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Equilíbrio marca a segunda noite de eliminatórias na Mangueira

A Estação Primeira de Mangueira realizou na noite do último sábado, em sua quadra, a segunda etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2025. O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você pode conferir a análise de cada apresentação. Ao todo, nove sambas se apresentaram nesta noite e três foram cortados da disputa, sendo ele das parcerias de: Patrícia Medanha, Taroba e Katia Rodrigues. As seis obras restantes se apresentam novamente no próximo dia 21. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

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Parceria de Ronie Oliveira: O primeiro samba a se apresentar nesta noite foi composto por Ronie Oliveira, Jotapê, Giovani, João Vidal, Miguel Dibo e Cabeça Ajax. A obra foi conduzida pelo intérprete Charles Silva, que contou com uma boa equipe de auxiliares, mesmo sendo responsável por abrir a noite, a parceria não se intimidou e passou de forma aguerrida, o público presente na quadra não foi indiferente à obra. A torcida, apesar de não ser numerosa, mostrou que estava com o samba na ponta da língua e cantou com muita empolgação.

Parceria de Lequinho: O segundo samba da noite foi de autoria de Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Júlio Alves, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim. Os intérpretes Tinga e Pitty de Menezes foram os responsáveis por comandar a obra, ambos deram um show e foram peças fundamentais para o excelente rendimento nesta noite. A parceria é composta por autores acostumados a ganhar samba na Mangueira, o deste ano tem características marcantes que fazem com que o torcedor se identifique. Além de contar bem o enredo e apresentar elementos presentes na narrativa que a escola pretende levar para a avenida, a exaltação ao pavilhão está presente e mexe com brio do mangueirense. A apresentação desta noite foi apenas a segunda, mas a sensação é de que poderia facilmente ser a da final. Como destaque é possível mencionar os refrões principais e também o verso que abre a segunda parte do samba: “Forjado no arrepio da lei que me fez vadio, liberto na senzala social, malandro, arengueiro, marginal”.

Parceria de Pedro Terra: Na sequência, foi a vez do samba da autoria de Pedro Terra, Gustavo Louzada, Compadre Xico e Valtinho Botafogo. O responsável por conduzir a obra foi o intérprete Gilsinho. Mesmo com pouca torcida, a apresentação se sustentou pelo bom desempenho do carro de som. A obra é extremamente melódica e em alguns momentos falta explosão, a sensação é que o samba não aconteceu na quadra, apesar do refrão interessante e com boas sacadas.

Parceria de Lacyr D’Mangueira: O samba de Lacyr D’Mangueira, Rubens Gordinho, Juninho Luang, André Ricardo Gonçalves, Celsinho M Godoi e Bruno Oliveira Lima foi o quinto da noite. Coube ao intérprete Bruno Ribas conduzir a obra. A apresentação foi extremamente forte, começou e terminou com o mesmo rendimento, mesmo sem a bateria na primeira passada o samba mostrou sua força. O refrão do meio se destacou mesmo com palavras mais difíceis de se pronunciar como “kaiango” e “kaiangá”. Houve crescimento em relação a primeira apresentação e hoje foi possível notar o palco mais entrosado e com o samba na ponta da língua.

Parceria de Chacal do Sax: O sétimo samba da noite foi de autoria de Chacal do Sax, Fábio Martins, Marcelo Martins, Bruno Vitor, Jean do Ouro e Pastor Gaspar. A dupla de intérpretes Tem-Tem Jr e Emerson Dias foram os responsáveis por conduzir o samba nesta noite. Foi uma apresentação forte e que mostrou algumas credenciais. A melodia tem uma cadência firme e envolvente, fazendo com que o ritmo se alterne entre passagens mais suaves e momentos mais intensos. As melhores partes do samba foram aquelas que unem o sagrado e o cotidiano, como no refrão principal e nas passagens que mencionam a vida nas ruas, o funk e os terreiros, como nos versos: “Da massa funkeira, sou linha de frente, cria de Mangueira, produto do nosso quintal”.

Parceria de Deivid Domênico: A última obra da noite, composta por Deivid Domênico, Felipe Filósofo, Oscar Bessa, Dr. Jairo, Danilo Firmino e Gegê Fernandes, apresentou uma combinação de ritmos e versos que cativaram o público logo nos primeiros acordes. O samba trouxe uma harmonia complexa, mas ao mesmo tempo envolvente, mostrando a capacidade dos compositores de mesclar tradição e inovação. A presença de Wic Tavares e Cacá Nascimento deu um toque especial à execução, tanto no quesito vocal quanto na interpretação rítmica. O samba teve um rendimento excelente, a torcida, uma das mais entusiasmadas da noite, foi crucial para criar a atmosfera vibrante que contagiou o público. O pré-refrão se destacou de forma particular e fez com que o refrão principal também crescesse.

Duas parcerias travam disputa acirrada em mais uma eliminatória da chave branca na Mocidade

Em nova etapa da disputa na Verde e Branca da Zona Oeste, a equipe do CARNAVALESCO acompanhou cada uma das quatro parcerias que se apresentaram nesta chave do concurso para escolha de samba da Mocidade que vai embalar o carnaval 2025. Abaixo, ao longo do texto, você pode conferir a análise do rendimento de cada obra. A quadra da Vila Vintém recebeu um bom público que relembrou antigos sambas antes da competição propriamente dita. A noite de eliminatória contou com a presença da rainha do carnaval 2024, cria da comunidade independente, Gabriela Mendes. Ao final da etapa, foi eliminada a obra da parceria de Paulinho Mocidade. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

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Parceria de Jefinho Rodrigues: A obra é de Jefinho Rodrigues, Arlindinho Cruz, Marquinho Índio, Lauro Silva, Prof. Renato Cunha, Cleiton Roberto, Felipe Mussili e Igor Leal. O samba foi conduzido pelo grupo vocal comandado pelo intérprete Hudson Luiz, do Acadêmicos do Tucuruvi, de São Paulo. Na parceria que tem Wander Pires como voz principal, ausente nesta eliminatória, mas bem representado também pelo filho Vandinho, que também se destacou nas vozes. No geral, foi uma boa condução de uma obra que é mais melodiosa, mas com a linha melódica bem dentro do que a Mocidade gosta de produzir para seus sambas. O início tem um levante a partir do verso “Apaixonado vou no rastro da estrela” que permite que a obra avance sem ficar arrastada, dando fluidez. Esta primeira estrofe também apresenta um destaque melódico da música em “Quem dera amor …um Pierrot sambar na lua”, ótima construção harmônica. O refrão do meio “Fiz um pedido pra estrela iluminar” segue a proposta mais melódica enquanto o refrão principal “posso provar a verdade da gente” é mais de ataque. O andamento permitiu que a “Não Existe Mais Quente” pudesse manter o seu ritmo e a sua cadência tão tradicionais, valorizando a intrínseca batida de caixa e pode dar a mestre Dudu mais liberdade para fazer suas convenções e paradinhas. Boa apresentação, mas sem um envolvimento muito grande com a quadra. A torcida teve um número relevante, com as baianas a frente da apresentação. Mostrou animação, mesmo sem o samba estar na ponta da língua.

Parceria de Jojô Toddynho: A segunda obra da noite é de autoria de Jojo Toddynho, Betô Corrêa, Rodrigo Medeiros, Cristiano Plácido, Guto Listo, Gilberto Monteiro, Wilson Paulino, Márcia Carvalho, Giácomo e Samir Trindade. Capitaneada por Rafael Tinguinha, voz oficial da São Clemente, a equipe de vozes mostrou entrosamento inclusive para deixar o cantor mais à vontade para chamar os componentes ao canto com garra e brio. A obra da parceria procura um caráter mais melodioso nas estrofes, mas coloca potência e ataque nos dois refrãos. O de baixo “Luz que ilumina a gente” curtinho lembra alguns que a escola trouxe em anos de sucesso e possui o charme de uma leve mudança na melodia e na métrica na segunda vez em que “Em brilho de neon” é cantado. A segunda do samba se destaca pela bonita linha melódica escolhida, principalmente a partir dos versos “nessa nova era” até “desaguar” no refrão de baixo. Já na cabeça do samba, há uma construção melódica com um tom mais de “nostalgia”, bastante casado com a letra. O andamento foi bom, cadenciado, gostoso, sem arrastar, permitindo um bom ritmo para a “Não Existe Mais Quente”. A torcida veio bem ensaiada e em bom número. A quadra até que se animou um pouco mais, com algumas pessoas dançando, mas, no geral, não contagiou tanto a “Vila Vintém”, ainda que talvez o que tenha permitido as maiores interações da noite.

Parceria de Ricardo Simpatia: O samba foi composto por Ricardo Simpatia, Franco Cava, J Giovani, Valtinho Botafogo, Juca, Jorginho Mocidade, Flavinho Avellar, Victor do Chapéu, Marcelo Vai Vai e Almir. O grupo de vozes foi comandado pela voz potente de Thiago Acácio, do Arranco do Engenho de Dentro. A obra tem um caráter mais de ataque, samba para frente, ainda que não tenha apresentado nenhum tipo de dificuldade ou que não tenha havido nenhum desencontro com a “Não Existe Mais Quente”, que suportou bem o andamento sem sair das suas características. Esse caráter de ataque é visto também na melodia que é mais reta sem muitas variações. Desde o “uma estrela guia no infinito” a obra vai ganhando fluidez e caminha sem se arrastar. Destaque de melodia para “luz que habita meu ser”, ainda nos primeiros versos. Os dois refrãos tem caráter bem para frente também em relação ao que a Mocidade está acostumada. Na segunda do samba a obra busca, sem muito sucesso, pelo o que se viu na quadra, um momento de maior balanço em um bis “Na banda larga me deixa me larga que eu vou, no balanço da rede meu samba viralizou” e entrega para um momento melódico mais denso com “o caldeirão já ferve…” quando a letra recai em uma mensagem de alerta. A torcida veio em um número mais reduzido, apesar da animação. Já a quadra teve pouco envolvimento com a obra.

Disputa forte! Parcerias de Me Leva e Gabriel Coelho largam na frente em final com três grandes sambas na Imperatriz

A Imperatriz Leopoldinense realizou, no último sábado, a etapa de semifinal de sua disputa de samba-enredo rumo ao carnaval de 2025. A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente na quadra de ensaios da escola, no bairro de Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ao todo, quatro obras se apresentaram no último sábado. Os sambas das parcerias de Guga, Me Leva e Gabriel Coelho avançam para a grande final de samba-enredo da Verde e Branca, que será realizada no dia 27 de setembro. A obra da parceria de Renan Gêmeo foi eliminada. * OUÇA AQUI OS FINALISTAS

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Parceria de Guga: O samba dos compositores Guga, Josimar, Márcio André Filho, Inácio Rios, Zé Inácio e Igor Federal foi o primeiro a se apresentar na noite de seminal da Imperatriz Leopoldinense. A obra foi defendida pelos intérpretes Bico Doce e Tuninho Junior. A letra do samba, de modo geral, é muito bela e bem construída, transmitindo com clareza a proposta da escola. O refrão principal da obra foi o grande destaque da apresentação na quadra: “Toca o alabê, dança iabá/Nas mãos da Iabassê, Ebô e acaça Oni se/Awure trago seu adê pra Imperatriz/ Incorporar no ilê”. Também teve destaque o bis na cabeça do samba, “Ofereça, nunca se esqueça de exú”. O final do samba, antes da subida pro refrão principal, também é muito interessante, com referências à comunidade da escola, “Chega o povo de ramos//Lava a alma faz a festa//E o soberano se manifesta”. Durante a apresentação, no entanto, o samba não empolgou tanto o público presente quanto outros que se apresentaram, fazendo uma exibição, de modo geral, correta. Ao longo da disputa, a obra mostrou crescimento e fez apresentações melhores que a da semifinal.

Parceria de Me Leva: A obra dos poetas Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Jorge Arthur, Daniel Paixão e Wilson Mineiro foi a terceira a se apresentar na noite. O samba foi muito bem conduzido por Igor Vianna e Tinga, que dão uma “valentia” muito interessante à obra. A parceria apostou, antes do início da apresentação, em cantar o alusivo tradicional da Imperatriz, o que já elevou o clima do público. O samba, ao longo da disputa da Imperatriz, tem feito grandes apresentações, o que novamente aconteceu na semifinal. A obra tem diversos momentos de destaque e que levam o público a cantar, como já na cabeça do samba: “Vai começar o itan de Oxalá/Segue o cortejo funfun pro senhor de Ifón, babá”, além do trecho “Justiça maior é de meu pai Xangô/No dendezeiro, a justiça verdadeira/Justiça maior é de meu pai Xangô/Meu pai Xangô mora no alto da pedreira”. O refrão principal, Oní sáà wúre! Awure awure!//Quem governa esse terreiro ostenta seu adê//Ijexá ao pai de todos os oris//Rufam atabaques da imperatriz”, também é um grande achado e passou muito bem durante a apresentação. Na quadra, o samba conseguiu elevar o astral do público presente. Era possível ver diversos segmentos da escola cantando a obra, inclusive nos camarotes. Ao final da apresentação , a parceria recebeu aplausos. Por todas as apresentações ao longo da disputa e também pelo desempenho na semifinal, a obra se coloca entre as candidatas a ser o hino da Imperatriz para o carnaval de 2025.

Parceria de Gabriel Coelho: A última obra a se apresentar foi a da parceria de Gabriel Coelho, Moisés Santiago, Luiz Brinquinho, Chicão, Miguel Dibo e Orlando Ambrósio. Igor Sorriso e Chicão defenderam o samba com maestria, contribuindo muito para o bom desempenho na semifinal. A chamada para o refrão principal é um achado, “Egbe! trás o acaça/Chama Iabassê, giram Iabás/Xirê! Xirê!/Xirê guarda meu Ibá/Nossa coroa tem que respeitar”, o que contribui muito para a explosão do refrão em si, “O ilê Imperatriz traz um banho de abô/Emoriô! Emoriô!/Afoxé tem axé pra purificar/E quem deve que se entenda com o cajado de Oxalá”. O “Emoriô! Emoriô!”, sobretudo, pegou na quadra e era possível ver alguns componentes da escola cantando. A obra fez uma grande apresentação, se coloca forte na final e mostrou que a Imperatriz terá boas opções para escolher seu samba para o carnaval de 2025. A parceria também saiu do palco sob aplausos.

Reta final na Unidos da Tijuca: Eugênio Leal ouve compositores semifinalistas

A Unidos da Tijuca faz neste sábado a semifinal de samba-enredo para 2025 com o tema “Logun-Edé – Santo menino que velho respeita”, do carnavalesco Edson Pereira. Ouvimos um compositor de cada parceria defendendo seus sambas. Ouça abaixo.

Grande Rio divulga sambas classificados no Pará na voz do intérprete Evandro Malandro

A Grande Rio divulgou neste sábado a versão dos sambas classificados na seletiva no Pará na voz do intérprete Evandro Malandro. As duas obras entram na disputa, em Duque de Caxias, na semifinal, que acontece no dia 24 de setembro. Ouça abaixo.

Herdeiras da raiz! Crislin Andrade e Camila Villar vencem concurso de musa da comunidade da Unidos de Padre Miguel

A Unidos de Padre Miguel definiu na madrugada deste sábado, na Vila Vintém, as duas vencedoras do concurso de musa da comunidade para o Carnaval 2025. A disputa foi realizada exclusivamente com as meninas da ala de passistas. Crislin Andrade e Camila Villar ganharam e festejaram demais o resultado.

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Camila Villar, a rainha Dedê Marinho, e Crislin Andrade. Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“Essa vitória não é minha é da minha família e da comunidade. Ser musa daqui é ter o sangue muito quente e ser raiz para conseguir carregar a comunidade e mostrar o legado. Morar na favela e ser cria da Vintém você pode chegar aonde quiser. Desde cedo desfilo na ala de passistas da escola. Minha família tem uma história dentro da UPM. A escola representa a cura, amar o samba é ensinamento aqui dentro”, afirmou Camilla Villar, de 26 anos, ao CARNAVALESCO.

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Camila Villar e Crislin Andrade. Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“Extremamente emocionante e gratificante representar minha escola. Vou continuar representando toda força do Boi Vermelho no carnaval. É sempre mostrar nossa representatividade. Desfilo há 26 anos na escola. Agora, eu vou continuar o legado que a UPM me ensinou. Meus filhos já fazem parte daqui. Aqui se aprende a amar o samba. A escola sempre me ensinou muitas coisas para vida, como respeitar o próximo, os mais velhos, e o nosso pavilhão”, comentou Crislin Andrade.

Ouça os sambas finalistas da Unidos de Padre Miguel para o Carnaval 2025

Na etapa final cinco talentosas mulheres disputaram o título de musa da comunidade, mas Crislin Andrade e Camila Villar foram escolhidas para integrar o quadro de musas da escola. As vencedoras representarão a agremiação em eventos e no desfile oficial do carnaval em 2025.

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Camila Villar e Crislin Andrade com Lara Mara, diretora de carnaval da UPM. Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“As Musas da Comunidade simbolizam a essência da nossa escola e a força da nossa gente. Este concurso é uma maneira de valorizar as raízes e o compromisso dessas jovens que carregam o nome da Unidos de Padre Miguel com tanto orgulho- ” afirmou Lara Mara, diretora de carnaval da Unidos de Padre Miguel.

Em 2025, a Unidos de Padre Miguel será a primeira escola a desfilar no Grupo Especial, marcando seu retorno à elite do carnaval carioca após 52 anos. O enredo “Egbé Iyá Nassô”, trará uma profunda imersão na história afro-brasileira, destacando o legado de Iyá Nassô e a relevância do terreiro Ilê Axé Iyá Nassô Oká, o mais antigo templo afro-brasileiro em atividade.

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Três parcerias se destacam na segunda noite de eliminatória da Vila Isabel

A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, acompanhou mais uma etapa da disputa de samba-enredo da Vila Isabel para o Carnaval 2025.  * OUÇA AQUI OS SAMBAS SEMIFINALISTAS

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Parceria de Jonas Rodrigues: O primeiro samba da noite teve a autoria dos compositores Jonas Rodrigues, Ivan da Wanda, Timbó, J. Afonso, Téo Dimeriti e Fred RP. A torcida não estava presente, mas isso não foi um problema para os intérpretes Chitão Martins e Taroba que conduziram com êxito a obra. A samba teve como principal destaque o refrão de cabeça que passou animado no palco “O rufar do tambor” me arrepia”/Quem tem medo de entrar na escuridão?/Carregue seu patuá, encare o bicho papão/Chegou a hora de brincar com a assombração”. Em relação a melodia a parte mais inspirada é o refrão de meio, onde ela é mais ajustada. Já na segunda do samba a melodia ficou aquém principalmente na parte “Cuidado com a Cuca! Que ela vai te pegar/Atenção o maquinista anuncia “É chegada passarela!”. Uma apresentação regular para abrir a noite de eliminatória da Vila Isabel.

Parceria de André Diniz: O segundo samba da noite de eliminatória da Escola de Noel, assinado pelos compositores André Diniz, Gustavo Clarão, Gustavinho Oliveira, Arlindinho, Orlando Ambrósio e Thales Nunes. A enorme torcida deu um show do início ao fim da apresentação. Wander Pires e Rafael Tinguinha foram muito bem na condução do palco. Aliás, é bom frisar que o palco estava bem seguro e firme com a obra. O refrão principal teve um ótimo rendimento “Já passou da meia noite, no terror da madrugada/A bruxa tá solta, se entregou à batucada/Um assombrado de alegria nesse baile imortal/Minha Vila, nosso amor é sobrenatural”. Tem uma variação melódica de destaque na primeira parte do samba “Um rastro de uma serpente”. Na segunda parte do samba também possui outra virada na melodia de destaque “Ouvi o conde drácula regendo meus taróis”. O refrão de meio também passou bem na quadra. E um outro ponto positivo da parceria foi o preparo para o refrão principal “O morro e o asfalto duas vezes na estação/Vejo a Cuca remexer no caldeirão/Cuidado! O povo do samba é teu bicho papão”. A obra rendeu bem demais na quadra, mostrando que o samba é forte candidato para ser o hino da escola em 2025.

Parceria de Inácio Rios: O terceiro samba da noite teve a assinatura dos poetas Inácio Rios, Marcio André Filho, Marcio André, Vitor Lajas, Vaguinho e Igor Federal. A torcida também marcou presença e mostrou que o samba está na ponta da língua. O intérprete da Mocidade, Zé Paulo, estava fantasiado de “Beetlejuice” e foi uma atração a parte, não apenas pela fantasia, mas também pela ótima condução. A obra passou animada na quadra, muito por conta da atuação do palco, onde os próprios compositores estavam bem vibrantes. Um grande destaque na apresentação foi o falso refrão final que funcionava com uma bela chamada para o refrão de cabeça “Herdeiro de Noel/O que te assustou?/Espanta todo mal/A festa começou/Herdeiro de Noel/O que te assustou?/Canta alto, canta forte/A festa começou”. Além dessa parte, vale destacar o refrão principal que teve um bom rendimento na quadra.

Parceria de Markinho da Vila: O quarto samba da noite de eliminatória da Vila teve a assinatura dos compositores Markinho da Vila, Samir Trindade, Ribeirinho, Telmo Augusto, Domingos PS, Jon Aragão. A torcida compareceu de forma tímida na quadra. O palco foi guiado pelo intérprete Nino do Milênio. Um grande destaque da obra teve um bom rendimento nas três passadas, que foi a “meiuca” do samba: “No leitor do Rio, sedução exala” até “Na gaiola encantada, não posso ficar”. Essa parte tem a melodia bem ajustada e agradável de ouvir. Duas viradas melódicas de destaque na segunda parte do samba “Oĥ! Mãe, vem dormir aqui comigo” e “O dia vai raiar”. O refrão principal também teve um bom rendimento “Quanto mais eu rezo, assombração quer me pegar/Sai pra lá, vai de volta pro além/Quando chega o trem da Vila, é melhor se segurar/O meu povo de Noel não teme ninguém”. Uma boa apresentação da parceria que irá tentar avançar de fase.

Parceria de Jean Marques: O quinto samba da noite teve a autoria dos poetas Jean Marques, Diego Gaúcho, Joca Amaral, Marcello Martins, Fagundinho, Mano Gaspar. Assim como a parceria anterior, a torcida não compareceu em grande número. Leozinho Nunes e Chicão obtiveram muito êxito na condução do palco. Aliás o palco foi um dos melhores da noite, pois estavam firmes e seguros. O refrão do meio foi o grande destaque, passando bastante animado na quadra “Vem pra cá lobisomem, chega mais Boitatá/O Saci caiu no samba, ninguém vai se assustar/Neves andou o velho rio quero encontrar Iará/Oh! Sereia, pode me enfeitiçar/Oh! Sereia, pode me enfeitiçar”. A variação melódica na verso “Mas se for um sonho eu não quero acordar” foi outro destaque da parceria. Apresentação segura da obra.

Parceria de Arthur das Ferragens: O sexto samba da noite teve a assinatura dos compositores Artur das Ferragens, Daniel Katar, Anderson Benson, Gui Cruz, Willian Tadeu e Minuetto. A torcida compareceu em grande número e ajudou a empurrar a obra. Carlos Júnior, Thiago Britto e Darlan foram os responsáveis por conduzirem a obra. O palco começou com tudo no refrão principal e sacudiu a torcida. O grande destaque sem dúvida alguma foi o o refrão principal “Todo mundo treme… Com a Vila Isabel/É dia das bruxas voarem no céu/Os fantasmas vão se divertir/Agora é tarde, não dá tempo pra fugir”. Uma particularidade da parceria foi que ela optou por colocar o título do enredo logo na primeiro verso na cabeça do samba. Uma apresentação aguerrida da parceria que está firme na disputa para avançar de fase.

Parceria de Sidney Sã: O sétimo samba da noite foi assinado pelos compositores Sidney Sã, Carlinhos do Alto, Braga Medeiros, Harmonia, Sílvio Marcelo Vianna, Prof. Ricardinho Senna e Bia Ferreti da Caneta. A torcida marcou presença e fez uma festa danada. Ciganerey com o seu timbre inconfundível obteve êxito na condução do samba e foi importante demais para o palco. Destaque para a cabeça do samba que teve um bom rendimento “Vamos embarcar nessa viagem/No trem fantasma… Que adrenalina!”. O refrão principal embora tenha passado bem, chama atenção por ter uma sequência de verbos no infinitivo “Pular cantar sambar superar “. Em relação a melodia, o ponto alto está no refrão de meio “Pague pra entrar, reze para não sair/O nosso trem é só felicidade/Nesse cortejo na Sapucaí/A ilusão parece até realidade”. Foi uma apresentação regular da parceria.

Parceria de Júlio Alves: O oitavo samba da noite foi assinado pelos compositores Júlio Alves, Marcelo Adnet, Rafael Zimmermann, Didi Tupinambá, Américo Genésio GG e Daniel Paixão. A torcida foi mais uma que que marcou presença nessa noite de eliminatória. O craque Pitty de Menezes comandou o palco e foi fundamental para que o samba passasse bem na quadra. O bom refrão principal passou obteve um bom rendimento “O tambor da Vila tem feitiço/Tô por conta do catiço, quero ver segurar/Se esta noite o apavoro toma pista/Quem tem alma de sambista/Ninguém pode segurar. Um outro destaque da apresentação foi o preparo para o refrão principal “Ôôô… por temor ou por capricho/Vou mandar soltar o bicho/Essa avenida é minha/Ôôô… deixa o caldeirão ferver/E se a bruxa aparecer/ Acabou, é fim da linha”. A segunda parte do samba é superior a primeira quanto a melodia, com um destaque maior para a virada melódica “Cruz credo! Mais um susto e um gemido”. Vale a pena falar também sobre o refrão do meio que funcionou na quadra. Foi uma boa apresentação da obra que deve chegar longe na disputa.

Parceria de Chacal do Sax: O penúltimo samba da noite foi assinado pelos poetas Chacal do Sax, Yanick Mazonni, Gabriel Simões, Rodrigo Feiju, Valtinho Botafogo. A torcida não compareceu em grande público. O palco estava bem desfalcado por conta de outras disputas que estavam acontecendo nessa sexta-feira. Coube ao Yannick Mazonni conduzir a obra. O samba possui um refrão principal de qualidade e isso foi fácil de perceber na apresentação “Bate de frente com o trem da Vila! Contra todo o mau-olhado, agarrei meu patuá/O fantasma azul e branco vai caçar mais uma estrela/Cuidado que a Vila vai te pegar”. O refrão do meio também tem o seu valor e obteve êxito na passagem. Uma parte importante na melodia durante a primeira parte do samba é a virada melódica “No escuro da floresta” Tanto o fechamento da primeira parte do samba quanto da segunda são destaques, pois entregam bem para os refrãos.

Parceria de Júlio Lucchesi: Fechando a noite de eliminatória, o último samba foi assinado pelos compositores Julio Lucchesi, Jejê do Caminho, Jorge Alan, Rafael Nogueira e Paulo Araújo. A torcida não compareceu para empurrar o samba. Gabriel Chocolate com a sua bela voz, se esforçou o máximo para que a obra tivesse êxito na quadra. Comparando com a maioria das obras que se apresentaram, esse fica aquém, pois faltou riqueza poética e também um refrão que pegasse. Destaque para a cabeça do samba “Cuidado para não se assustar/Com tudo o que você vai assistir”. É bem difícil imaginar a obra avançando na disputa.

Hora de fazer história! Três parcerias na final da UPM com briga forte entre sambas de Thiago Vaz e Chacal do Sax

A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, acompanhou a semifinal da disputa de samba-enredo da Unidos de Padre Miguel para o Carnaval 2025. A obra da parceria de Jaci Campo Grande foi eliminada. Três sambas estão na final, que acontece na próxima sexta-feira, na Vila Vintém. Confira abaixo a análise das apresentações. Em uma disputa tão forte o detalhe pode ser decisivo para a vitória na semana que vem.

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Parceria de Jefinho Rodrigues: Jefinho Rodrigues,Samir Trindade, Ribeirinho, Jonas Marques, Dr Castilho, Fábio Bueno, Domingos PS e Igor Leal são autores do primeiro samba da noite. Muito bem comandado por Wander Pires e por seus apoios, teve uma apresentação bem feita, correta. Na primeira parte do samba, que já é bem melódico, teve um destaque nos versos “Um dia corpos pretos sobre Yemanjá/Lágrimas se misturavam as ondas do mar/E chegaram a Salvador… Okê okê/Era Oyó que ficou pra trás… Kabecilê”. Destaque também para os refrões, bem construídos, e para o verso “Ilê axé nassô oká”, assim como a subida para o refrão final, especialmente, a partir de “Na casa branca terreiro de preto”, que levantaram muito a torcida presente, além de alguns dos componentes na quadra.

Parceria de Thiago Vaz: A terceira parceira da noite foi composta por Thiago Vaz, W. Corrêa, Richard Valença, Diego Nicolau, Orlando Ambrosio, Renan Diniz, Miguel Dibo e Cabeça do Ajax, que levantou bem a quadra da escola, em especial pelos intérpretes que começaram e tiveram vários pontos da primeira passada com os componentes cantando a maior parte do samba, sendo bem ousado e confiante de Igor Sorriso e Tem-Tem Jr., que animaram bem a quadra durante o tempo de apresentação. Bem animado, com uma pegada mais para cima em relação aos outros dois, tendo uma força única. O refrão “Vou voltar mainha, eu vou/Vou voltar mainha, chore não/Que lá na Bahia/Xangô fez revolução” empolgou muito a torcida durante a apresentação, tal qual o verso “Saudade, que invade! Foi maré em tempestade” que também tem um bom rendimento. Destaque entre as quatro apresentações da noite, sendo forte candidato a hino da Unidos no próximo carnaval.

Parceria de Chacal do Sax: A última parceria a se apresentar foi composta por Chacal do Sax, Julio Alves, Igor Federal, Caio Alves, Camila Myngal, Marquinhos, Faustino Maykon e Claudio Russo. Animadíssimo, para cima, o refrão tem força com “Vila Vintém é terra de macumbeiro”, gritado a plenos pulmões pela torcida e outros presentes na quadra, o refrão do meio também bem sonoro: “Axé pra poder vencer! (Toca alabê!)/Axé pra não se entregar! (Dobra o alujá!)/Foi muito sangue, amassei muita farinha/Pra erguer na Barroquinha terreiro de orixá!”, com um excelente desempenho de Tinga e de seus auxiliares que já começaram a apresentação num nível muito alto, com onze atabaques realizando o ritmo, para além dos outros instrumentos da escola. Destaque também para Lisandra Oliveira que iniciou a apresentação no meio da torcida como Iyá Nassô, e que depois se juntou aos cantores. Grande apresentação nesta noite, se destacando bastante na busca de ser o samba da escola.

Emocionada, filha de Laíla acompanha e participa da gravação dos sambas na voz de Neguinho da Beija-Flor

A Beja-Flor utilizou a semana para fazer a gravação dos seis sambas concorrentes que seguem na disputa para o Carnaval 2025. A disputa na quadra volta no dia 19 de setembro. Laísa Lima, filha de Laíla e ritmista da “Soberana”, ficou emocionada ao acompanhar a homenagem para o pai. A Azul e Branco terá o enredo “Laíla de todos os santos. Laíla de todos os sambas”.

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Ouça todos os 6 sambas que seguem na disputa da Beija-Flor para o Carnaval 2025

“Fui convidada pelo Marino a acompanhar os bastidores das gravações dos seis sambas. Além de gravar a parte percussiva, eu assisto a todos os bastidores das gravações, inclusive, a colocação de voz do Neguinho”, disse Laísa Lima.

Diretor de carnaval da Beija-Flor, Marquinho Marino, falou do processo de gravação dos seis sambas concorrentes na voz de Neguinho da Beija-Flor.

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Foto: Divulgação/Beija-Flor

“Nos preocupamos em dar o máximo de qualidade a todos os sambas, principalmente, respeitando a característica de cada obra. O Neguinho, o diretor musical Betinho e o mestre Rodney fizeram um trabalho fenomenal. Deixamos a bateria bem a vontade para fazer as bossas e as convenções que a melodia pede e nisso o Rodney é craque. Acho que os componentes e torcedores apaixonados da escola vão gostar, pois a qualidade da safra ficará mais evidente ainda. Que vença o melhor para escola. A Beija-Flor não vai dar moleza para ninguém esse ano. O sarrafo vai estar alto do nosso lado. Cada detalhe não passará desapercebido”, cravou o diretor de carnaval.

Carnaval 2025: Tai Oliver é a nova musa da Mangueira

Filha de camelô e cria da comunidade, Tai Oliver foi anunciada nesta sexta-feira como nova musa da Estação Primeira de Mangueira. Seus primeiros passos foram dados em projetos sociais da escola. E agora ela espera poder contribuir para o Carnaval de 2025 na Avenida. A carioca que cresceu vendo as rainhas e musas da escola chegando no Palácio do Samba se declarou satisfeita por poder agora dar essa alegria para a sua mãe. Segundo a modelo, a mãe “sustentou a mim e a meus irmãos sendo camelô na porta da quadra”, lembra.

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musa mangueira
Foto: Divulgação/Mangueira

A musa relembra ainda que fez aula no projeto de passistas da Mangueira do Amanhã com o atual mestre-sala, Matheus Oliverio.

“Meu primeiro contato com a arte foi dentro da Mangueira, sou cria de Matheus Oliverio, meu grande professor de passista. Foi aqui também onde dei meus primeiros passos como modelo, há 19 anos. E sigo nele, até hoje”, explica.

Crescer na Mangueira numa época onde rainhas eram escolhidas dentro da ala de passistas inspirou Ta. “Eu sonhava em ser uma Dão da Mangueira, rainha de bateria em 2004 e acompanhei toda trajetória de Evelyn Bastos. É magnífico ter a presença dela tão forte até hoje em nossa escola”, acrescenta.

Ouça os sambas que seguem na disputa da Mangueira para o Carnaval 2025

Tai Oliver passou pela ala de passistas da escola, encerrando esse ciclo em 2018, e em 2023 retornou desfilando em alegorias.

“Diante de tamanha responsabilidade espero superar todas as expectativas nesse posto, quero somar honrar a minha comunidade nesse lindo carnaval, em 2025, junto a Mangueira. Obrigada, Guanayra Firmino, estou muito feliz e só tenho a agradecer a cada um que fez e faz de tudo para a Mangueira ser a maior escola de samba do planeta”, finaliza.