Início Site Página 287

Pepita é a nova rainha de bateria da Unidos de São Lucas

A Unidos de São Lucas anunciou sua nova rainha de bateria, Pepita. No último Carnaval, a atriz, cantora e apresentadora desempenhou o papel de Madrinha de Bateria da agremiação. No Carnaval de 2024, a escola de samba conquistou o vice-campeonato no Grupo de Acesso 2 do Carnaval de São Paulo. Em 2025, a São Lucas será a 1º escola a desfilar pelo grupo de acesso 1.

pepita saolucas
Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

“Eu não apenas renovo com meu pavilhão, mas assumo o compromisso de estar a frente da Bateria iniciando um novo reinado onde juntos vamos fazer história nesse carnaval, um reinado de muito respeito, carinho, diversidade e conquista. Agradeço imensamente ao meu Presidente Nanão, a toda Diretoria da escola pelo convite e a minha comunidade por todo apoio. Vou continuar a honrar nossa escola com muita garra e alegria” comentou a rainha.

Sinopse do enredo da Porto da Pedra para o Carnaval 2025

“Esta pátria pertencia aos povos indígenas, antes da coroa existia o cocar…”
(Trecho de “Brasil – Terra Indígena” / Boi Bumbá Caprichoso)

logo enredopp25

AOS COMPOSITORES E COMPOSITORAS

É com muita alegria que damos início a essa etapa tão importante para a criação do desfile de uma escola de samba. Para o ano de 2025 vocês terão a nobre missão de transformar o texto do enredo “A História Que a Borracha do Tempo Não Apagou” no samba que irá ilustrar o desfile do G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra.

Ratificamos a nosso entusiasmo em mais uma vez poder doar ao carnaval a possibilidade de todos os sambistas e expectadores do nosso espetáculo conhecerem uma história que faz parte da construção do nosso Brasil, mas que poucos conhecem. O que nos norteia na criação de este enredo é mais uma vez nos posicionarmos na luta pela defesa da Amazônia, os povos originários e
caboclos que habitam a sua imensidão. É uma história real que será narrada por vozes reais encontradas neste lugar.

Nas páginas seguintes vocês encontrarão os textos que fazem parte da construção teórica deste carnaval. Este é o primeiro contato entre o enredo e a criação musical. Recomendamos a leitura completa, com atenção, deixando claro que a narrativa textual abrange todos os pontos importantes da história que será transformada em desfile.

Observação importante: De forma alguma limitaremos a criatividade, ideias sempre serão bem-vindas, desde que, não fujam ao tema. É importante ratificar que, respeitando os povos indígenas, termos como “índio” e “tribo” estão em desuso e não mais os representam. Buscamos um samba forte, aguerrido, que cada componente e sambista se orgulhe de cantar! Pensem neles!

Confiamos no potencial poético de cada parceria que acreditou na escola, no enredo e no concurso. Qualquer dúvida estamos à disposição.

Boa sorte na disputa!

Mauro Quintaes
Carnavalesco

Diego Araújo
Enredista

JUSTIFICATIVA

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra descortina ao grande público do carnaval mais um capítulo da história do nosso país, e honrosamente, apresenta seu enredo para o Carnaval 2025.

O pavilhão vermelho e branco encontrou na vastidão da Amazônia uma história que vaga entre a utopia e a realidade. Segundo Octávio Ianni, “muito do que se diz sobre a Amazônia, em prosa e verso, nas mais diversas línguas, expressa a ilusão do outro mundo”. Desta forma nos deparamos entre o possível e o insólito que forjaram Fordlândia, o projeto de Henry Ford para construir uma cidade operária na Amazônia para plantio de seringueiras, extração de látex e produção de borracha.

Fordlândia foi apresentada para muitos como a promessa de uma nova vida, a redenção que acendia nos corações um lampejo de esperança. A verdade é que parte da floresta que transformaria vidas tornou-se uma máquina de lucro e progresso de poucos, e para a grande maioria, desesperança e agonia.

Tudo isto está registrado nos livros de história, mas, não queremos replicar o cartesiano, queremos ouvir as vozes da mata. Fordlândia foi instalada no Vale do Rio Tapajós, região ancestralmente conhecida como Mundurukânia, por isso, serão os Munduruku a nos conduzir por essa história, que na verdade, é um exemplo das inúmeras tentativas de invasão, vilipêndio e cobiça das riquezas que a Amazônia guarda.

Que essa história inspire você que está lendo a lutar pela Amazônia e por quem nela habita, para quem sabe então, o mundo compreenda a sua real importância, distante da visão imaginária e exótica que ainda paira sobre ela. A floresta-mãe, inexorável ao tempo dos que não lhe conhecem, está de pé e pronta para a retomada da grande Mundurukânia.

Esta é a “História Que a Borracha do Tempo Não Apagou”,
Nós somos ponta de lança, paixão e orgulho de São Gonçalo.

Vamos à luta!

SINOPSE

“Munduruku é a flecha
Munduruku, as estrelas
Munduruku são os ventos
A brisa das manhãs
Munduruku são as guerras
Munduruku é a terra
Munduruku são as crenças
E o sol que brilha no norte…”

Nós somos Munduruku! Você escuta a nossa voz? Nossa história não começa agora, mas você precisa saber…

De Karusakaibê herdamos a beligerância que nos fez “paiksés”. Tapajós! Onde ficamos as nossas raízes, no fundo das matas e profundo das águas. Somos brado da grande “Mundurukânia”, guerreiros implacáveis, arcos e flechas temidos. Pele pintada de jenipapo, alma vermelha feito brasa, incandescente, formiga-de-fogo.

As mães espirituais ensinaram: corpo e floresta são um só. Os “pariwat” que cobiçam a Amazônia nunca entenderam isso. Repare! No espelho d’água enxergam somente eles nas dimensões concretas do seu mundo que cada vez mais perde a beleza das cores na íris da verdade.

“Tapajós, Madeira
Antes minha morada
Agora repousa no fundo das águas
Memórias antigas de tempos bravios…”

Foi assim que invadiram o nosso território. Sim, invadiram! Com suas barcaças, maquinários, titãs de ferro com olhos de fogo. Transformaram o cipó em engrenagens, a cobra grande em linha de montagem, a copa das árvores e o velho tapiri em barracões de metal. O que fizeram com o nosso lugar? Não era mais Mundurukânia, eles diziam: Bem-vindos à Fordlândia!

Eis a floresta da borracha, o símbolo da sanha de riqueza! Que atraiu rapinas da cobiça de um norte diferente do nosso. Tantos outros do Nordeste, feito arigós fazendo arribação, e caboclos dos beiradões como sabiás que já sabiam onde se aninhar. Vieram todos atraídos pela promessa de uma nova vida afirmada no papel: prosperidade e felicidade! Eles só não sabiam a verdade!

Pelos rios, estradas da vida amazônica, viajaram famílias e bagagens ao encontro de uma realidade diferente. O canto dos pássaros era o apito da produção, o calor das fogueiras era o abrasar das fornalhas. No coração da mata acenderam-se luzes estranhas para poucos, enquanto a poronga alumiava os (des)caminhos de muitos nos seringais.

Os relógios giravam e não havia minuto a perder. Alucinava, atordoava, a sede de lucro e a fome de progresso alimentavam o metal-capital calando as vozes da floresta enquanto os batalhões de trabalhadores se alimentavam de enlatados estranhos mais duros que casco de tracajá. Fartura? Somente de dívidas para essa gente que sentia falta do seu peixe com farinha.

Era tudo tão confuso! Alteraram o curso do rio e a vida daquelas pessoas, eram um Brazil com Z que ninguém conhecia. Foi o estopim da revolta! Onde estava a felicidade? Cadê a prosperidade? Até mesmo a floresta não reconhecia aquelas árvores enfileiradas e não conseguia se defender do mal-das-folhas. Tramas do inimaginável, luzes se apagavam em prenúncio de falência. As pegadas formavam rastros da caminhada no sentido contrário do que um dia imaginou-se encontrar na vastidão da Amazônia.

“No murmúrio das águas
No lamento das almas
No mistério da mata
O clamor deste rio…”

O tempo, que nunca foi nosso inimigo, passou sereno feito o vento entre as folhas. Para quem nunca entendeu a floresta, ou sequer a conheceu, ele tornou-se algoz dos pesadelos que corroem as mentes e o metal erguido nas sombras da velha cidade. Fordlândia lentamente se esvaziava de tudo que um dia lhe deu formas: sonhos, vontades e perspectivas.

Ainda estamos aqui! Contando para vocês o que os velhos nos contaram na vida e nos sonhos. O que o mistério dos pajés revelou no poder das ervas e na fumaça do tauari: resgatem a grande Mundurukânia! Desenterrem as raízes, resistam. A luta agora é contra o garimpo que assoreia e contamina o Tapajós na busca insana do ouro. E que as lágrimas derramadas afluam feito o Juruena fazendo resistir nossa esmeralda das águas que fora enlameada pelos absurdos humanos.

Somos a força dos clãs! O encarnado e o branco que marcam a nossa identidade. Etnia, valentia e os nossos pés marcam o pulsar do coração da Amazônia, a mãe de todas as coisas. Permaneceremos trançando saberes milenares com a fibra das palhas, enfeitaremos as cabeças para mais quinhentas luas iluminarem os nossos diademas e vocês saberem que antes do Brasil da coroa, existe um Brasil do cocar de asas abertas para a eternidade.

Nos teus livros de história, Fordlândia é um capítulo esquecido. Mas, alguém lembrou de nós e, se temos voz, queremos ser ouvidos! Irmanados aos nossos parentes Apiaká, Borari, Maytapu, Avá-Canoeiro, Arapium e Arara Vermelha. Tupinambá, Cumaruara, Jaraqui, Tapajó e Tupaio. Por nossa gente do Tapajós, por nossas terras, por nossos lugares.

Estamos aqui! Punhos erguidos e braços dados com os caboclos da Amazônia! Para vocês não esquecerem da luta de cada seringueiro que pisou em Fordlândia. Para não serem apenas dados, e principalmente, para quem ficou, não ser apenas parte da história encrostada no velho metal corroído que paira adormecido no embaraço da mata.

Nós estaremos sempre aqui! Ensinando nossos curumins e cunhatãs a flecharem os peitos inflados de cobiça! Para que eles saibam que o único marco temporal que existe são as marcas dos nossos pés nesta terra e as cicatrizes da luta que carregamos em nosso corpo e nosso espírito. Nós não temos o tempo dos pariwat e borracha alguma vai apagar o que escrevemos hoje para vocês. Somos vozes indígenas, somos vozes caboclas, estamos vivos no rugir da grande fera…

Nós somos a Amazônia! Você escutou a nossa voz?

“Filho da selva perdido no tempo
Filho da guerra, na terra do sol
Filho da pátria tingida de sangue
Filho do povo guerreiro Brasil”

Glossário
Mundurukânia – Território ancestral, vale sagrado dos Munduruku.
Pariwat – Para os Munduruku são todos os Não-indígenas
Paiksés – Guerreiros Munduruku cortadores de cabeça.
Tapiri – Palhoça, choupana, moradia cabocla.
Karusakaibê – Herói civilizador, criador do mundo Munduruku.

Créditos / Enredo
“A História Que a Borracha do Tempo Não Apagou”
Carnavalesco: Mauro Quintaes
Pesquisa e Texto: Diego Araújo

Referências Textuais / Musicais / Agradecimento
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO; PROJETO INTEGRADO DE PROTEÇÃO ÀS POPULAÇÕES E TERRAS INDÍGENAS DA AMAZÔNIA LEGAL; COOPERAÇÃO TÉCNICA ALEMÃ – DEUTSCHE GESELLSCHAFT FÜR TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT. (Orgs.). Levantamento Etnoecológico Munduruku: Terra Indígena Munduruku/ MELO, Juliana; VILLANUEVA, Rosa Elisa. – Brasília: FUNAI/PPTAL/GTZ, 2008. 194p. Ilust.
GRANDIN, Greg. Fordlândia. Ascenção e Queda da Cidade Esquecida de Henry Ford na Selva. Rocco; 1a Edição. 2010

“Mundurukânia” de Ronaldo Barbosa / A.C. Boi Bumbá Caprichoso

Agradecimento: À equipe criativa do G.R.E.S.V. Acadêmicos do Setor 1 pela sugestão de enredo que deixa as telas virtuais, e grandiosamente, ganhará vida em busca do título da Série Ouro do Carnaval 2025 da Marquês de Sapucaí.

‘Galanga Muzinga – A saga de Chico Rei’ é o enredo da Lins Imperial para o Carnaval 2025

ALins Imperial, em 2025, terá como enredo “Galanga Muzinga – A saga de Chico Rei”. A narrativa, debruçada na tradição oral, abordará o ideal de liberdade que emana do mitológico Galanga Muzinga das Áfricas, o Chico Rei das Minas Gerais. Serão abordados aspectos da cultura banto, da qual Muzinga teria se originado, bem como a sua trajetória mítica por Minas – tornando-se o libertador de escravizados a partir de seu trabalho na Mina da Encardideira – e a sua contribuição para a formação da identidade preta mineira, sobretudo, ouropretana, como por meio da construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de Santa Ifigênia dos Homens Pretos e por meio da celebração do Reinado.

lins enredo25 2

“A ideia de enredo surgiu em 2022, com uma viagem da equipe a Ouro Preto para fazermos pesquisa de campo. Ouvimos pesquisadores ouropretanos que estudam o mítico Chico Rei, como Kedison Geraldo, capitão da Guarda de Moçambique, a historiadora e pesquisadora Sidnea Santos, bem como Toninho Lima, o atual zelador da Mina do Chico Rei. Após essa imersão na cultura preta mineira, decidimos, por certo, adotar novamente uma narrativa afrocentrada, o que vem gerando bons enredos e sambas em nossa escola. Estamos confiantes de que nossa escolha nos levará à Série Prata”, avalia o presidente Flávio Mello.

Para o enredista e diretor cultural Mateus Pranto, popularizou-se, no imaginário coletivo, a ideia de que Chico Rei escondia ouro em seus cabelos e, por meio dessa prática de apropriação indevida, comprou a sua liberdade e a de seus pares. Esse pensamento reforça estereótipos racistas que associam pessoas pretas a práticas criminosas. “Pretendemos combatê-lo ao mostrar que, na verdade, Chico Rei, a partir do fruto do seu trabalho incessante na Mina da Encardideira, conseguiu negociar a sua alforria e a de outros escravizados”, explica.

“A prática de alforria entre escravizados era comum na Velha Minas. Embora não haja uma comprovação histórica de que um homem chamado Chico Rei tenha realmente existido, é fato que existiram muitos outros que tiveram uma trajetória semelhante à de Muzinga. É a partir desse imaginário, de um personagem que representa uma coletividade, que nos debruçamos para a construção do enredo. A luta é ancestral”, diz o enredista e diretor cultural Raphael Homem.

Sem perder tempo, a Lins Imperial já trabalha na criação de fantasias e alegorias. O objetivo da escola é retratar uma história gloriosa sobre Galanga Muzinga, seu reinado na África, o seu papel de liderança entre os escravizados das minas, bem como o de libertador destes, e a manutenção da sua história por meio do Reinado ouropretano. “Isso é a certeza de um grande carnaval!”, comemora o carnavalesco Agnaldo Rodrigues que ao lado de André Marins assina o desenvolvimento do próximo carnaval da escola com auxílio de pesquisa dos enredistas e diretores culturais Mateus Pranto e Raphael Homem.

O cartaz, assinado pelo designer Rodrigo Cardoso, é inspirado nos estandartes coloridos muito comuns nos reinados ouropretanos. Ao centro, representando Chico Rei altivo sob Ouro Preto, está Jackson Senhorinho o primeiro mestre-sala da agremiação.

A Lins Imperial será a 4ª a desfilar, na sexta-feira, 07 de março de 2025, data de seu aniversário de 62 anos de fundação, pela Série Bronze. O samba-enredo, que será encomendado e a sinopse, serão divulgados em agosto.

Unidos da Tijuca faz no domingo feijoada e recebe Jorge Aragão e Samba de Caboclo

No próximo domingo, a quadra da Unidos da Tijuca abrirá as suas portas para mais uma edição da sua tradicional feijoada mensal. A combinação de samba, música boa, cerveja gelada e feijoada, acontecerá a partir das 13h, recebendo os shows completos de Jorge Aragão e Samba de Caboclo. E mais, Grupo Pirraça e Banda Swing Carioca com os melhores hits do pagode retrô abrem o evento.

aragao tijuca
Foto: Divulgação/Unidos da Tijuca

Os ingressos poderão ser obtidos antecipadamente através do Sympla. Quem optar por comprar na hora, pagará R$ 70,00 na pista (sujeito à lotação). A feijoada do chef Bruno Malta é vendida à parte e deverá ser adquirida diretamente no evento pelo valor de R$ 25. A quadra da escola oferece área de alimentação com vastas opções de refeições.

Compositor do samba-enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2020, e um dos maiores poetas do samba, Jorge Aragão embalará os presentes com seus grandes sucessos em repertório preparado para emocionar. Estourados nas rodas de samba pelo Brasil afora, o palco da Unidos da Tijuca receberá mais uma vez as batidas envolventes dos tambores do povo na aldeia tijucana com o Samba de Caboclo.

A quadra de ensaios da Unidos da Tijuca fica localizada na Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo. A pista custa R$ 70,00 e os camarotes estão esgotados. Há estacionamento amplo no local.

Serviço:
Feijoada Nota 10 da Unidos da Tijuca
Atrações: Jorge Aragão e Samba de Caboclo – Abertura Grupo Pirraça e Banda Swing Carioca
Data: 21/07/2024
Horário: 13 às 23h
Endereço: Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo
Classificação: 18 anos
Pista: R$ 70 – Camarotes esgotados
Vendas On-line: https://www.sympla.com.br/evento/samba-de-caboclo-jorge-aragao-unidos-da-tijuca/2499767?share_id=copiarlink&referrer=linktr.ee&share_id=copiarlink

Macaco Branco sobre relação com ritmistas na Vila Isabel: ‘Nosso trabalho de música e percussão se torna muitas vezes até terapia’

A bateria da Unidos de Vila Isabel começou a afinar os instrumentos na última quarta-feira em busca de repetir o feito do último desfile e conquistar os 40 pontos no Carnaval 2025. Nos próximos dois meses, a “Swingueira de Noel” estará dedicada ao trabalho rítmico e harmônico na quadra da agremiação.

vila isabel desfile24 003
Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

“A bateria da Vila Isabel é uma grande família e, com isso, nosso trabalho de música e percussão se torna muitas vezes até uma terapia. É muito gratificante ver toda a galera nos preparativos, ainda mais com o enredo que nós temos”, afirmou o mestre Macaco Branco.

Após a escolha do samba-enredo, em setembro, os mais de 270 ritmistas começam a fase de montagem e ensaio dos arranjos do hino que embalará a escola no ano que vem.

A azul e branca de Noel vai levar para a Avenida o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”, desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros. Conduzida por um trem-fantasma que desembarca em um grande baile, a escola vai transformar medo em alegria ao carnavalizar as assombrações que atazanam o imaginário popular.

Sinopse do enredo da Vila Isabel para o Carnaval 2025

Presidente Luiz Guimarães explica imersão para apresentar sinopse e fala sobre retorno da disputa de samba na Vila Isabel

Integrantes da Vila Isabel aprovam escola fechar a segunda em 2025: ‘Acho que a disputa vai ser dentro do dia’, diz presidente

Orádia Porciúncula: ‘celebrar as chicas de ontem, hoje e amanhã’

Ao site CARNAVALESCO, a ilustadora Orádia Porciúncula preparou uma arte especial para marcar o lançamento do samba-enredo do Paraíso do Tuiuti para o Carnaval 2025. A obra é assinada pelos compositores Claudio Russo e Gustavo Clarão. A agremiação de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, vai retratar na Avenida a história de Xica Manicongo, considerada a primeira travesti não indígena do Brasil. * OUÇA AQUI O SAMBA

Orádia Porciúncula explica a ilustração: “Sempre é tempo de afirmar o tempo da diversidade. É tempo de celebrar as chicas de ontem, hoje e amanhã, muito além do arcoíris”. Veja abaixo a ilustração feita pela artista.

oradia tuiuti2

O lançamento do samba-enredo vai ocorrer em uma grande festa no próximo dia 9 de agosto, na Cidade do Samba. Os ingressos já estão à venda, através da plataforma Guichê Web.

Jack Vasconcelos fala sobre enredo do Tuiuti: ‘o que mais gritou é a necessidade de se falar hoje do tema’

‘Paraíso do Tuiuti sempre vem lutando contra os preconceitos’, afirma Thor ao falar sobre o enredo de 2025

Poderosa! Mayara Lima sobre Tuiuti 2025: ‘Vamos desfilar com a resistência da Xica Manicongo’

Ilha 2025: samba da parceria de Paulinho Poeta

Compositores: Paulinho Poeta, Marcio André Filho, Gabriel Fraga, Diego Jorge, André Aleixo, Vitor Lajas, Barreirinha, Vaguinho, Igor Federal e Inácio Rios

BRILHA RAINHA
DAS SAPATILHAS LIBERTÁRIAS
DA EMOÇÃO
O MAESTRO DEU O TOM
PRA BAILAR SOBRE ESSE
MAR DE ALEGRIA, MARIA DO POVO
CAFUZOS, MESTIÇOS E PRETOS
ABRIRAM AS CORTINAS DA REDENÇÃO
A HEROÍNA DOS PORÕES, LUTOU POR JUSTIÇA COM A FORÇA MULHER
HOJE A “ILHA ENCANTADA” TE APLAUDE DE PÉ

GIRA, RODA NO TOQUE
DO MEU TAMBOR
A NOBREZA SE RENDE A BATUCADA
VEM DANÇAR LUNDU
NA UMBIGADA , NUM RITUAL
DE AMOR ATÉ DE MADRUGADA

ATRAVESSOU O GINGADO DO IMPERADOR
O PALHAÇO NÃO SORRIU A ORQUESTRA NUNCA MAIS TOCOU
HAVIAM NOVOS ARES INSPIRADOS
SE MISTURAVAM AOS MASCARADOS
GUERREIRA SE TORNOU TÃO BRASILEIRA, RESISTÊNCIA
EVOCANDO OS TERREIROS
NO RIO VISÕES E DELÍRIOS NO OLHAR
AS LABAREDAS QUE NÃO CONSEGUIRAM QUEIMAR
A CHAMA ESTUDANTIL
E OUTRO CATIVO NASCEU
A LIBERDADE BEIJOU A BANDEIRA
NO BAILE A FESTA É GERAL
BADERNEIRO AMANHECEU
COM SEU AMOR DE CARNAVAL

QUIMERA IMORTAL
QUE PAIRA SOBRE NÓS
BADERNA INFERNAL
A ILHA UNIU NOSSA VOZ
BATO NO PEITO, COM TODO RESPEITO, VIU
MARIETA DO BRASIL

Ilha 2025: samba da parceria de Marquinhus do Banjo

Compositores: Marquinhus do Banjo, Júnior Nova Geração, Andréa Krapp, Paulinho Gallo, Binho Teixeira, Laura Romero, Rosângela Cunha, Marcelo Martins, Rafinha da Ilha e Gugu das Candongas

ANCOROU…
A ESTRELA CHEGOU NO CAIS
TEM ALEGRIA NO OLHAR DO SEU SORRISO
NUMA ILHA ENCANTADA
MARIA AMANHECEU NO PARAÍSO
ERA O RIO DE JANEIRO
DE UM POVO TÃO FESTEIRO, UM IMPÉRIO TROPICAL
PELOS CAMINHOS VIU A ARTE, VIDA E SONHOS
LUGARES TRISTONHOS
SEM NINGUÉM PRA TE VER BRILHAR
NO SALÃO UMA FEBRE CONTAMINA
E A NOSSA BAILARINA ERA A LUZ NA ESCURIDÃO

LOTAVA O TEATRO E O POVO NA RUA
CHAMAVA SEU NOME A FESTA É SUA
BADERNA! BADERNA! BATENDO COM O PÉ
PRA ELA A NOBREZA É QUEM É DA RALÉ

A FIDALGUIA QUE AMAVA A BOÊMIA
NÃO PAGAVA A QUEM DEVIA A BAGUNÇA COMEÇOU
LÁ NO RECIFE FOI AQUELE ALVOROÇO
REMELEXO BEM GOSTOSO, O LUNDU FEZ DELIRAR
VOLTOU PRO MEU RIO TRIUNFANTE
ESSA GENTE FASCINANTE
NO CORTEJO VAI TE COROAR
NUM BANHO DE MAR MERGULHEI NA MAGIA
SOU INSULANO BADERNEIRO DA FOLIA

MARÉ QUE VEM…ME LEVA!
PRA NOSSA ILHA, PAIXÃO ETERNA!
SEU ESTANDARTE, UM SONHO REAL
TEM BADERNA NA TERRA DO CARNAVAL

Ilha 2025: samba da parceria de Bernardo Nobre

Compositores: Bernardo Nobre e Vinicius Lajas

Partiu
Da terra onde a arte é devoção
Chegou
Na rua que aquece o coração
Maria, o seu bailado era um presságio
De movimentos encantados
Toda a massa conquistou
Das flores do lago das fadas
A seca escorre nas lágrimas
Na dança o alento, sopraram os ventos
Um novo palco encontrou

Ginga menina
Lundu, umbigada
Roda maestrina no girar da saia
Com os pés descalços no chão
Nesse terreiro evocar
O erudito popular

Assim, volta pra ser celebrada
Sua gente embriagada
Toda a ralé, comemorar
Mas, entre tanto festejo
As chamas e os anseios não impedem o sonhar
E das cinzas, a mais bela flor
Leva o amor pro teatro nacional
Zuavos, o apego à bandeira
Essa alma baderneira, baluarte imortal
Deu ao bando arruaceiro
A lição do nosso enredo…
“Eu sou a rua, ninguém vai me segurar!”

A ilha vem coroar
Baderna!
Hoje a noite é sua, rainha singela
Chegou a hora, União
Sapucaí vai ferver
É o povo no poder!