, falou sobre a energia que o evento transmitiu. O profissional quer iniciar os trabalhos com tudo. “Essa festa realmente tem essa energia da retomada. A gente quer retomar o Carnaval 2025 com toda a força e com toda a vontade. Um enredo maravilhoso, homenageando o Zé Celso. Então, a gente vem com força total mesmo”, afirmou.

Luiz Felipe citou o comparecimento dos torcedores e componentes do Vai-Vai. O cantor da Bela Vista já almeja um samba-enredo de qualidade. “O povo está querendo, o povo lotou a casa, lotou a Fábrica do Samba. A expectativa é muito grande, o povo está feliz com o enredo e feliz com a posição do desfile. Agora a nossa expectativa, mais ainda, é por um bom samba-enredo”, disse.

Samba-enredo: novo formato de escolha

Com o objetivo de ajudar os componentes a diminuir os gastos com eliminatórias, o Vai-Vai mudou o sistema que sempre adotou. Nos anos anteriores, a agremiação realizava várias eliminatórias em quadra, mas agora optou por fazer apenas a final. “Esse ano a gente mudou um pouco o formato, até para beneficiar também a própria ala de compositores, porque tem muito gasto, todas as coisas e o formato ficou um pouco mais enxuto. É diferente e vai ser mais rápido. Um modelo diferenciado que realmente vai ser um negócio bacana”, contou o diretor de harmonia, Paulo Melo.

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Paulo Melo, diretor de harmonia

O presidente foi além das questões financeiras. De acordo com Clarício, o samba vencedor será o preferido do carnavalesco Sidnei França. “Esse ano o formato é diferente. Se tiver cinco ou 20 sambas e, se for da vontade do nosso carnavalesco, é esse o samba que vai para a avenida. Não tendo sambas legais, já eliminamos para evitar gastos desnecessários para os compositores”, declarou.

Buscando a décima sexta estrela

O Vai-Vai almejava posições maiores para o Carnaval 2024, mas o fato é que a agremiação se manteve. Agora, com a maior parte estruturada, há chances de conquistar patamares maiores. Segundo Clarício, a Saracura vai tentar o seu próximo título e, para isso, precisa errar menos. “Vamos fazer de tudo para conquistar a décima sexta estrela. Fazer de tudo para errar o menos possível. Realmente nós vimos que os nossos erros foram de acordo e reconhecemos isso e agora é procurar errar menos para ganhar o carnaval”, afirmou.

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Novamente com otimismo, o harmonia falou sobre a união na Bela Vista e sente que o título pode chegar em 2025. “A nossa intenção já no sorteio era vir por último, justamente por conta disso. Esse carnaval que passou em 2024, a gente se manteve, na verdade, mas a intenção não era realmente se manter. A gente foi buscar mesmo. A escola veio grande, pulsando e 2025 não vai ser diferente. A pulsação que a gente busca é sempre maior. A comunidade está unida. Estamos sentindo isso. Realmente, eu acho que esse ano é o nosso ano”, declarou Paulo Melo.

Indo por outro lado, o intérprete Luiz Felipe comentou que a permanência na elite do carnaval paulistano deve ser tratada como um título e, agora, o músico sente que a escola está melhorando e diz que todos que são Bixiga querem a taça. “Muita gente queria ser campeão. Eu acho que pra nós, com a dificuldade que tínhamos, estamos melhorando. Permanecer já foi o título. Você sabe como é Vai-Vai. Todo vai-vaiense quer o título e vamos em busca. É isso que nós vamos buscar o próximo carnaval”, comentou.

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Fechando o Carnaval 2025

Não é segredo para ninguém que a escola sempre quis fechar o carnaval. Desejo da comunidade e principalmente do carnavalesco Sidnei França. Sendo a oitava a escolher no dia da definição, conseguiu a posição. De acordo com Luiz Robles, a realidade é brigar pelo título. “Agora, a gente até fala internamente que a nossa meta é o campeonato. Vamos em busca dessa estrela. A comunidade precisa, a escola precisa desse título. E a gente vem pra buscar o título. Quando a gente escolheu o enredo, antes de anunciar, era uma vontade do carnavalesco e a nossa também para a gente provar que o Vai-Vai está firme no pedaço de novo. Então, quando ele trouxe para nós a proposta, tinha tudo a ver com a gente fechar e fazer aquele encerramento apoteótico do carnaval. O sol brilhando tem uma sinergia muito forte como Vai-Vai. A gente já ganhou o campeonato assim. Nós fomos muito convictos do que a gente queria, foi uma decisão em conjunto com a diretoria e o presidente para poder escolher a última e deu certo”, disse.

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Paulo Melo pretende realizar o famoso arrastão. Este termo, no mundo do samba, é usado para designar quando há muitas pessoas ao término do carnaval. “O enredo favorece muito o Sidnei. Ele está trabalhando na escola justamente com o amanhecer. O Vai-Vai tem uma energia muito forte, só dele. Vamos fazer aquele arrastão na avenida. Essa é a intenção”, diz o diretor de harmonia Paulo Melo.

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Lembrando o desfile de 2011, quando o Vai-Vai fez o emblemático desfile com o enredo “A música venceu”, Luiz Felipe demonstra confiança e espera algo igual à época. “Uma emoção muito grande, muito feliz. É um horário que eu gosto e vejo o Vai-Vai muito bem nisso. O carnavalesco quis e o presidente aceitou. A comunidade ficou muito feliz com isso. O Vai-Vai se dá bem no raio do dia que a nossa expectativa é fazer ‘à lá maestro”, comentou.

“Isso representa a nossa comunidade. Eles estavam pedindo isso. Foi uma coisa gratificante para nós. Foi a vontade deles que prevaleceu”, finalizou o presidente.

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O grande circo vem aí! Dom Bosco escolhe samba-enredo da parceria de Turko para o Carnaval 2025

O primeiro samba-enredo original (ou seja, sem reedição) para o carnaval de 2025 da cidade de São Paulo já é conhecido pelos foliões. No último sábado, a Dom Bosco revelou a canção vencedora do concurso interno da agremiação em evento realizado no Circo Social Dom Bosco, em Itaquera – Zona Leste da capital paulista. Composta por Turko, Rafa do Cavaco, Fábio Souza, Lucas Donato e Mateus Pranto, a música embalará o desfile intitulado “O Circo Místico das Ilusões”, desenvolvido pelo carnavalesco Fábio Gouveia. O CARNAVALESCO esteve presente no evento, que também teve a posse de Leno Tomaz e Lays Gouveia, novo segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira da instituição, e conta detalhes sobre tudo que aconteceu no local, tal qual dá voz a importantes segmentos e profissionais da agremiação. * OUÇA AQUI O SAMBA CAMPEÃO

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Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Novo componente, novo regulamento

A parceria vencedora na agremiação passa longe de ser uma novidade na escola itaquerense. Turko, por exemplo, embalará um samba de sua autoria pela quinta vez (todas consecutivas) na instituição. E ele próprio refletiu sobre as mudanças pelas quais a Dom Bosco passou desde a primeira vez em que ele escrevem uma canção para a agremiação, em 2020: “A escola está preparada para subir, está preparada para participar da grande elite do carnaval de São Paulo. Para fazer esse samba, tivemos um cuidado muito grande porque mudaram muito as regras do jogo. Não dá mais para fazer samba por fazer, a esmo. Temos que ler o regulamento, acompanhar regra por regra. E nós conhecemos o andamento da escola, estamos acostumados a compor aqui. Nesse ano, chegou o Lucas para somar com a gente, diretamente do Morro da Serrinha, do Império Serrano. Estamos bem felizes com o resultado, conquistamos mais uma vitória. Vamos para cima!”, comentou.

Ouça o samba-enredo da Dom Bosco para o Carnaval 2025

Citado por Turko, Lucas Donato juntou-se a compositores que, como dito anteriormente, estão há anos escrevendo canções para a agremiação – além de Turko, Maradona e Rafa do Cavaco estão no grupo citado: “A primeira pessoa que me abriu a oportunidade para fazer um samba em São Paulo foi o Rafa do Cavaco, um dos nossos parceiros, há dez anos atrás, quando ganhamos um samba na Tom Maior. Ter o aval do Turko, do Fábio, de todos estarmos juntos… bem eles, que ganharam milhares de concursos de samba… em 1989 o Turko já estava fazendo samba-enredo! Para mim, é uma honra muito grande participar desse momento único da escola, que está preparada e pronta para subir”, afirmou.

No clima do enredo

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Todos que chegavam ao local do evento, desde o primeiro instante, já sentiam que todo o ambiente estava inteiro decorado para a ocasião. O fato da final do samba-enredo acontecer no Circo Social da Obra Dom Bosco era um prenúncio potencializado pela presença de personagens circenses bastante característicos – como o homem em pernas de pau, acrobatas em panos e profissionais fazendo pirofagia. O local onde o palco foi montado também estava armado tal qual um picadeiro – e até mesmo a lona tinha o formato de um picadeiro.

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Carnavalesco da agremiação, Fábio Gouveia detalhou o que buscou ao idealizar o enredo: “Quando eu vim para a escola, todo mundo me deu total liberdade para escolher o enredo. E, quando eu vou para alguma agremiação, procuro estudar aquela escola, entender o que a escola gosta e o que funciona. Independente da escola fazer esse ou aquele carnaval, gosto de estudar e entender a raiz da agremiação. De cara, me falaram que eu não seria podado de nada, que eu poderia colocar o que eu quisesse na escola – bastaria todo mundo entender que era bacana. Se fosse assim, eles comprariam a ideia e fariam. Foi assim na Dom Bosco. E, aí, eu fui estudar a escola de samba – e, aí, eu tive a feliz coincidência de descobrir que Dom Bosco era um missionário ilusionista. Quando encontrei essa informação, senti que estava no caminho. Voltei as minhas origens de enredos lúdicos, algo que fiz muito na Independente e na Imperador do Ipiranga. Eu fui buscar algo que casasse com isso: a escola fala muito de alegria e de sorrisos. Todos que cumprimentamos aqui estão sempre com um sorriso no rosto, estão dispostas a te ajudar e a fazer muito por você. Pensei, então, em falar de riso, dessa alegria que tem dentro do Dom Bosco. Fui encontrando o místico a partir do circo, e aí eu encontrei o Circo Místico das Ilusões – que é falar do que está por trás da lona, do picadeiro. Eu vou sempre falar do palhaço, mas do que está por trás de tudo isso. Estamos falando de uma caravana, a Dom Bosco está em movimento. Começaremos no século XIX, atravessar todas as transformações que o circo e os personagens do circo tiveram ao longo do tempo”, disse o profissional que debuta na agremiação da Zona Leste, aproveitando para relacionar a temática com toda a história do sacerdote que dá nome à agremiação.

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Sinopse elogiada

O trabalho do carnavalesco foi unanimemente elogiado pelos compositores: “Eu achei muito fácil! Eu gosto desses enredos lúdicos, alegres e felizes. Para a gente, fluiu muito – tanto que, quando decidimos fazer o samba da Dom Bosco, todo mundo foi jogando ideia. A fluidez foi muito grande”, comentou Lucas Donato.

Turko teve o mesmo tom que o companheiro: “O enredo que o Fábio fez foi muito clara e tranquila de se fazer. Não ficou nada denso e nem pesado, estava muito leve e fácil de entender. A leitura do samba ficou bastante simples: se você ver o samba que vai para a avenida, você já imagina a escola. Quando o carnavalesco faz uma sinopse clara e tranquila, a gente desenvolve legal – e foi o que aconteceu nessa obra”, destacou.

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Até mesmo um compositor derrotado na grande final para a escolha do samba-enredo concordou. Padre Léo, que também estava presente no evento, aproveitou para contar um pouco do processo criativo para montar a canção composta por ele: “Eu confesso que esse samba, que eu fiz, eu comecei a escrever antes mesmo da sinopse sair. Quando a escola divulgou o tema, já comecei a maquinar alguma coisa. Eu gosto de carnaval, nunca estive envolvido, já assisti os desfiles, mas nunca estive envolvido em nada. Resolvi fazer, gostei muito da sinopse, fui no circo para me inspirar… a sinopse do Fábio é muito boa, foi uma emoção especial”, revelou.

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Ao ser perguntado, Fábio destacou que a impressão dos compositores era, justamente, o que ele queria passar com o documento que sintetiza o enredo: “Busquei muito uma sinopse simples e objetiva: tive total liberdade de apresentar o meu texto, a minha pesquisa para a escola. Eles entenderam a proposta: quis casar a história do circo e como o misticismo faz parte dele. Essa pesquisa partiu da ideia do próprio Dom Bosco: criar a imagem a partir da lanterna mágica para iludir os opositores e conquistar os devotos, os que estavam acompanhando a luta. Fala-se muito que Dom Bosco era um saltimbanco, e ele vinha dessa ideia do circo. Foi muito simples entender a ideia de Dom Bosco, do enredo e casar essa proposta”, afirmou.

Finalistas de bom nível

Muitos profissionais da agremiação destacaram o bom nível dos quatro sambas que estavam na disputa pela premiação. Mariana Vieira, porta-bandeira da instituição, foi uma delas: “Todos os sambas que vieram para a final estavam maravilhoso, mas é claro que havia uma preferência de muitos quesitos e da comunidade para o samba vencedor. Era o preferido”, destacou, deixando claro que a canção que ficou na primeira posição no concurso tinha a preferência de boa parte dos torcedores. Leonardo Henrique, mestre-sala, concordou com a companheira de quesito: “O samba vencedor era o queridinho da comunidade, realmente. Vai para as graças da comunidade e vai fazer sucesso, tenho certeza”, comemorou.

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Anderson Luiz, popularmente conhecido como mestre Bola, comandante da Gloriosa, bateria da escola, pontuou o quanto o fato da parceria vencedora já ser conhecida pela comunidade e conhecer a agremiação fez com que tal música caísse nas graças de todos que acompanhar a instituição: “O samba vencedor é muito bom, e, dentre os quatro finalistas, acho que era mais a cara da Dom Bosco. Até por ser os mesmos compositores que fizeram nos outros anos, que era encomendado, eles já tinham sacado qual era a ideia da escola. E, quando o vencedor foi anunciado, você viu: todo mundo abraçou a canção”, destacou.

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Diretor de Harmonia da instituição, Ricardo Fervorini foi pela mesma linha: “Para ser bem sincero, a gente não sabia do resultado. Mas, dentro dos grupos das alas e da própria Harmonia, fizemos algumas enquetes para sentir a comunidade – e foi meio que unânime o Samba 06. Na hora que anunciou, foi surpresa para nós: nosso diretor de carnaval não abriu, o Rodrigo Xará recebeu o samba cinco minutos antes – tanto que ele ficou fazendo brincadeiras antes de relevar. Era o samba que a comunidade queria, e agora é trabalhar o samba para fazer mais um lindo desfile no meu terceiro ano de Dom Bosco, para colocar a agremiação num degrau ainda maior”, disse.

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Outro integrante da diretoria que falou em tal tom foi Carlos Shakila, diretor de carnaval da instituição: “O que é o samba querido para mim é o que é querido para a comunidade. Se a escola abraçou, eu abraço, também. A competição com dezenove sambas foi uma surpresa para a nossa escola. Estávamos acostumados a encomendar sambas, e trouxemos esse novo formato. Foi muito legal escutar todos os sambas, ter vários compositores que almejavam chegar até a final. E, mais uma vez, o Turko, o Rafa e essa galera maravilhosa levou o troféu. Estamos muito convictos que esse samba vai nos ajudar muito em 2025. São vinte e cinco anos de Dom Bosco, não pode passar batido. Temos que fazer o máximo e o melhor, e temos que escutar sempre a nossa comunidade. A comunidade, hoje, cantou e gostou. Isso é maravilhoso! Saio daqui cansado, mas em êxtase”, sorriu.

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Elogiando todos os finalistas do concurso, Rodrigo Xará, intérprete itaquerense, também falou sobre o quanto a vontade da comunidade foi importante para a tomada de decisão da instituição: “Nós recebemos dezenove sambas, são muitas canções para uma eliminatória que há muito tempo não existia na Dom Bosco. Eu sempre falo que compor é muito difícil: não é nada fácil pegar uma história que está pronta, entender o que o carnavalesco quer colocar na avenida e compor em palavras e melodias. Tínhamos, na minha visão, seis ou sete sambas que tinham totais condições de estar na avenida. Foram os quatro finalistas que todo mundo gostou, foi meio que unânime esse direcionamento. A comunidade abraçou demais o samba vencedor, é legal quando a comunidade responde. Eu costumo falar que música é sentimento: por mais que tenha a parte técnica dos desfiles, se não tiver sentimento, não vai. Esse samba é sensacional, e ver a galera cantando e sorrindo é demais. Tenho certeza que fecharemos os desfiles de uma forma muito bacana e alegre – que é o que o enredo propõe”, realçou.

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Relembrando que o formato para escolha da canção é uma novidade na instituição, Fábio também elogiou as obras apresentadas: “Eu fiquei muito feliz com o concurso. É um movimento novo para a Dom Bosco a escolha de samba-enredo, e a escola comprou a ideia. Fomos fazer o trabalho com os compositores, entendemos que não poderia ser algo na quadra, tinha que ser algo mais simples, para facilitar a vida do compositor. Nossa ideia era ter grandes obras, e nós tivemos a felicidade de receber grandes obras. Foram dezenove obras, estudamos cada um deles, fomos eliminado semana a semana… para chegar ao resultado final. Nós fizemos um programa em que as pessoas votavam e escolhiam o samba-enredo. Eu vim para o evento sabendo que tinham quatro obras que poderiam defender fielmente o meu enredo. Qualquer uma delas que vencesse seria sinônimo de felicidade. A Dom Bosco escolheu o melhor para ela, para o que ela quer fazer”, disse.

Pensando no futuro

Quando perguntados sobre o quanto a música escolhida vai influir na apresentação de cada um dos quesitos, muitos profissionais já destacaram que os pensamentos já estão a mil. Mariana começou: “Acredito que vai ser um desfile bem irreverente, cheio de alegria e de dança. Vamos brincar bastante na avenida, vai ser um desfile bem leve e divertido”, disse. Leonardo falou algo semelhante: “Tem sido bem desafiador, já que estamos nos renovando a cada ano. A Dom Bosco vem se renovando a cada ano e nós temos que estar nessa constância, de fazer diferente, para nunca chegar do mesmo jeito. Daniela que nos aguarde”, riu, citando Daniela Renzo, instrutora de casais de mestre-sala e porta-bandeira.

Contando detalhes sobre como funciona a comunidade em aplicativos de celular, Fervorini também já vislumbrou o trabalho de Harmonia que será desenvolvido: “A comunidade da Dom Bosco é fantástica: é o samba na ponta da língua de todo mundo em todos os últimos anos – não só na minha época, anteriormente também era assim. A comunidade se entrega, marcamos ensaio, a gente joga em grupos de WhatsApp e vão cantando trechos do samba… esperem surpresas. Em mais um ano, faremos mais algumas surpresas na avenida – até porque o Fábio já pediu para todo mundo se preparar, puxando a minha orelha. A nossa comunidade vai responder, assim como respondeu hoje”, garantiu.

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Pensando no julgamento que define as colocações de cada escola de samba no carnaval, Shakila aproveitou para elogiar a canção: “Na minha opinião, enxergo o samba campeão como o mais completo para a leitura dos jurados. Na questão técnica, que sempre temos que nos preocupar muito, temos que ser estrategistas em alguns momentos. Não podemos deixar passar nada. Quando eu optei por essa canção, eu encontro a sinopse inteira nele. O jurado, ou quem estiver na arquibancada ou na televisão, vai conseguir entender e ver a leitura da plástica junto com o samba-enredo na avenida. Essa junção vai ser muito maravilhosa”, comemorou.

Ala musical afinada

A obra vencedora, é claro, deverá passar por alguns ajustes finos para estar ainda mais redonda. Xará destaca quais serão os próximos passos: “Todo samba nós temos o cuidado de trabalhar, não é apenas pegar o samba e cantar. Temos o cuidado, juntamente com o Mestre Bola, como responsáveis pela parte musical, de sentar e conversar a respeito de tons e acordes, por exemplo. Nossa ala musical vai para o estúdio uma ou duas vezes por mês até o carnaval para trabalhar em cima do samba para apresentar algo bom na avenida. Somos a voz condutora do desfile: se tivermos algum tipo de problema, refletimos isso direto para a comunidade. Sambas bons ficam fácil de se trabalhar – e é o caso dessa canção. Esse samba, por exemplo, encantou tanto a comunidade que, em duas passadas, já vi algumas coreografias… música é sentimento, não tem jeito”, rememorou.

Mais sucinto e citado pelo intérprete, mestre Bola também pontuou que a imaginação já está fluindo: “Agora, que ele foi oficializado, nós já sabemos como ele pode funcionar, onde podemos fazer um arranjo aqui ou ali. Vai dar certo!”, comentou o comandante da Gloriosa.

Próximos passos

Já adiantando um mês que será importante para o ciclo carnavalesco da agremiação itaquerense, Shakila aproveitou para pontuar que a instituição pretende já chegar em 2025 praticamente pronta para desfilar. “Guarde uma data para vocês em julho! Teremos uma surpresa. Nossos pilotos já estão feitos, nossa escola está completa. Agora, vamos fazer, em julho, a reprodução das fantasias. Temos um cronograma muito apertado, já que também queremos curtir em janeiro e fevereiro, queremos ir para os ensaios técnicos aliviados, com oitenta ou noventa por cento da escola já feita. Estamos trabalhando muito em cima daquilo que nos propusemos desde o início do trabalho. A vinda do Fábio Gouveia e do André Almeida [coreógrafo de comissão de frente], a manutenção de toda a nossa equipe, mostra que estamos na busca pelo acesso ao tão sonhado Grupo Especial, como o padre Rosalvino merece e pede tanto. Temos que continuar lutando”, finalizou.