A noite do último sábado foi de confraternização na quadra da Imperatriz Leopoldinense. A atual vice-campeã do Carnaval carioca promoveu em sua quadra, em Ramos, um arraiá exclusivo para os seus segmentos e todos aqueles que desfilaram pela escola em 2024.
Fotos: Wagner Rodrigues/Divulgação Imperatriz
A comemoração, que aconteceu após o primeiro dia de recadastramento de seus componentes, é mais uma maneira de celebrar e também agradecer a comunidade do Complexo do Alemão e toda a Zona da Leopoldina pelas últimas conquistas da escola.
O “Arraiá da Imperatriz” contou com barraquinhas de comidas típicas, além de muita música, com apresentações da cantora de forró Rayane Show e também da “Quadrilha Pode-C”, que tem como coreógrafo o diretor da ala de passistas da Rainha de Ramos, Márcio Dellawegah.
A presidente Catia Drumond destacou a alegria de toda a comunidade da verde, branco e dourado da Leopoldina.
“É sempre maravilhoso. Todo evento em nossa quadra é uma realização para nós, porque é mais uma forma de aproximar a nossa escola da comunidade, de confraternizar com todos aqueles que fazem da Imperatriz ser o que ela é. Então, é uma honra poder proporcionar essa festa e ver a alegria de cada um”, afirmou a presidente.
Por Maria Clara, Matheus Morais, Rhyan de Meira e Guibsom Romão. Fotos de Allan Duffes
A quadra do Império Serrano recebeu na noite do último sábado a festa de premiação do Estrela do Carnaval 2024 da Série Prata, oferecido pelo site CARNAVALESCO, aos melhores da folia. Foi um evento com DNA raiz do samba. A mais premiada foi a Renascer de Jacarepaguá. A escola ganhou seis categorias. Foram premiadas também a Tradição, Botafogo Samba Clube, Cubango e Tubarão de Mesquita.
Veja abaixo falas dos integrantes das escolas sobre a premiação
Tradição, presidente Rafaela Nascimento (escola foi premiada como “Melhor Harmonia” e o “Seja bem-vinda novamente ao Sambódromo da Sapucaí”)
Tradição premiada no Estrela do Carnaval 2024 da Série Prata
“Eu acho que ganhar o Estrela foi mérito de um trabalho que a gente fez durante o ano todo de 2023. A escola passou certinha, sem alterações. A gente está muito feliz com o prêmio do CARNAVALESCO, que é uma referência. Que as escolas da Intendente querem é receber qualquer que seja, um prêmio do CARNAVALESCO“.
Em relação ao retorno da Tradição para Sapucaí: “O gigante acordou! Para mim é um motivo de honra. Porque é pelo meu pai. O meu pai é fundador da escola. Meu pai era presidente da escola. E agora está sendo cumprido o que eu combinei com ele, que eu ia voltar com a Tradição para a Série Ouro, que eu ia fazer um trabalho bom. E é o que eu costumo tentar fazer a cada dia. E o pontapé já foi iniciado. Após 10 anos fora, e justamente no ano que a gente vai fazer 40 anos. É maravilhoso.
Renascer de Jacarepaguá (Ganhou “Desfile do Ano”, “Samba-Enredo”, “Bateria”, “Mestre-sala e Porta-bandeira”, “Conjunto de Alegorias” e “Enredo”)
Renascer de Jacarepaguá premiada no Estrela do Carnaval 2024 da Série Prata
Mestre-sala Luiz Russier
“Muito boa noite. Esse prêmio aqui é porque a escola apostou em mim e nela. O resultado está aqui, fomos o melhor casal, não desemrecendo nenhum casal das nossas coirmãs. É muito feliz e é muito gratificante para um casal ganhar um prêmio desses. A todos, baianas, passistas. Nosso segundo casal, nosso terceiro casal, ao CARNAVALESCO, por nos dar essa oportunidade. A gente poder primeiro ganhar esse prêmio e queremos mais. 2025 está aí, vamos mostrar novamente um grande desfile”.
Renascer de Jacarepaguá premiada no Estrela do Carnaval 2024 da Série Prata
Rogério Lobo, diretor de carnaval
“Primeiro, a da cada um de vocês, da escola, que chegou aqui hoje, que está aqui agora. Ninguém largou a mão ninguém, está todo mundo aqui. Nós vamos receber esse prêmio juntos, nós somos os campeões do site CARNAVALESCO. Nós vamos honrar o título que nós ganhamos aqui de melhor escola. Quero dizer, em nome do presidente, que esse título que nós ganhamos aqui vai ser em homenagem à bateria da escola e ao casal de mestre-sala e porta-bandeira.
Renascer de Jacarepaguá premiada no Estrela do Carnaval 2024 da Série Prata
Victor Rangel, diretor de carnaval
“Coisa mais linda. Bateria, nota 10. Meu casal sempre nota 10. Toda essa agremiação, Renascer de Jacarepaguá. Ninguém solta a mão de ninguém! E em 2025, podem aguardar que o nosso carnaval vai ser muito maior do que 2024. Podem aguardar que a Renascer de Jacarepaguá vai passar como o nunca ninguém passou na Intendente Magalhães, eu tenho certeza disso. Podem aguardar”.
Prêmio para bateria da Renascer de Jacarepaguá
Thainá, diretora de bateria
“É uma honra estar aqui representando, primeiramente o meu mestre Felipe D’Lelis, que não pode estar aqui por questões profissionais. É uma honra estar aqui representando a minha escola, a Renascer de Jacarepaguá, a escola onde eu, a Camila e tantos outros somos crias. E esse prêmio aqui fala por si só. É o resultado de uma bateria que carrega o nome de guerreira e é guerreira. Porque a gente luta o ano inteiro e o resultado vem com humildade, pé no chão, trabalho, escoço e o Ubuntu é isso. Ninguém solta a mão de ninguém, todos juntos, por um mesmo ideal. E essa é a nossa recompensa. O prêmio é de vocês, o mérito de vocês”.
Botafogo Samba Clube (Ganhou “Melhor Ala de Baianas”, “Melhor Conjunto de Fantasias”, “Melhor Ala de Passistas”, e o “Bem-vinda ao Sambódromo Sapucaí”)
Botafogo Samba Clube premiada no Estrela do Carnaval 2024 da Série Prata
Presidente Sandro
“Eu queria agradecer imensamente a toda a nação alvinegra. Agradecer ao site CARNAVALESCO pela premiação, a Botafogo Samba Clube fica muito honrada de estar recebendo essa premiação”.
Cubango (Ganhou “Melhor Comissão de Frente”, “Melhor Rainha de Bateria para Andrezza Clemente” e “Melhor Carnavalesco para Comissão de Carnaval”)
Cubango premiada no Estrela do Carnaval 2024 da Série Prata
Thayssa Menezes comissão de carnaval Cubango
“Falo aqui em nome de toda a comissão, que tiveram a oportunidade de desenvolver esse carnaval de 2024. Foi uma grande homenagem as criadoras e todas as coisas que foram criadas por todas as mulheres, por todas as mães. Dedico esse prêmio a todas as mulheres que ajudaram a construir o país, e que geraram todas essas pessoas que já foram criadas. Porque se você não é uma mulher, você veio de uma mulher”.
Cubango premiada no Estrela do Carnaval 2024 da Série Prata
Sabrina, coreógrafa comissão de frente
“Foi o nosso primeiro ano com a comissão de frente e a gente se sente inteiramente lisonjeado e agradecido a Deus por essa conquista. Agradecemos a escola Cubango e essa direção de carnaval fantástica, que através deles que conhecemos essa escola tão incrível. Agradeço ao Estrela do Carnaval e as nossas meninas que estão aí. Vamos para mais um ano de muito orgulho”.
Tubarão de Mesquita (Ito Melodia, eleito melhor intérprete da Série Prata em 2024)
Tubarão de Mesquita premiada no Estrela do Carnaval 2024 da Série Prata
Ronaldo Júnior, integrante do carro de som
“Estar no prêmio Estela do Carnaval representando nosso padrinho Ito Melodia, que é um cara super consagrado no carnaval com uma longa história, e tem a sua identidade, é de suma importância, é uma emoção gigante. E para a nossa escola, Tubarão de Mesquia, é uma honra tê-lo à frente do nosso carro de som. Espero que essa união se perpetue por muitos anos”.
Quadrilhas de festas juninas são sempre uma atração à parte quando se trata da cultura de São João. São raros os eventos relacionados ao tema que não tem a dança. Na primeira festa junina da Liga-SP, na noite do último sábado, não foi diferente. A entidade promoveu uma brincadeira onde algumas escolas participaram e uma saiu vencedora. Sendo assim, contou com um júri especial para avaliar a apresentação de cada escola. As seis agremiações executaram danças que saíram do tradicional que há em uma quadrilha. Houve forró, teatro e outros gêneros musicais. Realmente, um show à parte para as pessoas que lotaram a Fábrica do Samba.
Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO
Bumba meu boi nordestino
A Brinco da Marquesa foi a primeira a se apresentar. A escola levou um espetáculo de aproximadamente seis minutos e contou com uma encenação envolvendo o boi do nordeste. Houve um narrador particular que guiava os passos dos dançarinos e, após o teatro, começou a dança de fato. A música não era a tradicional da festa junina. Eles usaram uma adaptação da trilha-sonora “Xaxado no Chiado”, da cantora nordestina Lucy Alves. O júri avaliou a escola para ficar na quinta colocação.
Kasai Joe,rainha de bateria do Brinco da Marquesa
Kasai Joe, rainha de bateria japonesa da escola, contou que foi uma experiência diferente dançar com coreografia. “Eu gosto muito de carnaval e é diferente. Eu vou muito sozinha, não tem coreografia. Aqui tem muita energia, eu gostei, sou japonesa. É uma cultura muito tradicional aqui no Brasil. Eu adoro o carnaval de São Paulo, já desfilei no Rio e gosto dos dois”, disse.
Coreografia na música
A Nenê de Vila Matilde fez uma apresentação mais curta comparada às demais. Levou duas músicas diferentes, com muita energia e os dançarinos executaram coreografias. Ao término, os participantes da quadrilha cantaram o samba exaltação da escola, fazendo os presentes que estavam assistindo, irem juntos. De acordo com a votação, os festeiros da Águia ficaram com a quarta posição.
Eloíse Magalhães, que faz parte da comunidade da agremiação, representou a Nenê na festa. De acordo com a apaixonada pela escola, o objetivo maior da participação foi elevar o nome da Nenê de Vila Matilde. “Para nós, fazermos parte da primeira Festa Junina da Liga-SP e trazer a raiz da Nenê, unir a escola novamente e vir aqui por esse propósito, foi emocionante. Além, claro, de querer competir, para nós foi uma união da escola e a retomada da nossa tradição também. Nós tivemos um mês de ensaio e, nos três últimos ensaios, o que nós tivemos em mente? Elevar o nome da escola, colocando o nosso amor pela Nenê em primeiro lugar. Por isso, a decisão das crianças saírem com a bandeira, com a nossa diretora de harmonia entregando a elas, que é a próxima geração e, em seguida, nós expressarmos o nosso amor, que é com o hino da Nenê”, declarou.
Eloíse Magalhães, componente do Nenê de Vila Matilde
A foliã ainda diz que foi muito especial poder, pois mostra que carnaval não é só em fevereiro. Pode ser o ano todo. É muito mais do que a pista. “Essa festa, para mim, ela tem uma atenção especial e um carinho especial, porque ela mostra para o público em geral que o carnaval não é só aquela uma hora de passarela. O carnaval não é só a passista seminua. É um ano inteiro de trabalho, preparo e amor”, completou.
Dança tradicional e samba-enredo
A Mocidade Unida da Mooca usou a dança tradicional da quadrilha, mas com músicas diferentes. Entretanto, com uma apresentação de 10 minutos, precisou-se de mais trilhas sonoras para concluir a apresentação. Devido a isso, outras músicas representando a festa foram utilizadas e o refrão do samba-enredo de 2020 também. Para finalizar com energia, foi terminado com o refrão principal da obra de 2024. No entendimento do júri, a MUM ficou com a terceira posição.
Rosane Garcia, desfilante da entidade, contou que foi uma correria com uma semana de ensaio, mas deu tudo certo. O objetivo do grupo era de fato levar a dança a sério. “Nosso presidente nos convocou e a gente achou incrível unir as duas culturas, porque a gente está acostumado só com o carnaval. Mas foi sensacional. Em pouco tempo, reunimos um pessoal com estilo e com harmonia. A gente tentou fazer uma quadrilha tradicional, realmente, do São João do Nordeste, usando indumentária adequada. A gente foi muito a fundo e saímos muito felizes. Ainda ganhamos um terceiro lugar aqui. A gente está muito satisfeito. Foi uma semana de ensaio, uma loucura, mas deu muito certo. O pessoal abraçou e a gente correu atrás”, comentou.
Rosane Garcia, desfilante da Mocidade Unida da Mooca
Sobre mais festas na Fábrica do Samba, a componente aprova mais eventos desse porte, pois une o carnaval e usa o espaço maravilhoso. “Acho maravilhoso! Espaço incrível que a gente usa pouco e agora graças a Deus a gente começou a usar mais. Acho que todas as datas importantes que realmente são de cultura eu acho importante estar aqui e unir o carnaval. São João, festa, alegria”, completou.
Danças com elementos cênicos
A Rosas de Ouro entrou apresentando uma quadrilha com o jeito da escola. Os dançarinos iniciaram a apresentação com o hino da agremiação e, logo após, a introdução da gravação do samba-enredo de 2018, que tem temática sertaneja. As coreografias no meio da música intercalando com apresentações de padrão de quadrilha deram o tom da dança da Roseira. Os festeiros ainda usaram elementos cênicos para dar um tom ainda mais especial. Segundo o júri, a Rosas de Ouro mereceu a segunda colocação.
Eloá Garcia, componente e personagem noiva da quadrilha, falou da alegria que a Roseira levou para a Fábrica do Samba. “A gente deu muito suor, fizemos uma semana de ensaio. Foi o tempo que a gente teve contando de quinta-feira para cá. A gente deu o melhor hoje e arrasamos muito. Foi uma escola que trouxe muita emoção e carisma. Nós sorrimos muito e trouxemos felicidade”, disse.
Eloá Garcia, componente e personagem noiva da quadrilha do Rosas de Ouro
A desfilante falou sobre a importância dos eventos na Fábrica e seguiu a linha de raciocínio: O carnaval precisa ser o ano todo. “Eu acho que é o que a gente precisava ver aqui a Fábrica para trazer muito evento. O carnaval não pode ficar ali, porque é o ano inteiro, não é só em fevereiro. Não é só naquela avenida, naquele momento que acontece o carnaval. A gente trabalha o ano todo para chegar na avenida e apresentar. Toda vez que podemos apresentar um pouquinho do nosso carnaval aqui, é toda a emoção que a gente traz pra vocês”, finalizou.
O passista Victor Provedeli, que participou da quadrilha, levou o resultado do segundo lugar bastante a sério e queria bastante levar a premiação máxima. “A gente trabalhou para conquistar o campeonato. Foi bem difícil, porque a gente deixa a nossa vida, trabalho, estudo e outras coisas para estar ensaiando. A única coisa que a gente leva é a nossa animação. Então, quando a gente chegava na escola de samba para ensaiar, deixava todos os nossos problemas lá fora, ensaiava e depois a gente até esquecia aquela maré de problemas para dançar com o coração, animação, que era tudo que a Liga-SP pedia. Não é um campeonato. É para se divertir, distrair um pouco e quebrar aquele gelo”, comentou.
Victor Provedelli, passista do Rosas de Ouro
O passista completou dizendo que a união entre as escolas de samba em eventos dentro da Fábrica é de suma importância. “Essa união é muito boa, que a Liga-SP está propondo para todos nós sambistas paulistanos, porque acaba juntando todas as escolas. A gente vive em uma coisa só e mostra a força que o carnaval tem. É super importante essas coisas. Deveria ter mais eventos, porque o carnaval para a gente nunca acaba. Todo ano quando acaba os Desfiles das Campeãs, já pensamos em outro carnaval”, concluiu.
‘Tigres da Rosa’ e o Auto da Compadecida
O Império de Casa Verde, apresentou a sua quadrilha ‘Tigres da Roça’. Vale destacar a presença da rainha de bateria Theba Pitylla entre o elenco dos dançarinos do ‘Tigre Guerreiro’. A dança realmente foi muito criativa. Antes de começar de fato, houve uma encenação representando o filme “O Auto da Compadecida”. O áudio do longa-metragem ficava ao fundo e dois atores dublavam. Os mesmos narravam a quadrilha que durou aproximadamente 10 minutos. O júri coroou a quadrilha do Império campeã.
Rainha de bateria Theba Pitylla, do Império de Casa Verde
Rainha de bateria da “Barcelona do Samba”, Theba Pitylla falou sobre a quadrilha. Segundo a imperiana, ela está sempre junto com o povo e está sempre feliz de estar ao lada da comunidade. “A gente veio como os ‘Tigres da Rosa’ e a quadrilha é totalmente da comunidade. Tinha baiana, tinha ala das crianças, todo mundo… Nós trabalhamos juntos, fizemos as nossas roupas, ensaiamos há mais ou menos um mês. Foi muito legal. Ontem mesmo, que foi o nosso último ensaio, a gente fez uma confraternização, tipo uma festa junina. A gente veio para se divertir mesmo. Era todo mundo com saudade. O império demora pra começar. Foi bom que a gente matou a saudade. Eu adoro participar dessas coisas, participo de tudo. Falou que tem festa, estou dentro. Eu topo tudo, eu amo. Eu gosto muito de estar no meio da minha comunidade, no meio do meu povo.”, contou.
A rainha elogiou a gestão da Liga-SP, comandada pelo presidente Sidnei Carrioulo e Renato Remondini, pois de acordo com ela, os gestores estão fazendo de tudo pelos sambistas. “Quero aproveitar e dar parabéns para essa nova gestão da Liga. Eu acho que desde esse carnaval que passou está sensacional. Desde os ensaios técnicos, os desfiles, a definição da ordem. Essa festa junina está incrível. Isso aproxima mais o sambista. Acho que a Liga está fazendo festa para o sambista, para o povo do carnaval”, completou.
Cássia Magi, que faz parte da comunidade imperiana
Cássia Magi, que faz parte da comunidade imperiana, falou sobre a família que é o ‘Tigres da Rosa’. De acordo com a integrante da agremiação, é um grupo formado pela comunidade. É além de uma dança para quadrilha. É uma família. O ‘Tigres da Rosa’ é uma quadrilha de festa junina que é feita pelo Império já tem alguns anos e faz as festas juninas da própria escola. Quando surgiu a oportunidade da Liga-SP fazer esse evento e convidar a gente, juntamos a comunidade, pessoas de todas as alas da escola, alas de passista, bateria, comunidade, velha guarda”, finalizou.
Depois de quase 50 anos sem abordar um enredo afro, a Imperatriz Leopoldinense traz para o Carnaval de 2025 a história preservada pelo Itã, que narra a visita de Oxalá ao reino de Oyó com o objetivo de encontrar Xangô. Em uma entrevista ao site CARNAVALESCO, o diretor executivo da escola, João Drumond, e o diretor de carnaval, André Bonatte, compartilharam suas perspectivas sobre esse momento significativo para a escola ao atender ao pedido da comunidade com esse enredo, enfatizaram o compromisso da Imperatriz Leopoldinense em representar e homenagear a cultura afro-brasileira de forma autêntica e respeitosa, discutiram o novo formato dos desfiles, como ele pode impactar a competição e contaram sobre a disputa de samba da Imperatriz.
Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO
João Drumond revelou sua perspectiva sobre o significado especial desse momento para a Imperatriz, que após quase meio século, escolheu um enredo afro para o próximo Carnaval. Ele destacou a importância dessa escolha em atender a um pedido da comunidade e desafiou críticas que sugeriam que esse enredo não seria característico da escola. Para João, a Imperatriz sempre foi conhecida por contar histórias, mas muitas vezes essas histórias eram centradas em narrativas eurocêntricas e que contar uma história africana não descaracteriza a essência da escola, mas sim a enriquece, expandindo seus horizontes e oferecendo uma visão mais diversificada e inclusiva do mundo.
“É muito tempo, meio século quase e para mim é muito importante. Eu acho que a Imperatriz está atendendo um pedido da comunidade. Eu ouvi muitos comentários na rede social que a Imperatriz, esse ano, vai levar um enredo que não é a cara da Imperatriz para a Avenida e eu discordo profundamente desse tipo de comentário, porque a Imperatriz é uma escola conhecida por contar histórias. Durante muito tempo, nos anos 90, 2000, a Imperatriz era conhecida como uma escola que contava histórias de cortes europeias, uma visão eurocentrista do que aconteceu no passado. E a Imperatriz, esse ano, vai contar uma história, só que vai contar uma história sobre a ótica e a visão de uma corte africana e eu não vejo nenhuma descaracterização da essência da Imperatriz, pelo contrário. Acho que é muito importante a Imperatriz levar para Avenida uma história tão linda, tão bonita, com um significado tão grande, com uma marca forte de religiosidade inserida no contexto e que o público muitas vezes não conhece. Acho que ajuda a desconstruir muita coisa e eu acho que leva uma mensagem tão bonita para as pessoas que eu, enfim, eu me sinto muito feliz e muito orgulhoso de ver esse enredo na Imperatriz”, disse João.
Para André Bonatte também é muito importante a Imperatriz abordar um enredo afro no Carnaval de 2025 depois de uma longa ausência da escola nesse tipo de temática e que por mais que todos os enredos tenham elementos de africanidade, a Imperatriz não explorava diretamente a religiosidade africana há muito tempo, o que gerava um anseio na comunidade por esse tipo de enredo. O diretor de carnaval reconheceu que a decisão de abraçar essa ideia veio de encontro aos desejos da comunidade e fortaleceu os laços entre a escola e seus membros. Ele destacou a importância de reconhecer a singularidade de cada enredo afro, combatendo a ideia de que todos são iguais, e ressaltou que o carnaval de 2025 será uma oportunidade para celebrar e aprender sobre a diversidade da cultura africana.
“Eu acho que é importante ressaltar isso, sempre tenho falado que a Imperatriz tem toda a propriedade para fazer um enredo nesse sentido, porque é muito tempo que a escola não leva a religiosidade africana para a avenida. Eu sempre pontuo que a Imperatriz não fazia enredo afro, todo enredo tem um pouco de africanidade, porque a gente não pode entender um desfile de escola de samba apenas pelo discurso do samba ou pelo próprio enredo, são várias as linguagens. O samba é africano, o gingar da passista é africano, o rodar da baiana é africano, o ritmo da bateria é africano. Não existe escola de samba sem africanidade. Mas a temática de realidade africana, a Imperatriz já não apresenta muito tempo, então existia um certo anseio da comunidade em trazer esse enredo e isso veio vagando aí nos últimos anos e a coisa não se concretizou e o Leandro resolveu abraçar essa ideia, então acho que corresponde esse desejo da comunidade e isso vem reforçando, acho que esse laço que vai se estreitando cada vez mais entre a escola e sua comunidade. Eu acho que a grande vantagem que a gente tem com esse enredo é no primeiro momento de entender que a nossa comunidade está feliz com ele, e a segunda coisa que eu acho que é importante que a gente defenda em termos de discurso é justamente a ir contra o discurso que diz que enredo africano é tudo igual, porque isso a gente está criando o quê? A gente está generalizando algo que tem sua singularidade, eu percebo que 2025 vai ser uma grande aula de África na avenida, já que a maioria das escolas estão caminhando por essa estrada. Eu acho que a gente vai ter uma grande aula de africanidade e isso nos dá sentimento de pertencimento, de saber quem nós somos. E as escolas têm aí que ser parabenizadas por ter a coragem, eu acho, de quase que todas estarem abraçando essa causa”, enfatizou André.
O diretor de carnaval também explicou que a escolha do enredo afro pela Imperatriz não foi influenciada pela tendência das outras escolas de optarem por temas semelhantes nos últimos anos. Pelo contrário, a decisão foi baseada no desejo interno da comunidade e no direcionamento artístico do carnavalesco.
“Eu acho que pelo contrário, porque justamente nos anos anteriores a gente tinha uma questão de, vamos por um caminho diferente já que tem muita gente indo por esse caminho, vamos tentar diferente. Eu acho que não foi isso que definiu o caminho da Imperatriz, eu acho que definiu o caminho da Imperatriz foi o desejo da comunidade e o desejo do carnavalesco. No sentido de agora, é o momento da gente fazer. Não houve uma pressão extra ou externa, vamos dizer assim, para que isso acontecesse”.
O diretor executivo, João Drumond, comentou sobre a sua visão positiva em relação ao novo formato do carnaval, com três dias de desfiles e o fechamento dos envelopes das notas no fim de cada escola. Ele mencionou que essa foi uma decisão tomada coletivamente pelas 12 escolas e que, portanto, espera que seja benéfica para todas elas.
Quanto ao julgamento, ele mencionou que a mudança também foi amplamente apoiada, o que aumenta sua confiança de que o novo sistema será justo e eficaz. João expressou sua esperança de que todas as escolas que apresentarem bons espetáculos sejam bem avaliadas, independentemente do dia em que desfilem. E demonstrou ansiedade e otimismo em relação ao futuro do carnaval, afirmando que acredita que será o maior de todos os tempos.
“A primeira coisa que tem que ser dita é a seguinte, foi uma decisão tomada por 12 escolas. Se 12 escolas votaram a favor da mudança para os três dias, é claro que eu acho que vai ser bom para as escolas. Em relação ao julgamento, também foi uma decisão praticamente unânime. Espero e acredito que vai ser bom para gente. Eu acredito que, independente da escola que desfile no domingo, na segunda e na terça, as escolas que apresentarem bons espetáculos vão ser bem avaliadas. Essa é a esperança e em relação a se vai dar certo ou não vai, eu também acredito que vai dar muito certo. Então, assim, estou muito ansioso. Acho que vai ser o maior carnaval de todos os tempos. Espero que a Imperatriz também possa fazer o maior desfile de todos os tempos”, expressou João.
Já André destacou que é difícil avaliar completamente os impactos dos três dias de desfiles antes de vivenciá-los. No entanto, ele compartilhou sua perspectiva positiva como folião, ressaltando o aumento da experiência carnavalesca com mais um dia de desfiles. Em termos de competição, ele reconheceu a necessidade de vivenciar os três dias de desfiles para ter uma compreensão mais precisa de como isso afetará a disputa entre as escolas. Quanto ao fechamento das notas no fim de cada escola, ele deu apoio à medida, destacando que ela proporciona uma avaliação mais imparcial por parte dos jurados, sem influências externas entre os dias de desfiles.
“Eu não tenho como avaliar o que são três dias de desfile ainda, porque eu acho que nem eu e nem ninguém, porque eu acho que a gente tem que acreditar. Eu acho que a gente precisa acreditar que vai ser bom. Eu acho ótimo como folião, eu tinha dois, agora eu tenho três, então como folião eu acho ótimo, mas em termos de disputa, em termos de desfile, eu acho que a gente ainda precisa viver isso para a gente ter um olhar mais assertivo da coisa. Com relação ao fechamento de nota eu acho ótimo, porque essa coisa de você julgar num dia e estar vulnerável ao jornal, à imprensa, porque o jurado viu o desfile, mas ele vai para outro e ele tem outras informações que não foi a informação que ele necessariamente viu na frente dele E eu acho que isso pode pesar, quem diz que não? Acho que essa coisa dele avaliar aquilo que ele viu sem influências externas, eu acho que é um ponto super, super favorável para o desfile e para o carnaval”, disse André.
Neste domingo, a comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, vai receber o evento ‘Feijoada da Rosa e Branco’, que celebrará os 58 anos da escola Unidos do Jacarezinho. A festa, além de apresentar a nova gestão da agremiação, contará com o show do grupo Bom Gosto. Entre os segmentos apresentados para o Carnaval 2025 estão o carnavalesco, passistaa, comissão de frente, diretor de barracão, diretor de carnaval e diretor geral.
Foto: Divulgação/Jacarezinho
Para Fábio Figueira, diretor heral da escola, a chapa “Juventude e Renovação” chega a Unidos do Jacarezinho com um ar jovial e de transformação. “Foi uma mudança significativa por várias questões, demonstra o quanto este pavilhão estava cansado do descaso que ele vinha sendo tratado”, diz ele, que acredita que a comunidade já percebe a diferença em relação aos novos rumos.
Carlos Eduardo, mais conhecido na comunidade como ‘Barata’, também reconhece a mudança. “Hoje, vejo os diretores presentes, percebo que há um serviço de limpeza, pintura e manutenção, no geral”, afirma o sambista, de 44 anos, que está envolvido com a agremiação há cerca de cinco. Um dos principais envolvidos nesta nova era é o presidente Mattheus Gonçalves, eleito no dia 1º de Maio.
“Queremos trazer projetos, profissionalizar pessoas e fazer das portas da escola o grito do morro. Nosso enredo falará muito sobre isso, mas com outra perspectiva. Queremos o Morro do Jacarezinho e, todos em volta, levando este Pavilhão ao lugar que é dele por direito, a Sapucaí. Nossa Passistas, Comissão de Frente e Rainha tem que vir da comunidade, é a primícia desta Diretoria, tal como todos os demais segmentos. Nossa escola tem chão e vamos provar isso com trabalho e transparência. Com responsabilidade e respeito a história”, garante ele, que divide o mandato com o seu vice Matheus Vinícius.
Serviço
Evento: Feijoada da Rosa e Branco
Dia: 16/06
Horário: 15h
Local: Quadra da Unidos do Jacarezinho
Endereço: Av. Dom Helder Câmara, 2233 – Jacarezinho
Ingressos: Vendidos na própria quadra
Valor: R$ 20 (segundo lote)
Neste domingo, às 13h30, a estação das Barcas da Praça XV será palco de um evento que promete unir moda, sustentabilidade e conscientização ambiental. O Eco Fashion 2024, organizado pelo arquiteto e fotógrafo Yuri Graneiro e que conta com a apresentação de Milton Cunha há mais de uma década, reunirá grandes nomes do carnaval e da moda para discutir práticas sustentáveis nos desfiles das escolas de samba e na indústria da moda. O evento incluirá um desfile de moda com materiais alternativos confeccionados pelos alunos e modelos da Escola de Moda do Madureira Shopping, destacando a criatividade e o comprometimento com a sustentabilidade.
Foto: Divulgação
Nomes como Gabriel Haddad, campeão na Grande Rio; Tarcísio Zanon, vencedor na Viradouro; e André Rodrigues, atual carnavalesco da Portela, se juntam ao cenógrafo Clécio Regis para debater sobre o futuro do carnaval, a conscientização dos materiais e o reuso. Para enriquecer o debate, o estilista Patrick Doering, a figurinista Gogoia Sampaio e o jornalista especializado em moda Gilberto Junior falarão sobre os desafios da moda sustentável. O evento contará ainda com a experiência de Fernanda Borrielo, gestora cultural; a secretária de meio ambiente; e a ativista de lutas urbanas, abordando os desafios do empreendedorismo sustentável. A rainha de bateria e psicóloga Quitéria Chagas trará sua visão sobre o reaproveitamento de roupas e a conscientização.
Esses profissionais compartilharão suas experiências e visões sobre a integração de práticas sustentáveis no carnaval e na moda, abordando temas cruciais como energia sustentável e a importância das florestas. O evento é aberto ao público e representa uma oportunidade única para inspirar, aprender e compartilhar conhecimentos sobre práticas sustentáveis no carnaval e na moda.
Serviço
Evento: Eco Fashion 2024
Data: 16 de junho de 2024
Horário: 13h30
Local: Estação das Barcas da Praça XV
Entrada: Gratuita
O casal de mestre-sala e porta-bandeira do Águia de Ouro, João Camargo e Monalisa Bueno, apesar de já ter defendido o pavilhão da agremiação no último carnaval, ainda é uma dupla em formação. A parceria começou a ensaiar em janeiro do ciclo de preparação da escola. Já nos ensaios técnicos. Isso é devido ao fato da saída da porta-bandeira Lyssandra Grooters, que logo foi substituída por Monalisa. O mestre-sala, por sua vez, já tem muito tempo de casa e foi para o Anhembi com várias dançarinas ao longo de sua passagem. A dupla conversou com o CARNAVALESCO e falou sobre a expectativa para 2025, entrosamento e desabafo por parte de João.
Foto; Gustavo Lima/CARNAVALESCO
Felicidade e empenho na Pompeia
Monalisa falou sobre a parceria tão repentina e o pouco tempo juntos. A porta-bandeira afirmou que está feliz na Pompeia e pretende se empenhar para fazer um Carnaval 2025 ainda melhor. “Para falar a verdade, desde que acabou o carnaval, a gente teve poucos ensaios, porque tinha o evento de aniversário, que foi junto da escola. Mas desde o início da nossa parceria, a gente tem falado da nossa conexão e tem dado muito certo. Nós estamos muito felizes com tudo que vem acontecendo. Estou contente, na expectativa de fazer um carnaval muito melhor em 2025 e empenhada a ir para dar o nosso melhor, com certeza”, disse a porta-bandeira.
Nota máxima e falta de incentivo
João Camargo, que está na posição de mestre-sala da agremiação há mais de 15 anos, exaltou a experiência de Monalisa e celebrou os 40 pontos, mas se diz incomodado, pois ninguém acreditava na parceria. “Eu sempre falo que carnaval é uma caixa de surpresas. Eu tive essa surpresa de ter recebido a Monalisa como a minha porta-bandeira, experiente e focada no processo de trabalho. Eu acho que quando junta duas pessoas muito experientes no que faz, com seus trabalhos consagrados e independente de nota, tem tudo para dar certo. Muitas páginas, muitos sites e muitas pessoas não acreditaram que daria certo e eu acho que o julgamento das pessoas é natural, mas eu acho que as pessoas tem que entender como funciona o carnaval de São Paulo e o seu critério de julgamento. Nós estamos trabalhando não só dentro dele, mas principalmente queremos mostrar que é amor dentro do quesito. O julgamento faz parte, mas às vezes falta incentivo por um momento muito importante que ela assumiu e que eu estava nessa transição. Porém, melhor do que isso foi a consagração da nota máxima. Poderia não ter vindo, porque eu sempre falo que a nota máxima não consagra ninguém”, declarou.
Desabafo do mestre-sala
De fato, foi uma formação que pegou todos de surpresa. Não era de se imaginar que uma porta-bandeira seria trocada perto do primeiro ensaio técnico da escola. Tanto é que foi um ensaio ‘protocolar’ nos movimentos, pois havia poucos dias de treino entre a dupla. Porém, João saiu em defesa de Monalisa e disse que ela foi bastante atacada, onde ambos se sentiram sozinhos e faltou empatia.
“A Monalisa chegou e ela sofreu muito, foi muito atacada. Eu estava esperando passar esse carnaval para poder desabafar e falar um pouco do que a gente estava sentindo, porque ninguém em nenhum momento perguntou como que a gente estava se sentindo. Depois que vem o trabalho, poucos batem no nosso ombro para dar os parabéns. Então, às vezes, os papéis são invertidos. Por isso eu queria agradecer a vocês, que estão sempre cobrindo e estou sempre acompanhando. Mas é importante a gente também falar, porque temos essa voz. Vocês dão essa liberdade. É importante como a gente vê o mundo externo. Se não centralizarmos esse trabalho em nós mesmos, muitos casais podem se sentir afetados por essa gama de falta de empatia, respeito, carinho e afeto. Todo mundo bate no peito e fala que é sambista, mas o sambista de verdade tem que aprovar e bater palma para o outro. As pessoas que acharem que ainda não está bom, paciência. Esse é o novo casal, João Camargo e Monalisa”, desabafou.
Adaptação da dança
Como citado, foi um espaço bastante pequeno entre o anúncio da porta-bandeira e a primeira aparição de apresentação dos dois juntos. Entretanto, o mestre-sala comentou que a adaptação da dança foi tranquila, apesar das turbulências enfrentadas. “A Monalisa é uma porta-bandeira que chegou em um momento muito difícil. Ela chegou focada. Se quando há foco e há entendimento do que a gente representa, fica fácil. Já tinha sido uma estrutura construída no que se refere ao critério de julgamento da parte coreográfica. Ela já veio com bastante ideias também. Muitos não sabem, mas nós tivemos que fazer uma fantasia do zero para ela. Nós tivemos só 12 ensaios. Não foram 30, nós tivemos 28 dias de contato e 12 de ensaios. Mas conseguimos entender que o critério de julgamento, mesmo estando fora, ela estava se atualizando, estudando e observando o que estava acontecendo. Eu posso dizer que a gente entrou na pista sabendo que a gente tinha condições de tirar os 40”, concluiu.
“Acho que ele falou tudo. A gente tem essa parceria na dança, mas na fala ele me representa. É literalmente o meu guardião”, finalizou a porta-bandeira.
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro já está recebendo currículos de pessoas interessadas em participar do corpo julgador do Grupo Especial. O objetivo é ampliar e atualizar o banco de currículos, se conectando a profissionais que dominem os quesitos avaliados durante os desfiles.
Foto: Divulgação/Rio Carnaval
Além de não ter vínculo com nenhuma agremiação, o candidato deve ter, no mínimo, cinco anos de experiência em atividades relacionadas à cultura, música, dança, arte, história ou áreas similares, de maneira que garanta uma avaliação técnica e imparcial, caso seja escolhido. Eventuais pós-graduações ou especializações poderão ser consideradas como diferenciais no momento da seleção.
“É fundamental que o profissional seja independente, sem associação com as escolas de samba que estão em disputa, seja por meio de associações anteriores ou familiares. É necessário demonstrar, ainda, habilidade para avaliar com critério e justiça, observando os detalhes técnicos e artísticos das apresentações”, destacou o coordenador de jurados, Thiago Farias.
Para participar, é necessário enviar o currículo para o e-mail [email protected], contendo uma bio detalhada de formação e área de atuação, informando, ainda, qual quesito se sente apto a julgar. O prazo vai até 29 de julho.
Vale ressaltar que o candidato também deverá ter disponibilidade para participar de todos os dias de desfiles que, em 2025, acontecerão em 2, 3 e 4 de março – domingo, segunda e terça-feira de Carnaval.
O presidente do Tuiuti, Renato Thor, está muito feliz com o enredo da escola para 2025, e acredita muito na representatividade que a escola vem trazendo para a Sapucaí nos últimos carnavais, e nos fatores sociais e culturais dos mesmos que ajudam a escola que está cada vez mais consolidada no Grupo Especial. Para ele, a escola vai representar não somente sua bandeira, mas todos que buscam lutar contra os preconceitos diariamente.
Foto; Matheus Morais/CARNAVALESCO
“O Paraíso do Tuiuti sempre vem lutando contra os preconceitos, esse é mais um ano. E, com certeza, esse enredo vai representar não só o povo preto do morro do Tuiuti, como todos aqueles que lutam contra o preconceito no dia a dia”.
Thor também falou sobre o processo de consolidar a escola no Grupo Especial, destacando os enredos apresentados ao longo dos últimos carnavais.
“O Paraíso do Tuiuti é uma escola de samba de comunidade de verdade. Com todo o respeito às coirmãs. O ponto forte do Paraíso do Tuiuti sempre foram os seus enredos culturais e históricos. Às vezes recebo propostas de vários enredos, até que possam vir com algumas ajudas, mas nós sempre lutamos para que nós possamos sempre fazer o melhor para a nossa escola. E o melhor para a nossa escola são nossos enredos. Nossos enredos que vem alavancando a Paraíso do Tuiuti para que ela possa a cada ano fazer o carnaval melhor do que o outro”.