A Inocentes de Belford Roxo celebrou no último domingo seu aniversário de 31 anos e apresentou a obra que levará para Marquês de Sapucaí em 2025. A oção foi reeditar o enredo e o samba de 2008, ““Ewe, a cura vem da floresta”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Cristiano Bara. O enredo tem como guia condutor o poder da cura das doenças através das plantas e a necessidade de preservarmos as florestas. Os compositores são Carlinhos do Cavaco, Claudio Russo, Nino do Milênio e Tem-Tem Jr. O samba teve uma leve alteração no refrão do meio. Ouça abaixo na versão gravada pelo intérprete Daniel Silva.
Ao site CARNAVALESCO, o artista Cristiano Bara fez um balanço do desfile de 2024 e projetou o desfile do ano que vem.
“O desfile de 2024 foi bem positivo e de acordo com o que a escola queria apresentar. Poderia ter uma colocação melhor, mas faz parte do processo, a escola não pode ensaiar, porque o prefeito impediu a escola de trabalhar em Belford Roxo. Gosto bastante da ideia do enredo de 2025. Em 2008, eu participei ajudando o Caribé (carnavalesco na época). Conheço bastante e faremos uma reeleitura para os tempos de hoje, com visual plástico diferente e sem perder a essência do enredo. A escola já sabe o samba e gosta dele. Todos sabem cantar. Podem esperar uma Inocentes comprometida em fazer carnaval, rica visualmente e contar a história com a mesma maestria que o Caribé fez em 2008”.
Carnavalesco Cristiano Bara
Reginaldo Gomes, presidente da Inocentes, explicou a opção pela reedição e também falou sobre a questão com a prefeitura municipal, que não permitiu ensaios da escola em Belford Roxo.
“A gente tinha uma preocupação de ter enredo vitorioso. Estamos falando de tema atual, que é a natureza. Estamos juntando o útil ao agradável. Estamos fazendo os protótipos e vamos começar a reprodução. Pedimos autorização para fazer os ensaios em Belford Roxo, o prefeito não liberou e vamos para Mesquita. O prefeito vai ter que aprender a respeitar a cultura de Belford Roxo”, afirmou o dirigente.
Presente na quadra, o intérprete da União de Maricá e compositor do samba da Inocentes, Nino do Milênio, fez declaração de amor para escola de Belford Roxo e citou que o samba vai ajudar ao desfile da agremiação no ano que vem.
“Representa muito ter o samba novamente na Avenida. A Inocentes é minha vida e história. Sou Inocentes e Belford Roxo. Esse samba é da época que estava começando no carnaval, quando conheci o Claudio Russo e parceiros. Estou muito feliz aqui. Revendo amigos e muita gente que não encontrava há muito tempo. O samba de 2025 é muito bom. A Inocentes está com grande obra para o desfile do ano que vem. A escola está muito bem servida. O refrão principal mexe comigo, o meu coração é Inocentes”.
Felizes com o trabalho em 2024, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus e Jaçanã, projetou o trabalho para o desfile de 2025 e celebrou a reedição do enredo e do samba. “Foi um carnaval maravilhoso e perfeito. A gente trabalhou bastante e gostamos muito do resultado. Vamos trabalhar mais para 2025. Eu amo esse samba e enredo”, afirmou a porta-bandeira.
“Fizemos o que a gente queria em 2024. Foi excelente para gente. Agora, é trabalhar bastante para Inocentes voltar ao Especial. Adorei a ideia da reedição”, completou o mestre-sala.
Contratação da Inocentes para o desfile de 2025, o intérprete Daniel Silva celebrou a chegada na escola e falou da parceria com a bateria. “É um novo ciclo. Chego feliz na escola. Doido para trabalhar e estar junto da comunidade. Conhecer o jeito da Inocentes. Temos um samba lindo e vai dar tudo certo. Acho que foi uma sacada maravilhosa reeditar o samba. É forte! Falou da religiosa e africanidade pode esperar um desfile maravilhoso e grandioso. A bateria estamos nos conhecendo, tenho carinho enorme com mestre Washington, vai ser mais fácil o entrosamento”.
Comandante da bateria, mestre Washington Paz fez balanço do desfile de 2024 e prometeu novidade para 2025. “A gente teve pouco tempo para ensaio para 2024 devido aos problemas que tivemos no município. A bateria se apresentou bem e perdemos um décimo, mas faz parte e agora é melhorar para 2025. Vamos trabalhar para voltarmos a ser ousados, não queremos ser tão simples. Estamos preparando algumas surpresas e tenho certeza que vamos surpreender. O Daniel Silva (intérprete) é um sonho antigo trabalhar com ele. Sou muito fã dele. Com a Darlin (Ferrattry, rainha de bateria) vai ser uma parceria bacana e de sucesso. Aguardem”, disse.
O primeiro domingo olímpico de 2024 foi de felicidade na porção abaixo do Centro de São Paulo – e não apenas por conta das medalhas conquistadas por atletas brasileiros. Neste domingo (28 de julho), o Barroca Zona Sul apresentou o samba-enredo que levará para a avenida no ano de 2025. Composto por Thiago Meiners, Sukata, Claudinho, Cacá Camargo, Fernando Negão, Morganti, Jairo Roizen, Léo do Cavaco, André Valencio, Mineiro, Júlio Alves e Marco Moreno, a obra embalará o enredo “Os Nove Oruns de Iansã”, idealizado por Pedro Alexandre, o Magoo, carnavalesco da verde e rosa. Além da apresentação do samba-enredo, o evento teve mais atrações. Antes do anúncio, houve espaço para os shows de Douglas SP, Resenha dos Brothers e DJ Fabiano. Depois da apresentação de segmentos e da canção verde e rosa para 2025, o Vai-Vai também se apresentou. * OUÇA AQUI O SAMBA-ENREDO PARA 2025
Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO
Lapidando a joia
O Barroca, há alguns anos, confia em um grupo de compositores para criar o samba-enredo. Alguns desses compositores são da própria escola. Cacá Camargo, por exemplo, é diretor musical de agremiação. Fernando Souza, o Fernando Negão, escreveu a canção e também é o comandante da Tudo Nosso, bateria da escola. E, de acordo com ele, o fato da temática afro ser conhecida e querida pela escola foi um dos motivos pelos quais o trabalho dos compositores foi inspirador: “Sem dúvida o enredo nos favorece, porque a gente já está vindo com esse costume de cantar sempre sambas afro – com algumas exceções. Agora, voltamos para o que a gente sempre faz”, relembrou – com destaque para as exceções, já que, em 2024, a agremiação cantou o Jubileu de Ouro da instituição (“Nós nascemos e crescemos no meio de gente bamba. Por isso, que somos a Faculdade do Samba. 50 anos de Barroca Zona Sul”), e em 2023, o enredo foi indígena (“Guaicurus”).
De acordo com ele, não foi o cargo que ele possui na instituição que deixou a vida mais fácil: “A gente criou um grupo no WhatsApp, todos os compositores foram trocando informações. Demorou um pouquinho (uns um mês e meio, dois meses), mas chegou no que a gente queria. Nesse tempo, o samba mudou umas cinco ou seis vezes. Na realidade, até depois de gravado a gente teve algumas mudanças na letra que o Magoo pediu, mas chegou onde a gente queria”, detalhou.
Flávio Morganti, o Sukata, revelou mais alguns detalhes do processo criativo do grupo: “O nosso grupo funciona da seguinte forma: nós temos uma parceria básica – que eu, o Thiago Meiners, o Jairo Roizen, o Fernando Negão e o Cacá Camargo. A gente começa a fazer tudo por internet. O negócio vai nascendo, crescendo, vai mudando, cada um vai dando uma opinião. Quando o negócio encaixa, a gente apresenta para a escola. A escola pede algumas alterações e a gente muda aqui, muda ali… vamos mudando. Quando a escola aprova, o negócio está pronto”, destacou, antes de comentar que a rede mundial de comunicação é fundamental por conta da distância entre cada um dos compositores – além de paulistas, fluminenses, sulistas e baianos estão na parceria.
Como compositor e mestre de bateria, Fernando não nega que a imaginação já começa a borbulhar conforme os versos vão sendo escritos: “Algumas bossas e convenções já aparecem na hora, porque fica mais fácil compondo o samba. Para mim, participar do andamento do samba, da letra e da melodia é importantíssimo. Os caras já vão me mandando, eu já vou pensando em bossa, em passagem, virada. Fica mais prático”, confessou.
Outros integrantes, porém, também são ouvidos pelos compositores, afirma Sukata: “Montamos uma peça e apresentamos, ouvimos de cada um o que está legal e o que pode ser melhorado. Vemos com o presidente, com os intérpretes, vemos o tom para eles, a parte de ritmo e andamento com o Fernando Negão… vamos assim”, revelou.
Elogios
Foi perceptível a empolgação da comunidade logo após a primeira passada do samba. Além do refrão de cabeça, a repetição de versos inteiramente afro (“Akoro mina dewa aê, akoro mina dewá/Epahey oyá! Oyá Oyá”) também agitou os presentes na quadra – que, pouco a pouco, começaram a evoluir na quadra tal qual um terreiro e um ensaio já rumo ao carnaval 2025.
Para muitos integrantes da agremiação, não foi por acaso. A obra foi elogiada por todos os ouvidos pela reportagem. O mais impactante dos elogios foi feito por ninguém mais, ninguém menos que Ewerton Rodrigo Ramos Sampaio, o Cebolinha, presidente da instituição: “O samba, realmente, é um dos melhores dos últimos cinco anos. Eu sou fã do samba de Oxóssi (“Okê Arô”, de 2019), e a canção de 2025 eu acho que é o melhor samba que a gente vai apresentar desde então”, empolgou-se.
Fã da eficiência, Magoo também aprovou: “Gostei muito do samba! Sem enrolação, sem falação, tem toda a sinceridade sobre o tema. Os compositores foram muito felizes, eles pegaram os pontos centrais, eles tiveram uma riqueza poética, uma melodia muito legal, muito legal mesmo. Tenho certeza que todo mundo que ouvir vai gostar. Samba empolgante, vai ajudar bastante a gente no nosso projeto”, orgulhou-se.
Um dos três diretores de Harmonia do Barroca, Célio Souza foi mais um importante componente do Barroca a falar bem da canção: “Gostei do que ouvi! Acho que o samba que vem aí vai ter uma crescente muito grande. Ele vai ser muito bom para o nosso carnaval, para o nosso chão, que é o nosso forte aqui no Barroca Zona Sul. Eu acho que a tendência do samba é que ele cada vez mais crie corpo, cresça e se fortaleça. Vai chegar na avenida com um peso muito grande para a gente fazer um carnaval de qualidade, de primeira”, projetou o profissional, que atua em parceria com César Souza e João Neguinho – este último, também vice-presidente da agremiação.
Mestre-sala da verd e rosa, Marcos Costa, o Marquinhos, deu mais detalhes sobre o que mais o cativou na obra: “Alguns integrantes da escola ouviram o samba essa semana pra poder, na apresentação de hoje, já estar por dentro. Eu gostei muito da segunda parte, principalmente. É uma parte que é mais do estilo que eu gosto, que é mais melodiosa – e é diferente do ano passado. Apesar do samba do ano passado ser bem melodioso (ele era inteiramente assim, todo melodioso), esse ano a primeira parte é de um jeito, a segunda cai pra uma parte mais de melodia que eu gosto. Acho que tem tudo pra dar certo”, revelou.
Por fim, responsáveis por executar a obra, a dupla de intérpretes do Barroca, Dodô Ananias e Cris Santos, também elogiou a canção: “A gente gravou o samba na quarta-feira, e passamos o samba para a comunidade em tempo. A surpresa foi ver que, em pouco tempo, a comunidade já pegou o samba. O bom da escola, com essa comunidade vigorosa, é que, quando fazemos tudo junto, o resultado é como vimos hoje. Parece que o samba já está há mais de mês sendo escutado, executado… mas, não: foi uma gravação, um ensaio – e, agora, no ensaio geral, a comunidade cantou junto”, comentou Cris, dando mais alguns detalhes sobre os últimos dias da agremação. Dodô foi pela mesma linha: “Gostei muito do resultado final do samba. Eu estou muito feliz com a obra. Quero dar os parabéns aos compositores, acertaram mais uma vez, a caneta caiu de pé. A recepção e o acolhimento da comunidade com o samba também foi muito bom. A gente só fez um ensaio e a escola ainda nem ouviu a gravação oficial, que deve ir para a rua amanhã, e já foi assim! Estou muito feliz, muito contente. Acredito que esse samba vai impulsionar muito o nosso trabalho e o desfile da nossa escola”, comentou.
Como dois dois músicos da instituição, ambos revelaram algumas partes que consideram como favoritas na canção: “Auando a gente escutou para gravar, o samba inteiro é emocionante. Tem umas partes que tocam mais, como o segundo refrão, da estrofe para baixo. Mas o samba em si, desde o refrão de cabeça até o final da estrofe, é lindo. Ele é lindo de ponta a ponta e não tem uma parte que a gente vá dedicar mais: o samba já se dá por ele mesmo, ele é lindo por ele mesmo”, apaixonou-se Cris. Dodô preferiu outra parte, entretanto: “Eu, particularmente, acho o samba maravilhoso. Mas eu acho que ele tem um refrão muito forte, que vai tocar o Anhembi… a segunda do samba, que o Cris citou, também é muito emocionante. Quem tem devoção à Santa Bárbara, quem é filho de Iansã, de Oyá, vai se tocar, vai se arrepiar. E, quem não é, quem aprecia um bom samba-enredo, também vai se emocionar com esse samba”, destacou Dodô.
O processo como ele é
Quem também elogiou a obra foi Angélica Barbosa, uma das diretoras de carnaval do Barroca. Ela, porém, não deixou de fazer alguns apontamentos sobre o processo criativo em relação à primeira ouvida na canção original pensada pelos compositores: “quando a gente ouviu o samba pela primeira vez, eu, tecnicamente, fiquei junto com a diretoria fazendo as análises do que possivelmente poderia ser um problema na hora do julgamento. Aconteceu com a gente nesse ano, então a gente ficou fazendo, procurando essas questões pra ajustar – tanto que a gente teve que fazer alguns ajustes. A gente tem uma equipe que de compositores que faz o samba pra gente e acho que até ficou meio cansativo pra eles porque eles faziam, mandavam, a gente analisava, e voltávamos com novas melhorias. O produto final eu amei, mas até consolidar foi um processo meio demorado, de uns quarenta e cinco dias. Às vezes eles mudavam alguma coisa pra encaixar alguma letra, aí a gente pedia pra eles gravarem e cantarem, aí eles cantavam e mandavam, por vezes pedíamos para voltar ao que estava… teve esse tempo, mas o resltado final foi fantástico”, abordou.
Quem também destacou as idas e vindas no processo de criação foi Magoo: “A nossa relação com os compositores foi uma conversa bem aberta, bem franca. A gente conversou e a gente estava diariamente em contato. Eles faziam alguma parte e perguntavam o que achávamos. Foi assim com o próprio presidente! A gente criou um grupo no WhatsApp e a gente ia dando pitaco, ia mexendo. Se pegar o primeiro que foi escrito até o último, teve uma diferença muito grande. Teve a participação direta do pessoal da diretoria, tudo certinho. Foi uma coisa prazerosa de trabalhar, foi um trabalho em conjunto. E, é claro, a genialidade e a competência dos compositores foi algo fantástico. Foi muito legal esse processo”, detalhou.
Sobre o formato
Muito se fala sobre o quanto a encomenda de samba-enredo em detrimento às elimiantórias é positiva ou negativa. Cebolinha defendeu o método de construção de samba com uma única parceria: “Esse formato tem agradado. A gente está trabalhando nessa linha há alguns anos, e por isso eu acho que é uma linha que deu certo. Acho que o Barroca, nos últimos cinco, seis, sete anos, vem trazendo grandes sambas. Acho que está dando certo, a linha a se seguir é essa e a gente está bastante contente com isso”, vaticinou.
Eventos e passos
O cinquentenário do Barroca Zona Sul será comemorado no dia 07 de agosto, e a agremiação fará não uma, mas duas festas para comemorar – uma no dia 18 de agosto, com participação da Mocidade Alegre, Resenha dos Brothers e Um Toque A Mais; e outra no dia 15 de setembro, com participação do Doce Encontro e do Fundo de Quintal. Mas a agremiação não irá parar por aí. Cebolinha pontuou que, um dia após o evento de apresentação do samba-enredo, a verde e rosa anunciará uma festa com uma grande escola de samba convidada.
Ao ser perguntada sobre próximos eventos, Angélica se ateve aos quesitos: “Pensando no desfile, a gente vai fazer uma reunião com os chefes de ala para poder mostrar os pilotos prontos – porque, até o momento, a gente só mostrou em desenho. Está muito legal, surpreendeu, o Magoo é magnífico, surpreendeu bastante. E, agora, a gente está focado em ensaio. O próximo passo é ensaio, ensaio, ensaio e ensaio”, brincou.
Célio foi na mesma linha de Angélica: “A primeira coisa que a gente faz é reunir todos os chefes de ala, fazer uma reunião, pegar a impressão também deles, do que eles acharam do samba. É muito importante a comunidade estar envolvida e estar interagindo com a gente o tempo todo, porque são eles que vão fazer a diferença na pista. Não adianta o Célio gostar ou o João gostar: quem tem que gostar é a nossa comunidade. Pelo o que eu vi ontem, no primeiro ensaio que a gente teve com o samba, a impressão foi muito boa. Acho que eles gostaram, vi muitos elogios sobre o samba, acho que tem tudo para dar certo. Depois fazemos ensaio com alas, e aí a gente vai fazendo o samba crescer com cada uma delas. Cada componente vai vir, tirar dúvidas de letra, ver se não entendeu ou aonde precisa ir. Tem algumas partes do samba que você vai aprimorando para a pessoa não cantar errada no dia do desfile. Mas eu acho que a comunidade aqui é sensacional, vai dar tudo certo e é um samba que, como eu falei, vai chegar na avenida muito forte”, prometeu.
Acompanhando de longe
Embora estivesse presente, Marquinhos dançou menos que outros casais do Barroca por um motivo especial: Lenita Magrini, primeira porta-bandeira da escola, está em um compromisso profissional na Coreia do Sul e retorna no próximo mês para o Brasil. Ao falar sobre como está ensaiando para o desfile, Marquinhos citou a parceira de dança: “A mente de casal funciona bem assim: a gente fica ansioso para ouvir o samba, já para começar a imaginar que parte que o corpo pede para dançar. Como tivemos uma apresentação aqui, fechada para a escola, os intérpretes estavam cantando, eu fiquei ouvindo e já falei quais partes do samba me dá vontade de balançar, por exemplo. Aacho que eu e a Lenita vamos muito por isso: é o feeling do que o nosso corpo sente, para onde o samba pede para o nosso corpo ir. Tem coisas bem interessantes que dá para a gente fazer”, comentou.
Perguntado sobre como está a rotina de treinamentos á distância, Marquinhos tratou de tranquilizar os torcedores do Barroca: “A gente ainda está bem tranquilo. Eu também trabalho com dança, a gente estava bem focado: ela lá no trabalho dela na Coreia e eu aqui, com os meus trabalhos na escola de dança – tinha um espetáculo que eu estava coreografando, que era itinerante. A gente estava bem tomando conta da nossa vida profissional e ela falando que estava voltando, que estava a milhão, que quando ela voltasse eu estava ferrado. A gente está guardando esse gás porque, quando ela voltar, o bicho pega. É mais ou menos o que acontecia nos anos anteriores, quando eu estava nos programas de TV que eu fazia: você trabalha com dança quase o dia inteiro, eu chegava para ensaiar com as porta-bandeiras e eu estava voando. Nesse ano, eu quem vou sofrer: ela está no rendimento total e eu quem vou ter que acompanhar”, finalizou.
Compositores: Thiago Meiners, Sukata, Claudinho, Cacá Camargo, Fernando Negão, Morganti, Jairo Roizen, Léo do Cavaco, André Valencio, Mineiro, Júlio Alves e Marco Moreno
Intérpretes: Dodô Ananias e Cris Santos
AKORO MINA DEWÁ AÊ, AKORO MINA DEWÁ
EPAHEY OYÁ! OYÁ, OYÁ!
Vou preparar o seu ageum
Devoto eu sou mais um
Da Santa sincretizada
Os efóns dão axé e poder
Brilha a luz de eiye
É tempestade e trovoada
Diz a lenda sobre suas paixões
E o saber herdado dos orixás
Mas foi Xangô seu grande amor
O machado e a espada em tempos de paz
É NOITE DE XIRÊ NO PALÁCIO DA JUSTIÇA
QUANDO OBALUAÊ VESTE A PALHA NA FERIDA
AO CURAR A DOR DO MUNDO COM PIPOCA E DENDÊ
A RAINHA DAS PALMEIRAS DESTRANCA O ORUN-AYÊ
Oyá é guardiã dos nove oruns
A mãe do julgamento e do trovão
Que a verdade possa iluminar
A fé em cada coração
Quando ecoar
O tambor que arrepia meu ilê
E o bem maior desbotar toda escuridão
O fogo que arde pra purificar
É mais uma chance de recomeçar
Reflete no olhar da criança
A paz de Oxalá
RELAMPEJOU LÁ NO CÉU, VAI RELAMPEJAR
PRA EVOCAR IANSÃ, OYÁ
MEU FUNDAMENTO SEMPRE FOI VENCER DEMANDA
BARROCA, VENTANIA DE ARUANDA
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A Mancha Verde escolheu na noite do último sábado o samba-enredo que irá embalar o desfile de 2025. Como nas edições anteriores, o evento foi acompanhado do encerramento dos ‘arraiás’ que a escola promovia todos os finais de semana. Entrando no mérito da competição, quatro obras disputaram a decisão e, no final, o samba 1 foi escolhido, sendo anunciado pela voz do intérprete oficial Fredy Vianna. A parceria vencedora é composta por Wladi Nascimento, Edinho Gomes, Myngal, Felipe Mussili e Gilson Bernini. Antes de iniciar a final, o presidente Paulo Serdan frisou que estava sendo uma das finais mais difíceis da história da Mancha, e até colocou algumas pessoas da comunidade para votar. O time campeão é fruto de uma junção de parcerias que competiam entre si dentro da própria Mancha. * OUÇA AQUI O SAMBA VENCEDOR
Disputa intensa e escolha difícil
O presidente Paulo Serdan falou sobre o difícil concurso e citou o critério alterado pela Liga-SP no quesito Samba-enredo. O gestor elogiou a melodia da obra e se diz feliz com a escolha. “Esse ano foi mais complicado, porque a gente tem um critério de julgamento novo. Para alguns compositores isso facilitou. Eu acho que eles pegaram bem a sacada do critério, a ideia da Liga e conseguiram colocar em prática uma melodia diferente, uma letra diferente, que não é tão presa e nem tão amarrada na sequência de uma sinopse. Então, eu acho que por isso a gente deu uma atrapalhada em relação aos outros anos. Mas foi gostoso, foi bom”, contou.
O processo de escolha é bastante diferente na Mancha Verde. A escola recebe diversas obras, mas só divulga as finalistas perto da decisão. Devido a isso, sofre algumas críticas. Entretanto, Serdan explicou que esse formato é feito para evitar guerras desnecessárias dentro da agremiação. “A gente respeita todo mundo, mas o grande problema é que sabemos como é compositor de samba-enredo. Os caras têm uma rapaziada que trabalham, correm atrás e você começa abrir uma votação ou coloca desde o início tudo à disposição e começa aquela guerra na internet. Aí vota no samba 1, samba não sei o quê, samba 15, samba 25… Tudo isso culmina em um clima desnecessário, sendo que para você escolher o samba, você tem que ter um critério. Não é só gosto pessoal. É lógico que no primeiro momento, enquanto você tem uma audição mecânica, o gosto pessoal conta bastante, mas aí depois já não. Você tem um trabalho de entender o enredo e aquela sinopse como foi entregue. Existem vários pontos que não adianta a gente ficar deixando se criar um clima de guerra para que é desnecessário para a entidade”, declarou.
Com exclusividade ao CARNAVALESCO, Paulo Serdan revelou que irá mudar o sistema de escolha para o ano que vem. De acordo com o mandatário, a escola irá opinar com mais autoridade na letra das composições. “Falando em primeira mão para vocês, para o ano que vem a gente vai convidar umas quatro ou cinco parcerias no máximo e conversar bastante com eles. A parceria vai fazer o samba, mas aqueles que aceitarem poder mexer no samba durante o processo, porque a gente procura fazer uma coisa muito correta aqui. Se não tiver legal nós vamos conversar de repente e falar para dar uma mexida em uma linha ou um pedaço. A partir do ano que vem a gente vai trabalhar desse jeito, vai ser mais fechado”, disse.
Sentimento da vitória e o amor pela Mancha
Wladi Nascimento, compositor da casa e cavaquinista da escola, falou sobre a sensação de ter uma obra assinada no seu pavilhão. O letrista enalteceu a junção feita com a parceria de Edinho Gomes e Gilson Bernini, além de exaltar o seu conhecimento de longo tempo com o compositor carioca Myngal. “Já tenho 13 anos de cavaco aqui e agora é o meu bicampeonato. O samba de 2017 foi meu. Durante esses oitos anos foram umas três finais. Aí você perde, fica chateado, mas o amor, o trabalho e a dedicação pela escola são o mesmo. A gente tem que pensar no pavilhão. Mas a emoção de ter uma obra sua é inexplicável. A nossa parceria é uma junção. A gente veio nesses últimos anos mexendo, mas eu e o Myngal já estamos há quase dez anos juntos. A história dele na Grande Rio, não precisa nem falar. E aí deu esse samba maravilhoso que tem tudo para ser um grande sucesso no Carnaval 2025”, declarou.
O experiente compositor Myngal, oriundo do Rio de Janeiro, se declarou para a Mancha Verde. Segundo ele, era um sonho ganhar um samba na agremiação e ver todos cantando na avenida. É um dos dias mais realizados do escritor de samba-enredo. “É o primeiro ano, mas já tem seis anos que eu venho disputando. A Mancha Verde é uma escola excepcional. Uma escola que acolhe as pessoas. Eu sou do Rio de Janeiro, um compositor da Grande Rio. Desde quando eu vim aqui, pela primeira vez, sempre me receberam bem. Eu desfilo, eu gosto muito da Mancha e eu tinha esse sonho de vencer aqui. Cheguei a três finais, essa é a terceira e eu ficava sempre imaginando que eu queria ver o meu samba na Mancha lá na avenida com aquela galera toda cantando. Hoje eu realizei. Eu acho que é um dos dias mais felizes da minha vida. Pode acreditar”, afirmou.
Edinho Gomes venceu o samba-enredo do ‘xaxado’, no ano de 2023 e, com essa vitória da obra de 2025, tornou-se bicampeão na escola. O compositor exaltou a alegria que a Bahia leva para o samba, além de toda a dedicação para a Mancha Verde. “Não tem explicação, porque é uma escola que a gente aprendeu amar muito, não só pela recepção. Quando a gente pega para fazer um samba exclusivamente para a Mancha, nos dedicamos bastante. Estamos muito felizes que fizemos a junção com o Vladi que é da casa e deu esse samba. Espero que a escola faça um bom desfile. O samba tinha que ser desse jeito, pelo fato da Bahia ser alegre”, comentou.
Escolha certeira
Entrando em detalhes técnicos, o diretor de carnaval Paolo Bianchi comentou a obra escolhida. O profissional argumentou bastante, disse que não há samba perfeito e foi uma escolha certa para a entidade. “As quatro obras que estavam na final e outras que não foram também, tinham condições de ir para a avenida. Não existe samba perfeito. Faz muitos anos em São Paulo, talvez até no Rio que não aparece um samba. Apareceram alguns no Rio até, mas São Paulo não tem tido aquele samba que fica na histórica, antológico. Se tiver um samba antológico, vai ser escolhido como foi Vila Isabel em 2013 quando tocou pela primeira vez todo mundo sabia que ia ganhar. Como foi Beija-Flor, a dois, três anos atrás. Não acontece isso faz tempo. Então, todos os sambas tinham muitas coisas boas e outras que sabíamos que tinham alguma situação, todos. Aí foi um detalhe, tinha que ser um samba para cima, falando de Bahia, um samba alegre, mas tinha que ser um samba que falasse nosso enredo também. Analisamos tudo, refrão de cima, do meio, a retomada, como ele vai fechar, se vai trazer a escola para cima na virada, então foi uma escolha feliz da comunidade da Mancha. Outros sambas ali tinham condições sim de ir para a avenida, mas todos os sambas têm que trabalhar. Daqui para frente é trabalhar em cima deste samba. Na minha opinião pessoal era o melhor e tinha que ter isso”, detalhou.
Como citado anteriormente, alguns componentes tiveram direito ao voto do samba-enredo vencedor. Paolo disse que quem faz carnaval é o povo e por isso a comunidade deve ser ouvida. “A gente faz um processo muito interno, mas no final abrimos porque não é o dinheiro que vai comprar alegoria, pagar alegoria, pagar fantasia. Quem ganha carnaval é o povo no chão. Se não acontecer no samba-enredo, na bateria, não acontecer na evolução e na harmonia, não vamos ganhar o carnaval nunca. São as pessoas que fazem o carnaval para a gente. É uma troca que não é só no samba-enredo na escolha. Hoje muita gente votou e confirmamos essa votação para ter certeza do que a diretoria pensa no ponto de vista técnico é também validado pela nossa comunidade. Quando acontece o contrário temos um problemão, mas Graças a Deus não foi isso que ocorreu”, disse.
O diretor de harmonia Bruno Ferrari se diz feliz com a escolha da agremiação. Agora, entra a parte do quesito dele, que é fazer a escola cantar forte o hino e evoluir com o ritmo correto. “Como o presidente falou, o samba não estava definido até a noite de hoje, até as apresentações. Foi um dos anos mais competitivos nosso. Graças a Deus a gente está muito feliz com a obra que nós escolhemos aí, com a música e tal. Agora vamos fazer o trabalho aqui na dentro da quadra, que vem a minha parte. Não é uma tarefa fácil, que é mais de duas mil pessoas que a gente tem que ensaiar. Vai ser um samba tranquilo para cantar, juntamente com o nosso time de canto que é super competente. A galera da bateria, para fazer um excelente trabalho”, concluiu.
Aprovação da dupla
Os mestres de bateria Cabral e Vinny falaram sobre o samba-enredo. De acordo com Cabral, foi uma escolha inteligente e que pode buscar o tricampeonato da Mancha Verde. “A gente até quinta-feira estava com bastante dúvida de qual levar para a avenida. Realmente foram quatro sambas que agradaram a escola. Foi uma disputa bem acirrada. Foi escolhido um samba bem escrito, na nossa opinião, muito inteligente, com boas sacadas. Eu acho que tem tudo para a gente conseguir fazer um trabalho legal e tentar o título. O tri da Mancha”.
Mais imagens da final
“Era uma escolha bem difícil, estava bem acirrado mesmo, tinham boas obras, graças a Deus. Demorou a escolher, mas porque tinha samba bom, não é pelo lado negativo. Então, isso é um ponto bastante positivo. A Mancha Verde está preparando mais uma vez um grande desfile, com um belo enredo, uma boa sinopse e uma boa estrutura de pilotos. Vocês vão até se surpreender. As alegorias mais uma vez vão vir legais. Um pontapé bacana para a gente fazer um baita desfile”, completou Vinny.
Apresentação do samba campeão
A parceria levou um contingente mediano de torcida, que mesmo assim fez barulho com show pirotécnico e papéis ao vento. Apresentações teatrais em disputas de samba-enredo são realidade, principalmente se tratando de finais. Sendo assim, o time levou ao palco integrantes vestidos de diversos orixás que fazem parte do Dique de Itororó, que é um cartão postal da cidade de Salvador. O samba foi defendido pelo renomado intérprete Ito Melodia e por Tiago Nascimento, cantor de apoio do Império de Casa Verde.
A mais nova integrante da Liga-SP apresentou o enredo que defenderá no carnaval 2025. Vice-campeã do Grupo Especial de Bairros, organizado pela União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), equivalente à quarta divisão da folia paulistana, o Raízes do Samba realizou um evento neste sábado (27 de julho) para mostrar qual temática será abordada na próxima temporada. Intitulado “De Quem É A Culpa?” e idealizado pelo carnavalesco Babu Energia, o desfile abordará o estado de consciência presente no nome da apresentação. Realizada na quadra da coirmã Mocidade Unida da Mooca, na Zona Leste de São Paulo, a Feijoada da Vitória foi o primeiro evento da agremiação como filiada à Liga-SP.
Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO
Estandartes e shows
Antes da apresentação, uma série de condecorações foram dadas para convidados e segmentos da agremiação – representantes públicos e diretores entre eles. Além do típico prato brasileiro (muito apreciado, em especial, no mundo do samba), a Feijoada da Vitória teve também dois shows: Fabinho Mello e Fabiano Sorriso. Novo intérprete da agremiação, Juninho Branco também fez a primeira participação dele para a comunidade – o profissional já se apresentou com as cores da agremiação no evento que definiu a ordem dos desfiles para o carnaval 2025, na Fábrica do Samba.
Por volta das 18h, a agremiação começou a preparar o espaço para uma apresentação teatralizada, de acordo com Robson de Oliveira, que também foi o mestre de cerimônia no evento – falaremos mais dele em breve. Na caracterização, um homem travestido (o próprio Babu Energia, chamado de Bianca Lions) e um casal com roupas emulando folhas e comendo maçãs, em clara referência a Adão e Eva, contracenavam ao som de “Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores”, clássico de Geraldo Vandré. No meio do ato, o display do enredo foi revelado.
Originalidade
De acordo com Arisvaldo Oliveira Soares, popularmente conhecido como Babu Energia, o enredo já era desejado pelo carnavalesco há, pelo menos, um ano – e não foi apresentado por motivos que escapam da vontade dele: “Eu já tinha esse enredo, ele seria feito no ano passado, em outra escola de samba. Mas, pelo andar de outras situações, acabou não acontecendo. Como eu já tinha essa carta na manga, fiz a proposta para toda a diretoria do Raízes – que, de prontidão, aceitaram o desafio de levar algo tão ousado e suntuoso. Nossa proposta é mexer com o emocional das pessoas”, detalhou, aproveitando para elogiar a instituição onde está desde 2023.
Elogios à ideia
A ideia de Babu Energia foi aprovada pela diretoria, pelo que foi apurado pelo CARNAVALESCO. Robson de Oliveira, Diretor de Carnaval do Raízes, foi um deles: “De bate-pronto, nós entendemos que era um enredo com uma proposta diferente, um enredo com muita força. É um enredo que pede uma abertura de carnaval. Nós tínhamos que apresentar algo diferente – e será algo muito impactante. É um enredo totalmente fora dos padrões convencionais que temos aqui na cidade de São Paulo – e quando comparamos com o Rio de Janeiro, também. É uma outra proposta, com uma tirada diferente para construir uma abertura impactante no carnaval de São Paulo”, comentou, aproveitando para mostrar sintonia com o horário de desfile da agremiação – que abrirá a folia paulistana no Grupo de Acesso II, na noite de 22 de fevereiro.
Aproveitando para mostrar o quanto confia no carnavalesco, Jackeline Rodrigues Motta, presidente da agremiação, destacou o quanto a temática foi aprovada quase que de imediato: “Eu gostei do enredo! Nós temos uma confiança tremenda no Babu, e, quando ele trouxe para nós o tema, nós, rapidamente, falamos para irmos embora com ele para o carnaval 2025. Ele sempre tem excelentes ideias, de imediato já foi aceito. Claro que fazemos ajustes, entramos em algumas concordâncias aqui e ali, mas eu gostei de primeira do tema”, aprovou a mandatária.
Da história ao desenvolvimento
Perguntado sobre como foram as pesquisas para o desenvolvimento do enredo, Babu já aproveitou para falar de alguns temas que estarão presentes no desfile: “Eu sou um cara que sempre tenho alguns enredos pré-escritos, mas não desenvolvidos. Era o caso desse. Sempre quis falar da culpa, porque é um assunto que envolve todo e qualquer tema, queria algo que eu pudesse falar de tudo – de religião, temas LGBTQIA+ e etc. A ideia do enredo sobre a culpa me dá a abertura para ser a única escola, no carnaval de São Paulo, que absorve todos os temas. Todas as temáticas atuais estão com a gente: se é afro, falamos de intolerância religiosa; se é xenofobia, gritamos por indígenas e natureza. Também falamos de homofobia e racismo, por exemplo. A escola também falará sobre o mundo ideal: fantasioso, onde nossa escola terá a delícia e o prazer de apresentar, dentro do enredo, a possibilidade do homem e da natureza viverem em harmonia”, comentou.
O profissional aproveitou para dar mais detalhes de como será o desfile na prática: “Dividiremos o desfile em dois setores. No primeiro, falaremos sobre o início: com Adão e Eva, onde nos questionamos quem pecou até hoje. Eva? Adão? A cobra? os anjos, que guardavam a entrada do paraíso? O próprio Criador, que nos deu o arbítrio? Eu deixo a resposta na cabeça de cada um, eu quero que cada um reflita. Depois, iremos para os dias atuais, onde perguntaremos de quem é a culpa da fome, da guerra, da homofobia, da violência urbana… de tudo, das atrocidades e do caos que vivemos nas cidades. No segundo setor, apresentaremos o mundo ideal. Nele, a escola traz uma fênix abrindo esse setor. Transformaremos todos os nossos sonhos em realidade: comida para todos, trabalho, equilíbrio ambiental, não às guerras religiosas – e as religiões conversando entre si. Propomos, também, um grand finale, com a nossa bateria simbolizando o exército – mas essa é a guerra do amor, então será o exército da paz”, finalizou.
AXÉ… ABRE OS CAMINHOS
NO BALANÇO DESSE MAR
NOSSO CORTEJO TEM ENCANTO E MAGIA
“MAINHA” VEIO ME ABENÇOAR
NA PAZ DE OXALA, SAGRADA BAHIA
REZEI PRO SANTO, PEDI NO GONGÁ
DEIXEI AS VELAS PRO MEU ORIXÁ
EU TÔ COM A GUIA NO PESCOÇO
E O PATUÁ NO BOLSO
MINHA FÉ VAI ME GUIAR
EPARREY OYÁ ODOYÁ… EPARREY OYÁ ODOYÁ
ORAIEIÊ Ô MAMÃE OXUM
TEM BAIANA ENFEITADA, PERFUMADA PRA SAMBAR
LAROYÊ EXU EMOJUBÁ… LAROYÊ EXU EMOJUBÁ
ÁGUA DE CHEIRO NA LAVAGEM DO BONFIM
BOM JESUS DO NAVEGANTES
FIRMEI PONTO NO ALTAR
TEM ENERGIA NO BATUQUE DO TAMBOR
É UM LEGADO MINHA ANCESTRALIDADE
AS DIVINDADES CONDUZINDO A EMBARCAÇÃO
FESTEJAR É TRADIÇÃO “BAIANIDADE”
BOTA DENDÊ QUE MEU SAMBA VEM NO CHEIRO
É SABOROSO O TABULEIRO DE IAIÁ
VEM BRINDAR, PURIFICAR A ALMA E O CORAÇÃO
SENTIR NA PELE A PURA EMOÇÃO
“DESCER SAMBANDO” A SWINGUEIRA
JÁ ME BENZI, EMBARQUEI NESSA LEVADA
MEU AMULETO É A “FITINHA ABENÇOADA”
FELICIDADE TÁ NO SOM DE SALVADOR
O CORPO GINGA NAS LADEIRAS DO PELÔ
MEU VERDE MANTO É PAIXÃO PRA VIDA INTEIRA
MANCHA GUERREIRA!
Faleceu neste sábado o ex-presidente do Cubango, Rogério Belisário, que comandou a escola de 2017 a 2020. Ele conquistou o vice-campeonato em 2019, com o enredo “Igbá Cubango – a alma das coisas e a arte dos milagres”. Veja abaixo a nota da escola.
Foto: Divulgação/Cubango
“A família Cubanguense, por meio do presidente Pablo Coutinho, do vice-presidente Anderson Leko, e do presidente de honra, Anderson Pipico, presta solidariedade aos familiares de Belisário e deseja muita força, aos amigos e mais próximos, neste momento difícil.
‘Lamentamos profundamente a perda do ex-presidente Rogério Belisário. Quero, em nome da direção e de todos os segmentos, agradecer pelos serviços prestados por ele, nos últimos anos, e desejar os meus sentimentos para toda a família. Descanse em paz’, ressaltou Pablo Coutinho”.
A presidente da Imperatriz Leopoldinense, Catia Drumond, anuncia que, a partir da presente data, o barracão da Rainha de Ramos na Cidade do Samba terá o nome da carnavalesca Rosa Magalhães, artista consagrada, maior vencedora da Era Sambódromo e detentora de 5 dos 9 títulos conquistados pela verde, branco e dourado da Zona da Leopoldina.
Foto: Divulgação/Imperatriz
O tributo faz parte de uma série de homenagens que a Imperatriz realiza desde as primeiras horas após o anúncio da morte de Rosa, na última quinta-feira.
“Não há local melhor para perpetuar o nome de Rosa Magalhães do que em nosso barracão, lugar em que ela se dedicou e entregou por tantos anos trabalhos que entraram para a história da maior manifestação cultural desse país, o Carnaval. No espaço onde os sonhos ganham vida, o nome de Rosa ficará para sempre, sendo motivo de orgulho e contemplação para todos nós”, afirmou Catia Drumond.