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Tem que respeitar! É o carnaval do Rio! Mais de 8 mil pessoas lotam a Cidade do Samba para ‘Noite dos Enredos’

A noite de sexta-feira, dia 30 de agosto de 2024, entrou para história das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Após um “tenebroso inverno”, sem a festa de apresentação dos enredos, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), sob a gestão do presidente Gabriel David, realizou novamente a “Noite dos Enredos”, dessa vez, na Cidade do Samba, com um público de 8 mil pessoas, entrada grátis, sendo recorde total de pessoas em eventos no local que abriga os barracões das agremiações.

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Foto: Divulgação/Rio Carnaval

Ao CARNAVALESCO, o presidente Gabriel David revelou que a festa entrará de vez no calendário anual da Liesa. Empolgado com a repercussão, o dirigente revelou também que os minidesfiles para o Carnaval 2025, vão acontecer em três dias, novamente na Cidade do Samba, e estão previstos para o começo de dezembro, em data que ainda será divulgada pela Liesa.

Balanço: festa dos enredos do Grupo Especial do Rio para o Carnaval 2025

“O Carnaval 2025 terá uma diversidade cultural incrível nos enredos. Ver a Cidade do Samba lotada nessa época do ano, com as agremiações e o público vivenciando essa magia de perto, é motivo de muita alegria”, comemorou o presidente da Liesa, Gabriel David.

Como é perfil da nossa cobertura apresentamos abaixo um panorama de cada apresentação, que teve 12 minutos por escola, na “Noite dos Enredos”.

Unidos de Padre Miguel: A escola da Vila Vintém abriu a festa. Foi bem didática na explicação do enredo “Egbé Iya Nassô”. Através de um vídeo a proposta foi exibida, com uma narradora passando por diversas etapas do tema. Foi possível ver a força das mulheres na apresentação e como essa energia será fundamental no desfile. O Boi Vermelho não usou pirotecnia, pelo contrário, foi cirúrgico ao apresentar o desenvolvimento do que será visto no domingo de carnaval em 2025. Mexeu com o público ver o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinicius e Jéssica, com o pavilhão no “altar” do Grupo Especial do Rio. Linda homenagem no vídeo também para todas figuras importantes da escola, principalmente, a comunidade, que estava com seus rostos no telão.

Unidos da Tijuca: A escola mostrou toda potência do enredo que possui para o desfile do ano que vem. Somando desfiles e apresentações em eventos, como o minidesfile, fazia tempo que não percebíamos a Tijuca com tanta vontade. Ótimo sinal para 2025. O momento emocionante foi quando um menino do Borel recebeu o pavilhão tijucano do casal Matheus e Lucinha. Arrancou milheres de aplausos dos presentes. Depois, o cria da comunidade foi no embalo do batidão e a Cidade do Samba “caiu dentro” fazendo a “Tijuca virar baile”. Com uma das melhores safras de sambas-enredo do ano é possível o tijucano sonhar alto.

Mocidade: O clima esquentou com o samba de 2024 cantado antes do início da apresentação. Foi uma overdose de alegria no público. A escola optou por não revelar quase nada do enredo “Voltando para o futuro – não há limites para sonhar”. Fez uma apresentação baseada na dança do talentoso casal Diogo e Bruna e a performance do intérprete Zé Paulo, que deu show de caracterização, simulando o homem na lua, mas com a pavilhão da Mocidade. Ele cantou sambas históricos e vencedores da Estrela Guia, acompanhado dos passistas e da rainha Fabíola de Andrade. O mascote Castrozinho deu o charme da exibição. Dois robôs interagiram no palco. Agora, se projetarmos o desfile, mesmo na base do achismo, é possível pensar que a Mocidade pode emocionar lembrando do passado de glórias e títulos, resgatando seus melhores momentos no futuro.

Paraíso do Tuiuti: Exibição fantástica do “Quilombo do Samba”. A escola de São Cristóvão foi didática ao explicar o enredo “Quem tem medo de Xica Manincongo?”. Leitura fácil do enredo e dedo na ferida no tom correto. Um dos momentos mais impactantes foi quando um integrante, crucificado, foi “queimado”. Certamente, o Tuiuti pisará na Sapucaí com um dos melhores e principais enredos do ano. Com o samba já encomendado e apresentado, o intérprete Pixulé cantou a obra, comprovando ainda mais sua perfeição na letra e capricho na melodia. Apresentação vibrante e que gerou um entendimento fácil da proposta da agremiação. Sem dúvida, uma das melhores da noite.

Beija-Flor: a escola de Nilópolis vive outro clima. O momento é especial. A homenagem para Laíla trouxe a força costumeira de uma das maiores campeãs do carnaval carioca. Para falar de um dos maiores sambistas da história, no enredo “Laíla de todos os santos, Laíla de todos os Sambas”, a exibição teve fé, dança vibrante, e o ritual do menino, discípulo de Xangô. O vídeo arrancou aplausos do público. Cada imagem remetia ao mestre Laíla. Aliás, o encerramento com o casal Claudinho e Selminha, o intérprete Neguinho da Beija-Flor e o esquadrão de Nilópolis é a certeza que Laíla estava lá e estará na segunda-feira de carnaval na Marquês de Sapucaí. O cara que doutrinou a comunidade nilopolitana receberá um lindo tributo com sede de vitória e redenção.

Mangueira: A Verde e Rosa levou muito a sério a festa dos enredos de 2025. A apresentação começou com muita dança e representatividade. Houve capricho nos figurinos e leitura da exibição. Trabalho muito forte do carro de som. Quando a música “Sorriso Negro”, de Dona Ivone Lara, foi cantada, muita gente ficou emocionada na plateia. A escola não deixou de cantar um de seus melhores sambas-enredo, “100 Anos de Liberdade, Realidade Ou Ilusão”, de 1988, e que teve no palco a dança do casal Matheus e Cintya. Para enfeitar ainda mais a apresentação foram levadas grande pipas para o público. A Mangueira mostrou que quem é raiz tem o domínio da narrativa. Ela pode, porque é preta, é Mangueira e sempre será o Jequitibá do Samba.

Vila Isabel: A escola caprichou na exibição no palco e no vídeo do enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”. Uma super produção de Paulo Barros, do diretor artístico, Fábio Costa, e equipe. Foi o momento em que o público na Cidade do Samba parou a maior parte do tempo para filmar a atração. Figurino e dança impecáveis. O ator Rodrigo Sant’Anna foi o protagonista. Em uma performance engraçada, ele se agarrava em amuletos, mas enfrentava assombrações. Em um dos momentos, os integrantes tiravam suas roupas e apareciam como “esqueletos dançantes”. Show puro da escola do bairro de Noel. Houve quem reclamasse da exibição não ter “quase nada” da cultura brasileira, principalmente, a trilha sonora, mas a proposta de fazer um espetáculo, através do enredo, foi atingida com êxito. Mais uma vez, como no lançamento da sinopse, Paulo Barros participou da performance, foi ovacionado pelo público, e deixou no ar que tentará novamente surpreender e deixar o Sambódromo embasbacado com seus truques e assombrações.

Portela: A maior campeã do carnaval carioca levou um grande musical sobre Milton Nascimento para a Cidade do Samba. A abertura já emocionou com Gilsinho cantando. Passaram ainda Teresa Cristina e Roberta Sá. O encerramento foi com o homenageado, presencialmente, no palco. Exibição de gala portelense. Deixou no ar um sentimento que a manhã da quarta-feira de cinzas será de muita emoção na Marquês de Sapucaí. Já é bom separar os lenços para chorar de emoção e felicidade. A primeira impressão é que o portelense pode acreditar em um resultado especial em 2025. A exibição foi fantástica, e, se levarmos em conta, apenas a emoção, não teve para ninguém. Deu Águia na cabeça!

Salgueiro: apresentação muito potente do Salgueiro na Cidade do Samba. O coreógrafo Paulo Pinna foi o narrador da exibição. Dança vibrante e figurinos exuberantes. Leitura fácil do enredo. História de fé, repleta de riqueza cultural. O intérprete Igor Sorriso e o carro de salgueirense conduziu com maestria todas músicas. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Sidclei e Marcella, no início, recebeu a benção de Tia Glorinha, como aconteceu no lançamento da sinopse. Aliás, o mestre-sala estampa a camisa-enredo de 2025. A maravilhosa passista, Maryanne Hipólito, apareceu como Maria, figurino deslumbrante. O Salgueiro deixou no ar, em uma das melhores apresentações da noite, a certeza que vai vir forte no desfile de 2025.

Grande Rio: a escola fez uma apresentação muito respeitosa com a cultura de Belém. O samba estendeu o “tapete vermelho” para o carimbó. Impressionou a qualidade musical da escola de Caxias. Mestre Fafá, Evandro Malandro e a equipe do carro de som deram espetáculo. Os diretores artísticos da escola, crias da comunidade, mostraram muito talento e estudo no desenvolvimento de uma apresentação da cultura típica da região norte do Brasil. A Grande Rio levou até um barco para o palco da Cidade do Samba. A exibição foi muito correta e alinhada com o enredo. Teve leitura. Foi bonito e simbólico o casal Daniel e Taciana dançando ao som do carimbó. O vídeo no telão agregou leitura para a dança na apresentação do enredo. Nas mãos dos craques, Leonardo Bora e Gabriel Haddad, o enredo “Pororocas parawaras: as águas dos meus encantos nas contas dos curimbós” tem totais condições de gerar um desfile para brigar forte pelo título do Grupo Especial.

Imperatriz: A atual vice-campeã do Grupo Especial caprichou na apresentação do enredo “ÓMI TÚTU AO OLÚFON – Água fresca para o senhor de Ifón”. O intérprete Pitty de Menezes, monstruoso, mostrou porque é hoje o principal cantor do carnaval carioca. Impressionante a afinação e o talento para cantar, principalmente, o “Emoriô”. Espetáculo também foi o balé, coreografado por Sabrina Sant’Ana e Márcio Dellawegah, que exibiu a ancestral coreografia associada aos ritos iorubás. Aliás, o figurino era tão exuberante que já poderia ser utilizado no desfile oficial. Emocionante, no fim da apresentação, a cigana, personagem do vice de 2024, passar o pavilhão gresilense para as mãos do orixá que agora é o protagonista. Alto nível a exibição leopoldinense. Não é mais segredo que estará sempre na briga pelo topo.

Viradouro: a atual campeã do Grupo Especial mostrou que está viva e cheia de vontade de lutar pelo bicampeonato consecutivo, que não acontece no carnaval desde 2008, a última escola que conseguiu o feito foi a Beija-Flor. O enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundo” é um banho de bom gosto da dupla Tarcísio Zanon e Gustavo Melo. A exibição na Cidade do Samba teve tudo que foi pedido pela Liesa e esperado pelos sambistas: leitura, simbolismo e espetáculo. A escola conseguiu unir todos os segmentos, que formam o padrão de excelência da Vermelho e Branco de Niterói, dentro da apresentação. Em um dos momentos, eles “depositavam” adereços no altar de Malunguinho. Mestre Ciça foi ovacionado pelo público quando surgiu. Sempre atento, Marcelinho Calil, diretor executivo, acompanhou do palco toda exibição. Por mais um ano fica claro que quem quiser ganhar o carnaval tem que superar a Viradouro.

Diretor de carnaval da Mocidade enaltece safra de sambas para 2025

A Mocidade Independente de Padre Miguel terá 10 sambas-enredo concorrendo na disputa que definirá o hino oficial da agremiação no Carnaval 2025. As obras foram inscritas na noite de quinta-feira. A primeira eliminatória ocorrerá neste domingo, na quadra da Vila Vintém, localizada na Rua Coronel Tamarindo, 38, em Padre Miguel, com direito à tradicional feijoada da agremiação. Para o diretor de carnaval da escola, Mauro Amorim, as composições recebidas são de muita qualidade.

Ouça os sambas concorrentes da Mocidade para o Carnaval 2025

“Estou muito feliz com a safra que chegou e com o entendimento da nossa ala de compositores. O processo de tira-dúvidas com nossos carnavalescos foi fundamental. Agora, chegou a hora da quadra. Vamos mostrar a força da nossa Estrela”, ressaltou.

A verde e branca levará à Marquês de Sapucaí, no próximo ano, o enredo “Voltando para o futuro – Não há limites para sonhar”, desenvolvido pelos carnavalescos Renato e Márcia Lage. A Mocidade será a primeira escola a desfilar na terça-feira, dia 4 de março.

Bateria do Império Serrano abre audição para pessoas que toquem reco-reco, pandeiro, tantã e repique

Os trabalhos para o Carnaval 2025 seguem a todo vapor no Império Serrano. Após revelar o enredo “O que espanta miséria é festa”, sobre o compositor Beto Sem Braço, o Reizinho de Madureira promete mais uma grande celebração na Marquês de Sapucaí. Para isso, a Bateria Sinfônica do Samba, do mestre Vitinho, realizará audição para pessoas que toquem reco-reco, pandeiro, tantã, repique de mão e repique de anel na próxima terça-feira, às 20h, na quadra da escola, em Madureira. Segundo Vitinho, o objetivo da audição é reforçar a bateria em busca de mais um inédito trabalho, desta vez com toda a essência de Beto Sem Braço e suas melodias inconfundíveis.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

“Estamos sempre em busca da inovação. A Sinfônica do Samba é o coração do Império Serrano e queremos garantir que ela continue pulsando forte, com um ritmo que se adapte ao que o enredo pede. Queremos fazer uma homenagem bacana para Beto Sem Braço e por isso estaremos selecionando novos músicos para que possam somar conosco”, disse Vitinho.

A audição será gratuita e representa uma oportunidade única para os músicos que desejam integrar a premiada bateria do Reizinho de Madureira. Em 2025, o Império Serrano vai encerrar os desfiles da Série Ouro, em 1º de março, na Sapucaí, em busca do título e o retorno ao Grupo Especial.

Três sambas se destacam em quarta eliminatória de samba na Unidos da Tijuca

A Unidos da Tijuca realizou, na noite da última quinta-feira, em sua quadra de ensaios, a quarta etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2025. O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você pode conferir a análise de cada apresentação. As obras que vão seguir na disputa serão divulgadas na próxima segunda-feira, nas redes sociais da escola. Na próxima quinta-feira, a agremiação tijucana realiza mais uma etapa da disputa de samba. Ao todo, sete obras se apresentaram na última quinta-feira. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de Wantuir: O primeiro samba a se apresentar na noite foi o de Wantuir, Robson Ramos, Gegê Fernandes, Vinicius Xavier, Guilherme Ckokito e Rafael Lopes. A obra foi grandemente defendida pelos intérpretes Wantuir e Niu Souza, que deram boa sustentação ao samba. A torcida, mesmo em um número relativamente modesto, tinha bolas, bandeiras e pompons e estava bastante animada. O refrão principal, “Akofá, Arô … Logun Edé //Akofá, Arô…. Logun Edé///Toca o aguerê, firma o ijexá//Desce o morro do Borel pra Tijuca guerrear”, foi o grande destaque da boa apresentação do samba.

Parceria de Gabriel Machado: A segunda obra a se apresentar foi a de Gabriel Machado, Julio Pagé, Valtinho Botafogo, Jorge Mathias e Robson Bastos. O samba foi conduzido pelo intérprete Zé Paulo Sierra, com o apoio de nomes como Nino do Milênio e Thiago Brito. A se destacar a bela introdução da apresentação feita por Matheus Teixeira, que deu um belo início a apresentação. O refrão principal, sobretudo a parte “Loci Loci, meu pai, quando o morro descer vai ter mandinga da Tijuca no Ilê”, foi o momento de grande explosão do samba, se destacando. A torcida contou com bolas e bandeiras.

Parceria de Leandro Gaúcho: O samba da parceria de Leandro Gaúcho, Chacal Do Sax, Luciano Fogaça, Simões Feiju, Miguel Dibo e Léo Freire foi o terceiro a se apresentar na noite. A obra foi muito bem conduzida por Evandro Malandro e Tinguinha, que deram a pegada necessária para o estilo da obra. A torcida, mesmo em menor número se comparada a outras da noite, cumpriu bem seu papel, com bandeiras e bolas. Os dois refrões, sobretudo o principal, “Aceita meu ojá, aceita meu quelê!//Sou Unidos da Tijuca, de ofá e abebê!// Akofá Olwuaô! Firma ponto no Agueré!// Meu pavão é a força de Logunedé!”, foram destaques.

Parceria de Sereno: O samba de Sereno, Dinny Marcelo do Ouro, André Aleixo, Ricardo Castanheira, Mano Kleber, Rogério Só Filé foi o quarto a se apresentar na noite. A obra foi bem defendida pelo intérprete Bruno Ribas. A torcida, também em um contingente médio, estava animada e contou com bandeiras. A obra, porém, apesar de ótimas passagens, sobretudo na melodia, careceu de um momento de maior explosão. De destaque, o belo refrão do meio: “Quem me ensinou foi Exu// Quem me forjou foi Ogum// Oyá meu deu da luta o poder// Quem me curou Obaluaê// Ossain , Ewa mantiveram de pé// Me fiz senhor das guerras de edé”.

Parceria de Júlio Alves: O quinto samba a se apresentar foi o de Júlio Alves, Totonho, Fadico, Dudu, Chico Alves e Claudio Russo. A obra foi brilhantemente defendida pelos intérpretes Tinga e Pitty de Menezes, que deram muita garra e valentia ao samba-enredo. A torcida esteve presente em peso, com bandeiras nas cores da escola. O trecho anterior ao refrão, “Na paz de Oxalá incorpora na São Miguel// Pra revolucionar incorpora na São Miguel”, e o próprio refrão, “Aê Abaissá fara logun fá//Aê Abaissá fara logun fá//Guardiã do meu destino//A Tijuca tem axé// Loci loci Logun Edé”, foram os momentos mais fortes do samba na quadra. A obra foi, sem dúvida, um dos destaques da noite.

Parceria de Lico Monteiro: Penúltima parceria a se apresentar, a de Lico Monteiro, Leandro Thomaz, Telmo Augusto, Gigi da Estiva, Jefferson Oliveira, Marcelo Lepiane e Washington Lopes Freitas foi a sexta da noite. A obra foi bem defendida pelo intérprete Wander Pires. A torcida esteve presente em ótimo número e cantou muito o samba, com a utilização de bandeiras. O refrão principal se destacou na apresentação, “Toca o agueré akofá erô//Ifá confirmou vai dar Tijuca//Respeita quem é cria do Borel (do meu Borel)”. O rendimento da obra não caiu em nenhum momento durante a apresentação.

Parceria de Anitta: A noite de eliminatórias da Unidos da Tijuca foi encerrada de maneira muito forte pelo samba da parceria de Anitta, Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Cam cho e Diego Nicolau. A obra foi defendida por Freddy Vianna, que conduziu muito bem o samba, apesar de algumas dificuldades com a letra. A torcida contou com balões e cantou muito. Os refrões, tanto o do meio, “Oakofaê, odoiá// Oakofaê, desbravei o mar/ Não ando sozinho montei no cavalo marinho// abri caminho pro povo de ijexá”, quanto o principal, “Logun edé//Logum arô//Logun edé loci loci Logun arô//A juventude do Borel//Desce o morro pra cantar em seu louvor”, foram destaques. O rendimento se manteve ao longo de toda a apresentação.

Eliminatória de samba na Beija-Flor para o Carnaval 2025 mantém disputa acirrada

A equipe do CARNAVALESCO, na série “Eliminatórias”, acompanhou mais uma etapa da disputa de samba-enredo da Beija-Flor para o Carnaval 2025. A parceria de Raymundo Venâncio, Toninho Z10 e Erasmo Vasconcelos foi eliminada da disputa. Veja abaixo como passou cada parceria. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de Júnior PQD: A primeira parceria da noite foi dos compositores Júnior PQD, Nando Souza, Robinho Donozo, Nathan Walace, Daniel Colete e Andrezinho da Beija-Flor. A torcida foi numerosa e ajudou a empurrar o samba. Daniel Colete teve uma boa performance no palco e foi um trunfo da parceria. O refrão de meio, embora seja bem curto, passou bem na quadra. O grande destaque da apresentação ficou por conta do refrão principal que animou a torcida “De todos os santos, de todos os sambas/De Ogum padroeiro, irmão de Xangô Eparrey Oyá!/Laíla é o canto do meu Beija-Flor”. O samba ainda pode crescer, principalmente, na primeira parte após a cabeça. Foi uma apresentação valente da parceria.

Parceria de Rodrigo Cavanha: A terceira obra da noite teve a assinatura de Rodrigo Cavanha, Mauro Naval, Gylnei Bueno, Jorge Matias, Alí Gringo e Doguinho. A torcida também marcou presença e cantou principalmente no refrão principal. Pixulé foi o responsável por conduzir o palco e tirou isso de letra, contribuindo muito com a apresentação. Destaque principal foi o refrão de cabeça por toda a interatividade que ele proporcionava entre a torcida e o palco “Rodeia, rodeia/ Não me mexe com a Beija-Flor/ Deixa a gira girar/ Vibra o tambor/Teu filho vai baixar/Laíla renasceu em orixá”. Outra parte de destaque foi o início da segunda parte do samba devido a boa melodia que ele possui “Genioso e tão divino/O dom de ouvir o tom no ar/Regente do seu destino/Maestro da orquestra popular”.

Parceria de Serginho Sumaré: A quarta obra da noite teve a assinatura dos poetas Sérginho Sumaré, Marcelo Guimarães, Rogério da Mata, Neilson Oliveira, Léo Freire e Ademir. A torcida fez a festa com bolas e bandeiras. Um fato que chamou atenção foi a presença dos compositores do samba 2 vibrando com a passagem do samba 54 que estava se apresentando, mostrando que rivalidade ficou de lado e caíram no samba juntos. Gilsinho mandou bem na condução do samba com o seu talento habitual. A cabeça do samba foi um dos destaques, pois foi bem em todas as passadas. Outro destaque foi a chamada para o refrão principal “Os olhos marejados, que saudade/Do canto forte da comunidade/Eu nunca vi igual/O rolo compressor do carnaval”. E o grande destaque ficou para o refrão principal “Ogum PataKori, já fiz o meu orô/E hoje estou aqui, a rua prateou/De todos os santos, de todos os sambas/Eternamente um Beija-Flor. Foi uma boa apresentação do samba 54.

Parceria de Diogo Rosa: O quinto samba da noite teve a assinatura dos compositores Diogo Rosa, Julio Assis, Diego Oliveira, Manolo, Julio Alves e Léo do Piso. A torcida deu um show na quadra, cantando o samba antes de começar a apresentação e quando terminou também. Tinga e Emerson Dias foram bem demais na condução do samba, trunfos importantes da parceria. Foi uma excelente apresentação, com vários momentos de destaques durante a passagem. A cabeça do samba passou muito bem “Ele bradou no alto da pedreira/Corpo menino, alma de orixá/Baixou xangô pra ver a sua cria/Sob a ventania de mamãe oyá”. O refrão do meio foi outro destaque passando com força em todas as passadas. A melodia aplicada no início da segunda parte fez com que o samba não caísse em nenhum momento. Há uma preparação muito bem trabalhada para o refrão de cabeça e foi um ponto de desequilíbrio, a partir do verso “Meu velho, da encruza até a quadra”. O rendimento do refrão principal foi excelente, levantantando a torcida e foi perceptível alguns componentes cantarolando o samba. Foi uma apresentação com muita força do samba 1.

Parceria de Xande de Pilares: O sexto samba da noite teve a autoria dos poetas Xande de Pilares, Igor Leal, Nurynho Almawi, Sormany, Cabeça Vinícius e Felipe Mussili. A torcida marcou presença de forma tímida, mas deu conta do recado. Vitor Cunha com a sua voz potente conduziu bem o samba. O rendimento da obra poderia ter sido melhor, muito por conta da melodia em algumas partes, como por exemplo, na cabeça do samba. Mas se a melodia não pega tanto, há um capricho evidente na letra. Destaque principal da apresentação foi o refrão principal “No meu coração mora um Beija-Flor/Foi essa paixão que me despertou/Voltei pra matar a saudade/É pra comunidade esse canto de amor”. Foi uma apresentação aguerrida, mas sem impacto.

Parceria de Rômulo Massacesi: Oitavo samba na noite de eliminatória, teve a autoria dos poetas Romulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar, Centeno, Ailson Picanço, Gladiador e Felipe Sena. A torcida também deu um show, cantando bastante. Evandro Malandro e Nino do Milênio valorizaram a bela melodia da obra. O refrão de cabeça foi um dos grandes destaques “Da casa de Ogum, Xangô me guia/Da casa de Ogum, Xango me guia/Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor/Terreiro de Laila meu griô”. No refrão principal foi visível alguns segmentos cantando. A variação melódica “Eu vou seguir sem esquecer essa jornada” é bonita demais. O samba possui soluções melódicas bem bacanas, como por exemplo, “Desce o morro de Oyó/ Benedito e catimbó/o alabá doum”. O refrão do meio também passou bem na quadra. Apresentação de qualidade do samba 5, mas pode ter mais força para as próximas apresentações.

Parceria de Sidney de Pilares: Penúltimo samba da noite teve a autoria dos poetas Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, Marcelo Lepiane, Valtinho Botafogo, João Conga e Dr. André Lima. A torcida deu um show de canto e marcou grande presença. Zé Paulo foi bem na condução, interagindo bastante com a torcida. Logo na cabeça do samba fica perceptível a qualidade da obra no bis “Lá vem o filho de Xangô com Iansã/Reviver nesse terreiro/Toda luz do seu afã”. Refrão de meio possui uma melodia gostosa e também passou bem na quadra. Um dos momentos de maior destaque foi na variação melódica “Em oração meu pai/Cortejo, em revogada, Beija Flor”. E a chamada para o refrão principal também foi outro ponto de destaque “Oh mestre/Mesmo proibido olhai por nós/Não estamos sós”. Foi uma apresentação muito boa de um dos principais sambas da disputa e ainda tem margem para crescer nas próximas apresentações.

Parceria de Kirraizinho: Último samba da noite foi assinado pelos compositores Kirraizinho, Dr. Rogério, Ronaldo Nunes, Clay Ridolfi, Miguel Dibo e Ramon via 13. A torcida também compareceu em grande público e deu outro show. Charles Silva e Pitty tiveram excelente desempenho. Aliás, o palco do samba 23 foi absurdo, ainda contou com Tem-Tem Jr e Igor Vianna. A apresentação foi forte, sendo um dos grandes destaques da noite. O refrão principal passou de forma avassaladora “Obákossôkao, kabesilê/Orum ordenou, tem festa no ayê/Laíla eternamente soberano/No coração do Nilopolitano”. O pré refrão também teve um ótimo desempenho “Quando a saudade apertar/ Lembre que amor não tem fim/ Nós somos um só, você vive em mim”. O refrão do meio também foi outro ponto de destaque para a apresentação de qualidade da obra. O samba 23 fechou a noite com chave de ouro.

Entrada gratuita! Noite dos enredos movimenta a Cidade do Samba nesta sexta-feira

Chegou o momento de conhecer os detalhes sobre os temas que as escolas de samba do Grupo Especial levarão para a Sapucaí em 2025. A Cidade do Samba recebe nesta sexta-feira, a partir das 19h, a “Noite dos Enredos”. A entrada será franca, mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível.

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Com enredos de temáticas variadas, as escolas de samba terão liberdade criativa para transmitir a mensagem do enredo ao público da maneira que desejarem, com elementos como arte, dança, música e teatro, dentro de um tempo pré-definido.

Além disso, o evento contará com uma apresentação especial da roda de samba do Cacique de Ramos, que trará convidados especiais como Cacá Nascimento, Moisés Santiago, Flavia Saolli, Carlos Caetano, Leonardo Bessa e Chacal do Sax.

Grupo Especial Rio Carnaval 2025: leia todas sinopses dos enredos

A Cidade do Samba fica na Rua Rivadávia Correa, 60, na Gamboa.

NOITE DOS ENREDOS
Data: 30/8
Horário: 19h
Local: Cidade do Samba – Rua Rivadávia Correa, 60 – Gamboa
Entrada: 1 kg de alimento não perecível

Sambas Concorrentes

Mocidade 2025: samba da parceria de Marcelinho Tadeu de Assis

Compositores: Marcelinho Tadeu de Assis, Maurício Martins Soares e Sobrinho Mocidade

NO JOGO DA VIDA, MEU AMOR, GANHEI!
MAIS UMA CONQUISTA, MEU AMOR, SONHEI,
BRILHAR NO ESPAÇO, OUTRA VEZ, ETERNAMENTE,
SOU MOCIDADE, SOU INDEPENDENTE!

A LUZ NO CÉU, QUE VEM DO PASSADO,
RELUZINDO NO PRESENTE, É UM GUIA SEGURO.
PADRE MIGUEL É O BERÇO ILUMINADO,
A RAIZ DO SAMBA INDEPENDENTE,
QUE APONTA O MEU FUTURO.
COM A VINTEM VOU VIAJAR (VIAJAR),
SEM TER MEDO DE DOBRAR
O ESPAÇO TEMPO, A REALIDADE…
E O MEU SAMBA VAI TRAZER O QUE EU VI ACONTECER:
TODO MUNDO DESFRUTAR DA PROSPERIDADE.

A LUZ MANDOU, LÁ DO CÉU, UMA MENSAGEM DE PAZ,
QUANDO A GENTE SE ABRAÇOU:
ENCONTRE, NO PASSADO, O BRILHO TÀO SONHADO,
QUE O FUTURO JÁ CHEGOU!

DE VOLTA A ANTIGUIDADE,
VI A HUMANIDADE OLHAR PRO CÉU,
BUSCANDO A VERDADE,
EU SIGO FAZENDO O MEU PAPEL…
VIAJEI NO TEMPO, CRUZEI O ESPAÇO SIDERAL
O AVANÇO DA CIÊNCIA,
NOS DEU A INTELIGENCIA ARTIFICIAL
E NO FINAL, SOMOS POEIRA DO UNIVERSO
E A LUZ DO CARNAVAL

Mocidade 2025: samba da parceria de Jurandi

Compositores: Jurandi (Didi), Jorge Carvalho, Jorge Alves, Dunga, Raimundo, Tim Maia Daflon, Renilson, Leo Lopes, Altair e Ribeirinho

Vou mergulhar
Na minha própria história pra contar
Os sonhos mais bonitos que vivi
Cruzando a Sapucaí
No mundo rico em tecnologia
Meu universo hoje é digital
Até no meu sambar sou diferente
Sou a Mocidade Independente
Um simples coração
Virou uma declaração de amor
Até as brincadeiras de criança
Foram pra tela do computador

A mão que fez história
Faz a magica
A fantasia do meu carnaval
Leva o meu show para o infinito
La vai a nave
Para o espaço sideral

Que fascinação
Um show de luzes
Anuncia a nova era
Enfeitando o céu
A estrela guia de Padre Miguel
Voltando para o futuro
Não há limites para sonhar
Hoje tenho mundo
Na palma da mão
Num simples toque de um botão

É muita emoção, não dá para segurar
Vem ver, meu amor, é superstar
Uma explosão de alegria
Vem cair nessa folia

Mocidade 2025: samba da parceria de Jaci Campo Grande

Compositores: Jaci Campo Grande, Paulo Ferraz, Alex Cruz, Dr. Marcelo, Duda Coelho, Marcinha Souza, Lucio Flávio, Elian Dias, Paulo Bachini, Bimbim Portella

Galática luz da criação
Poeira de estrelas brilham na imensidão
Ciência, conexão fiel
Com a estrela guia de Padre Miguel
Muito antes de pisar e gravitar na lua
Eu desejo encontrar
Fazer em Marte meu Reinado
Da pedra lascada ao foguete
Como no desenho animado
Lançaram no quintal do Marciano
Um filme ameaçador
E o medo do robô viralizou

QUERO VER QUEM DESAFIA ENFRENTAR
MEU SABER, DIFÍCIL ACREDITAR
NA CRIATURA SUPERAR O CRIADOR
SEM TER NA ARTE O DOM DE COMPOR

Vitoriosas gerações
Tidas por desfiles consagrados
Ávida a retomar as rédeas do jogo
Ter o “status” renovado:
Meu perfil de avatar é o castorzinho apaixonado
Aqui a caldeira já esquentou
O mar da indiferença avança
Desmata a esperança sob o jugo do emissor
No samba ser independente
É ter consciência, pensar diferente
Pra termos futuro,
Revise o passado, transforme o presente

O SONHO ESTELAR, UM BRILHO DIVINO
AO CÉU MAIS BONITO… VIAJAR!
SOU MOCIDADE, AMOR INFINITO
SEM LIMITES PRA SONHAR!

Mocidade 2025: samba da parceria de Ricardo Simpatia

Compositores: Ricardo Simpatia, Franco Cava, J Giovani, Valtinho Botafogo, Juca, Jorginho Mocidade, Flavinho Avellar, Victor do Chapéu, Marcelo Vai Vai e Almir Chega Junto

UMA ESTRELA GUIA NO INFINITO
APONTA O CAMINHO, BRILHA DENTRO DE MIM
VIAJA NA CONSTELAÇÃO DO TEMPO
NA ORIGEM DO UNIVERSO, LUZ QUE HABITA MEU SER
SOU POEIRA CÓSMICA MISTÉRIO
NA POESIA DO MEU VERSO
A QUÍMICA DIVINA DO VIVER
AMANHECEM OS PLANETAS, VOU SEGUINDO
A DESVENDAR O MEU DESTINO

NA TELA DO CINEMA VOU PRA MARTE NA BANGUELA
INSPIRANDO O PROGRESSO, IMAGINAÇÃO ME LEVA
NA LAJE DO MUNDO, CONTEMPLANDO O CÉU
VI O FUTURO NASCER EM PADRE MIGUEL

CARROS VOADORES, FAMÍLIAS MODERNAS
A VOZ DO PORVIR ECOA NAS CAVERNAS
NESSE JOGO JÁ NÃO SEI O QUE É REAL
O ROBÔ ROUBOU A CENA
A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL
DE MÃOS DADAS COM A TECNOLOGIA
RECARREGO DE ESPERANÇA A MINHA BATERIA
NA BANDA LARGA ME DEIXA ME LARGA QUE EU VOU
NO BALANÇO DA REDE MEU SAMBA VIRALIZOU
NA BANDA LARGA ME DEIXA ME LARGA QUE EU VOU
NO BALANÇO DA REDE MEU SAMBA VIRA VIROU

O CALDEIRÃO JÁ FERVE… ÔÔÔ
SUFOCANDO A BIOSFERA, O AMANHÃ CHEGOU
TRAGO NO PEITO ESSE MEU DESASSOSEGO
A MÃO QUE FAZ O SAMBA, TAMBÉM FAZ ESSE APELO
PRESERVAR A NATUREZA DE UM ABRAÇO, UM OLHAR
SEM LIMITES PRA SONHAR
PERDIDOS DE AMOR NO ESPAÇO DA MOCIDADE
SOMOS ETERNIDADE