Início Site Página 265

Público do CARNAVALESCO elege parceria de Juliana Madi favorita na disputa da Ilha

A União da Ilha faz no sábado sua final de samba-enredo para o Carnaval 2025. Seis obras estão na disputa. Em enquete com os leitores do CARNAVALESCO, a parceria de Juliana Madi, Silvana Aleixo, Cleiton Mesquita e Serginho Versador foi apontada a favorita por 37,5%. A parceria de Bernardo Nobre e Vinicius Lajas recebeu votos 30,2%.

logo ilha2025

A parceria de Romeu D`Malandro, Diego Nicolau, Carlinhos Fuzileiro, Geraldo M. Felicio, Inaldo Botelho, Richard Valença, Paulo Beckham, Fernando Tetê, Fábio Sol e Igor Leal ganhou 18,4%. A parceria de André de Souza, John Bahiense, Ricardo Castanheira, Leandro Pereira, Leandro Augusto, Millena Gomes, Luiza Vieira, Diego Duran, Victor Latorraca e Vagner Alegria teve 7,8%.

A parceria de André de Souza, John Bahiense, Ricardo Castanheira, Leandro Pereira, Leandro Augusto, Millena Gomes, Luiza Vieira, Diego Duran, Victor Latorraca e Vagner Alegria teve 3,8%. A parceria de Marquinhus do Banjo, Júnior Nova Geração, Andréa Krapp, Paulinho Gallo, Binho Teixeira, Laura Romero, Rosângela Cunha, Marcelo Martins, Rafinha da Ilha e Gugu das Candongas ficou com 2,3%.

SERVIÇO
MAIORES DE 14 ANOS APENAS ACOMPANHADO DE PAIS OU ACOMPANHANTE
🔖INGRESSOS (PISTA): 30 REAIS
🪪 COMUNIDADE E SÓCIOS PROPRIETÁRIOS E DEPENDENTES: ENTRADA GRATUITA (MEDIANTE APRESENTAÇÃO DA CARTEIRA)
📍Localização:
Estrada do Galeão 322, Cacuia – Ilha do Governador

Confira a sinopse do enredo da União da Ilha para o Carnaval 2025

 

Inovando com imersão e teatro, Tucuruvi apresenta fantasias para o Carnaval 2025

A Acadêmicos do Tucuruvi realizou na noite da última sexta-feira a sua festa de pilotos dentro do seu barracão, localizado na Fábrica do Samba. Não foi apenas uma apresentação das fantasias. A agremiação proporcionou aos presentes no evento a imersão, tendo como objetivo despertar os cinco sentidos do ser-humano dentro do tema. No desfile das vestimentas, houve um grande teatro, onde uma figurante vestida de mulher indígena encenava e apresentava todas as fantasias de acordo com o setor, transbordando drama.

A Tucuruvi quis de fato colocar todos dentro do tema. No encerramento, o intérprete Hudson Luiz cantou o samba-enredo para 2025, já escolhido pela agremiação. Com certeza foi um evento inovador que a entidade da Cantareira nunca teve antes em sua história.

Noite realizada e acreditando no projeto

Diretor de carnaval e vice-presidente da escola, Rodrigo Delduque, não escondeu a satisfação com o evento. É nítido que o gestor enxerga uma Tucuruvi crescente e, de acordo com ele, o objetivo é só melhorar, tendo como objetivo superar os limites e aniquilar de vez as posições ruins que a agremiação teve em carnavais anteriores. “É entusiasmante falar da noite de hoje. Estamos passando para a escola que a cada minuto e a cada dia nós temos que ser melhores para nós mesmos. Primeiro superar os nossos limites, os nossos traumas para depois a gente expor. E aí, fizemos uma festa diferente de Tucuruvi, onde a gente entende que do início até o final é um conceito único de enredo. Nós pudemos emergir as pessoas dentro do nosso tema e eu saio muito feliz com a repercussão, eu saio muito feliz com o componente satisfeito. Saio feliz também com a imprensa agradecendo, as coirmãs que vieram nos prestigiar. Estou bastante contente pela noite”, celebrou.

delduque tucuruvi
Diretor de carnaval e vice-presidente da escola, Rodrigo Delduque. Foto ;Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Custa caro fazer uma festa desse porte, além da confecção das fantasias para apresentação. Entretanto, Delduque afirmou que quer dar todo apoio necessário aos carnavalescos dentro da realidade da escola, pois é disso que um artista precisa para colocar o melhor das suas ideias em prática. O gestor, na medida do possível, contou que está tentando realizar os sonhos do carnaval da dupla.

tucuruvi fantasias25 13
Foto: Woody Henrique/Samba na Pista

“Ele foi muito feliz ali na colocação dele que trabalhar com um artista é você entender o próprio. Então o máximo de suporte e estrutura que nós pudermos fazer por eles e para que essas ideias e desenhos saiam do papel, estamos conseguindo. Eu falo para eles a todo o momento: Sonhem, porque a nossa parte é estruturar esse sonho de vocês. Graças a Deus eles vêm sonhando dentro de um conceito de Tucuruvi. Claro que tudo é conversado antes, não seria o limite do sonho, mas eles sabem o limite da escola, sabem que nós temos uma realidade de carnaval e graças a Deus a gente tem conseguido suprir todas as necessidades para que cada vez mais ousem como fizeram hoje”, disse.

Parceria entrosada pelo bem da Cantareira

O carnavalesco Dione Leite se mostrou contente com a festa realizada, tendo como satisfatório ver a alegria dos componentes. “Foi uma noite espetacular, uma noite surpreendente. O que a gente faz aqui é para a escola, é nossa arte, mas é para a agremiação. E hoje ver a cara dos componentes, a felicidade deles, não tem preço. Nós saímos de uma noite bem realizada hoje”, comemorou.

carnavalescos tucuruvi
Carnavalescos Nicolas Gonçalves e Dione Leite. Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

O outro dono da noite, Nicolas Gonçalves, exaltou a sua presença na Tucuruvi e a parceria com Dione e, de acordo com o artista, o estilo de trabalho de ambos casou de uma forma natural. “É muita gratidão estar na Tucuruvi, estreando aqui. É uma parceria com o Dione que deu super certo. Desde a criação das fantasias, a gente desenhando, pintando e confeccionando juntos… e foi de uma forma natural. Conseguimos casar os nossos estilos, os nossos pensamentos, conceitos e tudo mais. Eu acho que pode ser visto hoje o quanto carinho que a gente colocou em cada fantasia para fazer um estilo especial mesmo”, contou.

Equipe forte e explicando setores

Dione rasgou elogios à sua equipe que participou da confecção das fantasias e citou um por um, além de agradecer imensamente o gestor Rodrigo Delduque por acreditar no trabalho da dupla, dando todo o suporte necessário.

“Somos muito gratos. A equipe, esse ano, quando conversamos com o Rodrigo para fazer o projeto dos pilotos, a gente conseguiu colocar uma equipe mais profissional, além de juntar com os profissionais que já eram da casa. Vieram pessoas novas e uma equipe fantástica. A Regiane chega com um trabalho incrível de ficha técnica com uma logística muito boa, o Diego é incrível, o Augusto e o Léo Marques tem um talento maravilhoso, o Mayran, o Teco, a Meire… É um time muito coeso. É sempre importante lembrar que isso é possível porque tem alguém que acredita no projeto e esse nome é Rodrigo Delduque. É necessário ter um gestor que acredite. Que bom seria se todos pudessem ter também possibilidade de trabalhar com alguém que te dá a possibilidade de deixar sonhar”, afirmou.

tucuruvi fantasias25 20
Foto: Woody Henrique/Samba na Pista

Nicolas Gonçalves falou brevemente sobre as fantasias dentro dos setores. O profissional deu um destaque maior para o terceiro setor, que é o mais ‘pesado’ da história e também destacou o último, pois é a chegada do manto no solo brasileiro.

“A gente começa no sonho literal. Nós trazemos as cores mais para esse lado do sideral. Tem uma fala da Glicéria Tupinambá que ela debocha: ‘acho que eu sou filha da cosmologia’. A gente sonha em alcançar o universo e as galáxias para sonhar com o nosso encanto e abençoar o nosso desfile. Depois a gente conecta o céu com a terra. Vamos por esse caminho mais às terras de muito material natural. A gente vai confeccionar esse manto, trazendo todo esse colorido até explodir em um grande manto nessa revoada de pássaros. No terceiro setor a gente traz a parte mais triste da história, que é mais comovente. Nós vamos colorir isso com vermelho, mas não é o vermelho do sangue corrente. É o vermelho de um sangue que foi derramado para ser levado a esse manto. É um setor mais crítico e as fantasias refletem isso nas cores e formas para encerrar nessa explosão. No final, teremos um forte vermelho no final, que é a cor da força, da nossa luta e a cor do manto que chegou ao Brasil para resgatar nossas memórias e trazer o nosso sonho”, explicou.

Inovando com a imersão

Como citado, houve uma inovação no evento. A escola proporcionou uma imersão. A pessoa caminhava em grupos de olhos vendados sendo guiada por um membro da equipe de harmonia. Por ser um enredo indígena, a ideia era trabalhar com os sentidos humanos. Sendo assim, havia sons de florestas, cheiros típicos, caminho pela grama até chegar a uma sala escura, onde era mostrado um vídeo relacionado ao enredo. Após, todos eram guiados até o local da festa com rufo de bateria e recebimento das baianas.

tucuruvi fantasias25 7
Foto: Woody Henrique/Samba na Pista

“Os sentidos é algo muito importante. Você sentir, dependendo dos quatro sentidos humanos, é muito importante para poder construir a entrada aqui. Era exatamente a proposta, que as pessoas pudessem explorar e aflorar seus sentidos, e ao final elas pudessem entrar, como dizia ao final da imersão: ‘sejam bem-vindos ao nosso sonho’. Quando a pessoa entra aqui dentro do barracão, encontra a ferragem exposta, uma madeira aparecendo e se depara com esse cenário incrível dessa floresta dos sonhos, totalmente desconstruída com uma ideia diferente, que fala muito sobre o nosso desfile. Foi algo para a pessoa ter a oportunidade de realmente vivenciar e se realizar dentro do barracão. Nós fizemos vários testes, até a última hora nós estivemos dentro da sala e a gente tentou ser o mais perfeccionista possível para que pudesse ser real. A gente ficou feliz com o resultado”, declarou Dione

“É um carinho que a escola merece e que o samba também merece. A gente vai trabalhar cada vez mais para elevar a nossa experiência e acreditar que o carnaval sai de fora da avenida também e precisa ter essas ativações”, completou Nicolas.

Dez sambas seguem na Imperatriz após dia de eliminatória acirrada

A equipe do CARNAVALESCO acompanhou mais uma etapa da eliminatória de samba-enredo da Imperatriz para o Carnaval 2025. Abaixo, você pode conferir como passou cada parceria. * OUÇA OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de Ian Ruas: o primeiro samba da noite foi assinado pelos compositotes Ian Ruas, Caio Miranda, José Carlos, Sônia Ruas- Raxlen, David Carvalho e Tamara Miranda. Mesmo sem a presença do intérprete Bruno Ribas durante toda a primeira passada do samba, a obra passou segura e começou bem defendida por Victor Cunha e Roberta Barreto. Por falar na Roberta, ela começou dando um show cantando uma das partes mais fortes do samba, que é a chamada para o refrão de cabeça “Awo! Um brilho enfeita o seu adê!//Derrama água pra benzer//A minha Escola em procissão//Rainha, és minha devoção”. Essa é uma parte também que realça um pouco da riqueza poética que tem a obra. Outro grande destaque durante a apresentação foi o refrão principal “Tem festança no ilê//O tambor vai balançar//Iabassê serve o tom//Que o povo quer sambar//Omi tutu ao olufon, minha raiz//É nascente da Imperatriz”. Foi uma boa apresentação da parceria.

Parceria de Guga: o segundo samba da noite teve a assinatura dos poetas Guga, Josimar, Márcio André Filho, Inácio Rios, Zé Inácio e Igor Federal. O intérprete Wander Pires fez falta na apresentação. Coube ao Tuninho Junior a missão de conduzir o samba. Ele foi bem na missão de levar o samba, mas faltou um pouco de potência no palco para que fosse uma apresentação de destaque da noite. Uma das partes que o samba poderia ter rendido mais foi no refrão de meio. Já o refrão principal passou bem e foi o destaque da apresentação da parceria “Toca o alabê, dança iabá//Nas mãos da iabassê, ebó e acaça//Oni se awure trago seu adê//Pra Imperatriz incorporar no ilê”. O samba ainda vai crescer muito na disputa nas próximas semanas, pois tem uma melodia diferenciada e uma letra inspirada.

Parceria de Hélio Porto: quinto samba na noite de eliminatória da Imperatriz, teve a assinatura dos compositores Hélio Porto, Marcelo Viana, Dr Clay Ridolfi, Leandro Rosa, Rogério Oliveira e Luizinho das Camisas. Gilsinho e Charles Silva fizeram uma ótima condução do samba. A apresentação foi bem superior a última que eles fizeram no último sábado, sendo um dos destaques da noite. O samba não caiu em nenhum momento nas duas passadas. O momento de maior destaque foi no refrão “Xangôôô Xangôôô//Quando o justo de Óyo//Libertou o pai maior//Foi o fim de tanta dor”. Outro momento de destaque é na variação melódica “Gira yabasse, traz o acaça bem temperado de amor”. O refrão principal também cumpriu bem o seu papel, sendo outro destaque “Meu pai Oxalá é o rei vem nos valer//Vem nos valer meu pai Oxalá//A fé que me transborda a retina//Deságua na Leopoldina//Xeu epa babá”. Foi uma apresentação para dar confiança que podem chegar longe na disputa.

Parceria de Ricado Ferreira: a sexta parceria a passar na quadra foi composta pelos jovens compositores Ricardo Ferreira, Breno Medeiros, Arthur Gabriel, Fábio Henrique, Nego Léo e J. Kaoma. Gabriel Chocolate e Clara Vidal foram muito bem na condução da obra. Foi um dos grandes momentos da noite, pois era contagiante ver a alegria dos jovens compositores por estarem disputando samba na Imperatriz. Afirmo que foi justo a classificação da parceria, já que fizeram uma boa apresentação e o samba tem qualidade. O refrão principal passou muito bem na quadra “Vou me banhar nas águas de Oxalá//O grande Obá vai ser coroado//Ao swing dos ogãs da Leopoldina//A verdade genuína de um povo abençoado”. O samba possui uma melodia gostosa e isso fica visível no verso “Senhor funfun, prevejo um ardor”. O início da segunda parte também possui boas soluções na melodia. Parabéns garotada pela classificação!

Parceria de Me Leva: sétimo samba da noite de eliminatória teve a assinatura dos compositores Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Jorge Arthur, Daniel Paixão e Wilson Mineiro. Os intérpretes Tinga e Igor Vianna fizeram mais outra grande apresentação. O rendimento do samba foi excelente do início ao fim, mostrando que é forte candidato a ser o hino da Imperatriz para 2025. A cabeça do samba é muito forte e já começa na força “Vai começar o itan de Oxalá//Segue o cortejo funfun//Pro senhor de ifo, babá”. O refrão principal também foi outro grande destaque “Oní sáá wúre! Awure awure!//Quem governa esse terreiro ostenta seu adê//Ijexá ao pai de todos os oris//Rufam atabaques da Imperatriz”. Outro destaque da apresentação foi quando vira a melodia em “Justiça maior é de meu pai Xangô” é um momento de muita imposição e força da parceria. O refrão de meio também passou muito bem nessa excelente apresentação.

Parceria de Gabriel Coelho: o samba de número 13 teve a assinatura dos compositores Gabriel Coelho, Moisés Santiago, Luiz Brinquinho, Chicão, Miguel Dibo e Orlando Ambrósio. Os intérpretes Igor Sorriso, Wantuir e Chicao tiveram um rendimento excelente. A palavra excelente também se encaixa perfeitamente para a apresentação da parceria, que se coloca com uma das favoritas junto com o samba 7. O refrão principal teve um rendimento excelente “O ilê Imperatriz traz um banho de abô//Emoriô! Emoriô!//Afoxé tem axé pra purificar//E quem deve que se entenda com o cajado de Oxalá!”. Outra parte de destaque é no bis “É boca que tudo come//É olho que tudo vê”. O samba possui algumas variações melódicas, mas uma que chamou bastante atenção foi “O couro marcado, a veste tingida”. Depois desse verso vem outro momento que realça essa bela melodia “Ô ô Obá..//A cela do reino se faz maldição//Mazela a razão nas ruínas da lei”. Foi mais uma excelente apresentação da parceria.

Parceria de Paulo César Feital: o samba 15 tem a assinatura dos poetas Paulo César Feital, Marcelo Queiroz, Alex Saraiça, Jorginho Via 13, Yasmin do Chocalho e Léo Peres. Pixulé, com a sua bela voz, fez uma ótima condução do samba. O intérprete Daniel Silva foi importante para a apresentação dando mais potência. Foi uma boa apresentação da parceria, superior a primeira que fizeram no último sábado. Um dos destaques foi o verso de efeito que antecede ao refrão de cabeça “Oni saurê aul axé, Epa babá, epa babá”. O refrão principal foi o maior destaque nas duas passadas “Lírio branco, hortelã e flor de lis//Dando um banho de axé no meu país//Oxalufã, vem coroar//Abençoar o nosso ilê, Imperatriz”.

Parceria de Diego Thekking: o samba 19 teve a autoria dos compositores Diego Thekking, Roberto Doria, Luan imperador, Adilson Couto, Cris Dias e Professor Jandré. Léo Simpatia foi bem na condução da obra no palco. O refrão de meio foi um dos grandes destaques da parceria “ÊÊÊ gargalhada//O dono do caminho é senhor na estrada//ÊÊÊ Exú quem manda//Quem não quer ser cobrado olha por onde anda”. A cabeça do samba deixa claro que a parceria caprichou na letra “Realeza ao som dos elefantes//Berço do mundo a sombra ro Opaxorô//Faz desde caurin meu diamante//Um monumento a fé de quem nunca chorou”. O refrão principal também obteve êxito. Foi uma boa apresentação da parceria, sendo superior ao último sábado.

Parceria de Luiz Antônio Simas: um dos últimos sambas a se apresentar na noite de eliminatória em Ramos, foi dos compositores Luiz Antônio Simas, Gustavo Clarão, Guilherminho, Gigi da Estiva, Fred Camacho e Diego Nicolau. A obra foi muito bem defendida por Evandro Malandro. Aliás, o palco foi forte e potente durante toda a apresentação. O rendimento foi muito bom durante as duas passadas. A cabeça do samba foi um dos destaques “Epa babá xeu epa babá//Exu travesso no caminho de oxalá//Epa babá xeu epa babá//Nunca se esqueça do agrado de bará”. Quanto a melodia do samba vale destacar os versos “Quem reina em ifón é o obá funfun//Dobra o rum em seu louvor”. A preparação para o refrão de meio foi outro destaque com o bis no verso “Quem mandou babá não fazer o ebó”. O refrão de meio foi o momento de maior destaque, gerando muita interatividade entre os intérpretes e os compositores no palco. Foi uma apresentação valente e muito boa.

Parceria de Renan Gêmeo: A penúltima parceria da noite foi composta pelos compositores Renan Gêmeo, Raphael Richaid, Rodrigo Gêmeo, Silvio Mesquita, Sandro Compositor e Marcelo Adnet. O intérprete Celsinho Mody deu um show no palco na condução da obra. O início do samba é muito forte e foi um dos grandes destaques da apresentação “Oni Saurê Babá Saurê!//Guarda com seu alá//Todo povo do Ayê//Oni Saurê Babá Saurê!//Na luz desse cortejo//Seu axé vai me valer”. O refrão principal teve um rendimento ótimo “O filá lá ewo, o lê lêua//Imperatriz nas águas de Oxalá//No meu ibá vai reinar seu adê//Vem do orum coroar meu ilê”. Outro trunfo que a parceria tem é o refrão do meio que tem muita qualidade e tem passado muito bem na quadra. A melodia vem tendo muito êxito nas apresentações e vale a pena falar que é uma das mais diferenciadas da safra. Bela apresentação!

Presidente da Tradição fala do enredo sobre Silvio Santos, responde sobre reedição e diz: ‘enredo sobre ele foi a virada de chave’

A presidente da Tradição, escola que homenageou o comunicador Silvio Santos no Carnaval 2001, conversou com o CARNAVALESCO sobre aquele ano mágico e como foi a relação do artista com toda direção da escola de samba. De volta ao Sambódromo da Sapucaí em 2025 a Tradição anunciou seu enredo para o desfile do ano que vem. A escola escolheu “Reza”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Valente. Perguntada se mudaria o enredo para 2025, ela respondeu que não fará alteração e não pensa em reeditar, explicando que o momento de 2001 foi marcante e não teria a mesma emoção vivida naquela época.

silvio santos tradicao
Foto: Acervo Liesa

“Não vamos mudar o enredo para 2025, não penso em reeditar o Silvio Santos. Por mais que poderia fazer de outra forma, mas não seria igual, nunca com a mesma emoção vivida naquela época. O que fez história em 2001 foi um dia histórico. Ele participou de cada detalhe, viveu cada momento, todos os amigos dele estavam presentes, como Hebe e Gugu, foi marcante. Tem coisas que não voltam e o que é gratificante é ver no falecimento de um ícone, ver o desfile da Tradição. A gente não vai mudar o enredo, mas vamos ter uma homenagem no último carro, porque ele era judeu e o nosso enredo é sobre a reza”, afirmou Raphaela.

Apesar de ser criança em 2001, Raphaela Nascimento falou que tem muitas lembranças do desfile e que o pai revelou muitos detalhes da relação com Silvio Santos.

“Lembro perfeitamente. O Silvio Santos participou de cada detalhe. Ele ia no barracão visitar a construção das alegrarias com frequência. Por muitas vezes de madrugada. Na época foi levantado se ele estaria ou não no desfile, mas sempre foi certa a presença dele no desfile da Tradição. Tudo como ele queria. Meu pai na época também foi várias vezes para São Paulo trocar figurinhas com ele. O Silvio Santos abraçou a escola. E com o enredo sobre ele foi a virada de chave da tradição”, garantiu Raphaela Nascimento.

Conheça o enredo da Tradição para o Carnaval 2025

O adeus para Silvio Santos

Morreu neste sábado o empresário e apresentador Silvio Santos. Ele tinha 93 anos. Estava internado na capital paulista desde o início de agosto. A informação foi confirmada pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), emissora da qual ele era proprietário.

A família do apresentador lamentou a morte em uma publicação nas redes sociais. “Hoje o céu está alegre com a chegada do nosso amado Silvio Santos. Ele viveu 93 anos para levar felicidade e amor a todos os brasileiros. A família é muito grata ao Brasil pelos mais de 65 anos de convivência com muita alegria”, afirmou.

Nascido no Rio de Janeiro em 1930, Silvio Santos deixa seis filhas e esposa. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório. (Informações da Agência Brasil)

Pimpolhos da Grande Rio lança sinopse para o Carnaval 2025

Inspirado nos livros “Falando Tupi” de Yaguarê Yamã e o “O Tupi que você fala” de Cláudio Fragata, a Pimpolhos da Grande Rio tem o orgulho de apresentar seu enredo para o carnaval 2025: Estamos aí, falando tupi! “Uma viagem encantada pela língua tupi” é de autoria da carnavalesca, Winnie Nicolau e foi escolhida após um concurso realizado em parceria com a Universidade Estácio do Rio de Janeiro, apoiada pelo Instituto Yduqs.

pimpolhos2025

Os alunos da Graduação Tecnológica em Design Gráfico tiveram seus trabalhos avaliados pela Comissão Julgadora formada pelo corpo técnico do Curso e pelo corpo de gestão da Pimpolhos. A grande vencedora do Concurso foi a aluna Loryellen Pereira Reis. Aproveitamos para agradecer toda dedicação, apoio, parceria e coordenação do Professor Baeta, a quem a Pimpolhos da Grande Rio tem profunda admiração e gratidão. Confira a seguir a sinopse do enredo.

Enredo: “Uma viagem encantada pela língua Tupi”
Autora: Carnavalesca Winnie Nicolau

“Aposto que você sabe falar Tupi
e eu provo aqui,
Você entende quando dizem guri, jabuticaba ou jabuti?
Sabe que bicho é quando falam sagui,
tamanduá ou siri?
E sucuri, e jacaré, capivara, arara,
urubu, tucano, paca ou tatu?
Se falam cajú ou guaraná?
Sabe que fruta é, pitanga ou maracujá?
Sabe o significado da palavra abacaxi?
Então,
tudo isso é Tupi”
O Tupi que você fala- Cláudio Fragata

Um pó mágico colorido caiu como confete e serpentina no carnaval da Pimpolhos, essa magia vai levar as nossas crianças a uma viagem pela história e origem das palavras na língua Tupi.

Tupi é uma língua de fundamento que usamos até hoje, mas na verdade, vocês sabem de onde vêm as palavras em Tupi?

Vamos começar lá atrás, bem antes do tal “descobrimento” da nossa terra Brasil. Tupi é a nossa língua mãe, e a língua dos nossos povos originários. Os povos originários são os primeiros habitantes do Brasil.

Assim como em todo o Brasil, no Rio de Janeiro também habitavam povos originários, aqui viviam os Tupinambás. Eles viviam em diversas aldeias e se comunicavam através da língua Tupi. Inclusive aqui em Caxias existia uma aldeia Tupinambá, chamada “aldeia Sarapoy”.

Hoje em dia é muito fácil encontrar bairros de Caxias com o nome Tupi: Saracuruna, Jardim Anhangá, Xerém, Imbariê, Taquara.

São tantas palavras em Tupi que usamos no nosso cotidiano e não temos nem ideia. Até quando vamos falar o nome da nossa agremiação usamos uma palavra em Tupi, já que somos a Grêmio Recreativo Escola de Samba MIRIM Pimpolhos da Grande Rio, “mirim” é uma palavra em Tupi.

O Tupi é nosso!

Hoje as palavras em Tupi correm pela boca do povo, na ponta da nossa língua. Tem nome de cidades em Tupi, nomes de planta. Tem palavras em Tupi na culinária, nas frutas, têm Tupi até no nome das pessoas.

Tem a pipoca, amendoim e paçoca;
Tem tapioca, canjica e mandioca;
Tem a Tainá, o Cauê e o Cauã;
Tem maracujá, açaí e abacaxi;
O mocotó e a pamonha;
A pitanga e o jabuti;
Tem a Arara e o sabiá;
A Gamboa e o carioca.
Tem tudo isso e muito mais, no Tupi que você fala.
E sabe qual o nome disso?
É a resistência indigena!

Os povos originários são responsáveis pelo verdadeiro fundamento do nosso país, e nada melhor que a presença deles no nosso dia a dia para lembrar e reafirmar isso. Assim essas palavras seguem ecoando, resistindo por séculos e séculos mantendo nossa história viva. Isso é legado, é preservação dos povos originários.

O Tupi também nos ensina sobre cuidado e preservação da natureza, na salvação das nossas matas, dos nossos rios, do nosso bioma. Pensando o quanto isso tudo foi importante para os povos originários e segue sendo importante para todos nós.

Toiokove mitãnguéra- Viva às crianças!
Toiokove Pimpolhos- Viva Pimpolhos!

Noite de eliminatória mostra que a Tijuca tem uma das melhores safras do Carnaval 2025

A equipe do CARNAVALESCO acompanhou mais uma etapa da eliminatória de samba-enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2025. A escola divulga na segunda-feira quem está classificado para próxima fase. Abaixo, você pode conferir como passou cada parceria. * OUÇA OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de André Braga: o primeiro samba da noite teve a assinatura dos poetas André Braga, Eduardo Medrado, Kleber Rodrigues e Sandro Nery. A torcida marcou presença de forma tímida e cantou principalmente o refrão principal. Os intérpretes Bico Doce e Chitão Martins conduziram de forma segura a obra. A parceria que tem uma das letras mais inspiradas da safra, fez uma apresentação boa mas que ainda tem margem pra crescimento. Como o nível da disputa está alta, o samba precisa de uma grande apresentação para entrar na briga. A cabeça do samba foi um dos destaques da apresentação “Sou Logun- Edé//Santo menino que velho respeita//Densa neblina entre água e areia//Ilê Tijuca, é meu destino e meu axé”. Outra parte do samba que deixou uma boa impressão foi o refrão principal “Quando o ijexá firma ponto no terreiro//Sou eu o orixá comsagrado nesse chão//Porque o borel é encantamento//E o meu assentamento é na Escola do pavão”. No falso refrão de meio, apesar de ser bem bonito e poético, ele não funcionou bem na quadra.

Parceria de Sereno: a segunda parceria da noite foi composta pelos compositores Sereno, Dinny Marcelo do Ouro, André Aleixo, Ricardo Castanheira, Mano Kleber e Rogério Só Filé. A torcida marcou presença e cantou do início ao fim. Bruno Ribas conduziu muito bem a obra. Talvez, esse samba seja um dos mais melodiosos da safra, e isso foi perceptível principalmente na primeira parte do samba, como nos versos “Eu vim pra contar a minha história//Levar meu povo à sua glória//Filho do desejo e da cachoeira”. No início da segunda também segue essa linha mais melodiosa. O destaque principal foi o refrão principal que passou bem na quadra “Me chamo Logun Edé //Leva Tijuca todo meu axé //Teus inimigos não te alcançarão//Incorporei na alma do pavão”. Na segunda parte do samba, o verso “o altivo e a rebeldia” dá a impressão que fica solto, entre dois versos mais melodiosos “Sei que sou, o perigo , ousadia” e “Do morro onde sou cria abro as asas”.

Parceria de Wantuir: o terceiro samba da noite foi assinado pelos compositores Wantuir, Robson Ramos, Gege Fernandes, Vinicius Xavier, Guilherme Chokito e Rafael Lopes. A torcida fez uma festa danada, cantando o samba até o final. Wantuir e Niu Souza conduziram a obra, mostrando um ótimo entrosamento. O samba teve um rendimento muito bom, principalmente, no refrão principal “Akofá, Arô … Logun Edé //Akofá, Arô…. Logun Edé///Toca p aguerê, firma o ijexá//Desce o morro do borel pra Tijuca guerrear”. Os dois primeiros versos no refrão do meio foram bastante cantados pela torcida presente “Exú lhe transformou//Ao lado de Ogum guerreou”. Outro ponto de destaque da apresentação foi na variação melódica no verso “Êh, Bahia que aportou o axé”.

Parceria de Ricardo Bernardes: o quarto samba da noite foi dos compositores Ricardo Bernardes, Edinho, Luiz Thiago, Rogerinho, Daniel Barbosa e Maurício Amorim. A torcida marcou presença de forma tímida, mas não tirou a animação do palco que foi conduzido pelos intérpretes Celsinho Mody e Dodô Ananias. A dupla de intérpretes foi muito bem e segura. A parceria teve uma boa apresentação. Um dos motivos da boa apresentação foi a riqueza poética que tem o samba. A variação melódica na primeira parte do samba chamou atenção “Beleza que refletiu… No abebê//E quando a caça surgiu… Agiu ofá”. Outra variação melódica que chamou atenção foi “Rufam ilús pra saudar a realeza//O santo menino que velho respeita”. O refrão principal também passou animado no palco.

Parceria de Beto do Pandeiro: A quinta parceria da noite de eliminatória tijucana foi assinada pelos compositores Beto do Pandeiro, Henrique Badá, Alace Machado, Gilmar L. Silva, Wagner Zanco e Adir Senna. A torcida contou uma apresentação cênica que chamou atenção de quem estava assistindo. A obra foi valente, mas o rendimento oscilou principalmente na segunda parte do samba, talvez por ser grande demais. Uma das partes de destaque foi o refrão de meio bem pequeno “Loci Loci! Menino orixá//Tenho saber pra velho respeitar”. O refrão principal passou de forma satisfatória na quadra.

Parceria de Lico Monteiro: a sexta parceria foi formada pelos compositores Lico Monteiro, Leandro Thomaz, Telmo Augusto, Gigi da Estiva, Jefferson Oliveira, Marcelo Lepiane e Washington Lopes Freitas. A torcida compareceu em peso e continuou com o canto forte mesmo após o término da apresentação. Wander Pires foi bem demais na condução do samba com o seu ótimo palco. O rendimento da obra foi excelente e não caiu em nenhum momento. O refrão principal foi berrado pela torcida e por adeptos que estavam assistindo a apresentação. O refrão é fortíssimo “Toca o agueré akofá erô//Ifá confirmou vai dar Tijuca//Respeita quem é cria do Borel (do meu Borel”. Outro ponto de grande destaque foi a preparação para a chamada para o refrão de cabeça “Favela! A juventude é liberdade//preta africanidade é a virtude da nação//Óh meu pavão, veste o branco de Oxalá…//Seu legado será imortal”.O samba também tem uma riqueza melódica perceptível na parte “E pelo mar (Odoyá)//A maré do desengano//corre para o oceano//travessia encantada”.

Parceria de Anitta: sétimo samba da noite foi assinado pelos compositores Anitta, Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho e Diego Nicolau. A torcida marcou presença em grande número e deu um show de animação. Igor Sorriso fez uma ótima condução do samba e contou com um palco muito qualificado. A apresentação teve uma forte comunicação com o palco e o foi mais um samba com um grande rendimento. O refrão de meio passou bem demais “Oakofaê, odoiá// Oakofaê, desbravei o mar/ Não ando sozinho montei no cavalo marinho// bri caminho pro povo de ijexá. O refrão de cabeça não ficou atrás e também deu conta do recado, impulsionando a torcida. Fica evidente a riqueza poética que tem a obra, tanto na primeira parte do samba quanto na segunda. A preparação para o refrão do meio é ótima” Com brilho imenso, desafio o consenso// Inquieto e intenso//Sou Logun Edé”.

Parceria de Júlio Alves: A oitava parceria da noite foi composta pelos poetas Júlio Alves, Totonho, Fadico, Dudu, Chico Alves e Cláudio Russo. A torcida veio numerosa e cantou bastante do início ao fim. Tinga e Pitty de Menezes deram mais um show no palco, contribuindo para que o rendimento do samba fosse impressionante. O refrão principal levantou a galera “Aê Abaissá fará Logun fá//Aê Abaissá fará logun fá//Guardiã do meu destino//A Tijuca tem Axé//Loci Loci Logun Edé”. A chamada para o refrão de cabeça é fortíssima “O santo menino que velho respeita//Cria das vielas do Borel//Na paz de Oxalá incorpora na São Miguel//Pra revolucionar incorpora na São Miguel”. O falso refrão de meio também passou muito bem e foi outro ponto de destaque. E antes desse falso refrão do meio, vinham dois versos que impuseram mais força ainda no samba “Ilexá preparou omolocum//Ijexá no tambor, um baticum”.

Parceria de Gabriel Machado: A penúltima parceria da noite foi composta pelos poetas Gabriel Machado, Julio Pagé, Valtinho Botafogo, Jorge Mathias e Robson Bastos. A torcida foi animada do início ao fim e contribuiu para a ótima apresentação da parceria. O intérprete da Mocidade, Zé Paulo, foi outro trunfo, pois ele simplesmente arrebentou, junto com o palco. Aliás, estao fazendo um trabalho muito bom de palco. O rendimento do samba foi ótimo e mostra que podem chegar o mais longe possível na disputa. A levada da obra é gostosa e flui bem demais. O refrão principal levantou a torcida “Loci Loci, meu pai// Quando o morro descer//Vai ter xirê, vai ter xirê/ Loci loci, meu pai//Quando o morro descer//Vai ter mandinga da Tijuca no ilê”. A cabeça do samba realça um pouco da riqueza poética que a obra possui “Orunmilá anunciou//No olho d’agua derramou o seu axé// akofá, Logun Edé!///Nasceu o filho de Oxum e Erinlé”. A levada do refrão de meio merece um bom destaque também pela levada que tem e por ter passado bem.

Parceria de Leandro Gaúcho: A última obra a se apresentar foi assinada pelos compositores Leandro Gaúcho, Chacal do Sax, Luciano Fogaça, Simões Feiju, Miguel Dibo e Léo Freire. A torcida marcou presença de forma tímida, mas os poucos cantaram durante toda a apresentação. O excelente Evandro Malandro e o talentoso Rafael Tinguinha foram bem na condução do samba. Uma das obras de mais qualidade da safra, tem feito apresentações sólidas mas que ainda tem margem para crescimento. O refrão principal passou muito bem “Aceita meu ojá, aceita meu quelê!//Sou Unidos da Tijuca, de ofá e abebê!//Akofá olwuaô! Firma ponto no Agueré!//Meu pavão é a força de Logun Edé!”. O início do refrão de meio levanta a torcida “Ae abaissá! Logun ê ê, á!”. A variação melódica “Nos búzios foi ifá quem revelou//Um dia é da caça, outro é do caçador” chama atenção mas apenas uma das várias variações que o samba tem. É uma obra que tanto a letra quanto a melodia são destaques.

Três parcerias se destacam na primeira eliminatória de samba da Beija-Flor

A equipe do CARNAVALESCO acompanhou a primeira eliminatória de samba-enredo da Beija-Flor, em Nilópolis, para o Carnaval 2025. A parceria de rnaldo Matheus, Muca, Ted Carvalho. R. Simpatia, Flavio Avellar e Helio Brito foi eliminada da disputa. Abaixo, você pode conferir como passou cada parceria. * OUÇA OS SAMBAS CLASSIFICADOS

Parceria de Rodrigo Cavanha: A primeira obra da noite foi composta por Rodrigo Cavanha, Mauro Naval, Gylnei Bueno, Jorge Matias, Alí Gringo e Doguinho, sendo muito bem cantada e defendida por Pixulé e companhia. Empolgou sua torcida e alguns componentes na quadra, tendo os refrões como seu ponto alto, em especial o segundo, e também alguns trechos, como o do início cujo verso é a expressão “veje bem”, marca de Laíla, e a parte final que cresce para o refrão final: “Comunidade bate no peito/impõe respeito/Como o mestre ensinou/Oh mestre e griô, olhai por nós/Soberana seja a nossa voz”.

Parceria de Júnior PQD: Em seguida, foi a parceria de Júnior PQD, Nando Souza, Robinho Donozo, Nathan Walace, Daniel Colete e Andrezinho da Beija-Flor. A parceria foi defendida por Daniel Colete, bem em todos os momentos do samba, tendo como grande destaque o refrão final pegando o título como início do mesmo. A segunda parte do samba também teve muito destaque no momento da apresentação, animando bem a torcida presente.

Parceria de Serginho Sumaré: O samba composto por Serginho Sumaré, Marcelo Guimarães, Rogério da Mata, Neilson Oliveira, Léo Freire e Ademir empolgou bastante a torcida da obra, que cantou junto do carro de som. O samba começou pedindo licença, e teve bons momentos de melodia e ritmo, como uma interessante repetição final em dois versos antes do refrão do meio, “Minha escola foi a vida / presente dos orixás / Eparrei, kabecilê, meu pai / presente dos orixás”.

Parceria de Raymundo Venâncio: A quarta apresentação da noite teve composição de Raymundo Venâncio, Toninho Z10 e Erasmo Vasconcelos. Um samba bem poético e bem defendido por Ciganerey e seus auxiliares, com versos bem explícitos remetendo a carnavais e outras realizações de Laíla no mundo do samba, com a segunda parte chamando bem atenção destes momentos. Apesar da boa apresentação e reação da torcida, o samba não empolgou tanto outros componentes presentes na quadra.

Parceria de Xande de Pilares: Com composição de Xande de Pilares, Igor Leal, Nurynho Almawi, Sormany, Cabeça Vinícius e Felipe Mussili a obra foi defendida por Igor Sorriso. Após alguns percalços com os microfones no início a apresentação seguiu sem sustos, com a torcida do samba bem empolgada, assim como alguns componentes pela quadra. A composição tem muitos bons momentos de forma geral, crescendo muito nos versos “Nilópolis canta pra manter acesa a chama/Tá eternizado esse legado/Eu e minha Deusa Soberana!”, que encaminham para o fim da segunda parte da obra.

Parceria de Edson Jacaré: Sexta apresentação da noite foi escrita por Edson Jacaré, Egildo de Nilópolis, Rogério Fabiano, Jr. Billy Mandy, Mestre Dudu 7 e Jorge Aila. A obra foi bem defendida pelo carro de som, que conduziu muito bem, e teve o refrão final como destaque na apresentação da parceria. Apesar de pequena em tamanho, a torcida cantou bem o samba, que empolgou alguns componentes presentes na quadra.

Parceria de Diogo Rosa: A obra de Diogo Rosa, Julio Assis, Diego Oliveira, Manolo, Julio Alves e Léo do Piso. Sétima da noite, a obra foi magistralmente defendida por Tinga e pelos cantores auxiliares, com uma participação de torcida forte e de outros componentes presentes na quadra também. Tendo os dois refrãos como destaque foram os momentos onde a torcida pegava o fôlego e energia para continuar a cantar.

Parceria de Kirraizinho: Parceria de Kirraizinho, Dr. Rogério, Ronaldo Nunes, Clay Ridolfi, Miguel Dibo, Ramon via 13. Comandado principalmente por Pitty de Menezes e Charles Silva, a parceira também se destacou na noite, sendo bem defendido por eles, num conjunto que contou também com Igor Vianna e Tem-Tem Jr. Com muitos momentos de destaque na apresentação, diversos versos tanto na primeira, quanto na segunda parte chamaram a atenção durante a apresentação da obra, além de claro, os refrãos. O samba teve torcida forte presente que cantou junto e também empolgou alguns dos presentes na quadra.

Parceria de Alceu Maia: O samba de Alceu Maia, Bertolo, Moisés Kadinho, Almyr Moreira, Sérgio Beto Português e Zé Branco foi o nono da noite na Beija-Flor. Com uma letra bem interessante, teve bons momentos como o falso refrão no meio da obra e a subida para o refrão final, sendo a obra cantada pela torcida, tendo uma boa apresentação de forma geral, porém o público da quadra não chegou junto com a mesma.

Parceria de Romulo Massacesi: A obra foi composta por Romulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar, Centeno, Ailson Picanço, Gladiador e Felipe Sena. Décima apresentação da noite foi o último grande destaque da noite de apresentações. Evandro Malandro e Nino do Milênio arrepiaram a torcida e os componentes enquanto defendiam o samba, que teve grandes momentos e versos empolgavam como “Chama João pra matar a saudade/vem comandar sua comunidade”, como exemplo.

Parceria de Sidney de Pilares: Composto por Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, Marcelo Lepiane, Valtinho Botafogo, João Conga e Dr. André Lima. A última parceria da noite passou muito bem e encerrou a noite com animação. Comandada por Zé Paulo Sierra, o samba foi bem defendido por ele e pelo carro de som, com uma obra com versos chamativos e remetendo bem a história de Laíla. Com a torcida animada, levantou também alguns componentes ainda presentes na quadra.

Mangueira 2025: samba da parceria de Patrícia Mendanha

Compositores: Patrícia Mendanha, Márcio Oliveira, Marcelo Marrom, Marquinho Valério, Nurynho Almawi, Vinícius da Toka

CHEGOU MANGUEIRA
HOJE O MEU SAMBA CANTA A ANCESTRALIDADE
A ESTAÇÃO PRIMEIRA NA MARCAÇÃO É AFRICANIDADE A HISTÓRIA DO CICLO BAKONGO
DESEMBARCA NO CAIS DO VALONGO
VAMOS RESGATAR
A MEMÓRIA QUE AQUI CHEGOU
NAS ÁGUAS DA KALUNGA GRANDE
MÃE ÁFRICA NOS PRESENTEOU
E A LUZ VITORIOSA DE UM POVO
AS NOSSAS VIDAS SEMPRE ILUMINOU

A TRAJETÓRIA TEM A FORÇA DE KAVUNGO
A REGÊNCIA DE KAIANGO E A GARRA DO IRMÃO EM CADA TRIBO O ABRIGO DE UM QUILOMBO
NA NEGRITUDE A GRANDE NAÇÃO

SOU REI
E NUM PALÁCIO VERDE E ROSA EU VI O AMOR A MINHA IMAGEM REFLETIDA EM SUA COR NO ABRAÇO CARIOCA UM ELO VENCEDOR
A FLOR DA TERRA DESABROCHA NESTE CHÃO
BRILHOU NA FORÇA VITAL O PODER DA CRIAÇÃO
INQUICE MACUMBA KIMBANDA NA FÉ DE LEMBARANGANGA
LUNDU É KIZOMBA NOS ZUNGUS
UM BANHO DE DENDÊ PARA PURIFICAR
NO QUIABO A PROTEÇÃO REALÇA O PALADAR
AO CARNAVAL EU PEÇO AWETO
A NOSSA FESTA É EM LOUVAÇÃO AO POVO PRETO

SOU DESCENDENTE DE MANGUEIRA
HERDEIRO DE UMA LUTA ANCESTRAL A VOZ DA RESISTÊNCIA BRASILEIRA SOU BANTU SOU RAIZ SOU IMORTAL