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União de Maricá reformula disputa de samba e aumenta prêmio para R$ 100 mil

A União de Maricá apresentou o novo formato da disputa de samba-enredo para o Carnaval 2026. A escola aposta em uma reformulação no modelo, com foco na redução dos custos para os compositores. O processo também passa a contar com uma premiação ampliada: o valor total destinado aos autores do samba vencedor passa de R$ 75 mil para R$ 100 mil, uma das maiores premiações entre as escolas que desfilam na Marquês de Sapucaí, na Série Ouro e no Grupo Especial.

casal marica
Foto: Leandro Andrade/Divulgação Maricá

A mudança na premiação faz parte do compromisso da agremiação com a valorização do processo criativo por trás do samba-enredo. A ideia é que os autores das obras tenham condições reais de concorrer, sem a pressão de montar superproduções. Para o presidente Matheus Santos, o compositor deve ser o protagonista.

“É muito claro para a gente que o samba-enredo é o pilar do nosso desfile. O compositor, nesse contexto, deve ter a sua arte reconhecida, respeitada e valorizada. Essa disputa é sobre abrir espaço real para que todos possam mostrar sua obra sem precisar esgotar recursos financeiros ou montar um espetáculo paralelo ao que realmente importa, que é o samba”, disse Matheus.

O cronograma da disputa também foi reestruturado para ser mais funcional e econômico. As composições serão inscritas no dia 29 de julho, das 19h às 22h. A disputa começa no dia 1º de agosto, com todos os sambas sendo apresentados na quadra, sem cortes e sem obrigatoriedade de torcida. Nas duas semanas seguintes, nos dias 8 e 15, os sambas serão avaliados em audições internas no barracão, em fase eliminatória, com acesso restrito a compositores e intérpretes.

Essa nova configuração visa corrigir distorções que se acentuaram nos últimos anos em disputas de samba, onde a estrutura de torcida e o investimento acabavam se sobrepondo à qualidade da obra. Desta forma, a escola propõe uma inversão dessa lógica, fortalecendo a escuta e reduzindo a necessidade de gastos paralelos. Matheus defende que o foco deve voltar a ser a qualidade do samba, não o espetáculo fora dele.

“Criamos um formato que tira o peso da torcida como pré-requisito de sucesso. Em vez de quem tem mais estrutura para montar show, queremos escutar quem tem mais samba. A disputa no barracão, com escuta técnica e sem plateia, é importante. O compositor não vai mais precisar fazer produção de palco antes da hora. O dinheiro que antes era gasto com torcida, camisa, ônibus para levar em Maricá diversas semanas, dentre outros, agora pode ser investido exclusivamente na composição, sem a preocupação de tanto gasto extra”, destacou o presidente.

Além da reestruturação do calendário, o regulamento da disputa também foi atualizado para garantir maior igualdade de condições. Cada samba poderá ter até seis compositores, sem participações especiais, e o número de cantores por apresentação está limitado a quatro. A União de Maricá também promoverá quatro encontros tira-dúvidas, sendo obrigatória a participação em pelo menos dois deles, com a apresentação da obra. O primeiro encontro ocorreu ontem (23) e os próximos estão marcados para os dias 30 de junho (barracão), 7 de julho (quadra) e 14 de julho (barracão).

Em 2026, a União de Maricá levará para a Sapucaí o enredo “Berenguendéns e Balangandãs”, do carnavalesco Leandro Vieira. A escola será a sexta a se apresentar no sábado, 14 de fevereiro, pela Série Ouro.

Sinopse do enredo do Arranco para o Carnaval 2026

Enredo: “A Gargalhada é o Xamego da Vida!”

logo enredo arranco2026

– Respeitável Público, O Grande Circo Falcão do Engenho de Dentro, apresentado por mim, o Falcão, tem o orgulho de desfilar “A Gargalhada é o Xamego da Vida!”, estrelando o Palhaço Xamego – que, a propósito, nasceu antes da nossa escola, com uma engraçadinha diferença de 64 anos, no estonteante 21 de março. A caravana anuncia que vai começar o espetáculo!

Tomem seus lugares, pois as gargalhadas estão garantidas!

Nosso cortejo segue apresentando os cômicos medievais, que dançam rodopiantes e desfraldam o pavilhão deste circo como forma de homenagear a tradição da palhaçaria,apenas como pragmatismo mundano…

Ouço os tambores tocando, vejam quem vem vindo: ele, o Palhaço Xamego!

– Mas aqui, nosso riso é mesmo coisa de preto, circo de preto, o circo Teatro Guarany!

O sonho do Guarany começa muito antes de mim, com a minha avó, Leopoldina Souza, uma guerreira que foi escravizada em um tempo que eu perco de vista… Do ventre dela nasceu livre o meu pai, João Alves da Silva; ele foi um homem que em 1901 – 13 anos após o fim da escravidão – já era dono de circo. Meu pai construiu uma Grande Família de muita fé. A Senhora do Rosário esteve sempre conosco, nos guiando, nos rodeando e dando a alegria de viver a comunhão de um picadeiro.

Com o crescimento do circo, nós fomos ganhar mundo: armamos o picadeiro, hasteamos a lona e, de gargalhada em gargalhada, rodamos o Brasil em um comboio de alegria e risada. Por onde passávamos era sucesso! Eu era só uma criança e cresci rodeada por uma festa de muitas cores, números brilhantes e o palhaço Gostoso – meu irmão – um bonitão que conquistava um punhado de coração! Uma Família de Artistas que acolhia com os encantos do Circo.

Eu e minha irmã Ephigênia, apaixonadas pelo ofício da família, começamos na arte circense: duas cantoras que sonhavam com o rádio e encantavam no picadeiro. Tínhamos o tio Benjamin como inspiração – sim, Benjamin de Oliveira, o grande Palhaço Negro do Brasil. Eu, de vez em quando imitava os trejeitos do Charles Chaplin, que via vez ou outra no cinema.

Cresci ouvindo as histórias do meu pai dizendo sobre a luta do povo negro no Brasil…

Nessas Histórias uma Flor (1)
(A Camélia)
Estava Sempre Presente
(A Camélia)
Era Flor da Resistência
(A Camélia)
Além de Ser Perfumada
(A Camélia)

Assumi ela como força, colocava sempre nas minhas apresentações e, de repente, ela virou meu símbolo.

Um dia, me vi diante da função de assumir o circo para substituir o tal palhaço Gostoso e aí entrei em cena: Palhaço Xamego. Eu sempre ouvia que ser palhaço não era coisa de mulher. (Pensam que liguei?). Sei que a gargalhada é coisa boa, transforma o mundo e pode ser libertadora. Eu uso para espantar a tristeza… Esegui assim, gargalhando, com a minha Camélia presa na lapela.
Certo dia ouvi um tal de Rei do Baião… Junto de sua Sanfona, vinha com sua companheira de cantoria e tome Xote…

‘O xamêgo dá prazer (2)
O xamêgo faz sofrer
O xamêgo às vezes dói
Às vezes não
O xamêgo às vezes rói
O coração’

Embalada nesse xote bom, meu coração bateu por um tal de Reis… ‘Parpitou’ tanto, mas tanto que chegou a apertar de alegria… Entrei numa dança gostosa, caí nas gargalhadas de amor. E,então, viramos uma dupla: no amor e no palco!

“Ai que Xamego bom, Ai que Xamego Bom, Ai que Xamego bom…” (3)

Com o passar da vida, nossa Família ganhou mais duas Gargalhadinhas: os nossos filhos Aristeu e Daise. Cuidava deles com amor e nunca dei mole para ser descoberta. Dentro do circo é o palhaço que impera: ele brinca com gato e cachorro; faz piada de conversar com a galinha; tem um amigão que é um macaco camarada e arranca sempre muita gargalhada…

Certa vez, vi levantarem a Lona. De longe, avistei um olhar muito curioso observando a elefanta que me ajudava a cuidar dos ‘niños’ e o palhaço – eu – sendo ama de leite.

Aristeu e Daise foram ficando pelo picadeiro e muito sabidos, foram crescendo artistas… Afinal, eram filhos do Xamego e do Reis.

‘Todo mundo quer saber (4)
O que é o xamêgo
Ninguém sabe se ele é branco
Se é mulato ou negro…’

Porque o segredo do palhaço era ser uma mulher inspiradora e alegre: Maria Eliza Alves dos Reis! Mãe carinhosa que estudava junto, costurava, era grande cozinheira e doceira.

A vida foi tomando caminhos difíceis e nosso circo foi perdendo as cores. Desarmou a lona… As coisas simples da vida viraram nosso palco, como um sambinha de riso frouxo pelas calçadas. E, com o tempo, Xamego e Reis foram se tornando um casal de velhinhos que amava o circo, apoiava a arte circense e, com muita paixão, não deixava de sorrir – a alegria estava sempre estampada no meu rosto. Sempre disse que a Gargalhada é um remédio para a vida, mesmo quando o desânimo parece que vai tomar conta do nosso coração… Precisamos entender que a vida é curta demais para deixar a tristeza nos dominar. Quem vive gargalhando, vive mais e‘mió’!

E, de repente, suspirei e me tornei uma estrela em gargalhada…”

– Por isso eu, o Falcão, vos digo que Xamego passou a ser andarilha de si mesma, sendo uma Mãe que Alimenta (5) no coração de outras mulheres o desejo de ser palhaça e a certeza no poder da gargalhada para mudar o mundo.

Vemos esse chamego naquelas que domam muitos Leões por dia – quem é que não tem um boleto para pagar, hein? Nas que andam na corda bamba, nas que fazem trapézio com as dificuldades, malabarismo com os problemas e vivem a vida como uma grande piada. Elas mostram que gargalhar Não é Delírio não, é Felicidade… (6)

Pelas ruas, o riso contagia as multidões. Veio se espalhando pela história e chamegando aqui, chamegando lá (e acolá), ganhou o seu espaço merecido. Tem gargalhada nas folias, nos blocos e até batendo bola. Mas, a gargalhada é mesmo uma Encruzilhada: um gole de felicidade; o espanto da tristeza; a alegria desmedida; a força de seguir sorrindo.

No palco do Carnaval, o samba faz gargalhada e traz a ‘folie’ para a festa do riso. É preciso sempre celebrar, pois a alegria é a porta onde estão as respostas para as dificuldades da caminhada. Hoje, esse Terreirode Espinguela (7) se torna um grande picadeiro de Folia, onde as gargalhadas ecoam como um toque de alegria – anunciando tempos de felicidade por aqui.

Piscaram os olhos e “Minha Avó Virou Samba!” – sua neta Birota vem dizendo.
Se o samba é o remédio da alma, A Gargalhada é o Xamego da Vida e no Arranco é (todo amor) Xamegadinho e misturado.

Que a Gargalhada viva sempre em nós como esperança!
Viva a Xamego! (Bravo!)

1 Paródia inspirada na música “O Cheiro da Carolina” de Luiz Gonzaga. Composição: Zé Gonzaga / Amorim Roxo. A música foi originalmente lançada no disco Aboios e Vaquejadas (1956).
2 Referência a canção “Xamego” de Luiz Gonzaga. Composição: Luiz Gonzaga / Miguel Lima. Lançada originalmente no disco Xamego (1958).
3 Idem
4 Idem
5 Referência ao nosso carnaval de 2025 “Mães que Alimentam o Sagrado” da Carnavalesca Annik Salmon.
6 Referência ao nosso carnaval de 2024 “Nise – Reimaginação da Loucura” do Carnavalesco Nicolas Gonçalves.
7 Referência ao nosso carnaval de 2023 “Zé Espinguela, Chão do Meu Terreiro” do Carnavalesco Antônio Gonzaga.

Agradecimentos

Agradecemos a Família de Maria Eliza Alves dos Reis pelo carinho e acolhimento em aceitar levar, junto conosco, um pouco da história da sua família para a Marquês de Sapucaí. Daise, sua filha, Mariana, sua Neta, Salim e Juan, foram de uma generosidade extrema em abrirem os acervos da família e ceder matérias, além dos dois documentários produzidos pela família, para colaborar com a pesquisa e a escrita da sinopse. Agradecemos também pela entrega e a participação nas etapas e pelo comprometimento de estar conosco em todo o processo.

Referências Bibliográficas

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Huicitec, 2010.
BERGSON, Henri. O riso: ensaio sobre a significação do cômico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1983.
BORNHEIM, Gerd (Org.). Cultura Brasileira – Tradição Contradição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987.
CASTRO, Alice Viveiros de. O Elogio da Bobagem – Palhaços no Brasil e no Mundo. – Rio de Janeiro: Editora Família Bastos, 2005.
CALLOIS, Roger. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Tradução de José Garcês Palha. Cotovia, São Paulo, 1990.
DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.
FONTELES, Bené (org.). O Rei e o Baião. Ensaios Antônio Risério … [et al]. – Brasília: Fundação Athos Bulcão, 2010.
HUGO, Victor. Do Grotesco e do Sublime. São Paulo: Perspectiva, 2002.
MILITELLO, Dirce Tangara. Terceiro Sinal. São Paulo: Mercury Produções Artísticas LTDA, 1984.
MINOIS, Georges. História do riso e do escárnio. Tradução de Maria Elena O. Ortiz Assumpção. São Paulo: Editora UNESP, 2003.
O reinado do Riso / Texto de Daniel Reis e Maria Elisabeth de Andrade Costa – Rio de Janeiro IPHAN, CNFCP, 2012. 56p. – Catálogo da exposição realizada na Galeria Mestre Vitalino, no período de 22 de agosto a 25 de novembro de 2012.
SIMAS, Luiz Antônio & RUFINO, Luiz. Flecha no Tempo. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
___________. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. – 1° ed. – Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
TAPIA, Verônica Ester. Trajetórias artísticas e profissionais de mulheres e circenses. – 1. Ed. – Curitiba: Appris, 2023.
TINHORÃO, José Ramos. Cultura Popular: temas e questões. São Paulo: Editora 34, 2001.

Filmes Consultados

GUARANY – Histórias do Circo dos Pretos; Direção: Mariana Gabriel. Produção: Daise Gabriel e Roberto Salim Gabriel. São Paulo: Di Ôio Produções, 2022.
MINHA Avó Era Palhaço; Direção: Ana Minehira & Mariana Gabriel.Produção: Daise Gabriel, Mariana Gabriel e Roberto Salim Gabriel.São Paulo: Di Ôio Produções, 2016.

André Machado celebra retorno ao Pérola Negra: ‘Tudo para fazer um grande carnaval’

O retorno de um grande nome para uma instituição quase sempre é muito celebrado por todos – seja por profissionais, pelo segmento de atuação em geral ou por quem atualmente está no contratante. No universo do carnaval não é diferente. E foi com muita pompa que André Machado, histórico carnavalesco do Pérola Negra, retornou para a escola da Vila Madalena – em anúncio realizado no dia 03 de abril. Para saber um pouco mais sobre o retorno do profissional ao Pérola e tentar descobrir um pouco sobre o que a Vila Madalena trará para a avenida em 2026, o CARNAVALESCO conversou com o profissional no evento que revelou a ordem dos desfiles dos grupos geridos pela Liga-SP em 2026.

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Foto: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Retorno

O Pérola Negra, em dois momentos na história, teve seis desfiles em sequência no Grupo Especial do carnaval paulistano. O primeiro deles, entre 1976 e 1981, em uma ascensão meteórica logo após a fundação da escola, era a confirmação de que havia uma nova grande entidade na cidade. Depois, entre 2007 e 2012, estava evidente que a escola da Vila Madalena voltava a ser realidade entre as grandes do município.

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Ainda no começo desse período, em 2009, André Machado chegou ao Pérola Negra para fazer alguns desfiles marcantes na escola – à época presidida por Edilson Casal, popularmente conhecido como Nego. Para a segunda passagem dele como carnavalesco na Vila Madalena, ele fez questão de agradecer à atual mandatária da instituição: “Eu estou muito feliz! Recebi esse convite da presidente Sheila e eu tinha que voltar para casa. Estou muito contente com a forma que eu fui novamente recebido no Pérola. Eu tenho uma vontade de fazer um grande carnaval novamente e estou com total liberdade – tal qual já acontecia anos que eu estive lá. É uma galera que eu já conheço, então a gente tem tudo para fazer um grande carnaval”, destacou.

O carnavalesco ficou na escola até o ano de 2014. Em 2013, ele assinou o enredo “O espetáculo vai começar, Pérola Negra apresenta: O Auto da Compadecida”, campeão do Grupo de Acesso I. Já na derradeira temporada, é dele a apresentação de “Caminhos segui, lugar encontrei… Pérola Negra – a suprema Felicidade!”.

O que vem por aí?

A agremiação apresentará o enredo para a comunidade e para o mundo do samba no dia 12 de julho, no Arraiá na Vila. Pouco antes disso, entretanto, o processo de filtragem para saber qual será a temática escolhida foi grande: “A gente está conversando sobre o próximo enredo. A gente tem quatro possibilidades, mas, nas próximas semanas, a gente já vai escolher o definitivo para a gente chegar forte”, destacou o carnavalesco.

Concorrência forte

Maior campeão do Grupo de Acesso I, com cinco títulos (conquistados nos anos de 1975, 1989, 2000, 2013 e 2019), a escola sabe como ninguém os caminhos para chegar ao Grupo Especial. Na visão de André, porém, a disputa será bastante acirrada em 2026: “O Grupo de Acesso I, hoje, é um grupo muito forte. Tem escolas grandiosas, como a Mancha Verde, a Unidos de Vila Maria, a Acadêmicos do Tucuruvi, a Nenê de Vila Matilde. A gente está pensando em fazer um carnaval bem organizado, que caiba no bolso da escola, mas também que seja um carnaval bem competitivo, para a gente chegar junto aí – e, quem sabe, voltar para o Especial”, comentou.

Grandes lembranças

André também foi perguntado sobre qual foi o melhor desfile que ele assinou no Pérola Negra na primeira passagem pela instituição da Vila Madalena. O profissional preferiu destacar alguns pontos em específico de algumas das apresentações: “Eu tenho muito carinho por boa parte daqueles desfiles! Por exemplo, pensando no impacto de desfile, eu acho que foi o de 2009, da Índia. Pelo conjunto de alegorias, eu acho que foi o do Abraão, em 2011. Gosto do Rolando Boldrin também, em 2010. Um carnaval que eu fiz muita coisa, que eu gosto muito, foi o Auto da Compadecida, em 2013, que foi campeão do Grupo de Acesso I. Mas, se eu fosse escolher um, acho que o da Índia. Foi o meu primeiro carnaval aqui, foi o meu cartão de visita no Grupo Especial de São Paulo”, finalizou.

Comitiva do Ministério da Cultura visita barracão da Unidos da Tijuca e debate iniciativas voltadas para a leitura

A Unidos da Tijuca que em 2026 levará para a Avenida o enredo “Carolina Maria de Jesus”, uma das maiores escritoras do país, recebeu em seu barracão a comitiva do Ministério da Cultura representados pela Secretaria de Formação, Livro e Leitura, pela Diretoria de Livro, Leitura e Bibliotecas e pelo coordenador do escritório regional do Rio de Janeiro, Eduardo Nascimento. O encontro visou debater iniciativas sociais voltadas para a leitura.

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Foto: Divulgação/Unidos da Tijuca

Fabiano Piúba – secretário de Formação , livro e leitura, Jeferson Assunção – diretor de Livro, leitura e bibliotecas e Andressa Marques – coordenadora geral de livro e leitura, além de Eduardo Nascimento foram recepcionados pelo carnavalesco Edson Pereira e sua equipe de carnaval e a direção de marketing. No encontro, a escola apresentou o enredo do próximo carnaval e iniciou a construção de uma ponte sólida com o Ministério da Cultura para a realização de ações sociais importantes que ocorrerão ao longo do ano e serão fundamentais para o fomento da leitura e da valorização da literatura.

A Unidos da Tijuca desfilará na Marquês de Sapucaí dia 16 de fevereiro de 2026, segunda-feira de carnaval pelo Grupo Especial.

Opção técnica! Marquinho Marino explica escolha dos novos intérpretes da Beija-Flor

A Beija-Flor de Nilópolis deu início a um novo capítulo de sua trajetória musical. Após mais de quatro décadas de reinado absoluto de Neguinho da Beija-Flor, a escola anunciou a dupla Nino e Jéssica como os novos intérpretes oficiais para o Carnaval 2026. A escolha, segundo a direção nilopolitana, feita com base em critérios técnicos e alinhada com os valores da agremiação, foi revelada após o encerramento das gravações do reality show que movimentou a busca por novas vozes. Em entrevista ao CARNAVALESCO, o diretor de carnaval da Beija-Flor, Marquinho Marino, detalhou o processo e os motivos que levaram à escolha da dupla.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

“O resultado foi merecido. Chegamos à conclusão de que nenhuma voz vai substituir o Neguinho. Ninguém será maior do que ele. Por isso, não adiantaria trazer um medalhão. Resolvemos apostar na prata da casa, em quem tem potencial para, um dia, alcançar o patamar que ele atingiu”, explicou.

Construção coletiva e aposta no futuro

Segundo Marino, o foco agora está em construir uma base sólida para que os novos intérpretes tenham todo o suporte necessário.

“Temos uma excelente equipe de harmonia, fonoaudiólogos e professores de música. Vamos fazer um trabalho diferente, com planejamento, para que a dupla não enfrente os mesmos problemas que outras duplas já viveram em anos anteriores. A Beija-Flor será sempre prioridade, nunca uma pessoa só”, afirmou.

Jéssica Martin assume microfone da Beija-Flor e emociona: ‘Uma mulher representando esse legado’

O diretor reforça que a escolha não teve caráter político, mas sim técnico. “Conversei bastante com o Betinho, nosso diretor musical. As vozes se completam e se ajustam. Estamos confiantes, mas com os pés no chão. Não vamos dizer que vai dar certo por soberba, o sucesso depende do gosto da comunidade. Mas, com trabalho, vamos alcançar o que queremos”, declarou.

Vozes que já vinham sendo lapidadas

Marquinho Marino também destacou o envolvimento da escola no desenvolvimento dos talentos ao longo do tempo. “O Nino é uma joia. Quem conhece, sabe o talento que ele tem. A Jéssica é também uma grande revelação. Já vínhamos acompanhando os dois desde o ano passado em estúdio, com todo um trabalho de análise de timbre, tom e equilíbrio de voz, preparando o carro de som”, disse.

Nova voz da Beija-Flor, Nino emociona: ‘Cantei também pelo Bakaninha’

O dirigente revelou ainda que pretende manter a base do carro de som e integrar outros nomes que participaram do reality. “Tivemos as saídas do Neguinho e do Leozinho, e abrimos duas vagas. Pensamos no Felipe Silva e no Carlos Inho para compor a equipe. O Thiago Acácio retorna à Imperatriz, mas temos um grupo de vozes com grande potencial de harmonia”, completou.

Planejamento em andamento

A antecipação do anúncio da nova dupla de intérpretes, originalmente previsto para setembro, foi uma decisão estratégica. “Agradeço a sensibilidade do grupo Globo e da escola. Era impossível segurar até setembro (quando o programa será exibido no canal Multishow), isso vazaria. Fizemos uma reunião e optamos por anunciar oficialmente agora, para podermos seguir o planejamento para 2026. Já tenho estúdio marcado, começaremos com Nino e Jéssica e depois com todo o carro de som”, contou Marino.

Com a responsabilidade de seguir os passos de uma das maiores lendas do carnaval, Nino e Jéssica carregam agora o desafio e a honra de defender os sambas da Beija-Flor diante da comunidade de Nilópolis e do público da Marquês de Sapucaí. E, como destacou o diretor de carnaval, a escola está pronta para escrever mais uma história revolucionária.

Sinopse do enredo da Beija-Flor para o Carnaval 2026

Beija-Flor inaugura escola mirim oficial: nasce o ‘Sonho do Beija-Flor’

 

Celsinho Mody celebra longevidade na Tatuapé e promete entrega total em 2026: ‘Vou fazer o melhor carnaval da minha vida’

No ano de 2025, o intérprete Celsinho Mody completou 10 anos nos Acadêmicos do Tatuapé. Em termos de longevidade à frente de um carro de som de uma escola de samba em São Paulo, o cantor só fica atrás de Ernesto Teixeira, dos Gaviões da Fiel. Dentro de um mundo do carnaval em que a “dança das cadeiras” entre os profissionais é intensa, esse feito é para ser bastante comemorado. O amor da comunidade pelo cantor é enorme dentro da quadra — e é recíproco. Celsinho dá tudo de si na ala musical e sempre busca inovar com o carro de som. No dia da definição da ordem dos desfiles, o cantor conversou com o CARNAVALESCO e falou sobre como é estar mais um ano à frente da agremiação da Zona Leste e sobre a busca pelo melhor desempenho do carro de som.

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Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

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Lisonjeado por defender a escola e um tema importante para 2026

Celsinho se diz honrado em defender a Tatuapé por tantos anos e estar presente nos momentos de glória da agremiação. O cantor também exaltou o enredo que a Zona Leste levará para o Anhembi e prometeu fazer o melhor carnaval da sua vida.

“Para mim, é uma honra defender uma comunidade tão verdadeira, que luta para fazer uns aos outros felizes. É uma comunidade que trabalha e se dedica muito. Teve um período muito grande de momentos ruins, mas agora está vivendo anos de glória, alcançando bons resultados no carnaval, e eu tenho a honra de participar desse período que a escola conquistou. Minha voz representa muitas pessoas. Vou para o décimo primeiro ano com um tema maravilhoso e que me representa, onde o objetivo é pensar em todos. É um enredo muito sério e necessário para o Brasil e para o mundo. Pode ter certeza de que eu vou fazer o melhor carnaval da minha vida”, declarou.

Novidades introduzidas no carro de som e trabalho feito com amor

O cantor falou sobre a seriedade do trabalho no carro de som e dos professores que teve ao longo da trajetória.

“Eu sempre digo que o carro de som dos Acadêmicos do Tatuapé vem trazendo novidades durante esses 10 anos. A gente propõe sempre uma nova forma de fazer um trabalho ancestral. Interpretar samba-enredo é um negócio de pai para filho. Eu sou aluno do Ernesto, Jamelão, Neguinho da Beija-Flor, Royce do Cavaco, Agnaldo Amaral, Carlos Júnior e de tantos outros que, se eu for esticar, posso acabar desonrando nomes que passaram por mim. É um legado que a gente traz com muita seriedade”, contou.

Ainda dentro da ala musical, Mody entrou na parte técnica. O intérprete ressaltou que a escola implementou novidades no carnaval de São Paulo, sendo tudo feito com amor e carinho para a comunidade. Celsinho também se lembrou de Sté Oliveira, recém-contratada pela Mocidade Unida da Mooca como cantora oficial, e que é oriunda da ala musical da Tatuapé.

“Nós introduzimos no carnaval de São Paulo o solo de cordas com o canto da comunidade. Temos muitas vozes femininas igualadas aos homens, com força efetiva, além de cantarmos de uma forma africana: com bastante balanço e força da comunidade. Nós trabalhamos demais a técnica, mas também com muito amor. Essa receita tem dado certo. Tivemos agora a Sté Oliveira, que saiu da nossa ala musical e virou intérprete oficial. Ela era meu braço direito, assim como o time inteiro. Todos os outros também têm condições de se tornarem cantores oficiais”, disse.

Empolgado com o novo mestre de bateria

Agora com um novo parceiro musical, Celsinho Mody deseja tudo de melhor para Cassiano Andrade, que irá estrear como mestre da Qualidade Especial no Carnaval de 2026.

“Eu tenho respeito por todos os mestres que trabalharam comigo na Tatuapé — o mestre Higor e o Léo Cupim. Desejo toda a felicidade para o mestre Cassiano. É um amigo, tocou na minha banda, gravamos juntos, é um cara que eu tenho muito respeito e desejo toda sorte. Espero que ele seja vitorioso, como todos os mestres que passaram, e que coloque todo o conhecimento que ele tem. É um dos maiores músicos do Brasil”, concluiu.

Grande Rio escolhe novo samba exaltação neste domingo

A Grande Rio realiza neste domingo, a final do concurso de samba exaltação, que celebra a história e enaltece os valores da agremiação. O evento é gratuito e acontece a partir das 13h, na quadra da escola (Rua Almirante Barroso, 5 – Centro, Duque de Caxias).

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Ao todo, 17 sambas foram inscritos e apresentados na quadra no último domingo, 15. Hoje, será escolhido o samba vencedor, que será gravado oficialmente na voz do intérprete Evandro Malandro. A ordem das apresentações será definida antes do início do evento.

Confira a seguir as parcerias finalistas.

1- DANIEL COLETE / CLOVES PÊ
2 – BIRA DO BANJO / PC / CRISTIANE MAZARIM
3 – LICINIHO JUNIOR / WELLINGTON ONIRE LUIS LUIS CAXIAS
4 – ROBSON MORATELLI | RAFAEL RIBEIRO KELLY G.RID
5 – HENRIQUE BILILICO/ MARCELINHO SANTOS GILE SANTOS GILSON BERNINI
6 – BIRA DA VILA
7 – FELIPE LIMA / TONI BACH | GABRIEL NUNES
8 – CARLINHO FISCAL / RICARDINHO GUIMARÃES E HUGO DA GRANDE RIO
9 – HUGO SANTOS | ALEX PRIMO | PINGO SARGENTO
10 – DE ARAÚJO | PEREIRA E SANTOS
11 – PAULINHO | IARA GONZAGA e ROSANGELA
12 – JOÃO CARLOS | ADILSON QUARESMA E MAX PIERRI
13 -BOLINHA
14 – MAX PIERRE | FERNANDO AMARO ZEZÉ PALINHA
15 – NURYNHO ALMAWI & MARCIO FORGE.
16 – JOÃO FERNANDES ELIANE MEDINA FAGNER FERNANDES
17 – MARIANO ARAÚJO / MOISÉS SANTIAGO E DIONIZIO FOCA

Unidos de Padre Miguel faz história com desfile inédito na Disney de Hong Kong

A Unidos de Padre Miguel levou neste sábado o ritmo e o brilho do carnaval carioca para um dos palcos mais emblemáticos do entretenimento mundial: a Disney de Hong Kong, na China. A apresentação aconteceu pela manhã como parte do Festival Extravaganza, evento multicultural que segue até o dia 29 de junho com diversas ativações da escola em diferentes pontos da cidade.

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Fotos: Divulgação/Comunicação Extravaganza

Convidada oficialmente para representar o Brasil no festival, a agremiação desfilou com um elenco composto por integrantes da bateria “Guerreiros da Unidos”, passistas, baianas, o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Emerson Faustino e Joana Falcão, e a rainha de bateria Andressa Marinho, que também atua como embaixadora do festival nesta edição especial.

Em um momento inédito para o samba, a Unidos se tornou a primeira escola de samba a se apresentar no tradicional parque temático da Disney, emocionando o público local e turistas com a potência da cultura popular brasileira.

“É uma emoção indescritível ver a nossa arte sendo aplaudida em um lugar tão simbólico. A Unidos está vivendo um capítulo histórico, representando o Brasil com dignidade e muita garra. Ver o samba atravessando o mundo e emocionando as pessoas aqui na China é motivo de muito orgulho”, destacou Cícero Costa, diretor de carnaval da escola, que acompanha a delegação em Hong Kong.

O Festival Extravaganza seguirá com uma programação intensa até o dia 29 de junho, reafirmando o compromisso da Unidos de Padre Miguel com a valorização e internacionalização do samba.

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Portela lança gravação especial em homenagem ao povo gaúcho

Na tarde deste sábado, a Águia Altaneira lança uma gravação especial em homenagem ao Rio Grande do Sul. A iniciativa representa um abraço simbólico da Portela ao povo gaúcho e reforça os vínculos de irmandade entre os carnavais do Sul e do Rio de Janeiro.

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Foto: Pedro Henrique Fernandes/Divulgação Portela

A gravação apresenta uma nova interpretação do samba referente ao enredo “Festa do Batuque” do desfile de 1995, da Escola Bambas da Orgia, afilhada da Portela. Através da releitura desta obra antológica, a Portela fortalece a conexão entre as entidades e todas as agremiações da região do Sul do país. A composição de Paulo da Silva Dias e Delmar Barbosa, está na voz marcante de Gilsinho, Intérprete oficial da Azul e Branca de Oswaldo Cruz e Madureira, com o acompanhamento da Bateria Tabajara do Samba, sob o comando do Mestre Vitinho.

“Acreditamos no poder do samba como linguagem de afeto e união. Esta homenagem é um gesto de carinho da Portela para com nossos irmãos gaúchos, reafirmando o respeito à cultura popular que nos conecta”, destaca o presidente Junior Escafura.

Império Serrano homenageará Conceição Evaristo através de suas obras no Carnaval 2026

O Império Serrano revelou neste sábado o seu enredo para o Carnaval 2026. Com o título “Ponciá Evaristo, Flor do Mulungu”, criado pelo carnavalesco Renato Esteves, a escola vai homenagear a escritora Conceição Evaristo, referência da literatura negra brasileira. Inspirado nas “escrevivências” da autora, termo criado por ela para descrever a escrita que nasce da experiência das mulheres negras, o tema marca a busca da escola de Madureira pela vitória na Série Ouro e o retorno ao Grupo Especial.

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Foto: Felippo Rocha/S1 Comunicação

Segundo Esteves, a proposta do Império Serrano é construir um conto poético que mistura ficção, personagens de destaque de Conceição Evaristo e elementos biográficos, destacando a força da escrita da autora na denúncia das desigualdades sociais, do racismo e da violência contra as mulheres.

“Fazer um enredo sobre Conceição Evaristo já era um desejo antigo. Suas escrevivências emocionam e tocam quem as lê. Levar as mulheres de Conceição para a Sapucaí através do Império Serrano é fazer com que a comunidade se reconheça. Conceição disse algo muito forte: “Leiam os meus livros, não a minha biografia”. Ela vê sua trajetória como espelho de tantas outras mulheres negras brasileiras que enfrentam diariamente as violências de um país desigual”, afirmou o carnavalesco.

Para Conceição Evaristo, a homenagem do Império Serrano simboliza que a sua literatura nasce do povo e retorna a ele, reforçando o papel social e afetivo. Ela também afirma com firmeza que a literatura deve ser reconhecida como um direito de todos, destacando as escolas de samba como ambientes educacionais.

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Arte do enredo: Luciana Nabuco

“Eu considero uma grande honra receber uma homenagem que parte do Império Serrano, uma escola de raiz, e que se dá por meio da minha produção literária. É um momento significativo, pois é como se a minha inspiração, as mulheres das classes populares e o povo, retornasse ao lugar de onde veio. É também uma oportunidade de afirmar que a literatura deve ser entendida como um direito do cidadão e de reconhecer a escola de samba como um espaço legítimo de educação e aprendizado”, destacou a escritora.

Com uma trajetória marcada pelo reconhecimento tardio, Conceição Evaristo recebeu em 2015 o Prêmio Jabuti por sua coletânea “Olhos d’água”. Em 2024, foi eleita imortal da Academia Mineira de Letras. Em 2018, disputou uma vaga na Academia Brasileira de Letras.

No próximo ano, o Império Serrano será a quarta a desfilar no sábado de Carnaval, dia 14 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí, pela Série Ouro.