Compositores: LEANDRO GAUCHO, ANDERSON BENSON, MAIA CORDEIRO, CLAIRTON FONSECA, FOGAÇA, DAVISON JAIME, MANOEL, ALEMÃO, PAULO MARROCOS e AILSON PICANÇO
Ô PRETA
MENINA BITITA CADÊ TEU POVO?
QUE SEGUE AMPARADO NA PRÓPRIA FÉ
MENINA BITITA QUEM É DO MORRO
ENTENDE AS DORES DO CANIDÉ
NEGRA, EXCLUÍDA, BRASILEIRA
DAQUELAS QUE SERVEM A MESA
A CORAGEM DAS GERAIS
JAMAIS SERVIL À POBREZA
SE ALIMENTA DE LETRAS QUANDO O PÃO NÃO TEM MAIS
NUM FOLHETIM, FEZ DA PROSA REBELDIA
E NA DOR, A POESIA FOI BUSCAR SUA VERDADE
VIAJA ASSIM, NAS SOMBRAS DE UM ARRANHA-CÉU
LIVRE É TEU SONHO NO PAPEL
AINDA QUE TARDIA A LIBERDADE
UM QUARTO DE DESPEJO PARA QUEM É MARIA
NÃO ESTÁ NA PRATELEIRA DE NOSSAS MEMÓRIAS
ME DIGA, QUANDO A GENTE PODE SER ARTISTA?
A TINTA PRETA É QUE ESCREVE A HISTÓRIA
VAI MEU BOREL
MOSTRA QUEM SÃO OS CATADORES DE PODER
A OUSADIA QUE É SOBREVIVER
QUANDO A FOME TEM COR
FOI SILENCIADA SEM NENHUM PUDOR!
LÁ NO QUINTAL DA CASA GRANDE
ONDE O OURO ÉNOSSA GENTE.
QUERO O AZUL DE UM NOVO DIA.
LIVRAI-NOS DO MAL, DOS CAMAROTES QUE NÃO SÃO DE PAPELÃO
APAGANDO A HIPOCRISIA, ASSINA TEU NOME NA REVOLUÇÃO.
SOU A VOZ DOS INVISÍVEIS, NA CALÇADA
NO FIM DESSA PRAÇA, À SOMBRA DA CRUZ
SE EXISTE SAMBA, EXISTE LUTA
CANTA TIJUCA, CAROLINA DE JESUS
SOU A VOZ DOS INVISÍVEIS, NA CALÇADA
NO FIM DESSA PRAÇA, À SOMBRA DA CRUZ
SE EXISTE SAMBA, EXISTE LUTA
CANTA TIJUCA: CAROLINA MARIA DE JESUS
Eu sou filha de uma dor
Que nasceu no interior de uma saudade
Neta de vô preto velho
Que me ensinou os mistérios
Bitita, cor que sonhou liberdade
Me chamo Carolina de Jesus
Dele herdei também a cruz
Olhem em mim, eu tenho as marcas
Me impuseram sobreviver
Por ser livre nas palavras
Condenaram meu saber
Fui a caneta que não reproduziu
A sina da mulher preta no Brasil
Os olhos da fome eram os meus
Justiça dos homens não é maior que a de Deus!
Meu quarto foi despejo de agonia
A palavra é arma contra a tirania!
Sonhei sobre as páginas da vida
Ilusões tolhidas por um sistema algoz
Que tenta apagar nossa grandeza
Calar a realeza que ainda vive em nós
Meu barraco é de madeira
Barracões são do Borel
Onde nascem Carolinas
Não seremos mais os réus
Por tantas Marias
Que viram seus filhos crucificados
Nas linhas da vida, verbo na ferida, deixei meu legado…
Meu país nasceu com nome de mulher
Sou a liberdade… Mãe do Canindé!
Muda essa história, Tijuca
Tira do meu verso a força pra vencer!
Reconhece o seu lugar… e luta
Esse é o nosso jeito de escrever!
COMPOSITORES: GABRIEL MACHADO, JULIO PAGÉ, ROBSON BASTOS, MIGUEL DIBO, SERGINHO MOTTA, ORLANDO AMBRÓSIO, JEFFERSON OLIVEIRA E LUCAS MACEDO
INTÉRPRETES: ZÉ PAULO SIERRA e CHARLES SILVA
CAROLINA DE JESUS
QUANDO BREU, ESCREVE LUZ
JÁ ME PUS AOS PÉS DA CRUZ A PEDIR PERDÃO
POR TODOS QUE JULGAVAM REBELDIA
MAS GOZAVAM PRIVILÉGIOS DE NASCER DA COR DO DIA
HOJE A REPARAÇÃO TEM A MINHA EXCLAMAÇÃO
INSPIRAÇÃO RETINTA
BITITA FRENTE AOS ECOS DO AÇOITE
QUEM ASSINA A AUTORIA É MARIA COR DA NOITE
ADJETIVEI A MINHA HISTÓRIA
PRA MUDAR A ORATÓRIA E REESCREVER MEU NOME
A CARICATURA SEM O LENÇO
EMOLDURA O CONTRASSENSO
DE QUEM NUNCA TEVE FOME
EM VERSOS EU FALEI COM DEUS
ENSINEI AOS FILHOS MEUS
O ALFABETO DA ALFORRIA
É O POVO QUEM DITA O VOCABULÁRIO
CONDUZ O MEU DICIONÁRIO
À “CASA DE ALVENARIA”
FIZ DA ARTE UM PAPEL RESISTENTE
DEI AO LIXO O VALOR DE SONHAR
ESCREVI PELAS MÃOS DO INDIGENTE
ONDE A PENA NÃO SE CANSA DE LUTAR
FUI CENSURA VESTIDA DE PROSA
UM LIVRO QUE TOCA A FERIDA
PALAVRA QUE O ASFALTO NÃO LIA
MOSTROU QUE A FAVELA EXISTIA
DESAFIEI A VITRINE DO ERUDITO
A MISÉRIA FOI UM GRITO
DO MEU “QUARTO DE DESPEJO”
NA PAREDE BRANCA DA CLAUSURA
MEU RETRATO É UM PRATO CHEIO
CONTRA A PODRE ESTRUTURA
É VERBO QUE SANGRA NA CARNE DA RUA
CLARÃO DA JUSTIÇA ONDE A NOITE É CRUA
A DOR E A GLÓRIA QUE A TIJUCA TRADUZ
EM POESIA… (CAROLINA DE JESUS!)
Ser musa de uma escola de samba é mais do que brilhar na avenida. Para Carmem, Mondego, é viver, respirar e lutar pelo samba todos os dias. Vive isso há 25 anos dentro da Imperatriz Leopoldinense. Ela é reconhecida não só pelo público adulto, mas também pelas crianças, que se encantam com sua presença e carinho.
“Se eu tenho minha comunidade, eu tenho tudo”, afirma, emocionada.
Carmem conhece o valor de estar ali desde cedo: começou na escola aos oito anos. Hoje, prestes a completar cinco anos como musa oficial da agremiação em 2026, ela é símbolo de representatividade, resistência e afeto.
Apesar de já ter recebido convites para outras escolas, ela garante: “Não dá, gente. Eu sou Imperatriz. Isso aqui é minha vida, minha segunda casa, minha família”.
É justamente essa entrega incondicional que fez com que o reconhecimento da comunidade chegasse com força, especialmente, após momentos delicados em sua trajetória. Sem imaginar o quanto era amada, Carmem se surpreendeu com o carinho que recebeu.
“Eu não sabia do tamanho da Carmem Mondego. Não largaram a minha mão”.
Para as meninas que sonham em ocupar um lugar de destaque no samba, Carmem deixa um recado: “Acreditem. Se é sonho, a gente tem que fazer acontecer. É um espaço nosso no samba, e a gente tem que lutar por ele.”
Carme, Mondego é mais que musa. É raiz, é chão, é coração da Imperatriz Leopoldinense.
Durante participação no podcast “Resenha do TF”, o presidente da Liesa, Gabriel David, falou sobre as negociações para renovação do contrato com a TV Globo, responsável pelos direitos de transmissão dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro. O atual contrato se encerrou após o Carnaval de 2025, e, segundo Gabriel, o processo de avaliação do futuro da parceria está em andamento.
“Com o conhecimento do mercado que o contrato com a Globo chegava no final após o Carnaval 2025, tivemos a procura de outras emissoras e canais de internet e streaming”, revelou o dirigente, destacando o interesse crescente de outras plataformas no maior espetáculo da Terra.
Apesar das sondagens, Gabriel reforçou a força da relação histórica com a Globo. “A parceria com a Globo é de muito tempo. É de longe a principal emissora deste país. Tem conexão histórica entre a Globo e o carnaval”, afirmou.
O presidente da Liesa também indicou que há uma tendência clara de manutenção da parceria: “Acredito muito que a permanência dessa parceria seja fundamental para os dois lados. A tendência é a renovação de contrato”.
No entanto, ele ressaltou que os novos moldes de consumo de conteúdo ao vivo também influenciam as negociações.
“Transmissões de eventos ao vivo estão mudando radicalmente no mundo. A gente acompanha isso. O contrato também se adapta nessas mudanças. Com certeza, não será um contrato igual ao que passou. Será uma readaptação ao mercado atual”, concluiu Gabriel.
O presidente da Liesa também deixou claro que o vínculo entre a Liesa e a emissora vai além de uma simples relação comercial. “Não vejo a TV Globo como um cliente, mas como um parceiro. Ela quase que co-produz o carnaval com a gente. A representatividade e audiência da TV Globo é fundamental para o nosso resultado final e vice-versa. O resultado comercial impacta as duas e temos encontrado um modelo que isso também seja real dentro da negociação”, explicou.
A possível renovação com a Globo reforça a importância da emissora para a ampla divulgação do carnaval do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que abre margem para inovações no formato de exibição e distribuição dos desfiles.
Durante participação no podcast “Resenha do TF”, o presidente da Liesa, Gabriel David, revelou que o Museu do Carnaval, inicialmente planejado para ser erguido na Cidade do Samba, não será mais construído no local. A decisão foi tomada após uma reavaliação da demanda por espaço nos barracões das escolas de samba, que acabou inviabilizando a proposta original.
“Muitas vezes defendi a ideia de fazer um museu na Cidade do Samba. Essa era a intenção. Criamos um projeto para isso. Tivemos uma série de apoios para construir esse museu, inclusive, do prefeito Eduardo Paes”, explicou Gabriel.
Contudo, a necessidade de ampliação dos barracões das escolas acabou sendo prioridade. “Só que os barracões ficaram muito pequenos para as escolas, que precisaram de mais espaço. Nós tínhamos dois barracões sobressalentes e, diante de um pedido das 12 escolas de samba, fizemos uma votação em plenária. Ficou decidido que eles seriam divididos em seis baias cada um para que cada escola pudesse ter extensão de seus barracões”, detalhou o presidente da Liga.
Com a redistribuição dos espaços, o projeto do museu teve que ser, momentaneamente, deixado de lado. “Nós ‘perdemos’ essa ideia”, lamentou.
Apesar disso, Gabriel David sinalizou que a ideia do museu não está descartada, e pode ganhar novo fôlego em outro espaço simbólico do carnaval carioca: o Sambódromo. “O Sambódromo é um movimento muito interessante para retomada dessa ideia do Museu do Carnaval, que é um absurdo não termos até hoje. E, claro, que está no nosso check-list para fazermos”.
A criação de um espaço permanente dedicado à memória e à grandiosidade do carnaval é uma demanda histórica dos sambistas, e o presidente da Liesa reiterou o compromisso com esse objetivo, embora a viabilidade dependa de um novo local e planejamento.
Rita Lee na Avenida. Só essa frase já arrepia. Mas quando a Mocidade Independente de Padre Miguel anuncia que vai levar essa força da natureza pra Sapucaí, a gente sabe que vem coisa grande. E a sinopse do enredo “Rita Lee, a Padroeira da Liberdade”, assinada por Renato Lage, não deixa dúvida: vai ser um desfile com alma, coragem, poesia e aquele tempero que só a escola de Padre Miguel sabe colocar na Avenida. * LEIA A SINOPSE
O texto não é uma biografia tradicional. E ainda bem. A proposta é outra. A Mocidade quer transformar Rita em símbolo, entidade. Ou, como a própria sinopse diz: “Ela nasceu pra ser livre. Livre para compor, cantar, amar, rir, transar, cuidar da vida e da natureza. Livre para falar palavrão. Para dizer não. Para deitar e rolar”.
É desse jeito, com liberdade até nas palavras, que a escola vai contar essa história. E que presente para os compositores! A sinopse é praticamente uma carta aberta à ousadia: pede metáfora, irreverência e atrevimento. Não quer samba engessado. Quer samba que voe. “Não queremos contar uma biografia. Queremos contar uma história de liberdade”.
Com essa frase, o recado está dado. O desfile será uma viagem pelos sentimentos, lutas, amores e provocações de Rita. A artista que desafiou a ditadura, que brincou com os padrões, que misturou rock com Iansã, Janis Joplin com Carmem Miranda, agora vira inspiração para a turma independente.
A Mocidade vai entregar à sua ala de compositores um terreno fértil para criar. Não falta assunto. Tem psicodelia, feminismo, humor, sensualidade, crítica social, Rita de bruxa, santa e deusa pop. É um prato cheio pra quem gosta de escrever samba com alma e conteúdo.
“Em meio à caretice dos dias duros da ditadura, ela surgiu como uma entidade, uma mistura de Janis Joplin, Carmem Miranda e Iansã”. Esse trecho da sinopse é daqueles que quase vira refrão por si só. E imagina só quantas imagens potentes cabem em um verso desses? Dá pra brincar com o tempo, a estética, o sagrado e o profano. Tudo no mesmo caminho.
Agora, o desafio está lançado. Como transformar essa Rita tão única em samba? Como rimar liberdade com leveza? Como colocar no papel uma mulher que nunca coube em rótulos? A sinopse termina com um convite que é quase uma convocação: “Na Sapucaí, seu rockcarnaval vai deitar e rolar. Com ela, ninguém segura essa tribo de loucos apaixonados por samba e por liberdade”.
E aí a gente entende que o desfile vai ser mais do que uma homenagem. Vai ser uma celebração da diferença, coragem, da arte que incomoda. Se os sambas concorrentes souberem captar esse espírito, o desfile de 2026 tem tudo para ser histórico. Porque Rita Lee nunca foi só cantora. Foi, e sempre será, um grito de liberdade. E a Mocidade é o melhor alto-falante que o samba podia oferecer pra esse grito ecoar.
Desde a última terça-feira estão abertas as inscrições para o curso Gerenciamento de Projetos Carnavalescos, uma iniciativa gratuita que visa capacitar profissionais para gerir os desafios e as especificidades dos bastidores do Carnaval de São Paulo. Com 20 vagas disponíveis, o programa, oferecido pelo CULTSP PRO – Escolas de Profissionais da Cultura, conta com uma abordagem prática que alia técnicas de gestão de escopo, cronograma, recursos, riscos e custos às particularidades dos barracões de escola de samba.
Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP
As inscrições podem ser realizadas diretamente pelo site do programa (www.cultsppro.org.br) até o dia 27 de julho. As aulas serão ministradas presencialmente, de segunda a sexta-feira, no período das 18h às 22h, entre os dias 4 e 15 de agosto. O curso, com carga horária total de 40 horas, acontecerá na Fábrica do Samba, situada na Avenida Dr. Abraão Ribeiro, 505, no Bom Retiro, proporcionando um ambiente imerso na cultura do samba.
Esta formação inovadora é direcionada a profissionais que atuam – ou desejam atuar – na gestão de projetos de escolas de samba, contribuindo para a profissionalização e valorização da cadeia produtiva do Carnaval paulistano. Conforme destacou a Veja São Paulo, o projeto “é resultado de uma parceria firmada em novembro de 2024 com a Liga das Escolas de Samba de São Paulo para promover atividades de formação para a cadeia produtiva do Carnaval paulista.”
Após a divulgação dos candidatos selecionados, prevista para o dia 28 de julho, o processo de matrícula ocorrerá até o dia 2 de agosto.
Um dos grandes destaques desta ação é a intermediação de Lúcia Helena, que desempenhou papel fundamental ao articular a colaboração entre a Liga-SP, o Governo do Estado (por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas) e o IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão). Essa articulação estratégica reforça o compromisso com a inovação e o fortalecimento das estruturas culturais que sustentam o Carnaval de São Paulo. Para Lúcia Helena, a inauguração de mais este curso reforça o empenho da Liga-SP em apoiar e estruturar um carnaval mais profissional e mais igualitário.
“Essa parceria entre Liga-SP, CULTSP PRO e IDG ajudam a mostrar à sociedade que o Carnaval vai muito além de uma grande festa durante cinco dias, mas também é celeiro de educação, de profissionalização e de oportunidades sociais e profissionais. É uma honra novamente ser a ponte entre instituições tão importantes e relevantes em nosso país. Esta é mais uma ação de salvaguarda e proteção continuada do patrimônio cultural e imaterial do Estado de São Paulo”, completa.
A Liga-SP, por meio dessa iniciativa, reafirma seu compromisso com a capacitação técnica e a promoção de uma cultura vibrante, garantindo que os profissionais do samba tenham acesso às melhores práticas de gestão e possam contribuir significativamente para o sucesso e a evolução do Carnaval paulistano.
A Grande Rio anunciou, nesta quarta-feira, que a atriz Paolla Oliveira continuará desfilando pela escola de Duque de Caxias, agora em um novo posto: o de rainha de honra. A novidade foi divulgada pelas redes sociais da agremiação, celebrando os laços afetivos construídos ao longo dos últimos sete anos, período em que Paolla ocupou o cargo de rainha de bateria.
“Uma história de muito amor que continua viva! Paolla Oliveira será a Rainha de Honra da Grande Rio. Em um novo posto, a atriz seguirá fazendo parte da nossa escola e, em 2026, estará presente como mais uma integrante da realeza tricolor. A gente não precisa nem falar, né!? A casa é sua, Paolla Oliveira!”, afirmou a escola na publicação oficial.
A homenagem vem como coroação de uma trajetória marcante da artista com a vermelho, branco e verde de Duque de Caxias. Após sua despedida da linha de frente da bateria em 2025, Paolla recebeu diversas demonstrações públicas de carinho por parte da diretoria. À época, o presidente de honra da Grande Rio, Jayder Soares, já havia garantido que a atriz teria “sempre um lugar garantido na escola”.
A presença de Paolla Oliveira no desfile de 2026 reafirma sua conexão com a agremiação e reforça seu papel simbólico na identidade recente da Grande Rio, agora como figura permanente da realeza carnavalesca da escola.
Seguindo seu cronograma de preparação para o desfile na Série Ouro, a União de Maricá realizou na noite da última segunda-feira a entrega dos figurinos dos casais de mestre-sala e porta-bandeira, no barracão de alegorias, em São Cristóvão. A apresentação dos croquis foi conduzida pelo carnavalesco Leandro Vieira, responsável pelo desenvolvimento do enredo “Berenguendéns e Balangandãs”, que a agremiação levará para a Sapucaí em 2026.
O primeiro casal, formado por Fabricio Pires e Giovana Justo, e o segundo casal, Gugu e Bia Strella, conheceram o figurino e a explicação dele ao lado da equipe de carnaval da escola. Pelo segundo ano seguido, as fantasias serão confeccionadas pelo Ateliê Aquarela Carioca.
Durante a entrega, Leandro Vieira falou sobre o simbolismo que essas roupas carregam e a conexão direta com o enredo proposto para o desfile. O carnavalesco destacou a importância do momento não só para os casais, mas também para o projeto artístico da escola.
“A entrega dos figurinos dos casais é sempre especial. Essas fantasias têm um simbolismo muito forte dentro do desfile e ajudam a traduzir em imagem a proposta estética e narrativa do enredo. É um momento especial para quem cria e para quem vai vestir”, disse.
Além disso, Leandro reforçou que esse tipo de entrega faz parte de um planejamento detalhado da União de Maricá. Segundo ele, cada passo é cuidadosamente pensado para garantir que o desfile tenha coesão e impacto visual. Para o carnavalesco, apresentar os figurinos também é uma forma de reforçar a identidade da escola.
“Cada etapa como essa é pensada com muito cuidado. Não se trata apenas de roupa bonita: é construção de linguagem, de identidade. Apresentar esses figurinos é sinal de que estamos no caminho certo”, completou Vieira.
Em 2026, a União de Maricá será a sexta a desfilar no sábado, 14 de fevereiro, pela Série Ouro, na Marquês de Sapucaí.