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Pimpolhos da Grande Rio lança sinopse para o Carnaval 2025

Inspirado nos livros “Falando Tupi” de Yaguarê Yamã e o “O Tupi que você fala” de Cláudio Fragata, a Pimpolhos da Grande Rio tem o orgulho de apresentar seu enredo para o carnaval 2025: Estamos aí, falando tupi! “Uma viagem encantada pela língua tupi” é de autoria da carnavalesca, Winnie Nicolau e foi escolhida após um concurso realizado em parceria com a Universidade Estácio do Rio de Janeiro, apoiada pelo Instituto Yduqs.

pimpolhos2025

Os alunos da Graduação Tecnológica em Design Gráfico tiveram seus trabalhos avaliados pela Comissão Julgadora formada pelo corpo técnico do Curso e pelo corpo de gestão da Pimpolhos. A grande vencedora do Concurso foi a aluna Loryellen Pereira Reis. Aproveitamos para agradecer toda dedicação, apoio, parceria e coordenação do Professor Baeta, a quem a Pimpolhos da Grande Rio tem profunda admiração e gratidão. Confira a seguir a sinopse do enredo.

Enredo: “Uma viagem encantada pela língua Tupi”
Autora: Carnavalesca Winnie Nicolau

“Aposto que você sabe falar Tupi
e eu provo aqui,
Você entende quando dizem guri, jabuticaba ou jabuti?
Sabe que bicho é quando falam sagui,
tamanduá ou siri?
E sucuri, e jacaré, capivara, arara,
urubu, tucano, paca ou tatu?
Se falam cajú ou guaraná?
Sabe que fruta é, pitanga ou maracujá?
Sabe o significado da palavra abacaxi?
Então,
tudo isso é Tupi”
O Tupi que você fala- Cláudio Fragata

Um pó mágico colorido caiu como confete e serpentina no carnaval da Pimpolhos, essa magia vai levar as nossas crianças a uma viagem pela história e origem das palavras na língua Tupi.

Tupi é uma língua de fundamento que usamos até hoje, mas na verdade, vocês sabem de onde vêm as palavras em Tupi?

Vamos começar lá atrás, bem antes do tal “descobrimento” da nossa terra Brasil. Tupi é a nossa língua mãe, e a língua dos nossos povos originários. Os povos originários são os primeiros habitantes do Brasil.

Assim como em todo o Brasil, no Rio de Janeiro também habitavam povos originários, aqui viviam os Tupinambás. Eles viviam em diversas aldeias e se comunicavam através da língua Tupi. Inclusive aqui em Caxias existia uma aldeia Tupinambá, chamada “aldeia Sarapoy”.

Hoje em dia é muito fácil encontrar bairros de Caxias com o nome Tupi: Saracuruna, Jardim Anhangá, Xerém, Imbariê, Taquara.

São tantas palavras em Tupi que usamos no nosso cotidiano e não temos nem ideia. Até quando vamos falar o nome da nossa agremiação usamos uma palavra em Tupi, já que somos a Grêmio Recreativo Escola de Samba MIRIM Pimpolhos da Grande Rio, “mirim” é uma palavra em Tupi.

O Tupi é nosso!

Hoje as palavras em Tupi correm pela boca do povo, na ponta da nossa língua. Tem nome de cidades em Tupi, nomes de planta. Tem palavras em Tupi na culinária, nas frutas, têm Tupi até no nome das pessoas.

Tem a pipoca, amendoim e paçoca;
Tem tapioca, canjica e mandioca;
Tem a Tainá, o Cauê e o Cauã;
Tem maracujá, açaí e abacaxi;
O mocotó e a pamonha;
A pitanga e o jabuti;
Tem a Arara e o sabiá;
A Gamboa e o carioca.
Tem tudo isso e muito mais, no Tupi que você fala.
E sabe qual o nome disso?
É a resistência indigena!

Os povos originários são responsáveis pelo verdadeiro fundamento do nosso país, e nada melhor que a presença deles no nosso dia a dia para lembrar e reafirmar isso. Assim essas palavras seguem ecoando, resistindo por séculos e séculos mantendo nossa história viva. Isso é legado, é preservação dos povos originários.

O Tupi também nos ensina sobre cuidado e preservação da natureza, na salvação das nossas matas, dos nossos rios, do nosso bioma. Pensando o quanto isso tudo foi importante para os povos originários e segue sendo importante para todos nós.

Toiokove mitãnguéra- Viva às crianças!
Toiokove Pimpolhos- Viva Pimpolhos!

Noite de eliminatória mostra que a Tijuca tem uma das melhores safras do Carnaval 2025

A equipe do CARNAVALESCO acompanhou mais uma etapa da eliminatória de samba-enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2025. A escola divulga na segunda-feira quem está classificado para próxima fase. Abaixo, você pode conferir como passou cada parceria. * OUÇA OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de André Braga: o primeiro samba da noite teve a assinatura dos poetas André Braga, Eduardo Medrado, Kleber Rodrigues e Sandro Nery. A torcida marcou presença de forma tímida e cantou principalmente o refrão principal. Os intérpretes Bico Doce e Chitão Martins conduziram de forma segura a obra. A parceria que tem uma das letras mais inspiradas da safra, fez uma apresentação boa mas que ainda tem margem pra crescimento. Como o nível da disputa está alta, o samba precisa de uma grande apresentação para entrar na briga. A cabeça do samba foi um dos destaques da apresentação “Sou Logun- Edé//Santo menino que velho respeita//Densa neblina entre água e areia//Ilê Tijuca, é meu destino e meu axé”. Outra parte do samba que deixou uma boa impressão foi o refrão principal “Quando o ijexá firma ponto no terreiro//Sou eu o orixá comsagrado nesse chão//Porque o borel é encantamento//E o meu assentamento é na Escola do pavão”. No falso refrão de meio, apesar de ser bem bonito e poético, ele não funcionou bem na quadra.

Parceria de Sereno: a segunda parceria da noite foi composta pelos compositores Sereno, Dinny Marcelo do Ouro, André Aleixo, Ricardo Castanheira, Mano Kleber e Rogério Só Filé. A torcida marcou presença e cantou do início ao fim. Bruno Ribas conduziu muito bem a obra. Talvez, esse samba seja um dos mais melodiosos da safra, e isso foi perceptível principalmente na primeira parte do samba, como nos versos “Eu vim pra contar a minha história//Levar meu povo à sua glória//Filho do desejo e da cachoeira”. No início da segunda também segue essa linha mais melodiosa. O destaque principal foi o refrão principal que passou bem na quadra “Me chamo Logun Edé //Leva Tijuca todo meu axé //Teus inimigos não te alcançarão//Incorporei na alma do pavão”. Na segunda parte do samba, o verso “o altivo e a rebeldia” dá a impressão que fica solto, entre dois versos mais melodiosos “Sei que sou, o perigo , ousadia” e “Do morro onde sou cria abro as asas”.

Parceria de Wantuir: o terceiro samba da noite foi assinado pelos compositores Wantuir, Robson Ramos, Gege Fernandes, Vinicius Xavier, Guilherme Chokito e Rafael Lopes. A torcida fez uma festa danada, cantando o samba até o final. Wantuir e Niu Souza conduziram a obra, mostrando um ótimo entrosamento. O samba teve um rendimento muito bom, principalmente, no refrão principal “Akofá, Arô … Logun Edé //Akofá, Arô…. Logun Edé///Toca p aguerê, firma o ijexá//Desce o morro do borel pra Tijuca guerrear”. Os dois primeiros versos no refrão do meio foram bastante cantados pela torcida presente “Exú lhe transformou//Ao lado de Ogum guerreou”. Outro ponto de destaque da apresentação foi na variação melódica no verso “Êh, Bahia que aportou o axé”.

Parceria de Ricardo Bernardes: o quarto samba da noite foi dos compositores Ricardo Bernardes, Edinho, Luiz Thiago, Rogerinho, Daniel Barbosa e Maurício Amorim. A torcida marcou presença de forma tímida, mas não tirou a animação do palco que foi conduzido pelos intérpretes Celsinho Mody e Dodô Ananias. A dupla de intérpretes foi muito bem e segura. A parceria teve uma boa apresentação. Um dos motivos da boa apresentação foi a riqueza poética que tem o samba. A variação melódica na primeira parte do samba chamou atenção “Beleza que refletiu… No abebê//E quando a caça surgiu… Agiu ofá”. Outra variação melódica que chamou atenção foi “Rufam ilús pra saudar a realeza//O santo menino que velho respeita”. O refrão principal também passou animado no palco.

Parceria de Beto do Pandeiro: A quinta parceria da noite de eliminatória tijucana foi assinada pelos compositores Beto do Pandeiro, Henrique Badá, Alace Machado, Gilmar L. Silva, Wagner Zanco e Adir Senna. A torcida contou uma apresentação cênica que chamou atenção de quem estava assistindo. A obra foi valente, mas o rendimento oscilou principalmente na segunda parte do samba, talvez por ser grande demais. Uma das partes de destaque foi o refrão de meio bem pequeno “Loci Loci! Menino orixá//Tenho saber pra velho respeitar”. O refrão principal passou de forma satisfatória na quadra.

Parceria de Lico Monteiro: a sexta parceria foi formada pelos compositores Lico Monteiro, Leandro Thomaz, Telmo Augusto, Gigi da Estiva, Jefferson Oliveira, Marcelo Lepiane e Washington Lopes Freitas. A torcida compareceu em peso e continuou com o canto forte mesmo após o término da apresentação. Wander Pires foi bem demais na condução do samba com o seu ótimo palco. O rendimento da obra foi excelente e não caiu em nenhum momento. O refrão principal foi berrado pela torcida e por adeptos que estavam assistindo a apresentação. O refrão é fortíssimo “Toca o agueré akofá erô//Ifá confirmou vai dar Tijuca//Respeita quem é cria do Borel (do meu Borel”. Outro ponto de grande destaque foi a preparação para a chamada para o refrão de cabeça “Favela! A juventude é liberdade//preta africanidade é a virtude da nação//Óh meu pavão, veste o branco de Oxalá…//Seu legado será imortal”.O samba também tem uma riqueza melódica perceptível na parte “E pelo mar (Odoyá)//A maré do desengano//corre para o oceano//travessia encantada”.

Parceria de Anitta: sétimo samba da noite foi assinado pelos compositores Anitta, Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho e Diego Nicolau. A torcida marcou presença em grande número e deu um show de animação. Igor Sorriso fez uma ótima condução do samba e contou com um palco muito qualificado. A apresentação teve uma forte comunicação com o palco e o foi mais um samba com um grande rendimento. O refrão de meio passou bem demais “Oakofaê, odoiá// Oakofaê, desbravei o mar/ Não ando sozinho montei no cavalo marinho// bri caminho pro povo de ijexá. O refrão de cabeça não ficou atrás e também deu conta do recado, impulsionando a torcida. Fica evidente a riqueza poética que tem a obra, tanto na primeira parte do samba quanto na segunda. A preparação para o refrão do meio é ótima” Com brilho imenso, desafio o consenso// Inquieto e intenso//Sou Logun Edé”.

Parceria de Júlio Alves: A oitava parceria da noite foi composta pelos poetas Júlio Alves, Totonho, Fadico, Dudu, Chico Alves e Cláudio Russo. A torcida veio numerosa e cantou bastante do início ao fim. Tinga e Pitty de Menezes deram mais um show no palco, contribuindo para que o rendimento do samba fosse impressionante. O refrão principal levantou a galera “Aê Abaissá fará Logun fá//Aê Abaissá fará logun fá//Guardiã do meu destino//A Tijuca tem Axé//Loci Loci Logun Edé”. A chamada para o refrão de cabeça é fortíssima “O santo menino que velho respeita//Cria das vielas do Borel//Na paz de Oxalá incorpora na São Miguel//Pra revolucionar incorpora na São Miguel”. O falso refrão de meio também passou muito bem e foi outro ponto de destaque. E antes desse falso refrão do meio, vinham dois versos que impuseram mais força ainda no samba “Ilexá preparou omolocum//Ijexá no tambor, um baticum”.

Parceria de Gabriel Machado: A penúltima parceria da noite foi composta pelos poetas Gabriel Machado, Julio Pagé, Valtinho Botafogo, Jorge Mathias e Robson Bastos. A torcida foi animada do início ao fim e contribuiu para a ótima apresentação da parceria. O intérprete da Mocidade, Zé Paulo, foi outro trunfo, pois ele simplesmente arrebentou, junto com o palco. Aliás, estao fazendo um trabalho muito bom de palco. O rendimento do samba foi ótimo e mostra que podem chegar o mais longe possível na disputa. A levada da obra é gostosa e flui bem demais. O refrão principal levantou a torcida “Loci Loci, meu pai// Quando o morro descer//Vai ter xirê, vai ter xirê/ Loci loci, meu pai//Quando o morro descer//Vai ter mandinga da Tijuca no ilê”. A cabeça do samba realça um pouco da riqueza poética que a obra possui “Orunmilá anunciou//No olho d’agua derramou o seu axé// akofá, Logun Edé!///Nasceu o filho de Oxum e Erinlé”. A levada do refrão de meio merece um bom destaque também pela levada que tem e por ter passado bem.

Parceria de Leandro Gaúcho: A última obra a se apresentar foi assinada pelos compositores Leandro Gaúcho, Chacal do Sax, Luciano Fogaça, Simões Feiju, Miguel Dibo e Léo Freire. A torcida marcou presença de forma tímida, mas os poucos cantaram durante toda a apresentação. O excelente Evandro Malandro e o talentoso Rafael Tinguinha foram bem na condução do samba. Uma das obras de mais qualidade da safra, tem feito apresentações sólidas mas que ainda tem margem para crescimento. O refrão principal passou muito bem “Aceita meu ojá, aceita meu quelê!//Sou Unidos da Tijuca, de ofá e abebê!//Akofá olwuaô! Firma ponto no Agueré!//Meu pavão é a força de Logun Edé!”. O início do refrão de meio levanta a torcida “Ae abaissá! Logun ê ê, á!”. A variação melódica “Nos búzios foi ifá quem revelou//Um dia é da caça, outro é do caçador” chama atenção mas apenas uma das várias variações que o samba tem. É uma obra que tanto a letra quanto a melodia são destaques.

Três parcerias se destacam na primeira eliminatória de samba da Beija-Flor

A equipe do CARNAVALESCO acompanhou a primeira eliminatória de samba-enredo da Beija-Flor, em Nilópolis, para o Carnaval 2025. A parceria de rnaldo Matheus, Muca, Ted Carvalho. R. Simpatia, Flavio Avellar e Helio Brito foi eliminada da disputa. Abaixo, você pode conferir como passou cada parceria. * OUÇA OS SAMBAS CLASSIFICADOS

Parceria de Rodrigo Cavanha: A primeira obra da noite foi composta por Rodrigo Cavanha, Mauro Naval, Gylnei Bueno, Jorge Matias, Alí Gringo e Doguinho, sendo muito bem cantada e defendida por Pixulé e companhia. Empolgou sua torcida e alguns componentes na quadra, tendo os refrões como seu ponto alto, em especial o segundo, e também alguns trechos, como o do início cujo verso é a expressão “veje bem”, marca de Laíla, e a parte final que cresce para o refrão final: “Comunidade bate no peito/impõe respeito/Como o mestre ensinou/Oh mestre e griô, olhai por nós/Soberana seja a nossa voz”.

Parceria de Júnior PQD: Em seguida, foi a parceria de Júnior PQD, Nando Souza, Robinho Donozo, Nathan Walace, Daniel Colete e Andrezinho da Beija-Flor. A parceria foi defendida por Daniel Colete, bem em todos os momentos do samba, tendo como grande destaque o refrão final pegando o título como início do mesmo. A segunda parte do samba também teve muito destaque no momento da apresentação, animando bem a torcida presente.

Parceria de Serginho Sumaré: O samba composto por Serginho Sumaré, Marcelo Guimarães, Rogério da Mata, Neilson Oliveira, Léo Freire e Ademir empolgou bastante a torcida da obra, que cantou junto do carro de som. O samba começou pedindo licença, e teve bons momentos de melodia e ritmo, como uma interessante repetição final em dois versos antes do refrão do meio, “Minha escola foi a vida / presente dos orixás / Eparrei, kabecilê, meu pai / presente dos orixás”.

Parceria de Raymundo Venâncio: A quarta apresentação da noite teve composição de Raymundo Venâncio, Toninho Z10 e Erasmo Vasconcelos. Um samba bem poético e bem defendido por Ciganerey e seus auxiliares, com versos bem explícitos remetendo a carnavais e outras realizações de Laíla no mundo do samba, com a segunda parte chamando bem atenção destes momentos. Apesar da boa apresentação e reação da torcida, o samba não empolgou tanto outros componentes presentes na quadra.

Parceria de Xande de Pilares: Com composição de Xande de Pilares, Igor Leal, Nurynho Almawi, Sormany, Cabeça Vinícius e Felipe Mussili a obra foi defendida por Igor Sorriso. Após alguns percalços com os microfones no início a apresentação seguiu sem sustos, com a torcida do samba bem empolgada, assim como alguns componentes pela quadra. A composição tem muitos bons momentos de forma geral, crescendo muito nos versos “Nilópolis canta pra manter acesa a chama/Tá eternizado esse legado/Eu e minha Deusa Soberana!”, que encaminham para o fim da segunda parte da obra.

Parceria de Edson Jacaré: Sexta apresentação da noite foi escrita por Edson Jacaré, Egildo de Nilópolis, Rogério Fabiano, Jr. Billy Mandy, Mestre Dudu 7 e Jorge Aila. A obra foi bem defendida pelo carro de som, que conduziu muito bem, e teve o refrão final como destaque na apresentação da parceria. Apesar de pequena em tamanho, a torcida cantou bem o samba, que empolgou alguns componentes presentes na quadra.

Parceria de Diogo Rosa: A obra de Diogo Rosa, Julio Assis, Diego Oliveira, Manolo, Julio Alves e Léo do Piso. Sétima da noite, a obra foi magistralmente defendida por Tinga e pelos cantores auxiliares, com uma participação de torcida forte e de outros componentes presentes na quadra também. Tendo os dois refrãos como destaque foram os momentos onde a torcida pegava o fôlego e energia para continuar a cantar.

Parceria de Kirraizinho: Parceria de Kirraizinho, Dr. Rogério, Ronaldo Nunes, Clay Ridolfi, Miguel Dibo, Ramon via 13. Comandado principalmente por Pitty de Menezes e Charles Silva, a parceira também se destacou na noite, sendo bem defendido por eles, num conjunto que contou também com Igor Vianna e Tem-Tem Jr. Com muitos momentos de destaque na apresentação, diversos versos tanto na primeira, quanto na segunda parte chamaram a atenção durante a apresentação da obra, além de claro, os refrãos. O samba teve torcida forte presente que cantou junto e também empolgou alguns dos presentes na quadra.

Parceria de Alceu Maia: O samba de Alceu Maia, Bertolo, Moisés Kadinho, Almyr Moreira, Sérgio Beto Português e Zé Branco foi o nono da noite na Beija-Flor. Com uma letra bem interessante, teve bons momentos como o falso refrão no meio da obra e a subida para o refrão final, sendo a obra cantada pela torcida, tendo uma boa apresentação de forma geral, porém o público da quadra não chegou junto com a mesma.

Parceria de Romulo Massacesi: A obra foi composta por Romulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar, Centeno, Ailson Picanço, Gladiador e Felipe Sena. Décima apresentação da noite foi o último grande destaque da noite de apresentações. Evandro Malandro e Nino do Milênio arrepiaram a torcida e os componentes enquanto defendiam o samba, que teve grandes momentos e versos empolgavam como “Chama João pra matar a saudade/vem comandar sua comunidade”, como exemplo.

Parceria de Sidney de Pilares: Composto por Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, Marcelo Lepiane, Valtinho Botafogo, João Conga e Dr. André Lima. A última parceria da noite passou muito bem e encerrou a noite com animação. Comandada por Zé Paulo Sierra, o samba foi bem defendido por ele e pelo carro de som, com uma obra com versos chamativos e remetendo bem a história de Laíla. Com a torcida animada, levantou também alguns componentes ainda presentes na quadra.

Mangueira 2025: samba da parceria de Patrícia Mendanha

Compositores: Patrícia Mendanha, Márcio Oliveira, Marcelo Marrom, Marquinho Valério, Nurynho Almawi, Vinícius da Toka

CHEGOU MANGUEIRA
HOJE O MEU SAMBA CANTA A ANCESTRALIDADE
A ESTAÇÃO PRIMEIRA NA MARCAÇÃO É AFRICANIDADE A HISTÓRIA DO CICLO BAKONGO
DESEMBARCA NO CAIS DO VALONGO
VAMOS RESGATAR
A MEMÓRIA QUE AQUI CHEGOU
NAS ÁGUAS DA KALUNGA GRANDE
MÃE ÁFRICA NOS PRESENTEOU
E A LUZ VITORIOSA DE UM POVO
AS NOSSAS VIDAS SEMPRE ILUMINOU

A TRAJETÓRIA TEM A FORÇA DE KAVUNGO
A REGÊNCIA DE KAIANGO E A GARRA DO IRMÃO EM CADA TRIBO O ABRIGO DE UM QUILOMBO
NA NEGRITUDE A GRANDE NAÇÃO

SOU REI
E NUM PALÁCIO VERDE E ROSA EU VI O AMOR A MINHA IMAGEM REFLETIDA EM SUA COR NO ABRAÇO CARIOCA UM ELO VENCEDOR
A FLOR DA TERRA DESABROCHA NESTE CHÃO
BRILHOU NA FORÇA VITAL O PODER DA CRIAÇÃO
INQUICE MACUMBA KIMBANDA NA FÉ DE LEMBARANGANGA
LUNDU É KIZOMBA NOS ZUNGUS
UM BANHO DE DENDÊ PARA PURIFICAR
NO QUIABO A PROTEÇÃO REALÇA O PALADAR
AO CARNAVAL EU PEÇO AWETO
A NOSSA FESTA É EM LOUVAÇÃO AO POVO PRETO

SOU DESCENDENTE DE MANGUEIRA
HERDEIRO DE UMA LUTA ANCESTRAL A VOZ DA RESISTÊNCIA BRASILEIRA SOU BANTU SOU RAIZ SOU IMORTAL

Mangueira 2025: samba da parceria de Amaury Queiroz

Compositores: Amaury Queiroz, Dulce Santos, Jaque Guedes, Jorge Matias, Lúcio Mariano e Valney

Mangueira vem mostrar na avenida África Negra o povo banto ancestral
Arvore mãe fonte da sabedoria
Iluminando esse lindo carnaval

O mar Kalunga grande
Destino certo rumo ao Rio de janeiro
Trabalhadores grandes construtores
Abençoados irmãos de cor

Oh, Pequena África
Dos blocos de sujos dos ranchos imortais
Batuque, berço de bambas, onde alegria embalou os carnavais

Conquistamos nossa liberdade
Nas irmandades e nos terreiros dos zungus
No tempero da baiana e nas festas dos Lundus

Rodou a gira com Kaiala festejou
No ano novo fez do Branco tradição
Como o sol que nasce a cada dia nesse chão
A mulher negra é a mãe dessa nação

Caxambu, candongueiro, angoleiro da Guiné
Risca o chão segura a pemba vem firmar a nossa fé
O poder da bateria faz brilhar o nosso axé

No palácio do Samba
Os baluartes estão felizes com a Estação Primeira, Samba e pagode funk jongo e capoeira
Diamantes vivos da cultura brasileira
A comunidade é guerreira
Veste verde e rosa e vai na fé, Vamos brincar e sambar
Canta, meu povo que a Mangueira
Vai passar

Minha fé ancestral vem de Luanda
E a força africana de Benguela
Na batida do tambor da Mangueira, A flor da terra se revela

Mangueira 2025: samba da parceria de Kátia Rodrigues

Compositores: Kátia Rodrigues, Alex de a Souza, Ruy de Barros, Rafa do Quintal, Diogo Corso e Alexandre Naval

Agô, Mangueira!
É de verdade a nossa luta!
Hoje, Kalungas não se escondem
Mesmo profundas se escutam
Almas dos irmãos sem sobrenome
Findam a severa desventura

Kavungo ê! Cafungê, Aluvaiá!
Kaiango sopra o vento para o novo alumiar
Kavungo ê! Cafungê, Aluvaiá!
Renasce à flor da terra a Pequena África

Eu não sou de raça, sou de etnia
Ancestralidade, sabedoria
Pra fechar a cicatriz: resistência e comunhão
Vou fincar os meus saberes neste chão

O Malungo batuqueiro ôôô é da Estação Primeira!
Tem moleque esperando o fubá da quituteira
Lá na Casa de Angu ôôô, há muvuca, companheiro
Pra beber uma cachaça e dançar neste terreiro

Bate mais nesse tambor que a macumba abençoa
Não apague minha cor, dá licença, por favor!
Vou embora pra Gamboa
Cheguei na Pedra do Sal com o meu terno de linho
O funk e o carnaval passam pelo meu caminho
Eu senti no coração ao descer a Providência
Que bantuidade é arte e arte é sobrevivência!

De Benguela à Conceição, o Bantu é preto forte
Viva o cria da favela que não teme a própria morte!
O Bakongo se completa e não é a despedida
Assim como a Mangueira quando pisa na avenida!

Mangueira 2025: samba da parceria de Ronie Oliveira

Compositores: Ronie Oliveira, Jotapê, Giovani, João Vidal, Miguel Dibo e Cabeça Ajax

MANGUEIRA, VOCÊ SEMPRE ME ENSINOU QUE NOS TEMPOS DE VOVÔ… ERA ILUSÃO A LIBERDADE KALUNGA PELO MAR, MARÉ VIROU MEU OLHAR QUE MAREJOU LÁ NA CASA DA SAUDADE MALUNGO… AINDA QUE A PAZ EXISTISSE RENEGARAM AS INQUICES PERSEGUINDO O POVO BANTU Ê, VALONGO, A MEMÓRIA RESIDE
ONDE A HISTÓRIA RESISTE APESAR DO POVO BRANCO

OMOLOKÔ, PRECEITO PRA VIVER FILHO DE MANGUEIRA PREPARADO NO DENDÊ ROMPI QUEBRANTO, ME BANHEI DE AXÉ SOU O FRUTO BANTU QUE NÃO CAI LONGE DO PÉ

E ASSIM GERMINAR NA FORÇA DA LIDA RENOVAR A VIDA SEMEANDO SONHOS
DANÇANDO JONGO, CAPOEIRA ZUNGUS, MORADA AFRO-BRASILEIRA AS FRESTAS FLORESCI, EM FESTA TRADUZI SONS, SABERES E SABORES BATUQUE QUE ECOA ALÉM DO RIO MEU PRETO CONCEITO ABRINDO CAMINHO

DÊ UM “DENGO” MÃE… TEU “MOLEQUE” É VALENTIA QUEM É CRIA LÁ DO MORRO, FAZ NASCER A POESIA DÊ UM “DENGO” MÃE… TEU “MOLEQUE” FOI VENCER JEM É CRIA LÁ DO MORRO, FAZ UM NOVO ALVORECER

AÊ, DINDIN! AÊ, DINDÁ
Ê MANGUEIRA DE ARUÊ, Ê MATAMBA DE ARUÁ É GENTE PRETA DESCENDO A LADEIRA PRA FAZER NA QUARTA-FEIRA A MAINHA FESTEJAR

Mangueira 2025: samba da parceria de Pedro Terra

Compositores: Pedro Terra, Gustavo Louzada, Compadre Xico e Valtinho Botafogo

AWETO MAM’É ÁFRICA
É BANTO O ENCANTO DAS ÁGUAS DO MAR KALUNGA GRANDE, SEUS MISTÉRIOS SABEDORIA MILENAR BAKONGO CAIS DO VALONGO, A VERDADE À FLOR DA TERRA KAVUNGO REVELA, NÃO TENTE ESCONDER FUI PRETO NOVO, NO DESTINO VENTANIA KAIANGO ME GUIA ATÉ O DIA RENASCER MACUMBA, CANJERÊ MALUNGO, IRMÃO DE FÉ RESPEITA MANDINGA DE CANDOMBLÉ

FIRMA O BATUQUE, MEU NEGO
SAMBA, LEVANTA POEIRA
Ê MANGUEIRA, MEU QUILOMBO, MINHA COR AQUI O NEGRO RESISTE NO RUFAR DO TAMBOR A NOSSA VOZ JAMAIS SILENCIOU

ME DEIXA NINGUÉM VAI ME SEGURAR NA FORÇA DE ALUVAIÁ GANHEI AS RUAS O RIO AGORA É O MEU LUGAR JONGO E LUNDU À LUZ DA LUA
MEU DENGO, PÕE DENDÊ NO TOQUE DO GANZÁ MOLEQUE NA RODA DE CAPOEIRA VAI RECONSTRUIR NOSSO ZUNGU NO CHÃO DA ESTAÇÃO PRIMEIRA OLHA NO MEU OLHO, MEU IRMÃO VIBRA NA BATIDA DA FAVELA CANTA PELA NOSSA TRADIÇÃO
MOSTRA PRA NACÃO QUEM PINTOU ESSA AQUARELA

A MANGUEIRA DE BANTO É É MACUMBA DE SANTO, É
INQUICE QUE GIRA, CANJIRA QUE DIZ NO PÉ É O DOCE BAILADO DE NEIDE E MOCINHA ONDE A MENINA SE TORNA RAINHA ORGULHO DO GUETO, DO POVO PRETO A DINASTIA

MEU FUTURO É ANCESTRAL, MANGUEIRA TOQUE DE ANGOLA NO MEU CARNAVAL, MANGUEIRA O VERDE VAI BRILHAR NO ROSA AMANHECER MAGIA DE CRIA FEITO PRA VENCER