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‘Atenção, crianças e jovens. É proibido correr em Caxias’! Grande Rio retoma projeto de percussão

A partir do dia 5 de agosto, a Grande Rio retoma as atividades da Escolinha de Percussão Base Forte, iniciativa voltada à formação de novos ritmistas. As aulas serão realizadas sempre às terças-feiras, das 19h às 20h, na quadra da escola, sob a coordenação do instrutor de bateria Leonardo Saleiro e sua equipe.

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O projeto é aberto ao público e destinado exclusivamente a novos participantes interessados em aprender a tocar instrumentos de percussão. As vagas são limitadas por instrumento, e as inscrições devem ser feitas aqui.

Carnaval 2026 terá 54 jurados no Grupo Especial do Rio e sorteio antes da apuração definirá notas válidas

Em mais uma mudança significativa no modelo de julgamento, a Liesa anunciou que o Carnaval 2026 do Grupo Especial do Rio de Janeiro contará com 54 jurados, seis por quesito, e que, antes da apuração, será realizado um sorteio para definir quais 36 julgadores terão suas notas lidas e consideradas no resultado oficial. A medida altera a estrutura tradicional, que até 2025 trabalhava com quatro jurados por quesito. Agora, com um corpo mais amplo, a Liesa explica que busca aumentar o rigor técnico e a pluralidade de visões durante a avaliação dos desfiles.

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Foto: Léo Queiroz/Rio Carnaval

Em declaração ao jornal O Globo, o presidente da Liesa, Gabriel David, destacou o impacto positivo da nova estrutura: “O aumento no número de jurados selecionados traz ainda mais transparência e precisão para o modelo de julgamento. A coordenação de jurados já está analisando os currículos e realizando a seleção com rigor técnico e diversidade de olhar, para então apresentarmos e começarmos a prepará-los. Vale lembrar que, dos 54 profissionais, 36 serão sorteados para terem as notas abertas, mantendo também o descarte da menor nota”, afirmou.

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A dinâmica do sorteio será feita antes da leitura das notas, na Quarta-feira de Cinzas. Os 18 jurados não sorteados terão suas notas arquivadas, sem interferência na apuração. O sistema manterá o tradicional descarte da menor nota por quesito, entre as quatro recebidas, o que garante margem de segurança contra avaliações destoantes.

A seleção dos novos jurados está sendo conduzida por uma equipe da Liga, e os nomes deverão ser divulgados oficialmente nos próximos meses. A expectativa é se a nova configuração vai trazer mais equilíbrio e diversidade de olhares sobre os espetáculos apresentados na Marquês de Sapucaí.

‘Está sendo muito especial esse reencontro’, diz Iza no primeiro ensaio de bateria para o Carnaval 2026

O Carnaval 2026 já começou para a cantora Iza. Após três anos longe do posto de rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense, a artista participou na noite desta segunda-feira do primeiro ensaio dos ritmistas da “Swing da Leopoldina”, na quadra da escola, em Ramos, Zona da Leopoldina do Rio. A rainha distribuiu sorrisos, tirou fotos com os componentes e participou dos ensaios das bossas comandadas por mestre Lolo.

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Fotos: Wagner Rodrigues/ Divulgação Imperatriz

“Está sendo muito especial esse reencontro, muito feliz com esse primeiro ensaio. Galera já com tudo no sangue, parece que estão nos ensaios há muito tempo, e eu entrando no ritmo pra deixar nossa comunidade super orgulhosa”, afirmou a cantora, que ainda participou do churrasco pós-ensaio, ao lado do vice-presidente, João Drumond.

No Carnaval 2026, a Imperatriz Leopoldinense será a segunda escola a desfilar no domingo, 15 de fevereiro, e vai levar para a Marquês de Sapucaí o enredo “Camaleônico”, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira, que celebra a obra e a performance do cantor Ney Matogrosso, completando 50 anos de carreira.

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Paraíso do Tuiuti: samba-enredo para o Carnaval 2026

Enredo: IFÁ LONAN LUKUMI
Compositores: Claudio Russo, Gustavo Clarão e Luiz Antonio Simas

Meu padrinho me falou
Cada um tem seu orí
O destino é professor
A raiz é Lucumi
Ifá, retira dessa flor os seus espinhos
Revela meu odu e seus caminhos
Com os ikins de Orunmilá
Me dê seu Irê para vida
Olodumarê criador
Espalhou axé e amor
No ilê dos orixás
E o negro iniciado no segredo
Do reino de Olokun fez sua trilha
Rompendo os grilhões de morte e medo
Foi o primeiro babalaô da ilha

Babá Moforibalé, Babá moforibalé
Orunmilá taladê, Babá moforibalé

Eleguá
é o dono do poder
moenda não pode mais moer
põe fogo na cana
Eleguá
Tem coco, mandinga e dendê
hoje o coro vai comer
nas barbas de Havana

Ah! o ânimo de ser do baticum
Com a lâmina sagrada de Ogum
E a sina de quem ama o idefá
Ah! a rama do Caribe se expandiu
No verde e amarelo do Brasil
Nas cordas do opelê e no oponifá
Derruba o muro quem sabe asfaltar
Caminhos abertos na mão de Ifá
Que o mundo entenda
O ebó vence a dor
Sentado à esteira de um babalaô

Ibarabô, agô Lonã
Olukumi
Iboru Iboya Ibosheshe
Canta Tuiuti!

Carnaval aplaude de pé! Salgueiro celebra legado de Rosa Magalhães com tributo emocionante

Em uma noite marcada por emoção, gratidão e memória afetiva, o Salgueiro promoveu no último sábado, em sua quadra, um tributo especial à carnavalesca Rosa Magalhães, homenageada do enredo da escola para o Carnaval 2026. A data escolhida marcou um ano da partida da artista, considerada a maior campeã da história da Marquês de Sapucaí. O presidente André Vaz destacou o significado da homenagem para a escola e para o universo do samba.

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Fotos: Marcos Marinho/CARNAVALESCO

“Representa muito, uma emoção muito grande. É muito do carnaval. A carnavalesca que mais conquistou títulos (na Sapucaí). É um orgulho muito grande o Salgueiro homenagear uma pessoa que começou na Revolução Salgueirense. Infelizmente, ela nos deixou no ano passado. É uma homenagem mais do que justa. A escola toda ficou emocionada com o anúncio do enredo, o mundo do carnaval também se emocionou”.

O tributo foi pensado como uma extensão do enredo, idealizado pelo carnavalesco Jorge Silveira e pelo enredista Léo Antan, e reuniu a comunidade, sambistas, artistas e admiradores da trajetória de Rosa Magalhães. No palco, além de falas e vídeos, momentos de saudade foram compartilhados com o público, que se emocionou ao reviver a obra da artista.

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Para Jorge Silveira, o momento transcende o Salgueiro: “Prestamos uma homenagem a um símbolo icônico do carnaval. É uma homenagem que transcende e ultrapassa os limites do próprio Salgueiro. Com esse carnaval, a gente convida as escolas de samba, o mundo do samba, a estarem conosco para reverenciar a professora. É algo que o Salgueiro faz pelo carnaval carioca. A noite foi de emoção e de gratidão. Uma noite para agradecer e celebrar a vida e a obra da Rosa, porque ela permanece através de todos nós e ela vai continuar, através do nosso ofício, na nossa memória carnavalesca”, completou o artista.

Responsável pela construção do enredo, Léo Antan destacou a importância de celebrar os grandes nomes do carnaval ainda que tardiamente: “A gente pensou nesse evento desde o começo, desde o dia que a gente estava vislumbrando a ação de lançamento. Acho que a gente fez um grande trabalho na divulgação para chegar na emoção das pessoas.
Esse tributo surgiu mais uma vez usando o elemento da emoção. A gente pensou em fazer nessa data, que é um ano da passagem da Rosa. É uma celebração à obra da Rosa, que é a tônica do enredo inteiro e do nosso trabalho. Falta muito a gente fazer isso por pessoas do carnaval. A nossa tônica é emocionar e relembrar e fazer um passeio afetivo por tudo que nos conecta a Rosa”, afirmou.

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O evento foi mais um passo na caminhada da escola rumo à Sapucaí, e deixou claro que, em 2026, o Salgueiro vai além de um desfile competitivo: levará à avenida uma celebração poética da memória e da arte de Rosa Magalhães, reverenciando sua genialidade e reafirmando seu lugar eterno na história do samba e da cultura brasileira.

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Emoção na batida do coração! Independente Tricolor celebra união com samba escolhido pela alma para o Carnaval 2026

A Independente Tricolor escolheu o samba-enredo que irá embalar o Carnaval de 2026. Em uma disputa diferente, os sambas finalistas não se apresentaram. Houve apenas o anúncio do intérprete oficial, Chitão Martins. Todo o processo de eliminatórias foi realizado internamente e divulgado pela internet, até chegar aos sambas 3 e 6, que foram para a decisão. A expectativa era grande, mas o favoritismo foi confirmado. Uma obra que foi aclamada nas redes sociais desde o início e que foi eleita o hino da escola para o próximo carnaval. O samba é assinado pelos compositores: Cláudio Russo, Silas Augusto, Turko, Dário Silva, Zé Paulo Sierra, André Malheiros e Fábio Souza. A família tricolor tem como enredo “Ngoma, a primeira festa no amanhã do mundo”, assinado por uma comissão de carnaval. Dentro do projeto para o desfile do ano que vem, a festa marcou o primeiro contato com a comunidade. Sendo assim, houve promessas de inovação, entrega e união, com o objetivo de retornar a Independente Tricolor ao Grupo Especial. O novo comandante da bateria “Ritmo Forte”, mestre Higor, foi apresentado para a comunidade e agradeceu à diretoria pela recepção que tem tido desde quando acertou sua ida para a Vila Guilherme.

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Samba que ‘se escolheu’

O diretor de carnaval, Raphael Maslionis, contou o processo de eliminatórias da escola. Segundo ele, o samba-enredo foi escolhido a partir do momento em que os finalistas foram levados para os segmentos e departamentos participarem da dinâmica. “Quando conversamos lá atrás no projeto, já era vontade da escola trazer mais opções e uma maior pluralidade de sambas. Foram 12 parcerias convidadas para evitar esse choque. A arrecadação do Grupo de Acesso para os compositores ainda é muito baixa. Oito parcerias se inscreveram, e escolhemos quatro para a próxima fase, que foram gravadas na voz do Chitão. Desses quatro, selecionamos dois sambas com linhas distintas. O samba 6 era o mais convencional em alguns aspectos, e o 3 cresceu bastante dentro da quadra, momento em que o trouxemos para uma audição com a comunidade, bateria e ala musical, para que os segmentos e departamentos se manifestassem. O samba 3 foi o que se escolheu”, explicou.

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Diretor de carnaval, Raphael Maslionis

Para garantir uma safra de qualidade, o segredo é oferecer ao compositor uma sinopse bem construída, além de liberdade para compor. Maslionis também falou sobre a ideia do enredo e o trabalho que foi desenvolvido em cima dele. Vale ressaltar que não há carnavalesco assinando o desfile da Independente Tricolor. “Eu trouxe a ideia inicial, que passou por alguns ajustes no meio do processo. O Fernando Baggio chegou ao time um pouco depois, propôs alguns ajustes no começo do enredo para fortalecer a parte de criação. Foi um trabalho da escola, vamos colocar assim. Eu trouxe essa ideia e, juntos, fomos ajustando, e hoje conseguimos um bom resultado de samba para a nossa escola”, comentou.

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Escolha criteriosa e promessa de briga pelo título

Danilo Zamboni, diretor-geral da agremiação, revelou que a escolha foi feita com bastante rigor. O gestor também comentou que, apesar de ser uma final entre dois sambas, uma junção não foi cogitada. “Estamos muito felizes. Sempre tentamos inovar em alguma coisa. A escolha foi criteriosa. Houve um empate, e pensamos bem no que era melhor para a escola. Muitas vezes, um samba tem uma parte mais bonita, o outro tem outra parte melhor, mas em nenhum momento foi cogitada uma junção. Agora, é trabalhar bastante. A Independente é uma escola forte, e nosso objetivo principal é retornar ao Grupo Especial”, declarou.

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Danilo Zamboni, diretor-geral da agremiação

Zamboni também destacou a importância de valorizar a cultura brasileira, como a escola fará com o enredo “Ngoma, a primeira festa no mundo”. Ele afirmou que a Independente Tricolor vai brigar pelo título do Grupo de Acesso. “É um enredo forte, que fala da primeira festa do mundo, dos tambores africanos. Isso mexe muito com a nossa história e cultura. O Brasil precisa disso, a gente precisa valorizar as nossas raízes. Apostamos nisso e temos a convicção de que faremos um grande desfile. Com todo respeito às outras escolas, nosso objetivo é disputar o título”, afirmou.

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Samba valente

O intérprete Chitão Martins avaliou a escolha de forma positiva, tanto pela diretoria quanto pela comunidade. “A Independente já vinha de um tempo com encomendas de sambas, e este ano o presidente quis fazer uma disputa. Ficamos muito felizes com o resultado. Tinha dois sambas na final, e qualquer um deles poderia ganhar, o que daria um resultado legal. Mas optamos por um samba que achamos que combina com o Carnaval do Acesso. Fizemos um ensaio na terça-feira com a comunidade, e os dois sambas estavam muito bem cantados. Hoje, percebemos a resposta do público. Estamos felizes por escolher um samba que agradou à diretoria e à comunidade”, comentou.

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Intérprete Chitão Martins

Dentro das características melódicas da obra, o cantor também destacou que o samba se encaixa muito bem na sua voz, por suas características. “É um samba valente, do jeito que eu gosto de cantar, com refrões fortes, sempre atacando. Sabemos que o Acesso será mais disputado do que nos anos anteriores. Queríamos um samba forte para chegar com tudo na pressão”, concluiu.

Felicidade de um compositor

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Turko, um dos compositores que assinou a obra vencedora, contou o sentimento de vencer a disputa na agremiação. O experiente escritor de sambas-enredo tem a sua primeira vitória na Independente Tricolor e esbanja felicidade, torcendo pela volta da comunidade da Vila Guilherme ao Especial. “É uma satisfação enorme, ainda mais em uma escola que vem de um processo diferente. A gente ficou muito feliz já com o resultado quando terminamos a obra. É um enredo excelente e veio essa vitória para coroar. Nós estamos transbordando de felicidade. A nossa parceria nunca havia participado de nada na Independente, e é uma satisfação enorme vencer o concurso de primeira. Ficamos ainda mais contentes porque o resultado estava estampado na comunidade. O povo explodiu no momento do anúncio. Quando a bateria, comunidade e diretoria estão satisfeitos com o samba, já é meio caminho andado para o sucesso do carnaval. Com uma certa experiência, nós já sabemos esses caminhos. A Independente Tricolor é uma escola gigante e tem tudo para voltar ao Grupo Especial do carnaval de São Paulo”, finalizou.

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Mocidade define primeira baixa e apresenta quatro destaques no início da disputa de samba para o Carnaval 2026

A Mocidade Independente de Padre Miguel realizou sua primeira eliminatória de samba-enredo no último domingo. Na semana passada, houve apenas a apresentação de todos, sem corte. Dessa vez, o primeiro samba eliminado foi o de Fernando Muniz e parceria. Doze composições continuam na disputa, cuja próxima etapa será realizada no próximo domingo, 3 de agosto. Abaixo, veja a análise do CARNAVALESCO.

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Parceria de Franco Cava: Abrindo a temporada de disputas na quadra da Vila Vintém, a parceria de Franco Cava, André Baiacu, J. Giovanni, Gulle, Almir, Flavinho Avellar, Renato Duarte e Fabinho contou com Leozinho Nunes, uma das vozes oficiais da União do Parque Acari, no comando do microfone principal. A apresentação foi conduzida com tranquilidade pelo intérprete e os cantores auxiliares. O ponto alto do samba foi o refrão “Que tal nós dois / Na banheira de espuma / Lança, lança! Perfume no carnaval / Independente! Tem corpo caliente / O importante é gozar no final”. Destacaram-se também o refrão do meio e a segunda parte da obra, com melodia interessante. O próprio Franco Cava, vestido de noiva, participou da apresentação ao lado de outro compositor caracterizado como Rita Lee. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Zélia Duncan: Zé Paulo Sierra, intérprete da União de Maricá, liderou a apresentação da parceria de Zélia Duncan, Frejat, Arlindinho Cruz, Zé Paulo Sierra, André, Prof. Renato Cunha, Rafael Falanga, Diego Estrela e Igor Leal. A letra valorizou figuras femininas marcantes na história da Mocidade, além de representar a homenageada com epítetos criativos. A segunda parte do samba se destacou, especialmente, o verso “Auê da ovelha negra” até o final, remetendo a uma das músicas de Rita. O samba empolgou parte do público presente, que cantou os refrões com entusiasmo. Foi o primeiro destaque da noite. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Jurandir: Defendida por Emerson Dias, voz da Acadêmicos de Niterói, a parceria de Jurandir (Didi), Jorge Carvalho, Dunga, Jorge Alves, Raimundo, Tim Maia Daflon, Althair, Bitão, Leo Lopes e Jorginho Mocidade teve bons momentos, especialmente, na segunda parte. Destacaram-se os versos “Trilha livre no prazer / Pra de amor ninguém morrer de fome / Aos frascos e comprimidos / Derramai vossos versos sagrados” e o refrão do meio, com os versos “Todas as mulheres vencem no dia a dia / No chão, no mar, na lua, na melodia”. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Paulinho Mocidade: Rafael Tinguinha, intérprete da São Clemente e da Barroca Zona Sul, e Paulinho Mocidade deram vida à parceria composta também por Sandra Sá, Gabriel Teixeira, Lico Monteiro, Gabriel Simões, Rodrigo Feiju, Tamyres Ayres, Christiane e Trivella. Com uma pegada irreverente, o samba empolgou parte da quadra, principalmente, com o refrão: “Eu não sou puta, nem sou freira / Santa Profana, a Padroeira / Desculpe o auê, ardente é o querer… / Agora só falta você!”. A segunda parte manteve o tom provocativo e descontraído, chamando a escola para um momento de prazer. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Santana: A obra de Santana, Paulo Senna Poeta, Valdeci Moreno, Carlos Augusto, Gustavinho Souza, Edvaldo Lucas e Everaldo Silva teve como intérpretes Leonardo Bessa e Serginho do Porto, da Renascer, e da Estácio, respectivamente. A apresentação foi leve, com destaque para o refrão final animado. Alguns versos se sobressaíram: “Um belo dia resolvi mudar / Te colori com azul do meu olhar / Reafirmei minha bandeira” e “Me desculpe o auê / Baila comigo na luz do luar / Em poesias que trago lá do céu / Abrindo a festa de Padre Miguel”. O refrão do meio, apesar de animado, soou genérico. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Rafael Drumond: Única com uma mulher no comando vocal, a cantora Millena Wainer, do carro de som da Mocidade, liderou a apresentação da parceria de Rafael Drumond, Gilberto Paizão, Gil Paiva, Giovane Paiva, Vinicius Ramaldes, Pinóquio do Cavaco, Roberto Sade, Emerson Zona Sul, Luiz Antônio Santista e Thainá do Tan Tan. O samba foi bem recebido e cantado com força. Com letra rica e irreverente, destacou-se com o refrão: “Desculpe o auê, desculpe o auê / Agora só falta você! / Ovelha Negra é raiz, que ‘porraloca’! / Vintém, você me dá água na boca…”. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Paulo César Feital: Com Igor Pitta e Roni Caetano nos vocais, a obra de Paulo César Feital, Dudu Nobre, Claudio Russo, Alex Saraiça, Denilson do Rozario, Carlinhos da Chácara, Júlio Alves, Marcelo Casa Nossa, Anderson Lemos e Leo Peres foi animada e bem recebida. Versos como “Ela zombou do falso moralismo / Quando à beira do abismo o país tava nublado / E a Tropicália foi o sol da resistência / Era ruiva a providência de um tempo amordaçado” tiveram destaque e garantiram lugar entre os principais sambas da noite. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Jefinho Rodrigues: Com Wander Pires, da Viradouro, à frente, a parceria de Jefinho Rodrigues, Diego Nicolau, Xande de Pilares, Marquinho Índio, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Renan Diniz, Lauro Silva, Cleiton Roberto e Cabeça do Ajax apresentou uma obra com letra impactante e refrões fortes. Versos como “Cabelo de fogo e a lente encarnada / Mutante da pele marcada / Transo rock e samba pra sentir prazer / Agora só falta você…” e “Vem, seja Pagu, se entrega” marcaram a apresentação. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Rogerinho: Décima da noite, a parceria de Rogerinho, Nito de Souza, Duda Coelho, Itamar Trindade, Marcinho.com, Junior Diniz, Anderson Migão, Gordo de Muriqui, João Vitor e Gabriel teve Pixulé (Tuiuti) e Thiago Brito (Ponte) nos vocais. O samba se destacou pelo refrão do meio, repleto de referências a Rita Lee, e pela subida final: “Vai buscar os anéis de Saturno / Vivendo o presente, pintando o futuro / Erva venenosa, manifesto de poder / Agora só falta você”. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Zulu: Com Thiago Acácio no microfone, a parceria de Zulu, Fabio, Vanderléa, Gilmar Eugênio, Ribeirinho Luz, Mauro Jarbas, Guedes, Delvanir e Piririco apresentou um samba com forte identidade da homenageada. A segunda parte se destacou com os versos: “Cabelo vermelho, guitarra maluca / De cabeça feita, sem grilos na cuca / Rainha do rock, de verbo afiado / Que fez do deboche seu gesto sagrado”. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Beto Corrêa: Defendida por Pitty de Menezes, a parceria de Beto Corrêa, Samir Trindade, Rodrigo Medeiros, Cristiano Plácido, Guto Listo, Gilberto Monteiro, Wilson Paulino, Giacomo Peter Corrêa e Márcia Carvalho animou a quadra com refrões fortes. Destaque para “Se Padre Miguel é amor, sexo é Mocidade” e a crítica embutida em “Sonhei uma ‘Insana’ poesia / Um carnaval de ‘Ritas’ e ‘Marias’”. * OUÇA AQUI O SAMBA

Parceria de Jaci Campo Grande: Última da noite, a parceria de Jaci Campo Grande, Paulo Ferraz, Dr. Marcelo, Alex Cruz, Elian Dias, Marcinha Mocidade, Lúcio Flávio, Paulo Bachini, Aurélio Brito e Lê da Vila foi defendida por Evandro Malandro e Vitor Cunha. Versos como “Sua força vocal nenhum macho detém / Canonizada da Vila Vintém” e o refrão “Rogai, Rita Lee, ó padroeira!” encerraram a noite em tom poético e irreverente. * OUÇA AQUI O SAMBA

Vídeos: apresentações dos sambas classificados no segundo dia de eliminatória na Mocidade

Rosa Magalhães é homenageada com a Ordem do Mérito Cultural, maior honraria da cultura brasileira

Uma das maiores artistas da história do carnaval brasileiro, a carnavalesca Rosa Magalhães foi homenageada in memoriam com a Ordem do Mérito Cultural (OMC) de 2025, no grau máximo da honraria, a Grã-Cruz. A condecoração, concedida pelo Ministério da Cultura, reconhece personalidades e instituições que contribuem de forma marcante para a construção da diversidade e da riqueza cultural do Brasil. Responsável por desfiles memoráveis e vencedora de sete títulos do Grupo Especial do Rio de Janeiro, Rosa entra para um seleto grupo que representa o mais alto reconhecimento público no campo da cultura nacional. Seu legado no Carnaval carioca, especialmente à frente de escolas como Imperatriz Leopoldinense e Salgueiro, é reconhecido não apenas como espetáculo popular, mas como obra de arte e patrimônio cultural do país.

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Foto: Marcos Marinho/CARNAVALESCO

A edição deste ano da OMC teve um caráter especial: mais de 11 mil sugestões populares foram recebidas em uma consulta pública nacional. A escuta da sociedade ajudou a selecionar 112 pessoas físicas e 14 instituições de diversas regiões, expressões artísticas e gerações. Além de Rosa, outros nomes homenageados com a Grã-Cruz foram Beth Carvalho (também in memoriam), Milton Nascimento, Martinho da Vila, Alceu Valença, Alaíde Costa, Fernanda Torres e Paulo Gustavo (in memoriam), entre outros.

A lista completa foi publicada no Diário Oficial da União. A pluralidade dos premiados abrange áreas como música, literatura, teatro, cinema, circo, cultura digital, arquitetura, patrimônio histórico e, claro, cultura popular brasileira — na qual o Carnaval ocupa papel de destaque.

A presença de Rosa Magalhães entre os agraciados representa um reconhecimento à força criativa do samba, aos artistas do carnaval e ao poder simbólico dos desfiles como manifestação artística e identitária do povo brasileiro. É também um gesto de valorização da memória de uma artista que transformou a avenida em tela, o samba em narrativa e o carnaval em arte.

A trajetória de Rosa segue viva na memória afetiva do povo e nos aplausos que ecoam a cada vez que sua obra é lembrada. A honraria reafirma: o Brasil celebra e reconhece sua genialidade.

Salgueiro anuncia fim das alas comerciais e desfile 100% com a comunidade no Carnaval 2026

O Salgueiro vai colocar toda a sua comunidade no desfile de 2026. Em uma decisão inédita na gestão do presidente André Vaz, a escola optou por extinguir as alas comerciais e distribuir gratuitamente 100% das fantasias para os componentes salgueirenses.

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“Salgueiro não vai vender fantasia esse ano. Isso foi conversado logo após o carnaval com a diretoria. Esse ano vai ser 100% comunidade. Tínhamos duas alas que a gente vendia. Esse ano vai ser um ano que vai ser comunidade 100%”, explicou o presidente André Vaz, em entrevista ao CARNAVALESCO.

Segundo o diretor de carnaval, Wilsinho Alves, a mudança tem base técnica. Uma análise detalhada do desempenho da escola em 2025 apontou que as únicas notas descartadas nos quesitos de Harmonia e Evolução vieram justamente das alas comerciais.

“Tiramos a questão das alas comerciais por conta de uma análise técnica. Tanto o julgamento de Harmonia como o de Evolução, apesar de terem sido duas notas descartadas, foram em cima das duas alas comerciais do Salgueiro. Para que a gente não corra nenhum risco, o presidente decidiu que a gente não teria mais as alas comerciais para o próximo carnaval. E a gente tem uma comunidade muito potente”, reforçou o diretor.

Wilsinho ainda destacou que todos os componentes da escola foram recadastrados, garantindo que quem cumpriu os compromissos no último desfile está apto para continuar representando a agremiação.

“Todo mundo que desfilou, cumpriu os requisitos, entregou sua fantasia, está apto. Já se recadastraram. Toda a nossa comunidade está recadastrada”.

om o enredo intitulado “A delirante jornada carnavalesca da professora que não tinha medo de bruxa, de bacalhau e nem do pirata da perna-de-pau”, a escola celebrará a obra, o legado e o universo criativo da saudosa carnavalesca Rosa Magalhães, que se consagrou como a maior campeã da Sapucaí.

Assinado pelo carnavalesco Jorge Silveira em parceria com o curador Leonardo Antan, o enredo propõe um cortejo lúdico e fabuloso, inspirado na trajetória de Rosa, com passagens por bibliotecas encantadas, reinos imaginários e encontros com personagens clássicos dos contos de fadas, da mitologia e do folclore brasileiro. A proposta é mergulhar no processo criativo de Rosa Magalhães, reverenciada por sua genialidade estética, rigor histórico e sensibilidade artística. Além de Jorge e Antan, a equipe de criação do enredo conta com Ricardo Hessez e Allan Barbosa.

Em 2026, o GRES Acadêmicos do Salgueiro fecha a última noite de desfiles do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí, na terça-feira de Carnaval, dia 17 de fevereiro.