Faleceu o compositor Domenil Santos, que foi tricampeão de samba-enredo na Mocidade Independente de Padre Miguel, nos anos de 1978, 1980 e 2001. Não foi informada a causa da morte e nem o horário do velório e local do enterro. Veja abaixo o comunicado da escola.
Foto: Reprodução/Instagram da Mocidade
“É com imensa tristeza que comunico o falecimento de Domenil Santos. O compositor fez parte da minha história estando presente em mais de 20 finais de samba. Além de ser o autor de três sambas campeões: 1978, 1980 e 2001. Desejo força a toda família e amigos. A Estrela aqui está de luto”.
O intérprete Paulinho Mocidade também falou de Domenil Santos. “Um grande ser humano,um grande compositor,deixou um legado importante na história do GRESMIP e no samba de um modo geral.Minha solidariedade a toda sua família.Descanse na Paz do Senhor,querido DOMENIL,sua missão foi muito bem cumprida”.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL) esteve presente na apresentação do samba enredo do Paraíso do Tuiuti na última sexta-feira, na Cidade do Samba. Animadíssima e radiante, a parlamentar caiu no samba ao som da bateria “Supersom”, do mestre Marcão, e de mãos dadas com a rainha da bateria Mayara Lima. Além de samba no pé e simpatia, Erika discursou e falou ao CARNAVALESCO, sobre a importância de se ter uma travesti negra como enredo de uma escola de samba no maior palco do Brasil, o país que mais mata pessoas trans e travesti no mundo. * OUÇA AQUI O SAMBA DO TUIUTI
Fotos: Allan Duffes/CARNAVALESCO
“Eu ainda estou sentindo esse enredo, eu já sabia disso, mas estar aqui hoje, ouvir o samba e celebrar esse momento, eu sinto que nós estamos construindo cada vez mais um lugar de dignidade, de respeito as pessoas trans e travestis nesse país. Mesmo ainda sendo o primeiro país do mundo que mais nos mata, mesmo ainda enfrentando estatísticas de horrores como fome, pobreza, desemprego, violência, etc”.
O samba composto por Claudio Russo e parceria, sob encomenda da agremiação, caiu nas graças da deputada, que não encontra palavras para descrever seus sentimentos após se esbaldar com o samba no palco da Cidade do Samba.
“Esse samba coloca na avenida, na maior festa brasileira, a memória, a vida e a história daquela que primeiramente teve seu corpo tombado, violentado e agredido pelo ódio e pelo preconceito. Eu não sei descrever em palavras o que eu estou sentindo. Eu estou sentindo alegria, eu estou sentindo euforia, eu estou sentindo amor, eu estou sentindo que nós estamos levando uma história potente e transformadora para a avenida no Carnaval de 2025”.
Xica Manicongo, tida como a primeira travesti da história do Brasil, era uma escravizada africana que foi trazida para o Brasil e, assim como muitas pessoas trans e travestis no Brasil até hoje, Xica foi morta por apenas ser quem era. Condenada à morte pelo Tribunal do Santo Ofício, ela foi queimada viva em praça pública. Mesmo em um momento de alegria e celebração, Erika Hilton não deixa de citar o lado violento que a história de Xica e de mulheres trans e travestis no Brasil tem.
“Eu descobri a história da Xica há muito tempo. Eu acho que nós que somos pessoas trans, que pesquisamos, que buscamos as nossas referências, que são tão esquecidas e apagadas. A gente conhece um pouco dessa história e quando eu descobri eu fiquei muito triste, porque saber que a primeira travesti, não indígena do Brasil, foi morta da maneira como ela foi. Mas trouxe para mim a responsabilidade de levar adiante o legado da minha ancestral, de seguir lutando pela memória dela e de tantas outras que morreram por ser quem é. A história de Xica Manicongo é uma história triste, mas é uma história que nos dá força, é uma história que nos empondera, é uma história que nos aponta o caminho que deve ser percorrido para enfrentar toda a violência racista, transfóbica e misógina que ainda atinge a população negra, LGBT e as pessoas trans travestis”.
Muito empolgada para o desfile, a deputada não sabe e nem pensa qual vai ser o lugar que ela vem na escola, mas sim no impacto e importância que esse desfile e samba vai ter no Brasil e no mundo.
“Onde eu estiver no desfile eu vou estar muito honrada, muito feliz, muito alegre, porque só de estar aqui na festa da apresentação do samba hoje, por exemplo, eu já me senti muito agraciada e honrada de poder fazer parte dessa noite. Então para mim não importa. Se eu só estivesse assistido da minha casa, eu já estaria honrada de saber que a memória e a história de Xica Manicongo vão atravessar a Sapucaí e as pessoas falarão no samba do Brasil, no carnaval brasileiro, a palavra travesti de boca cheia”.
A Estácio de Sá escolheu na madrugada deste sábado o samba-enredo para o Carnaval 2025. O resultado saiu perto das 6h. A parceria campeã é formada pelos compositores Júlio Alves, Claudio Russo, Magrão do Estácio, Thiago Daniel, Filipe Medrado, HB, Serginho do Porto, Diego Nicolau, Tinga, Adolfo Konder, Dilson Marimba e Marquinhos Beija-Flor. No desfile do ano que vem o enredo é “O Leão se engerou em encantado amazônico”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Paulo. O Leão é convocado para conhecer o mundo dos ‘encantados’ da Amazônia. * OUÇA AQUI O SAMBA CAMPEÃO
Fotos: Matheus Morais e Rhyan de Meira/CARNAVALESCO
“Estácio já faz parte do meu coração. Estou aqui desde o ano do São Jorge. É uma escola muito raiz e comunidade. É um orgulho muito grande estar aqui. O refrão é o meu predileto. O povo todo canta: ‘enquanto houver bambu, tem flecha'”, disse o compositor Claudio Russo, na comemoração da vitória.
“Sempre é importante ter sua obra na Avenida. Ser bicampeão consecutivo no Berço do Samba é inacreditável. Já ganhei quatro vezes aqui e esse ano é especial por ser bi. A comunidade está feliz. Adoro a parte final do nosso samba: ‘Eu sou o dom de resistir, eu sou Estácio'”, acrescentou o compositor Diego Nicolau.
Edson Marinho, presidente da Estácio, em entrevista ao CARNAVALESCO, prometeu fazer um desfile grandioso em 2025 na Sapucaí.
“A escola conseguiu prêmios em 2024. Foi um grande desfile e esperamos fazer tão bom ou mais. O balanço foi positivo. O samba de 2025 está completo e dentro do que o carnavalesco projetou na sinopse. Esperem uma escola muito maior do que passou em 2025. Dia 23 de agosto vamos lançar os protótipos para toda diretoria”, disse.
Pelo segundo ano consecutivo como responsável pelo desfile, agora em voo solo na Estácio, o carnavalesco Marcus Paulo frisou que o pensamento da escola está focado no título.
“O desfile de 2024 foi meu primeiro ano. Consegui fazer um trabalho bem legal e trouxe a garra novamente para o estaciano. Agora, a gente quer ir para disputa do título. A ideia do enredo surgiu com meus enredos com pautas sócio-cultural. Estava faltando no meu currículo falar dos povos originários. Vamos apresentar a lenda dos encantados amazônicos, que é uma religião dos povos originários. O nosso samba tem nossas raízes e a lembrança que é uma festa preta e nossa. Toda escola de samba tem o dever de marcar isso. O enredo é muito alegre. Me proporciona viajar mundo. É o real fantasia e a fantasia é realidade. Eles acreditam que os encantados existema, fazem oferenda e pedem proteção. Estou fazendo um enredo muito carnavalizado. Essa é nossa grande surpresa”.
Diretor de carnaval da Estácio, Edvaldo Fonseca, citou a importância de escolher o samba-enredo antecipadamente e como isso pode facilitar o canto da comunidade.
“Isso está sendo um projeto que começamos no ano passado. Chegamos a conclusão que quanto mais cedo ter o samba fica melhor para todo mundo. Podemos trabalhar o canto. Já estamos sendo copiados, sinal que estamos no caminho e formato certo. A Estácio vai desfilar com 2 mil a 2300 componentes e três carros. Buscamos a excelência, vamos melhorar alguns quesitos, o canto que é diferencial enorme, esperem a escolher melhor do que em 2024, isso é certo”.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Estácio, Feliciano e Raphaela, fará dupla novamente. Ao CARNAVALESCO, eles falaram sobre o trabalho, fantasia e a volta da parceria.
“Foi a maior felicidade do mundo. Sempre tive muito respeito pela escola. Sempre fui bem recebida aqui. O Feliciano é meu amigo de anos. Felicidade imensa voltar a dançar com ele. Estamos trabalhando desde março para realizar um trabalho de excelência. Ele da nossa geração é mais completo. Respeita tradições da dança e ao mesmo tempo é criativo. Sobre a fantasia para o desfile do ano que vem, a concepção está pronta, em processo de confecção e posso dizer que vamos passar belíssimos”, garantiu a porta-bandeira.
“É um sonho retornar essa parceria, ainda mais na escola do meu coração. Vivi no Império Serrano nas terras de Raphaela e agora recebo com muita honra, como ela me recepcionou lá. Temos carinho de irmão. Completamos a dança do outro. Ela tem o estilo mais tradicional, o puro suco da dança do casal, limpa e elegante. Isso vai ser nosso ponto forte para o desfile de 2025”, afirmou o mestre-sala.
Comandante da bateria “Medalha de Ouro”, mestre Chuvisco fez um balanço do desfile de 2024 e já projetou a apresentação para o ano que vem.
“O carnaval de 2024 foi o melhor possível. A bateria chegou no nível master, pegou na veia. Todo ano nossa caixa de guerra são fundamentais e modelo para o mundo inteiro. A nossa cereja do bolo. O nosso andamento para 2024 resolvemos trazer um pouco para trás e vamos manter para 2025. Não vamos mudar nossas característica. Pode esperar que terá surpresa, gosto de colocar ritmos diferentes dentro da bateria. A galera do carro de som é toda amiga. A Estácio é uma família”.
Em voo solo dentro da Estácio, o intérprete Tiganá falou do trabalho para o desfile de 2025.
“O desfile de 2024 se a gente acreditasse um pouco mais seríamos campeões. O próximo será muito melhor. A comunidade abraçou o samba. Podem esperar que 2025 será tudo dobrado. A parceria bateria e carro de som é interação 100%. O casamento está perfeito e vai durar por muitos e muitos anos”.
Recém chegada no posto de rainha de bateria, Tati Minerato celebrou o convite, ela que defendeu o Porto da Pedra em 2024, e disse ter aprovado o desenho da fantasia para o desfile do ano que vem.
“Fiquei muito feliz quando recebi para ser rainha da Estácio. Fui recebida com muito carinho pela bateria e meu mestre Chuvisco. Quando chego na quadra fico sempre muito feliz. O Grupo Especial tem visibilidade um pouco maior, mas dentro das escolas de samba é igual. Todo o processo, criação, não tem diferença. A dedicação é a mesma. Já troquei ideias com o carnavalesco, ele me apresentou ideia da fantasia e hoje me entregou o desenho. Foi uma grande surpresa e vi todos os detalhes da fantasia, estou muito empolgada, não vejo a hora de chegar no ateliê”, contou a rainha.
A escola de samba Paraíso do Tuiuti, próxima de completar em 2025 oito desfiles consecutivos no Grupo Especial do Rio de Janeiro, apresentou oficialmente, na noite da última sexta-feira, na Cidade do Samba, o samba-enredo para o desfile do ano que vem. A escola levará para Avenida o enredo “Quem tem medo de Xica Manincongo?”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos. A deputada federal Erika Hilton (PSOL) participou da festa e teve uma entrada triunfal no momento da apresentação do samba-enredo. Animadíssima e radiante, a parlamentar caiu no samba ao som da bateria “SuperSom”, do mestre Marcão, e de mãos dadas com a rainha da bateria Mayara Lima. * OUÇA AQUI O SAMBA
Fotos de Allan Duffes/CARNAVALESCO
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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO
Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO
Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO
Fotos: Allan Duffes/CARNAVALESCO
Erika discursou e falou ao CARNAVALESCO sobre a importância de se ter uma travesti negra como enredo de uma escola de samba no maior palco do Brasil, o país que mais mata pessoas trans e travesti no mundo.
“Eu ainda estou sentindo esse enredo, eu já sabia disso, mas estar aqui hoje, ouvir o samba e celebrar esse momento, eu sinto que nós estamos construindo cada vez mais um lugar de dignidade, de respeito as pessoas trans e travestis nesse país. Mesmo ainda sendo o primeiro país do mundo que mais nos mata, mesmo ainda enfrentando estatísticas de horrores como fome, pobreza, desemprego, violência, etc”, afirmou Erika.
Um dos responsável pelo samba-enredo, Claudio Risso revelou que aprendeu e se disse honrado em fazer a obra do Tuiuti para o desfile de 2025.
“Esse samba representa muita coisa, ter feito com o Gustavo Clarão. Eu tenho que agradecer ao presidente Thor, o Jack Vasconcelos, Fábio Baru e Bruna, porque me ajudaram. Quando a gente não conhece algo tem que aprender, eu aprendi muito, foram muitas noites sem dormir, foram dias e dias estudando, conhecendo, frequentando o terreiro de Catimbó e de Quimbanda. Conhecendo a dor e a luta das trans, eu estou recompensado com isso, eu estou me sentindo muito feliz. Tenho 35 anos de samba e é a letra mais corajosa que eu já fiz. E me sinto muito honrado por isso. Eu gosto do samba todo, mas ressalto o ‘Eu travesti. Estou no cruzo da esquina para enfrentar a chacina que assim se faça, meu Tuiuti, que o Brasil da terra plana tenha consciência humana. Chica vive na fumaça’”, afirmou o compositor Claudio Russo, que assina a obra encomendada pela escola, com o parceiro Gustavo Clarão.
Parceria compositores e carnavalesco
Ao falar sobre o enredo de 2025, Jack Vasconcelos citou como recebeu a ótima repercussão por parte do público.
“Quando eu penso na repercussão do enredo, primeiro me vem a recepção carinhosa da comunidade, que abraçou antes de sair o samba, acho que até antes de sair a sinopse. A gente se sentia muito acolhido, muito abraçado. A escola já tinha sentido essa repercussão positiva logo quando saiu a fofoca que ia ser esse o enredo. E isso me surpreendeu positivamente, porque eu acreditava que isso ia vir um pouco mais lentamente, mas foi uma coisa muito rápida e está cada vez maior”, comentou.
Perguntado sobre a importância do enredo, pessoalmente e profissionalmente, O artista citou a responsabilidade de desenvolver o desfile de 2025.
“Esse enredo é muito significante para mim. Por um lado pessoal é um prazer e uma responsabilidade falar da minha comunidade, é uma sigla que compõe a minha galera. É a galera que anda junto comigo, que sofre comigo, que está na luta comigo, me encontro, me vejo muito no trabalho que eu estou fazendo. Mais ainda do que dos outros anos, porque eu não posso reclamar de enredo dos últimos tempos, porque eu tive muita sorte de sempre estar em escolas que entenderam o meu lado, que entenderam qual é a vibe que dá certo comigo. Esse enredo é uma história que de uma certa maneira eu estou dentro. E dá muito orgulho”.
Jack também falou como funciona o processo da encomenda do samba e sua ligação com os compositores no processo de elaboração da obra.
“A elaboração desse samba foi mais intensa do que dos outros. Porque foi uma pesquisa e um desenvolvimento que a gente foi trabalhando junto. O Claudio Russo viveu uma experiência junto comigo de conhecimento, de pesquisa. Nós somos irmãos nessa caminhada. Acho que o samba traduz muito isso, para mim, ele já ganha um significado especial”.
Mestre Marcão avisa que prepara surpresa no refrão do meio
Em entrevista ao CARNAVALESCO, mestre Marcão contou como está o início do trabalho para o desfile do ano que vem.
“Estamos começando a construir a bateria do ano que vem agora, a construir as coisas para ver no que é que vai dar para levar, e o que não dá para poder levar para avenida. Estamos fazendo as coisinhas e agora junto com o carro de som, estamos trabalhando para poder chegar e pegar aquela nota máxima. A gente vai para a avenida com tudo tradicional, eu trabalho muito em cima de melodia, e o samba é muito melódico. Tem umas coisas legais, e a gente já está com uma outra ideia aí que está vindo e nós vamos começar a ensaiar. Eu sei que muita gente vai gostar, mas é uma coisa muito maneira, muito bacana que a gente vai fazer no refrão do meio”, disse mestre Marcão, fazendo suspense.
Qualidade no quesito ‘Samba-Enredo’
Ao CARNAVALESCO, o intérprete Pixulé comentou que vai para o segundo ano consecutivo como cantor da escola, e, mais uma vez com um grande samba-enredo.
“Olha, no último carnaval eu cantei um grande samba do mesmo compositor, Claudio Russo. Foi um samba que eu me identifiquei muito. E, em 2025, não foi diferente. É o meu segundo ano no Tuiuti, e segundo ano com um belíssimo samba, o qual eu também me identifiquei muito. Um enredo muito necessário, que veio na hora certa e com um samba maravilhoso”.
O cantor também falou sobre a potência do enredo de 2025 e citou qual sua parte predileta no samba-enredo.
“Faço parte de uma religião que agrega todo mundo. Os homossexuais, os travestis… Todo mundo. É de uma importância muito grande o enredo do Tuiuti. Gosto dos versos: ‘Eu travesti/Estou no cruzo da esquina/Pra enfrentar a chacina/Que assim se faça”, afirmou.
Ensaios de rua em outubro
Diretor de carnaval do Tuiuti, André Gonçalves revelou que o Tuiuti já começará seus ensaios de rua no início de outubro.
“Nós sempre temos uma data certa para iniciar os ensaios de rua que é a última segunda-feira de outubro. O Paraíso do Tuiuti vem mais um ano com esse formato de não fazer disputa de samba, a escola já começa a fazer um grande trabalho de canto na quadra, tanto que nós viemos duas semanas nos preparando para estar aqui hoje e movimentando toda a comunidade do Tuiuti”.
Casal ressalta representatividade do enredo e da escola
Experientes e totalmente adaptados ao Tuiuti, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael e Dandara, exaltaram o enredo da escola para o desfile de 2025.
“Eu acho que é um enredo muito de foco direto. O Tuiuti vem com uma representatividade muito grande. Ele traz um tema que a gente precisa falar que é urgente. Que é a gente lutar contra a transfobia, a gente lutar contra o racismo, contra os preconceitos em geral. Acho que o Tuiuti traz ainda mais esse DNA que ele vem apresentando há alguns anos nos seus enredos, ele traz de uma forma muito mais potente para um discurso que é necessário neste momento”, disse Dandara.
“Foi o que uma das meninas falou ali no microfone, não me recordo o nome. Peço perdão por isso: ‘a sociedade precisa aprender a respeitar uns aos outros’. E esse enredo do Tuiuti é um ensinamento. Ensinamento para uns, aprendizado para outros. Para gente é uma responsabilidade e é uma honra carregar e levantar essa bandeira que é muito importante”, completou o mestre-sala.
A apresentadora da Band Rio, madrinha das ações sociais do Santuário Cristo Redentor, musa da Grande Rio e embaixadora da Lulean, Gardênia Cavalcanti, comemorou seu aniversário com uma festa luxuosa e repleta de atrações no sofisticado Fairmont Rio. O evento, marcado pelo brilho e pelo glamour, reuniu amigos, familiares e grandes nomes da sociedade carioca em uma noite inesquecível. Com um cerimonial impecável assinado por Claudio Tironi e produção da Vivere Entretenimento, a celebração teve como palco o Fairmont Rio, que recebeu uma decoração deslumbrante da talentosa Juliana S. Costa. A iluminação, som e cenografia ficaram por conta da MD2 Leds, criando uma atmosfera mágica para a ocasião.
Fotos: Divulgação
As atrações foram um show e colocaram os convidados para dançar, com apresentações da escola de samba Grande Rio, que contou com o apoio e carinho da vice-presidente Taty Grande Rio, a anfitriã mostrou muito gingado e fez jus ao posto que ocupa de musa da escola de Caxias.
Além de performances do DJ Leandro Mendes, Serjão Loroza, GAP Music e do cover de Elvis, Renato Carlini. A pista de dança foi um verdadeiro espetáculo. Figurinos dançantes e estilizados da empresa MRB Produções marcaram o ‘look’ das atrações que interagiram com os convidados da festa.
Gardênia Cavalcanti estava deslumbrante nos ‘looks’ criados por Silvio Cruz. O primeiro, um vestido branco que lembrava a era de ouro do ‘rock’ e o segundo foi um macacão dourado coberto por lantejoulas ao estilo da era disco, dos anos 80.
A maquiagem utilizada pela aniversariante foi um espetáculo à parte. A anfitriã brilhou com ‘make’ e cabelo feitos pela dupla Freitas e Aramis , acessórios da Lulean Joias. Cobertura fotográfica, filmagem e edição da Duck Films.
O bolo, uma obra de arte assinada por Ivanilda Pinheiro Cake Design, e o acervo de decoração da Locando Emoções impressionaram os convidados. No final do evento os convidados puderam apreciar o delicioso Café Monthal e os biscoitos da Biscoité Barra Shoping.
Para brindar a noite, os convidados desfrutaram de bebidas selecionadas das vinícolas Monte Pascoal e Lauri Viana e a marca do espumante Basso, Coco Quadrado e Vodka Leonoff. Gardênia ainda surpreendeu os convidados com presentes exclusivos da AnyLovy, Sobral e Lulean Joias, tornando a noite ainda mais especial.
O evento foi, sem dúvidas, um marco de sofisticação e alegria, celebrando mais um ano de vida de uma das figuras mais queridas e influentes do cenário social e artístico do Rio de Janeiro.
Paola Novaes e Bruno Chateaubriand vão dividir o microfone no comando do “Carnaval sem Julgamento”, podcast que estreia na segunda-feira, às 16h, nas plataformas digitais da Band. A primeira entrevistada é Solange Cruz, presidente da Mocidade Alegre, escola bicampeã de São Paulo. Toda semana, a dupla abre alas para convidados especiais que fazem o maior espetáculo da Terra. Será uma oportunidade de conhecer os principais personagens, mergulhar nos bastidores e desvendar o que acontece na Sapucaí, no Rio de Janeiro, e no Sambódromo de São Paulo.
Foto: Divulgação/Band
“Queremos falar de Carnaval o ano todo, não só às vésperas da festa. O Band Folia é um produto muito forte do Grupo Bandeirantes, que tem um grande destaquea partir de janeiro.A ideia é mantermos a marca ativanos meses que antecedem o showe trazer os profissionaisdo segmento para perto do ouvinte”, explica Paola.
O podcast fará com que a comemoração do Rei Momo fique viva na mente dos espectadores, possibilitando que a audiência descubra como é o dia a dia de cada uma dessas personalidades antes dos desfiles e entenda qual foi a trajetória que elas precisaram percorrer para chegar onde estão hoje.
“Neste início, iremos resgatar momentos importantes para que as pessoas se familiarizem com esse universo. É hora de colocarmos luz em alguns nomes pouco conhecidos do público. O nosso amado setor do samba encanta e revela histórias que tocam o coração”, adianta Chateaubriand.
Além de Solange Cruz, os jornalistas vão receber Leci Brandão, primeira mulher a integrar a ala de compositores da Mangueira; Selminha Sorriso, primeira porta-bandeira da Beija-Flor; Carlinhos de Jesus, dançarino e coreógrafo brasileiro que revolucionou as comissões de frente no Rio de Janeiro, entre outros.
O podcast “Carnaval Sem Julgamento” será disponibilizado em todas plataformas digitais da Band e da BandNews FM, no aplicativo Bandplay, nos sites oficiais da emissora e no YouTube do Band Folia a partir desta segunda-feira, às 16h. No início do próximo ano, as entrevistas serão exibidas em quadros da rádio com participações no dial.
A Unidos da Tijuca fez na noite da quinta-feira, em sua quadra, a primeira etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2025. O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você pode conferir a análise de cada apresentação. Ao todo, 11 parcerias se apresentaram e uma delas será cortada (OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES). O anúncio das obras que seguem na disputa será feito na próxima segunda-feira, nas redes sociais da agremiação. Já a etapa seguinte do concurso ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 15 de agosto.
Parceria de Leo de Souza: A primeira obra a se apresentar foi composta por Leo de Souza e Duda Ascensão, a quadra ainda não estava cheia e a dupla não levou torcida, dessa forma, o samba foi sustentado somente pelo intérprete Tinganá. Foi uma apresentação tímida e sem grandes destaques.
Parceria de Júlio Alves: A segunda obra a se apresentar foi composta por Júlio Alves, Totonho, Fadico, Dudu, Chico Alves e Claudio Russo. Na condução do samba, o intérprete Pitty de Menezes mostrou porque é uma das principais vozes do carnaval, com muita firmeza e empolgação, ele foi um dos responsáveis pelo excelente rendimento do samba nesta primeira noite de eliminatórias. A parceria contou com uma torcida grande e animada que cantou com extrema empolgação. O samba passou vibrante, foi um dos destaques da noite e mostrou que tem enorme potencial.
Parceria de Beto do Pandeiro: A obra composta por Beto do Pandeiro, Henrique Badá, Alace Machado, Gilmar L. Silva, Wagner Zanco e Aldir Senna foi a terceira a se apresentar. Coube ao grande Nêgo a missão de conduzir o samba, com toda sua experiência ele mostrou a categoria de sempre. Porém, o samba passou de forma burocrática e sem emocionar ou empolgar os segmentos, a parceria optou por levar um grupo cênico, foi uma boa sacada para driblar a pouca torcida. A obra não teve grande impacto, letra e melodia são corretas, mas em nenhum momento o samba empolgou.
Parceria de André Braga: A quarta obra a se apresentar foi de autoria de André Braga, Eduardo Medrado, Kleber Rodrigues e Sandro Nery. Conduzido pelo intérprete Bico Doce, o samba teve um saldo positivo nesta noite, os refrões fortes foram fundamentais para que a apresentação fosse pra cima durante toda a passagem. Mesmo não sendo numerosa, a torcida demonstrou muita empolgação, por ser a primeira eliminatória foi observado muitos componentes ainda tentando decorar o samba. Porém, no refrão principal o público cantou de forma satisfatória, inclusive alguns segmentos da escola. Além dos refrões, vale destacar também a “cabeça” do samba.
Parceria de Sereno: A quinta obra da noite foi composta por Sereno, Dinny Marcelo do Ouro, André Aleixo, Ricardo Castanheira, Mano Kleber, Rogério Só Filé. Bruno Ribas foi o cantor principal da obra, apesar de precisar acompanhar a letra, o intérprete que possui grande ligação com a escola do Borel conduziu bem, sendo um dos responsáveis para que a apresentação fosse extremamente satisfatória. O samba é todo em primeira pessoa e conta o enredo de forma clara. Os versos que antecedem o refrão principal são de extremo bom gosto: “Do morro onde sou cria abro as asas, É o borel a minha casa, Milagre de Oxalá, Cumprindo a missão de Orunmilá”. Apesar de não ser numerosa, a torcida cantou de forma satisfatória, com margem para melhorar.
Parceira de Anitta: Dando sequência às apresentações, foi a vez do samba de Anitta, Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho e Diego Nicolau ganhar a quadra, cercada de muita expectativa por conta da presença da cantora Anitta como uma das compositoras, a obra supriu com louvor as expectativas geradas. Mesmo sendo apenas a primeira eliminatória, já deu pra perceber que o samba caiu nas graças de boa parte dos segmentos da escola, a torcida numerosa cantou com muita empolgação, principalmente os refrões principais, muito por conta da entrega de Igor Sorriso. A combinação de uma composição forte e a performance vibrante de Igor, garantiu um lugar de destaque na competição, evidenciando o potencial do samba para conquistar o coração dos tijucanos.
Parceria de Leandro Gaúcho: A parceria de Leandro Gaúcho, Chacal Do Sax, Luciano Fogaça, Simões Feiju, Miguel Dibo e Léo Freire foi a sétima a se apresentar, a obra mais cadenciada em algumas partes casou perfeitamente com o intérprete Evandro Malandro, que contou também com Rafael Tinguinha na condução da obra, foi uma apresentação satisfatória e que mostrou boas credenciais para a continuidade da eliminatória, o refrão principal que possui uma forte mensagem foi o ponto alto da apresentação. Não houve uma grande torcida, mas os poucos presentes deram conta do recado.
Parceria de Gabriel Machado: A oitava parceria da noite foi composta por Gabriel Machado, Julio Pagé, Valtinho Botafogo, Jorge Mathias e Robson Bastos. Clube ao intérprete Zé Paulo Sierra conduzir a obra nesta noite, sempre com excelência, Zé foi um dos responsáveis para que a apresentação fosse positiva. Com muita energia, o samba mostrou um potencial para crescer ao longo da competição, os refrões foram o porte forte, o principal foi cantado por muitos segmentos da escola, com ênfase no verso “Loci Loci, meu pai, quando o morro descer vai ter mandinga da Tijuca no Ilê”. Porém, uma fragilidade do samba está nos versos que antecedem o refrão, a melodia acelera um pouco e alguns não conseguem acompanhar a letra, ficou visível na parte: “Seguindo os caminhos de Exu, vestiu armadura de algum, herdou a espada de Oyá, na minha do seu ofá”.
Parceria de Ricardo Bernardes: A nona obra a se apresentar foi composta por Ricardo Bernardes, Edinho, Luiz Thiago, Rogerinho, Daniel Barbosa e Mauricio Amorim. O samba foi conduzido pelo cantor Dodô Ananias e passou de forma discreta, apesar de bem conduzido e com uma torcida mediana, a obra não empolgou e se mostrou cansativa ao longo da passagem, o samba é descritivo e não apresenta soluções criativas, seguindo um caminho mais óbvio, apesar disso, alguns momentos merecem destaque, como por exemplo o refrão principal.
Parceria de Wantuir: a penúltima parceria da noite de Wantuir, Robson Ramos, Gegê Fernandes, Vinicius Xavier, Guilherme Ckokito e Rafael Lopes. A presença de Wantuir no comando do microfone principal mostrou toda a conexão que o cantor possui com a Tijuca. O refrão foi grande destaque da obra e foi fundamental para que a passagem fosse extremamente positiva, em nenhum momento foi observado queda no rendimento, o entrosamento com a bateria também ficou evidente, as credenciais foram bem apresentadas. A torcida marcou presença e mostrou estar estar com o samba na ponta da língua, antes mesmo do início da apresentação cantou a capela boa parte da obra.
Parceria de Lico Monteiro: A última apresentação da noite foi composta por Lico Monteiro, Leandro Thomaz, Telmo Augusto, G. da Esriva, Jefferson Oliveira, Marcelo Lepiane e Washington Lopes Freitas. Mesmo fechando a noite, a animação se fez presente, os torcedores cantaram à capela enquanto esperavam a apresentação, Wander Pires comandou com maestria o microfone principal, com sua voz marcante o intérprete foi fundamental para uma passagem segura e com grande potencial de crescimento ao longo da competição. O refrão principal foi essencial para que a obra crescesse ao longo da apresentação e terminasse como uma das grandes da noite.
A Estácio escolhe nesta sexta-feira seu samba-enredo para o Carnaval 2025. Os leitores do CARNAVALESCO apontaram a parceria de Fernandão, Binho Teixeira, Sérgio Das Mercês, Sidney, Salviano, Laura Roméro, Sônia Jurado, Miriam Oliveira, Èlida Fernandes e JV favorita com 49% dos votos. * OUÇA AQUI OS SAMBAS FINALISTAS
Foto: Divulgação/Estácio
A parceria de Júlio Alves, Claudio Russo, Magrão do Estácio, Thiago Daniel, Filipe Medrado, HB, Serginho do Porto, Diego Nicolau, Tinga, Adolfo Konder, Dilson Marimba e Marquinhos Beija-Flor recebeu 39,9%.
A parceria de Juninho da Estácio, Jorge do Batuke, Márcio Carvalho, Romeu D’Malandro, Nanna Silveira, Tavinho de Oswaldo Cruz, Claudinho Oliveira e Araguaci ganhou 8,1%. E a parceria de Alexandre Naval, Jailton Russo, Jeiffer, Di Fininho, Samir Trindade, Junior Falcão e Deco ficou com 3%.
SERVIÇO
Grande Final de Samba
Data: 9 de agosto
Endereço: Av. Salvador de Sá 206
Horário: 21h
Entrada: R$ 20
Estaciano e coirmã com carteirinha: grátis
Mesas e Camarotes limitadíssimo: 21 99731-4271
O intérprete da Unidos de Vila Isabel, Tinga, começou na última quarta-feira o ciclo de preparação vocal para “soltar o bicho” no Carnaval 2025. O processo inclui tratamento e acompanhamento com fonoaudióloga a cada 15 dias e aulas de canto semanais.
Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO
“É uma preparação muito importante para pegar condicionamento físico e fortalecer as cordas vocais. Dessa maneira, consigo ter cada vez melhor rendimento na Sapucaí. O Carnaval 2025 já está chegando e estamos preparando um grande desfile”, explicou Tinga. Entre os tratamentos realizados com a fonoaudióloga especialista em voz e preparadora vocal Ana Calvente, está a fotobiomodulação, técnica que utiliza luz de laser para promover a cicatrização de tecidos, reduzir a inflamação e acelerar a recuperação das cordas vocais.
As aulas de canto são realizadas não só pelo intérprete oficial, mas também pelos outros oito cantores do carro de som da agremiação. “Canto de samba-enredo é um trabalho diferenciado. Exige afinação, musicalidade, potência, resistência vocal e clareza na emissão. Além disso, o cantor ainda precisa estar preparado para administrar a energia necessária para cruzar a avenida com a beleza e a desenvoltura que o desfile exige, sem prejuízo da saúde e do trato vocal”, afirmou o professor de canto Pedro Lima. O especialista trabalha com os intérpretes da Vila Isabel há três anos e já assinou a preparação vocal de filmes como “Nosso Sonho – Cine biografia de Claudinho e Buchecha” e “Tim Maia”.
A azul e branca do bairro de Noel será a última escola a desfilar na segunda-feira de Carnaval com o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”. Conduzida por um trem-fantasma que desembarca em um grande baile, a agremiação vai carnavalizar as assombrações que atazanam o imaginário popular.