Evelyn Bastos, uma das mais importantes e reconhecidas personalidades do Carnaval do Rio de Janeiro, aterrissou nesta sexta-feira na Argentina. A diretora Cultural da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) e rainha de bateria da Estação Primeira de Mangueira chega a Córdoba para participar de mais uma edição internacional de seu famoso workshop Quadril de Mola (que ministrou recentemente na Austrália) e para participar do tradicional desfile de Carnaval de inverno da região argentina.
“É mais que um prazer levar o samba para a Argentina. É um ato de reverência e de celebração em todos os cantos do mundo”, avalia a historiadora. “A pulsação do Rio Carnaval, esse patrimônio vivo, traduz a alma brasileira. Cada passo, toque, canto que atravessa fronteiras carrega o eco das ladeiras, dos terreiros, das rodas de samba, das vozes que cantam a vida com poesia e coragem”, diz.
Ao falar desta nova viagem e oportunidade de troca, Evelyn lembra que ao levar essa energia, a técnica da dança e grandeza “(…) carrego também a história de um povo que transformou dor em arte, luta em beleza e celebração em identidade”, conclui.
Evelyn atua em diversas frentes do carnaval. Em de abril de 2025, ela esteve na Austrália para uma turnê.
O CARNAVALESCO acompanhou o segundo dia de eliminatória de samba-enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2026. A escola anunciará na próxima segunda-feira as parcerias classificadas. A próxima etapa é na quinta, dia 21 de agosto. Veja abaixo nossa análise das apresentações.
Parceria de Arlindinho: A parceria de Arlindinho, Babi Cruz, Diego Nicolau, Adolfo Konder, Luiz Petrini, Luiz Pavarotti, Michel Portugal e Fred Camacho abriu a noite de disputa na escola do Borel, sob o comando de Igor Sorriso, que conduziu muito bem o samba. A apresentação demonstrou uma obra animada, com poética muito bonita, especialmente nos versos dos refrões. Destacou-se o “Ê Favela, Favela do Canindé”, no refrão do meio, e, na segunda parte do samba, versos como “Não, ninguém apaga a memória” e “Daqui pra frente todo o mundo vai saber/Que o livro é porta aberta pra quem quer vencer”. A parceria contou ainda com uma torcida bastante animada durante a apresentação.
Parceria de Leandro Gaúcho: Wantuir e Wic Tavares defenderam com segurança o samba da parceria de Leandro Gaúcho, Anderson Benson, Maia Cordeiro, Clairton Fonseca, Fogaça, Davison Jaime, Manoel, Alemão, Paulo Marrocos e Ailson Picanço, mais uma vez evidenciando a sintonia entre pai e filha à frente do microfone. O samba é explicativo e traz versos de impacto logo na primeira parte, como “Negra, excluída, brasileira/Daquelas que servem a mesa/A Coragem das Gerais”, retratando a condição de Carolina e sua origem em Minas Gerais. O refrão do meio é bem construído, com melodia agradável e versos marcantes, especialmente nos dois últimos: “Me diga, quando a gente pode ser artista?/A tinta preta é que escreve a história”.
Parceria de Tiago Makula: A parceria de Tiago Makula, Haylton Faria, Fábio Sobrinho, Robson Luís e Bim Bim Portela fez uma apresentação tranquila no palco tijucano, conduzida por Serginho do Porto, que deu muita força à letra. A obra apresenta muitos versos, o que a torna um pouco longa, principalmente nos refrões, mas ainda assim estes se destacam. O refrão final encerra com impacto: “Remanescente/Dessa falsa abolição…/Vejam quantas Carolinas/Já calou essa nação!”. Na primeira parte, versos como “Sua grafia,/Sem padrão da academia,/Moço, a sabedoria/Não se rende aos imortais” também chamaram atenção.
Parceria de Eduardo Medrado: Dowglas Diniz e Emerson Dias conduziram com firmeza o samba da parceria de Eduardo Medrado, Drédi, Kleber Rodrigues, Luiz Nascimento, Romeu D’Malandro, Rony Silva e Sandro Nery, com o reforço de Tem-Tem Jr., que acrescentou bons momentos à apresentação. A parceria apresentou versos interessantes, como os do refrão do meio, de melodia envolvente, e trechos marcantes da segunda parte: “Palavras são navalhas afiadas/Ela usava contra os vícios do poder” e “Não lhe vestiram fardões, mas o seu pretuguês lhe fez escritora imortal”. Versos próximos ao final, na subida para o refrão principal, também mantiveram o nível da obra.
Parceria de Lico Monteiro: A quinta apresentação foi da parceria de Lico Monteiro, Samir Trindade, Leandro Thomaz, Marcelo Adnet, Marcelo Lepiane, Thelmo Augusto, Gigi da Estiva e Juca. O samba, animado e contagiante, teve bons momentos, com destaque para o refrão do meio e o principal, cantados inclusive por pessoas fora da torcida. A primeira parte também trouxe versos expressivos, como “Olhem em mim, eu tenho as marcas/Me impuseram sobreviver/Por ser livre nas palavras/Condenaram meu saber”. Wander Pires foi um dos grandes destaques da noite, com uma interpretação potente que evidenciou a força da obra.
Parceria de Gabriel Machado: A parceria de Gabriel Machado, Júlio Pagé, Robson Bastos, Miguel Dibo, Serginho Motta, Orlando Ambrósio, Jefferson Oliveira e Lucas Macedo foi comandada por Zé Paulo, que conduziu de forma tranquila e animada. Houve bons momentos na primeira parte, como “Bitita frente aos ecos do açoite/Quem assina a autoria é Maria cor da noite”. No refrão do meio, sobressaiu-se “Em versos eu falei com Deus/Ensinei aos filhos meus/O alfabeto da alforria”. Já na segunda parte, a partir de “Desafiei a vitrine do erudito”, a melodia fez uma boa subida até o refrão final, que começa com força: “É verbo que sangra na carne da rua”, atraindo a atenção até de quem estava fora da torcida.
Parceria de Totonho: Encerrando a noite, Pitty de Menezes apresentou com segurança o samba da parceria de Totonho, Júlio Alves, Dudu, Cláudio Russo, Chico Alves, Jorge Arthur, Machado e Fadico. A obra trouxe muitos versos de destaque, como o refrão do meio: “Ê Canindé, cada um com sua cruz/Ê Canindé, eu também sou de Jesus/Sinto a fome do excluído/Sente o gume do facão/Vim dar nome ao esquecido/Sem registro ou certidão”. A segunda parte, iniciada por “Negro Drama”, e a subida para o refrão principal a partir de “Tijuca… dá lugar de fala a um quarto de despejo” também se destacaram pela força da melodia e pela boa recepção da torcida e do público presente. Foi uma apresentação marcante, fechando com chave de ouro a noite na quadra do Borel.
Em 2026, o tradicional carro de som deixará de cruzar a Marquês de Sapucaí. A decisão, anunciada pelo presidente da Liesa, Gabriel David, prevê que intérpretes e equipes de harmonia passem a receber o retorno do áudio por fones de ouvido e/ou as caixas de som, sem o veículo que por décadas guiou canto e bateria. Em entrevista ao CARNAVALESCO, intérpretes e mestres de bateria repercutiram a novidade: para uns, é a chance de dar mais liberdade de movimento e ampliar o espetáculo; para outros, um desafio para manter a conexão com o público e o retorno da bateria.
A notícia pegou muita gente de surpresa. “Quero ver, na prática, como é que vai ser… Está sendo uma baita surpresa para mim”, confessou Pixulé, intérprete do Tuiuti, que ainda não conhece a novidade em detalhes. Pitty de Menezes, intérprete da Imperatriz, também não sabia do teste já realizado na Sapucaí. “É muito difícil emitir uma opinião sobre algo que você não experimentou. Não tem como dizer que o chocolate é amargo ou não é amargo se a gente não experimenta. Se for bom, a gente vai ficar muito feliz. Só vai engrandecer o carnaval”, declarou o cantor.
Pitty de Menezes, intérprete da Imperatriz
O primeiro teste do novo formato foi feito pela Beija-Flor, atual campeã do carnaval, na Sapucaí. A experiência contou com a participação da bateria “Soberana” e da nova dupla de intérpretes da escola nilopolitana, Nino e Jéssica, mas não foi acompanhada pela maioria dos mestres e cantores do Grupo Especial, que aguardam novos testes para conhecer a nova proposta de som de perto.
Para Casagrande, é preciso ampliar o processo. “A ideia é sensacional, agora a gente tem que ver o funcionamento. Estamos esperando a reunião com todos os mestres de bateria para apresentar o projeto”, disse. Na mesma linha, Mestre Fafá, da Grande Rio, defendeu que sejam feitos mais testes com a participação de mestres, diretores musicais e cantores, de forma que todos se adaptem à novidade. “Se for benéfico, não só para as baterias, como para o espetáculo, eu acho super ok. Acredito que seja uma novidade positiva, torço muito para que dê certo”, declarou.
Mestre Casagrande
Recepção: entre entusiasmo e cautela
O fim do carro de som foi recebido com entusiasmo pela nova dupla de intérpretes da Beija-Flor. “É maravilhoso! O carnaval precisa de inovação”, resumiu Nino. Jéssica, sua parceira de microfone, vê potencial na iniciativa e destacou o aspecto positivo da mudança para os profissionais das escolas e o público. “Acho que vai dar uma amplitude muito boa para as escolas. Quando a gente passa na avenida, a gente só enxerga um lado e não conseguimos interagir com o outro lado”, elogiou a mudança.
intérpretes Jéssica e Nino
Outros preferem adotar uma postura de espera. “Só de estar mudando, para mim, é muito importante. Tudo que é novo assusta. Temos que viver aquilo para saber como vai ser na hora de trabalhar”, ponderou Vitinho, que estará à frente da “Tabajara do Samba”, bateria da Portela. Mestre Ciça reforça que o sucesso depende de testes prévios. “Vamos fazer testes antes dos ensaios técnicos. Se der certo, vai ser um espetáculo a mais”, afirmou.
Mestre Vitinho
Posicionamento da equipe de harmonia
A mudança pode alterar a dinâmica entre intérprete e bateria. Para Fafá, o novo formato vai “deixar cantor e harmonias bem livres para se locomover”. Nino vê um ganho prático: “O carro dava uma certa aglomeração e estresse por causa do som”.
Mestre Fafá
Por outro lado, há quem prefira, de antemão, manter a formação tradicional. “O pessoal da ala musical tem que vir sempre atrás da bateria, porque a bateria é que vai conduzir a gente”, defende Pixulé. Rodney acredita que, na prática, a posição será a mesma. “Possivelmente, será atrás da bateria. Acredito nisso”, disse o mestre de bateria da Beija-Flor.
Retorno no ouvido: ajustes e possibilidades
O retorno no ouvido é visto como solução técnica por alguns e como desafio por outros. “Gostei bastante. Acho que vai ser um retorno bem melhor para a gente”, afirma Jéssica, que já canta com fone. Ciça avalia que o sucesso do novo sistema depende de um retorno eficiente para a bateria. “A preocupação é o retorno da bateria, mas acho que vai ter um bom retorno para a gente”, disse.
Mestre Ciça
Já Pixulé teme perder a interação com o público. “Eu gosto de ouvir o que a arquibancada está ouvindo. Sou um cara do povo, tá ligado? O fone de ouvido pode trazer uma perda da performance, ainda mais com esse enredo do Tuiuti, o Pixulé vai ser um Eleguá na avenida”, declarou o cantor.
Intérprete Pixulé
Gustavo Oliveira, do Salgueiro, lembra que nem todos os ritmistas têm experiência com a tecnologia. “Tem muito ritmista que não tem muita experiência de tocar com fone de ouvido. Isso às vezes pode gerar um desconforto e atrapalha a questão rítmica da bateria”, alertou o mestre da Furiosa do Salgueiro, que divide a função ao lado do irmão Guilherme Oliveira.
Mestres Guilherme e Gustavo
O que vem pela frente
Com a mudança já confirmada para 2026, a expectativa agora é por uma agenda de reuniões e testes envolvendo mestres de bateria e intérpretes de todas as escolas do Grupo Especial. A previsão é que os testes comecem nos desfiles que celembram o Dia Nacional do Samba, no último fim de semana de novembro, na Cidade do Samba. Além deles, haverá os ensaios técnicos, sendo dois treinos por escola, na Marquês de Sapucaí.
A Acadêmicos de Niterói abriu a “Noite dos Enredos” com muita vontade. O público reagiu desde o início aos gritos de “Lula, Lula”. Apesar de algumas vaias iniciais, prevaleceu a ovação ao atual presidente do Brasil. O famoso Fabiano Trompetista esteve presente. O enredo foi apresentado de forma cronológica, passando pelo Nordeste, infância, desafios, chegada a São Paulo e, por fim, o momento político, destacando Lula como um dos maiores líderes da história do país. A exibição transmitiu um clima de euforia e terminou nos braços do povo, ao som de “Olê, Olê, Olá, Lula, Lula”. Fora da polarização, a escola cumpriu o objetivo de explicar o enredo e conquistar o público.
A Unidos da Ponte faz nesta sexta-feira a grande final do concurso de samba-enredo para o Carnaval 2026. O evento será realizado no Clube Apolo, em São João de Meriti, a partir das 21h. Para o Carnaval 2026, a Unidos da Ponte transporta para a avenida o enredo “Tamborzão – O Rio é baile! O poder é black!”, desenvolvido pelo carnavalesco Nícolas Gonçalves. Vale lembrar que a escola será a última a desfilar pela Série Ouro no sábado de Carnaval, dia 14 de fevereiro de 2026.
A noite promete ser uma verdadeira celebração da cultura popular, reunindo comunidade, sambistas e grandes atrações do movimento black e funk. Além da apresentação das cinco parcerias finalistas, que disputam o direito de embalar o desfile da escola na Marquês de Sapucaí, o evento contará com shows do Bonde das Maravilhas e do grupo Oz Crias e DJ Corello. Outro momento aguardado da noite será a coroação oficial de Thalita Zampirolli como Rainha da bateria da Unidos da Ponte, à frente da bateria Ritmo Meritiense.
Logo do enredo da Ponte para o Carnaval 2026
Serviço:
Final do concurso de samba-enredo 2026 – Unidos da Ponte
Data: sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Horário: A partir das 21h
Local: Quadra da Unidos da Ponte – Rua Floriana 32, Coelho da Rocha, São João de Meriti – RJ.
Entrada: Gratuita até às 23h
Entradas após às 23h: R$ 5,00
Comentários:
– Apresentação das parcerias finalistas
– Espetáculos do Bonde das Maravilhas e dos Oz Crias
– Coroação de Thalita Zampirolli Rainha da Bateria Ritmo Meritiense
COMPOSITORES: ALEXANDRE VALLE, PAULO BISPO E ELIO SABINO
PRAZER, SOU “MC MERITI” “FUNKEIRO REI, FUNKEIRO RAIZ” “EU SÓ QUERO É SER FELIZ” “BROTA NA BASE”, “PODE CHEGAR!” “GLAMOUROSA”, “RAINHA DO FUNK” ESSA “NOITE” É PRA VOCÊ “DANÇAR” “TÁ LIGADA” QUE MEU “BATIDÃO” TEM “CONEXÃO ANCESTRAL”? DO “TAMBOR AFRICANO” AO “BEAT” CONTEMPORÂNEO MEU FUNK É “HIT”, É PURO RITUAL
NO LUNDU, JÁ ROLOU PRECONCEITO ESSE REBOLADO FAZ PARTE DO MEU JEITO “SO GOOD”, “SOUL” “NEGRO”, MOLEQUE! FUI “BLACK POWER”, “BLACK RIO”, ESQUECE!..
SE FUI “FURACÃO” OU “TORNADO”, NÃO SEI MAS, EM “UMA MENTE NUMA BOA” ME TORNEI NA “MADRUGADA”, LEVO A FELICIDADE O “CHARME” É MEU “DOM” NOS “BAILES”, A LEI É O MEU “SOM” E MESMO, AO “AMANHECER” NOSSO “TAMBORZÃO É EMBRASADO” QUANDO TOCA “TEM SOBE E DESCE ATÉ O CHÃO” PORQUE O “GRAN PRIX” DO “MC MERITI” “NÃO PARA, NÃO PARA, NÃO PARA, NÃO!”
SOLTA O PANCADÃO, DJ! O BAILE DA PONTE NÃO TEM HORA PRA ACABAR SE O SOL CHEGOU PEGANDO FOGO REQUEBRA O CORPO E DEIXA CLAREAR!
COMPOSITORES: ADRIANO AMARAL, TONI BACH, LEO 30, FELIPÃO LIMA, PAULISTA, MARCUS LOPES & FELIPE LIMA
INTÉRPRETES: FELIPE LIMA, FELIPÃO LIMA, TONI BACH, ADRIANO AMARAL & LEO 30
É A PONTE NA AVENIDA
LEVANTA BANDEIRA
NO TAMBORZÃO A LUTA É VERDADEIRA
O SOM QUE RESISTE, DA NOSSA RAIZ
EU SÓ QUERO É SER FELIZ
FAVELA… O BAILE TÁ FORMADO
E NÃO TEM HORA PRA ACABAR
FAVELA “DOS CRIAS”
DO MORRO E DO ASFALTO
ÉMOTIVO PRA COMEMORAR
ANOITECEU… ECOA NOS BECOS
A DOR QUE O MUNDO ESQUECEU
E VENCERÁ, MESMO TENDO POUCO AO SEU FAVOR
“É SOM DE PRETO” O GUETO ELEVOU
FUNDAMENTO AFRICANO… ESSÊNCIA
NO “BEAT” ELETRIZANTE DO TOQUE ANCESTRAL
RESISTE O REQUEBRADO DA “RAINHA”
É FUNK… FURACÃO DE SENTIMENTOS
AMOR É AMOR E ROMANCE É ROMANCE
SOLTA O GRAVE, DEIXA ARREPIAR!
NO CHARME DA VIDA, NINGUÉM VAI PARAR
NO COMPASSO DO PEITO, PULSA O PANCADÃO
É BAILE, É BLACK, REVOLUÇÃO
MAGIA DA NOITE ENCANTADA
LUNDUM E MAXIXE
GINGA DA QUEBRADA
CLAMOR DOS CORPOS POR LIBERTAÇÃO
“DAQUELE JEITO”
QUE “JÁ É SENSAÇÃO”
CHARMEIRO EU SOU, VOU TE ENCANTAR
O “NOSSO SONHO NÃO VAI TERMINAR”
COM “FÉ EM DEUS”, “LIBERTA DJ”!!
NA ESTRELA DE MAIS UM “SILVA”
“SOLTA O SOM”
O POVO QUER OUVIR
MC MERITI NA SAPUCAÍ
COMPOSITORES: CHACAL DO SAX, GUSTAVINHO OLIVEIRA, MARQUINHOS BEIJA-FLOR, GABRIEL SIMÕES, RAPHAEL GRAVINO, BRAYAN SÁ, VALTINHO BOTAFOGO E MATEUS PRANTO
INTÉRPRETE: RAFAEL TINGUINHA
É DIA DE BAILE NA COMUNIDADE
SÓ OS DE VERDADE VÃO COLAR COMIGO
LANCEI O NEVOU, A TROPA APROVOU
O CORTE NA RÉGUA É O ESTILO
QUEM TENTA ME INCRIMINAR
ADORA ME IMITAR
SE MINHA MODA PRA VOCÊ
TEM VALOR COMERCIAL
MEU PASSO, MINHA GINGA E BATIDA
SÃO DENÚNCIA, BOTAM DEDO NA FERIDA
PRA PERIFERIA, ORGULHO ANCESTRAL
PEGA A VISÃO, MEU IRMÃO
NÃO VENHA AFRONTAR, FECHAR NA VACILAÇÃO
A GENTE VAI BATER DE FRENTE E O BAILE VAI ROLAR
TENHA CONSCIÊNCIA QUE O POBRE TEM O SEU LUGAR!
VAI, VARAR A MADRUGADA ATÉ O DIA AMANHECER
O NOSSO MORRO TEM VOZ E PODER
É DIA DE GRAÇA PRA TANTOS IRMÃOS
VEM BOTAR ABAIXO A SEGREGAÇÃO
NOSSA ARTE ESTAMPA OS MUROS
TEM CHARME NO VIADUTO
NINGUÉM RESISTE AO NOSSO SOM
O POVO NOS CONSAGROU E NÃO SE RENDEU
LIBERTA DJ, A FAVELA VENCEU!
PRA CADA MC REVOLUCIONAR
E MOSTRAR QUE O FUNK NUNCA VAI ACABAR!
NÃO SOU DE MANDAR RECADO, SOU CRIA DE MERITI!
NÃO SOU DE MANDAR RECADO, SOU CRIA DE MERITI!
AQUI É SOM DE PRETO! COM ORGULHO, FAVELADO!
É O BAILE DA PONTE NA SAPUCAÍ!
COMPOSITORES: SERGINHO AGUIAR, NAVAL, ALEXANDRE REIS, RENNE BARBOSA LEOZINHO NUNES, JHONATAN TENÓRIO LÉO FREIRE, GIGI DA ESTIVA
INTÉRPRETE: LEOZINHO NUNES JAMES BERNARDES GABRIEL CHOCOLATE
NASCIDO E CRIADO NOS BERÇOS DA ÁFRICA VENCI AS MAZELAS, TRILHEI O CAMINHO. ESSÊNCIA QUE LUTA E RESISTE SOU FILHO VALENTE DO “AFROBEAT” TENTOU SUPRIMIR A MINHA VOZ A BATIDA É NEGRITUDE, TEM FUNDAMENTO NA GINGA, DANCEI LUNDU NO MAXIXE ME REQUEBREI, NA FORÇA DO BLACK ONDE O NEGRO É REI
TOCA DJ, UM SOM DIFERENTE, MELODIA ENVOLVENTE FAZ O CORPO BALANÇAR CANTA MC, SUA RIMA É O LEGADO ESSE “DOM” É UM “TORNADO” VEM PRO BAILE DANÇAR!
LEVO CHARME, ELEGÂNCIA E ESPERANÇA DE UM MORRO BEM MELHOR. SOU DO POVO, DO ASFALTO, DA FAVELA ME TORNEI UM CANTO SÓ. “SOUL” O HIT QUE EMBALA A GALERA LANÇO MODA NA CIDADE VIREI FEBRE NACIONAL MINHA ESTRELA SEMPRE VAI BRILHAR NÃO VOU ESQUECER MINHA RAIZ SOU MAIS UM SILVA EU SÓ QUERO É SER FELIZ
PAREDÃO JÁ TÁ FORMADO, QUEM QUISER PODER CHEGAR TODO MUNDO CONVIDADO A “FUNKEAR” 150 BPM ACELERADO NO TAMBORZÃO DA PONTE, NINGUÉM FICA PARADO
COMPOSITORES: RICARDO SIMPATIA, JUCA, J. GIOVANI, ALMIR CHEGA JUNTO, MARCELINHO SANTOS, FLAVINHO AVELLAR, JORGINHO VIA 13 E JORGE LUCENA
É O SOM BATENDO ALTO DESÇO O MORRO PRO ASFALTO PRA RIMAR A MINHA PAZ SOU A LUTA E A DEMANDA CICATRIZ QUE UM DIA O SAMBA FEZ VALER MEUS ANCESTRAIS O MURO DA CIDADE TREME! NOSSA VOZ EM BPM LEMBRA A DISCRIMINAÇÃO CHAMO LUNDU, MAXIXE, JONGO E TRAP PARA VER QUE O POVO BLACK FEZ REVOLUÇÃO.
O REI DA FAVELA CHEGOU OÔ BROTOU NO TERREIRO DE IAIÁ (OBA) DO DJ AO MC, SÃO JOÃO DE MERITI NOSSO POVO QUER CANTAR: “NOSSO SONHO NÃO VAI TERMINAR”
NEM MESMO QUANDO O CORO TEVE QUE COMER, USAMOS “CHARME” SE TENTARAM NOS DETER DOAMOS ARTE EM FORMA DE RESPOSTA SE VOCÊ ODEIA, TUA FILHA GOSTA NASCI DAS MAZELAS SOCIAIS NOS LEVANTES CULTURAIS PRA CRIANÇA ESPERANÇAR CRESCI COMBATENDO A NEGLIGÊNCIA PRA SUPRIR A INGERÊNCIA E A CONSCIÊNCIA QUE O POBRE TEM SEU LUGAR “EU SOU A PONTE, TEM QUE RESPEITAR”
O TAMBORZÃO VAI TOCAR SAPUCAÍ VAI TREMER ATÉ O AMANHECER QUERO FICAR PARADO QUANDO O BAILE FUNK DIZ “EU SOU QUERO É SER FELIZ!”