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Estreia em São Paulo o musical ‘Martinho, coração de Rei’

“Martinho, Coração de Rei – O Musical” mergulha nas raízes africanas do mestre sambista Martinho da Vila, revelando a profunda influência da Folia de Reis e de outras manifestações culturais afro-brasileiras em sua obra. A dramaturgia da renomada especialista em África, Helena Theodoro, inspirada em sua pesquisa sobre o continente africano e na biografia “Martinho da Vila: Reflexos no Espelho” de sua autoria, cele bra a força da ancestralidade e a riqueza da cultura negra.

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Fotos: Erik Almeida/Divulgação

Com estreia em 20 de setembro, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e já com temporada programada para o Rio de Janeiro em 2025 no Teatro Riachuelo Rio, “Martinho, Coração de Rei – O Musical” passeia pela vida e obra de um dos maiores sambistas do Brasil. É uma celebração à rica história do samba e à trajetória de um ícone da música popular brasileira, e com uma trilha sonora inesquecível, o espetáculo nos transporta para o universo de Martinho da Vila, revelando um homem apaixonado pela música, pela família e pela cultura brasileira.

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Trata-se de mais um projeto idealizado pelo premiado produtor Jô Santana, que tem uma carreira marcada por produções de grande sucesso e relevância cultural, como a Trilogia do Samba, que homenageou Cartola, Dona Ivone Lara e Alcione. Neste projeto, Jô está novamente fazendo uma dobradinha com Miguel Falabella, parceiro com quem realizou o sucesso “Marrom, o Musical” e mais recentemente o espetáculo “A Partilha”, o diretor Falabella e a dramaturga Helena Theodoro alicerçam um espetáculo recheado de africanidades e referências icônicas da história do povo preto – fazendo um resgate ao panteão, outrora grego, mas aqui retratado na sua real origem, pois o espetáculo é uma contemplação a lendas e mitos afro-brasileiros e ao samba.

Dividido em dois atos com duração de 150 minutos com 15 minutos de intervalo, o espetáculo passa pelo homem de família, pelo compositor, que foi militar, apaixonado por futebol e chega ao carnaval, às grandes e ancestrais rodas de samba – inclusive neste momento da Roda de Samba, teremos a participação de grandes nomes do samba, como Leci Brandão, Mart’nália, entre outros. No palco, um time de bambas, 20 talentosos atores-cantores-bailarinos e 8 músicos dão vida a essa história, entre os quais temos a felicidade de contar com netos de Martinho: a atriz, cantora e dançarina Dandara Ventapane e o músico Guido Ventapane.

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Este grandioso espetáculo de teatro musical movimenta mais de 300 empregos diretos e indiretos gerados neste período desde a concepção até o fim da temporada, conta com mais de 250 figurinos criados pelo premiado Cláudio Tovar e confeccionados por colaboradoras do negócio Tereza com apoio do Instituto Humanitas360. Por meio dessa parceria, nove mulheres egressas do sistema prisional estão costurando e bordando as peças em ateliê instalado na Oficina Cultural Oswaldo Andrade, cenografia ágil, surpreendente, e uma seleção músicas de Martinho da Vila que c ertamente todo mundo já conhece. Esperamos por todos e todas, para celebrar a história do samba e se conectar com suas raízes africanas.

Ficha Técnica
Um espetáculo de Miguel Falabella
Idealização e Realização – Jô Santana
Dramaturgia – Helena Theodoro
Diretora Assistente – Iléa Ferraz
Direção Musical – Josimar Carneiro
Coreografias – Rafael Machado
Cenografia – Zezinho Santos e Turíbio Santos
Figurinos – Cláudio Tovar
Visagismo – Everton Soares
Designer de Luz – Felipe Miranda
Designer de Som – Bruno Pinho
Programação Visual – Dorotéia Design

Serviço
Teatro Sergio Cardoso – Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista
Bilheteria física do teatro sem taxa de conveniência
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 14h às 19h. Em dia de espetáculo, das 14h até o horário de início da sessão.
Contato: (11) 3288-0136
Bilheteria on-line: www.sympla.com.br
Reservas para grupos: [email protected]
Classificação: 16 anos
Sessões
Sexta-feira e segunda-feira, às 20h00
Sábado, às 15h e às 20h
Domingo, às 16h

VALOR DE INGRESSO
Setor Canta, Canta, Minha Gente
R$ 15,00 e R$ 60,00
Setor Casa de Bamba
R$ 100,00 e R$ 200,00
Setor Tom Maior
R$150,00 e R$75,00

Filme ‘Não Vamos Sucumbir’ faz viagem nos bastidores das escolas de samba

No centro do calendário anual da cidade do Rio de Janeiro, os desfiles das escolas de samba aparecem em destaque. Eles fazem um retrato social e político do Brasil e não há como olhar uma escola sem reconhecer a diversidade cultural e de realidades quem existem no país. Os desfiles fazem o processo histórico, mas também são feitos por ele. Celebram assim as tensões e forças desta pluralidade em seu momento histórico e são espelhos das dinâmicas sociais e comportamentais de cada época.

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Foto: Divulgação/‘Não Vamos Sucumbir’

Mostrando os barracões, a força e o significado político e social que faz deste evento uma manifestação singular de arte coletiva, talvez o maior do planeta, ‘Não Vamos Sucumbir’, produzido pela 3 Tabela Filmes, faz uma viagem nos bastidores das escolas de samba através do olhar de seus mais importantes pensadores e realizadores da atualidade, e traz por esta ótica uma visão sobre o universo político e resiliente destas agremiações, tantas vezes ameaçadas por conjunturas econômica e políticas.

Desde sua origem no final dos anos 20, as escolas de samba deram voz a setores artísticos e culturais das camadas afrodescendentes do Rio de Janeiro que buscavam espaços de legitimidade. Elas trouxeram neste caminho olhares e narrativas próprias e deram a populações marginalizadas um sentido de pertencimento. Enfrentaram a resistência da elite e de instâncias políticas adversas para chegarem aos dias de hoje. Surgem assim como instituições de negociação resultantes desta tensão, oscilando entre a conivência com políticas de Estado ou a crítica e a ruptura, interagindo desta forma com o contexto governamental em que estão inseridas.

Miguel Przewodowski conta como surgiu a ideia do documentário: “Na minha cabeça este filme foi um novelo que desenrolei e teci após assistir o impactante desfile da Mangueira no carnaval de 2019. Esse desfile foi um sopro de esperança num momento politicamente abissal da cidade e do país.” E completa: “Como documentarista busquei para abordar este vasto e complexo tema a voz e a experiência daqueles que respiram, vivem, fazem e pensam as Escolas de Samba. Um espaço de resistência de origem e cultura negra e também um generoso ponto de integração e celebração da nossa diversidade cultural e humana, sempre tão rica e maravilhosa”.

Sinopse

Partindo da preparação para o carnaval 2020, passando por fevereiro de 2021, quando os desfiles de Carnaval estavam suspensos pela pandemia, chegando até a retomada em 2022, ‘Não Vamos Sucumbir’ faz um inventário histórico desde o surgimento das escolas de samba até os dias de hoje, mostrando a força cultural, o significado político e social que faz deste evento o maior show do planeta.

Sobre o diretor

Miguel Przewodowski é formado em Jornalismo na PUC-RJ e Pós Graduado em Direção Teatral CAL/RJ. Diretor e autor de TV, cinema e teatro. Estreou no vídeo experimental em 1986 e realizou documentários, ficções, séries, programas musicais e jornalísticos. Dirigiu dezenas de séries educativas como Detetives da Ciência (Melhor Programa TV de ficção para Crianças e Jovens Fest.Nueva Mirada), Cantos do Rio (22nd Intl Film de Amiens, Festival de Biarritz/Fipatel) e docs. Heitor Villa-Lobos e Anísio Teixeira. Como realizador independente Why Banana? (coprod.ZDF/ARTE), Alice (Melhor atriz 41oFest de Brasilia 2008,) Dois na Chuva (Melhor Filme Juri Popular FestCuiba97), Bispo do Rosário (Prêmio Inter Press Service/Roma) e Amazônia, O Despertar da Florestania (Prêmio Juventude Melhor Filme de Língua Portuguesa do XX Festival Internacional Cine Eco Seia/Portugal).

Sobre a produtora

A 3 Tabela Filmes é uma produtora de cinema e TV do Rio de Janeiro que nasceu no curso de cinema da UFF com uma carreira de sucesso com curtas premiados. Seus sócios são o diretor Eduardo Nunes, a produtora Fernanda Reznik e a roteirista e produtora Izabella Faya. A partir de 2011, produziu longas de ficção e documentários que rodaram pelos festivais mais importantes do mundo – como Berlim, Rotterdam, Toulouse e Havana – além de séries de TV com conteúdo infanto-juvenil derivadas do Núcleo Caleidoscópio, um espaço de criação que já reuniu autores como Flávia Lins e Silva, Ludmila Naves, Arnaldo Branco, Gustavo Spolidoro, Renata Martins e Renata Côrrea. Produziu longas premiados como Sudoeste (2011), Antártica por um Ano (2019), Unicórnio (2018) e Derrapada (2023).

Ficha técnica
Argumento, roteiro e direção – Miguel Przewodowski
Produção – Fernanda Reznik e Izabella Faya
Pesquisa de conteúdo e personagens – Antonio Vieira
Direção de Fotografia – André de Paula
Som Direto – Marcus Vinicius Bastos Teixeira e Roberto Oliveira
Direção de Produção – Martha Ferraris
Montagem – Vinicius Nascimento
Montagem Adicional – Adriana Borges
Edição de Som e Mixagem – Damião Lopes
Produção Musical e Trilha original – Rodrigo Lima
Assistente de direção – André Sayão
Artes gráficas – Diogo Honorio

Serviço
‘Não Vamos Sucumbir’
Longa-metragem de Miguel Przewodowski
Estreia dia 19 de setembro
Praças: Rio de Janeiro, RJ, e São Paulo, SP
Rio de Janeiro – Estação NET Botafogo e Cine Santa Teresa
São Paulo – Cine Bijou
92 minutos
Classificação indicativa: livre
Uma produção da 3 Tabela Filmes em coprodução com a Arpoador Filmes
O filme foi produzido com recursos próprios das produtoras e finalizado com o aporte de coprodução da Rio Filme. Está sendo distribuído com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro – Secec, através da Lei Paulo Gustavo.

Império Serrano realiza “Um samba para Arlindo Cruz” em celebração aos 66 anos do sambista nesta terça

Nesta terça-feira, a partir das 18h, o Império Serrano abrirá as portas de sua quadra, em Madureira, para uma noite de celebração e emoção. O evento “Um samba para Arlindo Cruz” será uma grande homenagem ao sambista, que completou 66 anos de vida no sábado. Os ingressos estão disponíveis de maneira gratuita para retirada através da plataforma Sympla.

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Foto: Washington Possato Artes: Divulgação

Filho do homenageado, o cantor Arlindinho vai comandar a noite e trará para a quadra do Império uma super roda de samba com grandes convidados. O evento promete ser uma verdadeira celebração à obra de Arlindo Cruz, levando para o palco clássicos que marcaram época e que continuam emocionando fãs de todas as idades.

“Todas as homenagens ao meu pai me deixam muito feliz! Mas quando elas acontecem na quadra do Império Serrano sempre tem um sabor especial, porque é a escola do coração dele e a do meu também. Tem sempre uma energia diferente quando eu vou tocar na quadra do Reizinho de Madureira, principalmente quando vou cantar Arlindo Cruz no quintal dele. Todos que estarão lá podem esperar uma grande homenagem, uma grande roda de samba raiz, com pé no chão, como meu pai gosta. Vai ser muito emocionante! Espero vocês”, declarou Arlindinho.

O evento “Um samba para Arlindo Cruz” reafirma a forte ligação entre Arlindo e o Império Serrano. Além dos clássicos sambas-enredo para o Reizinho, o público pode esperar uma noite recheada de grandes sucessos, como “O meu lugar”, “Camarão que dorme a onda leva”, entre tantos outros clássicos imortalizados na voz de Arlindo.

Serviço:
Um samba para Arlindo Cruz
Data: 17 de setembro
Horário de início: 18h
Endereço: Av. Ministro Edgard Romero, nº 114 – Madureira, Rio de Janeiro.
Atrações: Arlindinho + roda de samba
Ingressos gratuitos no Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/um-samba-para-arlindo-cruz/2615883

Vote: Qual parceria é favorita para vencer a disputa de samba na Unidos de Padre Miguel?

A Unidos de Padre Miguel escolherá na sexta-feira, a partir das 22h, o seu hino para o Carnaval de 2025. A escola, que retornará à elite do Carnaval Carioca após 52 anos, levará para a Marquês de Sapucaí o enredo Egbé Iyá Nassô, de autoria dos carnavalescos Alexandre Lousada e Lucas Milato. O enredo promete uma viagem pela história e tradição afro-brasileira, ao destacar o legado de Iyá Nassô e o papel fundamental do Ilê Axé Iyá Nassô Oká, considerado o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento. Três obras estão na disputa. Abaixo, você pode ouvir os sambas, ver apresentações na quadra, ler nossas análises e votar para indicar qual parceria é favorita para vencer. Vamos divulgar o resultado na manhã de sexta.

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Foto: Diego Mendes/Divulgação UPM

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Com samba e alegria, Praça Tião Belo é inaugurada na comunidade do Santa Marta

O final de semana foi de festa para a comunidade do Santa Marta. Instituída por meio de decreto sancionado pelo prefeito Eduardo Paes, em junho, foi inaugurada a nova Praça Tião Belo, que está localizada no acesso à comunidade, em Botafogo. Figura marcante no carnaval carioca e enredo da Mocidade Unida do Santa Marta em 2024, o mestre de bateria Tião Belo morreu em abril deste ano em decorrência de um câncer e deixou um legado de alegria por onde passou.

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Foto: Divulgação/Santa Marta

A praça Mestre Tião Belo, passa a ser mais um ponto turístico da comunidade, que recebe cerca de 5000 mil turistas por ano. A celebração foi marcada pelo encontro da família e amigos do sambista no Polo de Inclusão Social Padre Velloso, da Prefeitura do Rio, local onde Tião trabalhou durante toda a vida. Em meio às homenagens, o público presente foi para a praça confraternizar com muita música e samba, do jeito que o mestre gostava.

O evento contou com a presença da diretoria da Mocidade Unida do Santa Marta, além da apresentação dos segmentos da agremiação e de vários blocos da Zona Sul. A iniciativa da praça partiu dos próprios moradores da comunidade representados pela Associação de Moradores do Santa Marta e pela Escola de Samba Mocidade Unida do Santa Marta, que o próprio ajudou a fundar e também do Grupo Eco, que realizou um plantio em parceria do Eixo de Ativismo Social Hashomer Hatzair e o Colhendo o Futuro do Santa Marta, contando ainda com a participação de gestores públicos que atuam no território.

Thiago Gomes e Junior Cabeça são os novos diretores de carnaval da Superliga

A Superliga anuncia Junior Cabeça e Thiago Gomes como os novos diretores de carnaval para o próximo ciclo carnavalesco. Ambos os profissionais trazem vasta experiência no mndo do samba, com trajetórias marcadas por grandes escolas e projetos vitoriosos.

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Foto: Divulgação/Superliga

Thiago Gomes, reconhecido por seu trabalho à frente de escolas como Unidos da Ponte, Acadêmicos de Vigário Geral, União de Jacarepaguá, Unidos de Lucas e Arame de Ricardo, atualmente atua como Diretor de Carnaval da tradicional Em Cima da Hora.

Já Junior Cabeça construiu uma carreira sólida com passagens em agremiações de peso, como Porto da Pedra, Paraíso do Tuiuti, União da Ilha, Vila Isabel e Viradouro. Atualmente, ocupa o cargo de Diretor de Carnaval da União de Maricá.

Com essas importantes contratações, a Superliga reafirma seu compromisso em fortalecer a qualidade dos desfiles e proporcionar um espetáculo ainda mais grandioso para os apaixonados pelo carnaval.

Portela tem domingo de disputa de samba-enredo com três destaques

A noite de domingo em Oswaldo Cruz foi de “Eliminatórias” e a equipe do CARNAVALESCO esteve presente. Esta foi a primeira etapa com os sambas-enredos classificados após a etapa por chaves. Dez parcerias se apresentaram, oito se mantiveram na competição. Tião Sapê e Mauro Diniz e suas parcerias de composição não se classificaram. A escola, em 2025, homenageará o cantor e compositor Milton Nascimento com o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”. Confira a análise das apresentações que continuam.

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Parceria de Luiz Carlos Máximo: A primeira parceria a subir no palco foi a dos compositores Luiz Carlos Máximo, Manu da Cuíca, Buchecha, Belle Lopes, Ximeninho, Régis e Heitor César. O samba interpretado por Marquinho Art’Samba e Nêgo tem um refrão principal com potencial de contagiar o público com o verso “Tá que tá caindo flor”. A composição apostou em repetições como o verso “Voai por nós, minha águia” e “Ora ye ye, avacanoê” no segundo refrão que podem facilitar o canto. A torcida veio bastante animada, mas a quadra não acompanhou a animação.

Parceria de Valtinho Botafogo: Cantado por pelo intérprete Zé Paulo Sierra, Valtinho Botafogo, Os Gêmeos, Madalena, Rodrigo Guerra, Lico Monteiro, Orlando Ambrosio e Marcelo Lepiane foi o segundo a se apresentar. Com uma melodia boa de ouvir, o samba empolgou parte da quadra. A entrada da cabeça da música “Lá vou eu, cantar a liberdade” foi bem cantada. Além disso, um dos pontos altos são os versos “Eu, caçador de mim”, intercalado com o Lalaia de “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, que leva ao refrão principal.

Parceria de Samir Trindade: Samir Trindade, Fabrício Sena, Brian Ramos, Paulo Lopita 77, Deiny Leite, Felipe Sena e JP Figueira fizeram a composição que primeiro se destacou esta noite. A parceria interpretada por Tinga tem seu ponto na ponte que leva ao refrão principal, que também é de grande qualidade. De “Dorme a maldade após o temporal” até “Onde Candeia é chama/ Brilha Milton Nascimento” o samba ganha força e prepara para o refrão “Iyá chamou Oxalá preto rei pra sambar/Iyá chamou Oxalá preto rei pra sambar/Anjo negro é o Sol que a Portela cantar/Anjo negro é o Sol na minha Portela”. Esta composição de fato animou a quadra.

Parceria de Cecília Cruz: Igor Vianna defendeu o samba de Cecília Cruz, Cláudio Cruz, Luciano Fogaça, Binho Gomes, Osmar Fernandes e Julio Pagé. A parceria contou com uma torcida muito animada e com versos envolventes e de impacto. Um destaque é o refrão principal que fez o público cantar (“Em busca de um sonho a águia voou”). Outra parte para se elogiar pela força é a seguinte: “Verso mudo no cansaço/Subverte a tirania/Vem chegando a alvorada/Fim da estrada pra agonia”.

Parceria de Vinicius Ferreira: O sétimo samba-enredo a ser defendido na quadra da Portela foi o de Vinicius Ferreira, Rafael Gigante, Wanderley Monteiro, Jefferson Oliveira, Bira, Hélio Porto & André do Posto7, cantado por Wander Pires. A composição cresceu e empolgou a quadra se tornando um dos destaques da noite. A segunda parte da música ficou bom bonita, valendo menção ao trecho “O sol no altar da manhã/ É de Oxalufã nosso celeiro”. Além do mais, os dois refrões foram muito entoados.

Parceria de Jorge do Batuke: Jorge do Batuke, Neizinho do Cavaco, Feijão, Marcio Carvalho, Araguaci e Claudio Russo tiveram sua composição cantada por Pitty de Menezes e se mostrou o terceiro destaque deste domingo na azul e branco. O refrão principal pegou na comunidade e se apresentou bem marcante. Ainda mais convidativo ao canto é o refrão do meio com “La êh! É barro asfalto e comunhão/ La êh! A caravana popular”. As referências a obra de Milton Nascimento foram bem feitas e de forma criativa.

Parceria de Celso Lopes: O penúltimo samba enredo a se apresentar foi a parceria de Celso Lopes, Charlles André, Marcos Laureano, Roberto Fármaco, Gadinele, Serginho Pavuna e Soninha Jurado. Quem defendeu a composição foi Nino do Milênio. Apesar do refrão atraente com esse “Vai na ginga, Tabajara, toca Milton Nascimento”, o samba não empolgou tanto a quadra. Um dos pontos baixos da composição nesta exibição foi a segunda parte, que se mostrou longa e cansativa, mesmo que tenha uma sutil mudança melódica.

Parceria de Toninho Geraes: Fechando a noite, Toninho Geraes, Eli Penteado, Alexandre Fernandes, Víctor do Chapéu, Paulo César Feital, Juca e Juninho Luang tiveram seu samba entoado por Emerson Dias e Bruno Ribas. A torcida estava muito animada, mas não levantou tanto o público. Vale destacar que o refrão principal é bem bonito, com um jogo de palavras com o homenageado (“O meu samba é oratório/ Que Sebastião clareia/ Mil tons genais, e os/ Tambores gerais/ Na escola candeia”). A canção retrata bem Milton Nascimento e pode crescer nas próximas fases eliminatórias.

Vote: Qual parceria é favorita para vencer a disputa de samba na Unidos da Tijuca?

A Unidos da Tijuca faz no próximo sábado, dia 21 de setembro, a partir das 22h, a final de samba-enredo para o Carnaval 2025. Três obras estão na disputa. O enredo é “Logun-Edé – Santo Menino que velho respeita”, de autoria do carnavalesco Edson Pereira. Abaixo, você pode ouvir os sambas, ver apresentações na quadra, ler nossas análises e votar para indicar qual parceria é favorita para vencer. Vamos divulgar o resultado na noite de sexta.

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VOTE ABAIXO NA SUA PARCERIA FAVORITA NA TIJUCA

 

Portela inova com QR Code para letras dos sambas concorrentes

A Portela trouxe uma inovação para o concurso de samba enredo deste ano: agora, o público pode acessar todas as letras dos sambas de forma prática e rápida através dos QR Codes espalhados por vários pontos estratégicos na quadra. Ao apontar a câmera do celular para um desses códigos, os visitantes terão acesso instantâneo às letras dos sambas que serão apresentados no evento.

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Foto: Divulgação/Portela

Segundo Marcello Santana, jornalista e portelense responsável pela iniciativa, a utilização dos QR Codes facilita o acesso às letras e promove uma interação mais intensa da comunidade portelense durante o concurso.

“Essa tecnologia não só melhora a experiência dos participantes, mas também fortalece o engajamento e a participação de todos acompanhando as eliminatórias, seja na quadra ou em casa pelas lives”, declara Marcello.

Ouça os sambas que seguem na disputa da Portela para o Carnaval 2025

Além dos QR Codes estarem na quadra da Majestade do Samba, também online nas redes sociais e no site oficial da escola.

Noite de disputa no Salgueiro demonstra excelente safra da Vermelho e Branco! Três sambas se destacam em eliminatória

A equipe do CARNAVALESCO, atrás da série “Eliminatórias”, acompanhou na noite de sábado, mais uma etapa da disputa de samba-enredo do Salgueiro para o Carnaval 2025. A escola divulga na segunda-feira os sambas classificados.

* OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

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Parceria de Marcelo Adnet: A noite abriu com o samba de Marcelo Adnet, Fabiano Paiva, Gustavo Albuquerque, Baby do Cavaco, André Capá, Bruno Zullo, Rafael Castilho, Marcelinho Simon, Luizinho do Méier e Raphael Donato. Wander Pires foi o cantor do samba. Condução continua bem para cima, como no refrão final, que nesta apresentação esteve mais forte ainda, em especial os versos finais do mesmo: “Bate palma de macumba, vai na fé do morro inteiro/Inimigo cai de banda, arrepia Salgueiro!”. A cabeça abrindo bem e sendo bem cantada pela torcida e alguns outros componentes na quadra com os versos “‘Adorê as almas’/Mojubá, axé, Salgueiro/Desce orgulhoso pra rua/Que eu abro a avenida pro sangue vermelho”. A segunda parte é muito melódica, e tão animada quanto, também, com Wander realizando um ótimo trabalho, e sendo uma das principais apresentações da noite.

Parceria de Fred Camacho: O samba Fred Camacho, Luiz Antonio Simas, Eri Johnson, Diego Nicolau, João Diniz, Guinga do Salgueiro, Fabrício Fontes, Wilson Tatá, Gustavo Clarão e Francisco Aquino foi o segundo da noite, sendo cantado por Evandro Malandro, com Juan Briggs, Thiago Britto. Continua agitado, com uma apresentação bem animada. O refrão do meio novamente é destaque na apresentação, os versos “Inimigo cai, eu fico de pé/Malandro que sou/Quem me carrega é a fé” são outro destaque, começando a subir muito bem e funcionando cada vez mais para chamar o refrão final da obra.

Parceria de Moisés Santiago: Terceiro samba da noite foi de autoria de Moisés Santiago, Gilmar L. Silva, Aldir Senna, Orlando Ambrosio, Richard Valença, Wilson Mineiro, Gigi da Estiva, Alexandre Cabeça, Marcelo Fernandes e Leandro Thomaz, com Zé Paulo Sierra, Serginho do Porto e Tuninho Jr. nos microfones principais. Teve uma apresentação bem animada e empolgante no palco da Silva Teles. Destaque para os versos “Defumo com as ervas da jurema, benjoim e alfazema/Salve o povo de Aruanda/Salgueiro é de umbanda!” que conta com uma repetição no último verso, sendo bem cantado, “Laroiê noite de segunda-feira”, também repetido e com bastante força, e para o refrão do meio que inicia com “Tem dendê, tem dendê!” e segue com versos bem melódicos e que pegaram na torcida, e em outros presentes na quadra.

Parceria de Marcelo Motta: Samba de Marcello Motta, Rafa Hecht, Thiago Daniel, Clairton Fonseca, Júlio Alves, Kadu Gomes, Alex Oliveira, Daniel Paixão e Fadico foi o quarto a subir ao palco, na voz de Tinga, que conduziu a apresentação de forma excelente. Destacando versos da primeira parte como o “Entoa ponto ao meu padroeiro:/Xangô, meu pai, amarra o inimigo e dá um nó/Desata qualquer feitiço da pontinha do cipó” com a referência ao ponto de Xangô, o início da segunda parte com “Meu catimbó, catimbó, catimbozeiro” que também joga o samba muito para cima, além de ambos os refrões que foram bem cantados pela torcida presente, tendo partes que chamaram a atenção durante a apresentação. Foi um dos destaques da noite.

Parceria de Tico do Gato: A quinta obra da noite foi composta por Tico do Gato, Samir Trindade, Tião Casemiro, Romeu d’ Malandro, Gladiador, Geraldo M. Felicio, William Ramos, Josy Pereira, Telmo Augusto e Igor Leal, com Pixulé, Ito Melodia e Dedé nos microfones. O samba é bem divertido, com o refrão principal chamando bastante atenção e sendo cantado com muita força: “Eu vou seguir sem medo/Vestido de vermelho/Mil cairão ao meu lado/Tenho corpo fechado/Eu sou Salgueiro”, assim como o refrão do meio. Na segunda parte da obra chamaram atenção, sendo bem cantados os versos “Axé, Abô!/O moço de panamá (tô de pé)/Desvia bala de mim (Oh seu Zé)/Aos amigos a vida… Aos inimigos o fim”, crescendo em direção ao refrão final.

Parceria de Ian Ruas: A sexta parceria foi a de Ian Ruas, Caio Miranda, Zé Carlos, David Carvalho, Luiz Fernando, Luana Rosa, Fabiano Mattos e Claudia Balthazar, com Bruno Ribas e Vitor Cunha nas vozes. O refrão principal foi bem competente na apresentação, animando a torcida.”Reza forte, milagre de bamba/ Reza forte, no reino do samba” segue sendo o ponto alto do samba, um excelente refrão do meio com a segunda parte tendo crescido bem até o ponto do refrão final da composição.

Parceria de Xande de Pilares: Penúltima parceria a subir ao palco teve autoria de Xande de Pilares, Pedrinho da Flor, Betinho de Pilares, Renato Galante, Miguel Dibo, Leonardo Gallo, Jorginho Via 13, Jefferson Oliveira, Jassa e W. Correa, com Pitty de Menezes e Charles Silva como intérpretes. O grande destaque do samba nesta noite foi a segunda parte da obra, após o refrão do meio, em especial a subida para o refrão final: “Salve seu Zé, que alumia nosso morro/Estende o chapéu a quem pede socorro/Vermelho e Branco no linho trajado/Sou eu malandragem de corpo fechado”, que anima muito e prepara bem para o refrão principal o que fez esse conjunto ser um dos pontos principais da obra, sendo muito empolgante de se cantar. Para além, o refrão do meio é bem rápido, mas tem uma melodia interessante. Além disso, também se destacam, as pessoas ao redor que se empolgaram com a apresentação, uma das melhores da noite.

Parceria de Paulo Cesar Feital: Último da noite, o samba de Paulo Cesar Feital, Benjamin Figueiredo, Tiãozinho do Salgueiro, Rodrigo Gauz, Tomaz Miranda, Patrick Soares, Gilberth Castro, Osvaldo Cruz, Bruno Papão e Vagner Silva. Dowglas Diniz, Wic Tavares, Leonardo Bessa cantaram muito bem, tendo também uma torcida bem animada. No destaque da apresentação tem a cabeça da segunda parte do samba, após o refrão do meio, que é bem animada e fez os componentes cantarem bem, assim com a parte que sobre para antes do mesmo: “No axé de São Salvador, o babalaô juntou na Bahia/Atabaques, derbakes e sinos na encantaria”. Ambos os refrões da obra se destacam, sendo realmente bem cantados, em especial os versos, “Sem ter medo de macumba, que dirá de macumbeiro/Se vier fazer quizumba, va cantar noutro terreiro”, em relação ao refrão do meio, que animaram bastante, assim como “Vem escola de malandro, seu Zé/Inimigo cai, eu sou bamba, fico em pé” no último refrão, que já inicia de forma interessante com o “Zum zum zum zum”.