Início Site Página 247

Alto nível! Parcerias fazem apresentações fortes em mais uma etapa da disputa de samba-enredo na Beija-Flor

A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, acompanhou mais uma etapa da disputa de samba-enredo da Beija-Flor para o Carnaval 2025. Duas parcerias foram eliminadas: Xande de Pilares e Rodrigo Cavanha. Agora, a escola gravará na voz do intéprete Neguinho da Beija-Flor os seis sambas que seguem na disputa. A próxima etapa é somente no dia 19 de setembro. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de Romulo Massacesi: Segundo samba a se apresentar, a obra de Romulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar, Centeno, Ailson Picanço, Gladiador e Felipe Sena teve Nino do Milênio à frente do microfone. O samba é um dos que mais chama a atenção na quadra, com alguns componentes cantando, para além da torcida, que cantou a pleno pulmões durante toda a apresentação. Destaque para os refrões da obra, tanto “O brado no tambor, feitiço” quanto “Da casa de Xangô, Ogum me guia” cumprem bem essa função. Além disso, dos versos “Chama João pra matar a saudade/Vem comandar sua comunidade” em diante até a subida para o refrão, cresce bem sendo bem melódico e animado na obra.

Parceria de Júnior PQD: A parceria de Júnior PQD, Nando Souza, Robinho Donozo, Nathan Walace, Daniel Colete e Andrezinho da Beija-Flor. Contou com o próprio Daniel Colete como intérprete do samba, como nas outras apresentações. A obra possui um excelente refrão que contagiava ao ver tanto os cantores quanto a torcida cantando: “De todos os santos/De todos os sambas…” em diante. A torcida fez um teatro encenando momentos do último campeonato de Laíla na escola, em 2018, e não deixando de cantar ainda que alguns estivessem em seus papéis, ajudando o samba que já é bem animado e para cima. Para além do refrão, a segunda parte também é bem envolvente com destaque para os versos “Juntar poesia, tua maestria/Revolucionar nosso templo Marquês”.

Parceria de Serginho Sumaré: O samba de Serginho Sumaré, Marcelo Guimarães, Rogério da Mata, Neilson Oliveira, Léo Freire e Ademir. Gilsinho conduziu muito bem o samba dando muita vida a composição, ajudada também pela presença da torcida. Ambos os refrões são os destaques da apresentação, chamando a atenção para ela, entretanto, em alguns momentos, principalmente, durante a segunda parte do samba, o ritmo ficava mais lento caindo o rendimento da obra.

Parceria de Diogo Rosa: A obra de Diogo Rosa, Julio Assis, Diego Oliveira, Manolo, Julio Alves e Léo do Piso foi a sexta da noite. Com o comando fundamental de Tinga e Emerson Dias, a obra foi muito impulsionada com o canto da torcida também. Com um samba melódico, cujos versos da primeira parte chamam muita atenção, o refrão final também muito bom, e o samba como um todo bem melódico tendo crescido desde o início da disputa. Destaque para o refrão do meio, iniciado com “Gangazumba, ê! Luiz!/Reparação do Gueto, a minha raíz…”, muito bem cantado durante a apresentação.

Parceria de Kirraizinho: A parceria de Kirraizinho, Dr. Rogério, Ronaldo Nunes, Clay Ridolfi, Miguel Dibo, Ramon via 13 foi a penúltima da noite. Pitty dr Menezes e Charles Silva, com o apoio de Tem-Tem Jr. e Igor Vianna foram as vozes da apresentação, o que garantiu muita energia durante o tempo no palco. Animado, bem cantado, contou com uma torcida cantando forte e empolgada, além de outros componentes presentes na quadra. Destaque para os versos “Lágrimas transbordam a retina/É o filho de Corina/Meu menino de Xangô”, também tendo destaque a segunda parte do samba, bem cadenciada.

Parceria de Sidney de Pilares: Último samba da noite, a parceria de Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, Marcelo Lepiane, Valtinho Botafogo, João Conga e Dr. André Lima. Zé Paulo conduziu muito bem o samba, encerrando a noite pra cima, com muito ânimo e canto também da torcida. O início de ambas as partes são muito boas para se cantar, com “Acende vela para o rei dessa pedreira” em saudação a Xangô e “Luiz Fernando do Carmo e do Morro” evocando o nome de batismo de Laíla. Destaque também para o refrão final do samba pedindo caminhos abertos para a vitória da escola.

Reta final da disputa na Tijuca mostra briga forte entre parcerias

A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, acompanhou a etapa de quartas de final da Unidos da Tijuca. Na próxima segunda será divulgada as parcerias que vão para semifinal de samba-enredo. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de Gabriel Machado: O primeiro samba da noite teve a assinatura dos poetas Gabriel Machado, Julio Pagé, Valtinho Botafogo, Jorge Mathias e Robson Bastos. A torcida compareceu e fez barulho durante toda a apresentação. O palco comandado pelo intérprete da Mocidade, Zé Paulo, teve um ótimo rendimento. O samba, que é um dos mais bonitos da disputa, passou bem demais na quadra. Durante as seis passadas o samba não caiu em nenhum momento e isso foi perceptível. O forte refrão principal mais uma vez foi destaque “Loci Loci, meu pai/Quando o morro descer/Vai ter Xirê, vai ter Xirê/Loci Loci, meu pai/Quando o morro descer/Vai ter mandinga da Tijuca no ilê”. Na segunda parte do samba, o verso “Coia coia, Brasil” foi utilizado como contra canto, dando um destaque a mais. Outra parte de destaque é na virada melódica “Seguindo os caminhos de Exu”, nessa parte começa o preparo para chamar o refrão de cabeça. A cabeça do samba, mais vez, passou bem demais “Orunmulá anunciou/No olho d’água derramou o seu axé/Akofá, Logun Edé!/Nasceu o filho de Oxum e Erinlé”. Outra parte que chama atenção na obra é parte que antecede o refrão de meio “Logun, Logun/Santo menino que velho respeita/Logun, Logun/Santo herdeiro que aprendeu a ensinar”. Mais uma apresentação ótima e sólida da parceria que briga para chegar na final.

Parceria de Wantuir: O segundo samba da noite teve a assinatura dos compositores Wantuir, Robson Ramos, Gegê Fernandes, Vinicius Xavier, Guilherm Ckokito e Rafael Lopes. A torcida cantou forte durante toda a apresentação e foi um dos trunfos da parceria. Wantuir e Niu Souza foram bem demais na condução da obra no palco. O ponto de maior destaque, mais uma vez, foi o excelente refrão de cabeça “Alofá, Arô… Logun Edé/Akofá, Arô… Logun Edé/Toca aguerê, firma o ijexá/Desce o morro do Borel pra Tijuca guerrear”. Uma parte que vai crescendo a cada apresentação é o refrão de meio. Outro ponto de destaque é na virada na melodia do verso “Êh Bahia que aportou o Axé”. O samba se apresentou muito bem nessa noite e tem passado cada vez mais encorpado, podendo sonhar sim em chegar mais longe na disputa.

Parceria de Sereno: A terceira parceria da noite teve a assinatura dos compositores Sereno, Dinny Marcelo do Ouro, André Aleixo, Ricardo Castanheira, Mano Kleber e Rogério Só Filé. A torcida compareceu em um número menor comparando as outras parcerias, mas também fez bonito cantando o samba dos compositores. Bruno Ribas liderou o palco e seguro teve um bom desempenho. O refrão principal foi o grande destaque da parceria e também a parte que a torcida mais cantava “Me chamo Logun Edé/Leva Tijuca todo meu axé/Teus inimigos não te alcançarão/Incorporei na alma do pavão”. O samba mais melodioso da disputa carecia de uma força maior, pois faltam alguns pontos de explosão e depois de algumas passadas ele cai um pouco. Mas, se por um lado falta força, por outro a melodia é muito bonita. Isso fica perceptível logo na cabeça do samba e também no início da segunda.

Parceria de Lico Monteiro: O quarto samba da noite teve a autoria dos compositores Lico Monteiro, Leandro Thomaz, Telmo Augusto, G. da Esriva, Jefferson Oliveira, Marcelo Lepiane e Washington Lopes Freitas. A torcida, mais uma vez, deu um show como de costume. É uma torcida que tem o hábito de ter um canto homogêneo durante toda a apresentação. Wander Pires mandou bem na condução do samba, valorizando a linda melodia que a obra possui. Ele contou com um forte time de apoio, Charles Silva, Digão e Vandinho. O único ponto obervado no palco para a parceria ficar atenta na próxima apresentação é aumentar de leve os apoios, pois estavam bem baixos, principalmente, o Charles. A parceria vem fazendo apresentações consistentes e vibrantes desde o início. A “meiuca” da obra chama muita atenção por ter diversos momentos bons: Primeiro momento “Orayeyeo mamãe, orayeyeo/Veste a lama da floresta/Pra semente florescer”, Segundo momento: Mandei preparar/Axoxo e Omoloķô na doçura do lelê/Pro cortejo coroar”. Terceiro momento: “Ê Logun edé girou (É guerra!)/Contra o invasor(Defender a nossa terra)/Pra vencer a ambição, a maldade que espreita/Santo menino, mais velho respeita!”. O refrão principal foi um estouro, sendo o maior momento de explosão da apresentação. A parceria vem chegando forte nessa reta final para beliscar uma vaga na final.

Parceria de Anitta: A penúltima parceria teve a assinatura dos compositores Anita, Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho e Diego Nicolau. A torcida fez um espetáculo na quadra, marcando presença até nos camarotes. Igor Sorriso foi excelente na condução do samba e contou com time afinado e entrosado no palco. A primeira parte do samba realça a bela melodia e a letra inspirada que a obra possui, como por exemplo: Príncipe nascido desse grande amor/Herdeiro da bravura e da beleza/É da minha natureza a dualidade e o fulgor”. O refrão de meio teve um rendimento ótimo nas seis passadas “Oakofaê, odoiá/Oakofaê, desbravei o mar/Não ando sozinho montei no cavalo marinho/Abri caminho pro povo de Ijexá”. A preparação para o refrão de cabeça chama muita atenção também “Orixá menino que velho respeita/Recebi sentença de pai Oxalá/Eu não descanso depois da missão cumprida/A minha sina é recomeçar”. Foi notório o refrão principal sendo berrado pela torcida presente. Uma ótima apresentação da parceria e que teve uma grande comunicação com o público presente. Dificilmente este samba não estará na final.

Parceria de Júlio Alves: O último da noite teve a assinatura dos poetas Júlio Alves, Totonho, Fadico, Dudu, Chico Alves e Claudio Russo. A torcida mostrou o samba na ponta da língua, não deixando de cantar em nenhum momento. Assim como na parceria anterior, a torcida marcou presença também nos camarotes. Tinga liderou o palco fortíssimo que contou com Pitty de Menezes, Tem-Tem Jr e Thiago Chaffin. O palco começou fazendo uma apresentação impressionante com bastante força. Só precisam ter atenção para as próximas apresentações, na entrada do falso refrão de meio, com o verso “Exú o ensinou o poder de transformar”. Refrão principal foi mais uma vez um grande destaque, pois teve um rendimento forte nas seis passadas na quadra “Aê abaissá fara logun fá/Aê abaissá fara logun fá/Guardiã do meu destino/A Tijuca tem axé/ Loci loci logun Edé”. Outro momento de destaque é o bis “Ilexá preparou omolocum/Ijexá no tambor, um baticum”. A cabeça do samba passou bem demais nas seis passadas também “Alafiou/Jogo aberto, jogo feito/E uma flor rasgando o peito/Desse nobre caçador”. Fechou com muita qualidade a noite das quartas de final. É uma obra que dificilmente não estará na final de samba da Tijuca, por todas as apresentações fortes que já fez.

Presidente da Liesa recebe intérpretes e casais para ouvir demandas dos segmentos

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Gabriel David, recebeu nesta quinta-feira os intérpretes e os casais de mestre-sala e porta-bandeira do Grupo Especial para um encontro na sede da entidade, no Centro do Rio. O objetivo foi ouvir as demandas dos segmentos, além de levantar possíveis ideias para aprimorar questões de logística.

cantores
Fotos: Divulgação/Rio Carnaval

“Conversar diretamente com os artistas que fazem o Carnaval é muito importante para aprimorarmos ainda mais a nossa organização. As portas da minha sala e a de todos os diretores da Liga estão sempre abertas para receber vocês”, afirmou o presidente.

Para a porta-bandeira da Viradouro, Rute Alves, as melhorias que venham a ocorrer na logística de chegada e preparação dos casais têm tudo para ser um legado no Carnaval: “Agradeço, em nome não só dos primeiros casais, mas também dos segundos e terceiros”, ressaltou.

casais

Quem também celebrou o encontro foi o cantor Tinga, da Vila Isabel: “Estamos todos muito agradecidos e felizes por estarmos aqui. Essa é a primeira vez que somos convidados para um encontro como esse para falarmos sobre as nossas ideias”, destacou. “Nos sentimos acolhidos”, complementou Igor Sorriso, do Salgueiro.

Senado aprova lei de autoria que reconhece o samba e seus instrumentos como manifestações da cultura nacional

Se contar, ninguém acredita. O samba, justamente o samba, que faz parte da nossa identidade nacional, até ontem não era reconhecido oficialmente como uma manifestação da cultura nacional. Mas o Senado Federal corrigiu essa injustiça e aprovou o projeto de lei que reconhece não só o samba, mas instrumentos e suas práticas como manifestações da cultura nacional. O texto de Chico D’Ângelo (PDT-RJ) que vai para a sanção do presidente Lula determina que pandeiro, tantã, cuíca, surdo, tamborim, rebolo, frigideira, timbas e repique de mão, desde que sigam, nos meios de produção, as práticas e as tradições culturais a ele associados, sejam protegidos pela lei.

quintal
Foto: Divulgação/Fundo de Quintal

“Foi um projeto que apresentei em 2016 depois de procurado por vários sambistas de todo o país, que me convenceram da importância de se preservar estes instrumentos. O Sereno, do Fundo de Quintal, por exemplo, foi quem criou o tantã, instrumento que hoje está em toda roda de samba. O saudoso Ubirany, também do Fundo, criou o repique de mão. Proteger a tradição e a memória na produção destes instrumentos significa garantir a continuidade e o futuro do samba”, justificou o niteroiense Chico D’Ângelo, hoje assessor especial de Ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Parceria inédita leva mobilização pelo Feminicídio Zero ao Carnaval 2025

Uma parceria inédita pelo enfrentamento à violência contra mulheres no carnaval foi firmada nesta quinta-feira. A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) assinaram a Carta-Compromisso da Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero, do Ministério das Mulheres, em reunião na sede da Liesa, no Rio de Janeiro, com as presenças da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e do presidente da Liesa, Gabriel David.

feminicio zero sapucai
Foto: Marcio Menasce/Divulgação Embratur

A proposta é que sejam levadas à Marques de Sapucaí, durante o desfile das escolas de samba do Rio, mensagens de conscientização pelo enfrentamento a todos os tipos de violência contra mulheres, como a doméstica e familiar, sexual, patrimonial, moral e online. Também deverá ser construída uma ação para o 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, que no próximo ano coincidente com o desfile das campeãs.

Brasília (DF), 15/08/2024 – A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, durante o lançamento da nova plataforma do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, no ministério do Planejamento. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Mministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A ministra Cida Gonçalves ressaltou que o Feminicídio Zero é uma mobilização permanente do Ministério das Mulheres. “É papel e responsabilidade do Estado construir e executar políticas públicas para atender às mulheres em situação de violência, mas não daremos conta se a sociedade também não se envolver. Se cada indivíduo não se meter em uma situação de agressão de pessoas conhecidas, de amigos, familiares e dos vizinhos. Para mudar no coletivo tem que mudar no individual. Por isso usar espaços que chamem a atenção do público, como estamos fazendo nos jogos de futebol atualmente e queremos fazer com o Carnaval, é essencial para dar visibilidade a esse tema”, disse.

“Não há outro evento que chame mais a atenção do mundo do que o carnaval do Rio de Janeiro. O mundo inteiro estará olhando para a Sapucaí. É um instrumento poderosíssimo de comunicação, e por isso uma grande oportunidade para passarmos a mensagem de enfrentar a violência contra a mulher. Será um espaço essencial também para reforçarmos que, durante essa festa linda, com turistas do mundo todo, a mulher brasileira não é um objeto, não é uma mulher exótica”, disse o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. “Criar uma consciência de que é responsabilidade de todas as pessoas reagir contra a violência é muito importante”, acrescentou sobre a Mobilização pelo Feminicídio Zero.

“A Liesa e as escolas de samba querem se engajar cada vez mais na causa pelo feminicídio zero. O carnaval tem um papel fundamental na conscientização da sociedade, com uma capacidade de diálogo única no mundo por meio da arte e da cultura”, ressaltou o presidente da Liesa, Gabriel David.

De acordo com dados da Liesa, pessoas oriundas de 159 países, em todos os continentes, acessaram a plataforma para comprar ingressos para assistir ao carnaval de 2024 na Marquês de Sapucaí, o que torna o carnaval do Rio o maior evento do mundo. O número de países presentes é comparável apenas a uma Olimpíada, que é realizada a cada quatro anos. Além disso, brasileiros de todos os estados assistiram presencialmente ao desfile.

  • As informações são da Agência Brasil

Glória ao Almirante Negro! Tuiuti e o presidente Renato Thor recebem o diploma Adbias Nascimento na Alerj

O presidente do Paraíso do Tuiuti, Renato Thor, recebeu na noite desta quinta-feira, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o diploma Abdias Nascimento, em reconhecimento a atuação no fortalecimento da luta por empreender esforços na luta pela conquista e afirmação de uma sociedade democrática plural, com pleno respeito e igualdade de oportunidade entre os seus componentes raciais e culturais.

thor alerj
Foto: Reprodução de TV

“Esse momento é único. Represento aqui minha comunidade do Morro do Tuiuti e o bairro de São Cristóvão. Vou guardar essa homenagem com muito carinho. É fruto de muito trabalho e dedicação. O Paraíso do Tuiuti sempre procura fazer enredos culturais e históricos. Estamos sempre contra o preconceito racial. No simpósio da Liesa, um dos julgadores mencionou três enredos, e um deles era o do Tuiuti. Lutamos para colocar a escola no lugar mais alto. O Tuiuti não coloca carnaval para ficar no grupo, mas para brigar pelo título. O carnaval de 2025 faz a passagem do Almirante Negro para Xica Manicongo. Eu sei o que o carnaval representa para todas comunidades. O nosso enredo, muitas vezes, vira pauta escolar. Isso prova que estamos no caminho certo”, disse o presidente do Tuiuti, Renato Thor.

O deputado Carlos Minc, autor do homenagem, destacou que o Paraíso do Tuiuti trouxe esse ano o enredo “Glória ao Almirante Negro!”, contando a história do marinheiro brasileiro João Cândido Felisberto. “Esta foi uma homenagem mais que merecida ao Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata, em 1910. E, seu presidente Renato Marins Thor empreendeu esforços para realizar essa valorosa homenagem. Sua gestão traz como diferencial enredos enriquecidos pela história afro-brasileira”, disse o deputado.

Sobre a premiação

Esse prêmio tem como objetivo destacar a atuação na luta pela defesa dos direitos da população afro-brasileira. Nesse sentido saldamos a agremiação que promoveu esse importante resgate e valorização da nossa história com o devido reconhecimento de João Cândido como herói do povo brasileiro. Nas palavras do carnavalesco Jack Vasconcelos, é o povo usando o carnaval para falar ‘olha aqui o nosso herói’. Novamente, só foi possível pelo empenho e compromisso do presidente da agremiação.

Marcelinho Calil sobre o sucesso da Viradouro: ‘Não tem segredo, é trabalho’

A Unidos do Viradouro, atual campeã do carnaval carioca, segue impressionando com a qualidade de suas composições para o desfile de 2025. Segundo Marcelinho Calil, uma das principais lideranças da escola, o sucesso de mais uma safra de sambas elogiada se deve a um processo de trabalho minucioso e dedicado, sem grandes segredos.

calil viradouro
Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

“Segredo? Não tem, é trabalhar”, afirma Calil. Ele explica que tudo começa com a escolha do enredo e a construção de uma narrativa clara e poética, com o apoio de grandes nomes como do enredista João Gustavo e do carnavalesco Tarcísio Zanon. “A sinopse precisa ter clareza, setorização e poesia. Depois, trabalhamos de forma exaustiva para tirar dúvidas e deixar os compositores prontos para traduzir a ideia do enredo”, detalha.

Ainda que todo esse processo técnico seja fundamental, Marcelinho Calil ressalta que não há garantias de sucesso. “São ferramentas que tentamos usar para conseguir uma boa safra de samba, mas isso não é garantia de nada. O que posso afirmar é que a Viradouro, mais uma vez, vai para a avenida com um grande samba”, afirma com confiança.

Ouça os sambas que seguem na Viradouro para o Carnaval 2025

A safra de sambas deste ano foi numerosa, com 24 obras inscritas. Para Calil, esse número reflete o momento positivo da escola e a credibilidade conquistada nos últimos anos. “Já é o terceiro ano que a gente recebe mais sambas, e isso tem a ver com o enredo, o momento da Viradouro e, claro, com a atitude da escola. Fico ainda mais feliz porque a maioria dos sambas são de compositores da casa”, comemora.

Quando questionado sobre o que faz um samba se destacar na disputa, Marcelinho é claro: “O samba precisa traduzir bem o enredo, mas, mais do que isso, precisa captar o espírito do que queremos contar. O desfile deste ano traz uma história com uma vertente muito clara, ligada ao espírito de João Batista e de Malunguinho. Precisamos de um samba que taque fogo na avenida”, finaliza, demonstrando a confiança de quem sabe que a Viradouro está no caminho certo.

Top 6! Imperatriz Leopoldinense realiza mais uma eliminatória de samba-enredo na próxima sexta-feira

Na próxima sexta-feira, véspera de feriado, a Imperatriz Leopoldinense, atual vice-campeã do Carnaval carioca, realiza em sua quadra de ensaios, em Ramos, Zona da Leopoldina do Rio, suas quartas de final para a escolha do samba-enredo que vai conduzir a escola em seu desfile para 2025.

Ouça os 6 sambas que seguem na disputa da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2025

Seis sambas seguem na disputa da Rainha de Ramos. Confira as parcerias e suas ordens de apresentação para sexta:
1) Samba 5: Hélio Porto, Marcelo Viana, Dr Clay Ridolfi, Leandro Rosa, Rogério Oliveira e Luizinho das Camisas;
2) Samba 2: Guga, Josimar, Márcio André Filho, Inácio Rios, Zé Inácio e Igor Federal;
3) Samba 1: Ian Ruas, Caio Miranda, José Carlos, Sonia Ruas-Raxlen, David Carvalho e Tamara Miranda;
4) Samba 13: Gabriel Coelho, Moisés Santiago, Luiz Brinquinho, Chicão, Miguel Dibo e Orlando Ambrosio;
5) Samba 7: Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Jorge Arthur, Daniel Paixão e Wilson Mineiro;
6) Samba 22: Renan Gêmeo, Raphael Richaid, Rodrigo Gêmeo, Silvio Mesquita, Sandro Compositor e Marcelo Adnet;

A presidente Catia Drumond destacou a força e a qualidade dos seis sambas presentes na competição.

“Já estamos na reta final do processo de escolha do nosso samba e temos seis obras maravilhosas, todas com muita capacidade de ser o hino oficial da Imperatriz em 2025. Nossa ala de compositores é uma das melhores do Carnaval, e a prova é a entrega de sambas incríveis e condizentes ao enredo. Que vença o melhor para a escola e comunidade”, afirmou a presidente.

bainas imperatriz
Foto: Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

A semifinal da verde, branco e dourado foi programada para 14 de setembro, em feijoada com a participação especial das coirmãs Unidos de Vila Isabel e Unidos de Padre Miguel. Já a grande final está marcada para o dia 27 de setembro.

Em 2025, a Imperatriz Leopoldinense será a segunda escola a desfilar no domingo de Carnaval. A agremiação busca seu 10º campeonato com o enredo “ÓMI TÚTU AO OLÚFON – Água fresca para o senhor de Ifón”, do carnavalesco Leandro Vieira, que contará a história da saga de Oxalá ao reino de Oyó para visitar Xangô.

Serviço: Eliminatórias de Samba da Imperatriz
Data: 06.09 (sexta-feira)
Local: Rua Professor Lacé, 235, Ramos – Quadra de Ensaios LPD
Horário: a partir das 19h
Entrada: gratuita para componentes inscritos no Carnaval 2025 até 21:30

Gilsinho sobre apresentação da Portela na ‘Noite dos Enredos’: ‘de gala e a presença do Milton foi a cereja do bolo’

A equipe do CARNAVALESCO ouviu integrantes da Portela sobre a apresentação da escola, na última sexta-feira, na “Noite dos Enredos”, na Cidade do Samba. A escola levará para Avenida o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, desenvolvido pelos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga. Veja abaixo o vídeo da apresentação e os depoimentos dos componentes.

Gilsinho, intérprete: “Foi uma apresentação de gala e a presença do Milton foi a cereja do bolo. Tinha muita gente emocionada e, graças a Deus, deu tudo certo. Foi uma apresentação sensacional – todo mundo gostou e eu também curti demais. É um enredo muito emocionante. Ele também está super emocionado. Vai ser um nível emocional muito alto “risos”.

Junior Escafura, vice-presidente: “Acredito que foi emocionante demais e todo mundo que estava aqui viu. A Portela precisava disso, porque ela é amor e emoção. A gente está muito feliz, mas esse é só o início e aumenta ainda mais a nossa responsabilidade para escolher um grande samba e fazer um grande Carnaval. O sentimento é de confiança em saber que estamos no trabalho certo. Vamos encerrar o Carnaval de 2025 com chave de ouro”.

portela enredos25
Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Junior Schall, diretor de carnaval: “É mais uma etapa de uma caminhada em que a gente vai até Milton Nascimento. O mundo do samba, pela voz e cores da Portela, trouxe Milton Nascimento. No entanto, fomos nós que o abraçamos. É um exercício de emoção. Se a emoção não nos guiar na apoteose como guiou a todos aqui, a gente não estará fazendo o maior espetáculo da terra para pessoas que amam o samba. É isso que estamos tentando trazer: a voz e o sol Milton Nascimento”.

Leo Senna e Kelly Siqueira, coreógrafos da comissão de frente

“O que foi pedido é que a gente passasse realmente o que será o enredo da escola, com começo, meio e fim”, disse Kelly.

“A gente se sensibiliza a cada dia em que a gente prepara e cria. Esse ‘atravessamento’ que ele causa nas pessoas é a ideia que a gente tinha para compor esse espetáculo. A sensação que me dá é que todo mundo saiu daqui arrebatado”, completou Leo.

Artur Santos e Waleska Gomes destacam empenho, felcidade na Terceiro Milênio

O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Estrela do Terceiro Milênio, Arthur Santos e Waleska Gomes, estrearam na escola em 2024 e, prontamente, levaram o resultado para a agremiação que conquistou a vaga no Grupo Especial. Agora, estão indo para o segundo ano com expectativas dobradas, colocando o forte enredo no mais alto patamar e empolgados para representar o manifesto LGBTQIAPN+. A dupla conversou com o CARNAVALESCO e contaram as experiências do último carnaval, a gratidão pela comunidade e todo o sentimento que foi estrear ostentando o pavilhão do Grajaú.

milenio samba25 5
Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Desfilando com um tema necessário

A porta-bandeira falou sobre a importância do enredo que a Estrela do Terceiro Milênio irá cantar na avenida e se diz feliz de ter a oportunidade de homenagear as pessoas que fazem parte do movimento LGBTQIAPN+. “A gente se sente honrado em fazer parte desse momento, porque eu acho que é muito necessário, não só para a Milênio, mas para o carnaval inteiro. Eu acho que o carnaval é esse lugar, de vozes das minorias, das pautas, que a gente pode falar de várias questões. Eu acho que a nossa escola, também quando falou das mulheres, é uma agremiação que levanta essas bandeiras e defende mesmo. Então, eu me sinto honrada de poder homenagear tantos artistas e tantas pessoas que fazem esse movimento acontecer. Também, de fato, a gente faz um manifesto contra tudo que essas pessoas sofrem no nosso país, que é muito difícil. Ao mesmo tempo que a gente fica feliz, também ficamos tristes de ter que vir aqui manifestar e pedir igualdade para todos”, comentou a porta-bandeira.

Pé na porta! Parceria dos irmãos Minuetto vence samba na Estrela do Terceiro Milênio e diz: ‘Enredo nos inspirou demais’

Seguindo a linha de raciocínio de sua companheira, Arthur declarou que demorou a ter esse tema no carnaval e, também, elogiou a sua escola pela responsabilidade. “Eu acredito que até demoramos a ter um enredo tão importante como esse no carnaval, que representa o mundo. De fato, o carnaval tem essa responsabilidade de levantar a bandeira e de ser a voz do povo. A Terceiro Milênio mais uma vez, como a minha porta-bandeira falou, chegou para falar por todos”, afirmou o mestre-sala.

Escola ativa e empenho nos ensaios

De acordo com a dançarina, o carnaval desde que a escola venceu o Grupo de Acesso 1 não acabou, devido ao fato de serem chamados para inúmeras apresentações, além de ensaios visando o próximo ano. “A gente costuma brincar que o trabalho aqui na Milênio não acabou, porque quando a escola acaba sendo a campeã, a gente sempre é chamado para fazer várias apresentações. É muito ativa. Aqui sempre teve muitas coisas e a gente já começou o nosso trabalho focado para o nosso julgamento. Então a gente já ensaia na fábrica. Mais uma vez, eu sempre agradeço o suporte que a diretoria nos dá. É um apoio incrível para os profissionais trabalharem. Nós temos uma condição de ter aula, um espaço legal, um espelho e uma preparadora. Nós conseguimos nos preparar bem e já estamos fazendo isso”, contou.

Ouça o samba-enredo da Estrela do Terceiro Milênio para o Carnaval 2025

Arthur completou dizendo que já estão avançando bastante nas fases que levam ao desfile de 2025, já caminhando para a etapa em que se adicionam pesos nas roupas de ensaios, simulando a fantasia da avenida. “Já iniciamos o nosso processo. Dividimos todo o nosso trabalho e o início de apresentações, preparação com coreografia, passos e preparação individual. A gente arruma aquelas imperfeições que sempre notamos. Nós somos dançarinos e nunca estamos satisfeitos. A gente tem esse suporte da preparadora Ana Reis graças a nossa diretoria e ao nosso presidente Silvão. Já estamos iniciando o processo de peso, vocês acreditam? Já estamos adicionando peso nas nossas roupas, a blusinha para simular ao máximo o nosso grande dia”, disse.

Emoção da posse e confiança da agremiação no trabalho

Waleska contou que chegou tímida na escola, com o ciclo na metade do caminho, mas que prontamente foi abraçada pela comunidade do Grajaú. Ela prometeu que levaria o resultado e conseguiu. “Eu falo para todo mundo que a empatia e o carinho que essa comunidade teve comigo, foi incrível. Eu nunca vou esquecer, porque foi realmente um momento bem delicado. Eu moro em Guarulhos, eu não conheço ninguém e quando eu cheguei aqui, essas pessoas me abraçaram demais. A comunidade, a diretoria, a minha parceria com o Arthur, parece que a gente já se conhecia há anos. Mas o que fez a diferença para mim realmente foi a empatia que todas as pessoas da comunidade, tiveram comigo e com os meus sonhos. Muitas vezes eu ficava aqui de cantinho, não sabia onde eu ia, mas sempre vinha alguém me receber. O dia da minha posse foi um momento muito especial para mim. Foi um momento que eu nunca vivi, do jeito que eles recepcionaram até a minha família. Eu até falei para o Japa (diretor de harmonia) no dia da minha posse: ‘Eu não tenho como te agradecer, só tenho como te agradecer de um jeito. Eu prometo para você que eu vou dar o meu melhor, eu vou trazer o resultado que a escola precisa e vou levar uns prêmios para casa. Graças a Deus, eu consegui cumprir essa promessa”, contou.

O mestre-sala também citou o momento da posse como algo emocionante, pois um jovem que já estava na casa foi designado a ocupar o cargo. O dançarino destacou o empenho e o trabalho de conquistarem notas e prêmios para a agremiação. “Sempre tem ansiedade. A partir do momento em que não tem nervosismo, ansiedade, tem alguma coisa errada. A minha ‘portinha’ citou um momento muito lindo, que foi a nossa posse. Eu coloquei meu primeiro pé direito na quadra e já comecei a chorar, porque os harmonias falaram pra mim: ‘Nosso menino virou nosso primeiro mestre-sala’. Foi tão forte essa parte do nosso menino, me trouxeram tão para dentro, me incluíram tanto na família, que é surreal. Não tem palavras para descrever. Como a minha porta-bandeira disse, vamos trazer resultado, dar o nosso máximo, trazer prêmio. É a nossa vontade, porém a gente trabalha muito para ter essa troca. Foi surreal, lindo, maravilhoso. Ter aquela noite prestigiando o pessoal a nossa volta, ver a diretoria torcendo e cantando o nosso samba com tanto vigor, foi maravilhoso e indescritível”, finalizou o mestre-sala.