A Associação das Escolas de Samba Mirins promoverá em outubro o concurso que define rei momo, rainha e princesas do carnaval mirim e está disponibilizando o regulamento para os sambistas que têm o sonho de reinar na folia feita pela criançada em 2025.
Foto: Divulgação/Arleson Rezende
Estão aptas a participarem do concurso crianças com idade entre cinco e onze anos que possuem vínculo com agremiações filiadas à entidade responsável por organizar e promover os desfiles no Sambódromo.
O regulamento está disponibilizado nos perfis da Aesm-Rio no Facebook (www.facebook.com/aesmriooficial) e Instagram (@aesmrio). Os interessados já podem se inscrever. As inscrições estão abertas entre 16 de setembro e 12 de outubro de 2024, através do e-mail: [email protected]
O comandante da bateria da Unidos de Padre Miguel, Dinho recebeu a Medalha Pedro Ernesto, principal homenagem que a cidade presta a quem se destaca na sociedade brasileira ou internacional. É considerada a maior honraria entregue pela Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Em conversa com o CARNAVALESCO, Dinho falou um pouco dessa honraria que se torna pra ele um combustível visando a preparação para o próximo desfile.
Foto: álbum pessoal
“É combustível, carvão e querosene. Tudo que dá pressão, eu recebi na Câmara dos Vereadores, justamente para o Carnaval de 2025. Estreando no Grupo Especial é uma responsabilidade muito grande e para isso nós temos que agarrar em todo quanto tipo de combustível possível. Essa medalha ascendeu mais ainda a nossa chama e a nossa vontade de dar o melhor na Sapucaí”, disse o mestre
Dinho também comentou sobre a importância de termos cada vez mais mestres de bateria recebendo a medalha Pedro Ernesto. “Para os mestres de bateria, é muito prazeroso a gente saber que estamos tendo esse reconhecimento por parte de todos, principalmente, o pessoal da cultura. Acho muito legal essa iniciativa e valoriza muito os mestres de bateria que já estão há muito tempo e os que estão chegando”.
O mestre fará a sua estreia no comando da bateria “Guerreiros” pelo Grupo Especial em 2025. A Unidos de Padre Miguel retorna ao Grupo Especial depois de 53 anos, já que a última participação dela foi em 1972.
Seis obras seguem na disputa da Beja-Flor para o Carnaval 2025. A próxima eliminatória acontece na quinta-feira. A escola divulgou as gravações dos sambas concorrentes na voz do intérprete Neguinho da Beija-Flor. O diretor de carnaval da Beija-Flor, Marquinho Marino, destacou o cuidado e a dedicação na produção das gravações. “Nos preocupamos em dar o máximo de qualidade a todos os sambas, principalmente respeitando a característica de cada obra. O Neguinho, o Diretor Musical Betinho e o Mestre Rodney fizeram um trabalho fenomenal. Deixamos a bateria bem à vontade para fazer as bossas e as convenções que a melodia pede e nisso o Rodney é craque”, afirmou. Veja abaixo os vídeos.
UNIDOS DE PADRE MIGUEL: Três parcerias estão na final. A grande decisão acontece na próxima sexta-feira, dia 20 de setembro. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES // VEJA AQUI NOSSAS ANÁLISES // VEJA COMO ESTÃO PASSANDO OS SAMBAS NA QUADRA
A União de Maricá divulgou na noite desta segunda-feira a sinopse do enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”, de autoria do carnavalesco Leandro Vieira. Em 2025, na Série Ouro, a escola vai fazer uma grande homenagem ao Seu 7 da Lira, Exu Sete Encruzilhadas que tinha como médium a mãe de santo Cacilda de Assis, em busca do acesso ao Grupo Especial.
Arte: Rodrigo Cardoso/Divulgação Maricá
Conheça a sinopse:
O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7
Ouvem-se as palmas, as gargalhadas, as cantigas e tudo é um misto de fé e festa. A energia da umbanda une todo filho de fé em uma espécie de corrente perfumada pelo benjoim que queima na brasa do carvão. Um cambono grita “laroyê”. Outro, “mojubá Exu”! Outros tantos, “saravá!”.
Por ora, as rosas vermelhas estão depositadas na tronqueira do ilê. Em desfile, a tronqueira nos serve de abre-alas. Uma espécie de casa onde os catiços exibem seus corpos quase nus como guardiões e protetores de nossa entrada. Uma casa de quimbanda. De Pomba-giras. De Seu Tranca Rua. De Seu Marabô. E, como diz a canção, onde Seu Tiriri também se faz morador. Junto às imagens, entre as lâmpadas vermelhas e as ofertas, os pontos riscados se mostram eternizados em ferro torcido. Ferro que se cruza. Marcado em fogo e solda. Assentamento e encruzilhada.
Derramando o axé de um terreiro – localizado em Santíssimo, Zona Oeste do Rio de Janeiro – a tronqueira protege o ilê comandado por Cacilda de Assis, para que os guias da mãe de santo possam baixar na Avenida. Assim, em estado de fantasia, Vovó Cambinda ganha o corpo das baianas. Na sequência, pra bradar e estremecer a terra, quem desce na gira como quem desbrava a mata é a Cabocla Jurema. “Jureminha” – indígena menina – reina e dança com seu cocar de penas herdado de Tupinambá.
Adiante – de saia encarnada, diadema e enfeitada com joias falsas – quem baixa para ser presenteada com o perfume das rosas é a Senhora Audara Maria. A pomba-gira de Cacilda; a Rainha do Oricó; a dona das rosas vermelhas e enamorada daquele que baixa na madrugada de sábado para domingo – de cartola e capa – diante do congá de Santo Antônio.
Este, a estrela da casa. Aquele que deu fama ao lugar. Um exu sete encruza e mandingueiro que se autoproclamou rei e dono de quatro coroas: Rei da coroa da Lira; Rei da coroa do delogum (o jogo de búzios); Rei da coroa do carnaval e, como bom cachaceiro, Rei da coroa da palha da cana.
Exu adivinho. Um encantado lendário batizado José das Sete Liras e advindo de um tempo em que não se contava o tempo. Filho carnal de pai com descendência grega e mãe africana. Um exu carola, devoto de Nossa Senhora, que festejava seu aniversário no dia de Santo Antônio. Filho espiritual de Nanã Buruquê com Oxalá. O irmão caçula de Omulu e Ogum de Locó que, ao desencarnar, encantou-se em uma espécie de fidalgo com apreço por capa, calças, bordados, jaquetão de veludo, botas e cartola.
Exu violeiro e suburbano a quem os doentes recorriam buscando suas mandingas de cura. Um exu curandeiro que cuspia cachaça e lançava fumaça como antídoto contra o mal. O médico dos pobres. O psicólogo dos mais humildes. O recurso derradeiro para quando a medicina não oferecia mais recurso. Aquele que, quando não sara, cura. Não à toa, ganhou fama de terreiro em terreiro, de gira em gira, de boca em boca, como o Doutor Saracura.
Exu festeiro. Um batuqueiro que canta e dança. Que entra em campo ostentando seu manto rubro-negro. Que, quando trabalha, corre encruzilhada pra “matar” o caô no peito; driblar a demanda, marcar o inimigo, cabecear e marcar gol. Uma espécie de Fio Maravilha que vem de Aruanda. Um flamenguista declarado que gargalha e espalha o riso inflamando o coro que canta junto da charanga: “Exu é Flamengo, eu também sou…”
Catiço papo firme e cachaceiro. Que bebe litros. Litros de marafo transformados em uma espécie de água ardente que benze. De água que passarinho não bebe. De abrideira. Álcool que, quando aspergido pela boca, cai como líquido sagrado e bendito sobre a casa cheia. Cheia de mil. De duas mil. De cinco mil pessoas que cantam juntas e, por isso mesmo, o mal não encontra passagem.
Um exu pop star que, por fazer tanto sucesso – e sua fama espalhar-se além da conta – teve o transe de seu cavalo incorporado transmitido pela TV para o Brasil. Ao vivo, vestindo a vontade da entidade que nela se manifestava – de capa, calça e cartola – Mãe Cacilda de Assis encheu-se de pinga para cuspir seu marafo mágico sobre músicos, assistentes de câmeras e outros tantos que emprestaram seus corpos para Exus e outras entidades se manifestarem diante das câmeras do programa de José Abelardo Barbosa, o Chacrinha.
Àquela altura, Seu Sete estava com tudo e não estava prosa. Ele, em pessoa, explodiu a audiência na TV no último domingo de agosto de 1971. Ninguém quis bacalhau, nem a buzina do velho guerreiro teve tanto sucesso quanto o Exu que fez as chacretes virarem no santo e a energia da lira se espalhar de tal modo que – vejam só – dizem que um general linha dura não pôde conter que uma Pomba-gira baixasse em sua casa para fazer sua esposa gargalhar no sofá da sala.
Rei do Carnaval, Seu Sete da Lira não deixava passar os dias de folia. Ele, que fez do samba e da marcha seu material de trabalho, sabia que a alegria era um santo remédio. Quando o calendário marcava o mês de fevereiro, Seu Sete baixava para lançar confete e serpentina. Vestia-se de verde e rosa. Enfeitava-se de paetês azuis e bordados brancos enquanto fazia a multidão cantar: “Vem chegando a madrugada, ô / O sereno vem caindo / Cai, cai, sereno devagar / Meu amor está dormindo…”
A gira de Seu Sete estava transformada em um grande baile a céu aberto. A alegria desmedida era o seu ebó para o carnaval que se aproximava. Contra ele, ninguém podia e os malandros dos becos e dos blocos da cidade eram sabedores. O poder de suas mandingas era um assunto que se estendia das bocas da Zona Oeste até o Catumbi. Não à toa, num samba de embalo, a turma do Bafo da Onça pôs-se a cantar: “Você botou meu nome na boca do bode / Eu sou filho do Seu 7 / Comigo você não pode / Você botou / Você mesmo vai tirar / É uma ordem do Seu Sete / Você tem que respeitar…”
Folião dos bons, certa vez, Seu Sete incorporou em Mãe Cacilda para desfilar numa farra carnavalesca que tinha como sede a Avenida Rio Branco. De vermelho e preto, os foliões seguiram aquele que era o dono das mais festivas encruzilhadas junto ao Bloco da Lira. Na ocasião, o Exu cintilava nos paetês de seu terninho dourado e sua capa encarnada enquanto comandava a festa na rua. Com sua turma fantasiada, e charuto entre os lábios, Cacilda de Assis atravessou sete encruzilhadas entre a chuva de confetes e as serpentinas que saudavam o rei que brincava na terra.
Uma mistura molhada de suor com marafo. Sambas e marchinhas como aquelas que eram cantadas em suas giras. Estardalhaço de bexigas de bate-bolas estourando contra o asfalto. O remelexo das cabrochas. A fumaça que subia da boca de um Exu que soltava a sua gargalhada estridente e sonora como o toque de um clarim que anuncia tanto o começo quanto o fim da festa.
Para encerrar, deixo aqui a informação de que Seu Sete da Lira não baixa mais. Não desce em curimba nem se coloca a saracotear pelos terreiros. Sua banda lhe chamou. Cumpriu sua missão no tempo em que Mãe Cacilda de Assis cumpriu a dela. Entretanto, duvido que, diante de uma farra festiva como o desfile que se anuncia, ele não esteja à espreita, buscando mais uma vez seu cavalo para – quem sabe – o transe que vai colocá-los juntos novamente.
Na encruza, quando o relógio marcar meia-noite e o canto do Aquicó (do galo) anunciar que o sábado de carnaval chegou, desejo que tudo se transforme em gargalhada e música, tal qual o “ôme” gostava, para que ele possa trabalhar. Evoê, laroyê e saravá!
Pesquisa, desenvolvimento e texto: Leandro Vieira.
BIBLIOGRAFIA:
O fenômeno Seu Sete da Lira – Cacilda de Assis a médium que parou o Brasil / Autor: Cristian Siqueira / Editora: Edições BesouroBox / Ano 2020.
Umbandas: Uma história do Brasil / Autor: Luiz Antonio Simas / Editora: Civilização Brasileira / Ano 2021.
DISCOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA AOS COMPOSITORES:
“Martinho, Coração de Rei – O Musical” mergulha nas raízes africanas do mestre sambista Martinho da Vila, revelando a profunda influência da Folia de Reis e de outras manifestações culturais afro-brasileiras em sua obra. A dramaturgia da renomada especialista em África, Helena Theodoro, inspirada em sua pesquisa sobre o continente africano e na biografia “Martinho da Vila: Reflexos no Espelho” de sua autoria, cele bra a força da ancestralidade e a riqueza da cultura negra.
Fotos: Erik Almeida/Divulgação
Com estreia em 20 de setembro, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e já com temporada programada para o Rio de Janeiro em 2025 no Teatro Riachuelo Rio, “Martinho, Coração de Rei – O Musical” passeia pela vida e obra de um dos maiores sambistas do Brasil. É uma celebração à rica história do samba e à trajetória de um ícone da música popular brasileira, e com uma trilha sonora inesquecível, o espetáculo nos transporta para o universo de Martinho da Vila, revelando um homem apaixonado pela música, pela família e pela cultura brasileira.
Trata-se de mais um projeto idealizado pelo premiado produtor Jô Santana, que tem uma carreira marcada por produções de grande sucesso e relevância cultural, como a Trilogia do Samba, que homenageou Cartola, Dona Ivone Lara e Alcione. Neste projeto, Jô está novamente fazendo uma dobradinha com Miguel Falabella, parceiro com quem realizou o sucesso “Marrom, o Musical” e mais recentemente o espetáculo “A Partilha”, o diretor Falabella e a dramaturga Helena Theodoro alicerçam um espetáculo recheado de africanidades e referências icônicas da história do povo preto – fazendo um resgate ao panteão, outrora grego, mas aqui retratado na sua real origem, pois o espetáculo é uma contemplação a lendas e mitos afro-brasileiros e ao samba.
Dividido em dois atos com duração de 150 minutos com 15 minutos de intervalo, o espetáculo passa pelo homem de família, pelo compositor, que foi militar, apaixonado por futebol e chega ao carnaval, às grandes e ancestrais rodas de samba – inclusive neste momento da Roda de Samba, teremos a participação de grandes nomes do samba, como Leci Brandão, Mart’nália, entre outros. No palco, um time de bambas, 20 talentosos atores-cantores-bailarinos e 8 músicos dão vida a essa história, entre os quais temos a felicidade de contar com netos de Martinho: a atriz, cantora e dançarina Dandara Ventapane e o músico Guido Ventapane.
Este grandioso espetáculo de teatro musical movimenta mais de 300 empregos diretos e indiretos gerados neste período desde a concepção até o fim da temporada, conta com mais de 250 figurinos criados pelo premiado Cláudio Tovar e confeccionados por colaboradoras do negócio Tereza com apoio do Instituto Humanitas360. Por meio dessa parceria, nove mulheres egressas do sistema prisional estão costurando e bordando as peças em ateliê instalado na Oficina Cultural Oswaldo Andrade, cenografia ágil, surpreendente, e uma seleção músicas de Martinho da Vila que c ertamente todo mundo já conhece. Esperamos por todos e todas, para celebrar a história do samba e se conectar com suas raízes africanas.
Ficha Técnica
Um espetáculo de Miguel Falabella
Idealização e Realização – Jô Santana
Dramaturgia – Helena Theodoro
Diretora Assistente – Iléa Ferraz
Direção Musical – Josimar Carneiro
Coreografias – Rafael Machado
Cenografia – Zezinho Santos e Turíbio Santos
Figurinos – Cláudio Tovar
Visagismo – Everton Soares
Designer de Luz – Felipe Miranda
Designer de Som – Bruno Pinho
Programação Visual – Dorotéia Design
Serviço
Teatro Sergio Cardoso – Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista
Bilheteria física do teatro sem taxa de conveniência
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 14h às 19h. Em dia de espetáculo, das 14h até o horário de início da sessão.
Contato: (11) 3288-0136
Bilheteria on-line: www.sympla.com.br
Reservas para grupos: [email protected]
Classificação: 16 anos
Sessões
Sexta-feira e segunda-feira, às 20h00
Sábado, às 15h e às 20h
Domingo, às 16h
VALOR DE INGRESSO
Setor Canta, Canta, Minha Gente
R$ 15,00 e R$ 60,00
Setor Casa de Bamba
R$ 100,00 e R$ 200,00
Setor Tom Maior
R$150,00 e R$75,00
No centro do calendário anual da cidade do Rio de Janeiro, os desfiles das escolas de samba aparecem em destaque. Eles fazem um retrato social e político do Brasil e não há como olhar uma escola sem reconhecer a diversidade cultural e de realidades quem existem no país. Os desfiles fazem o processo histórico, mas também são feitos por ele. Celebram assim as tensões e forças desta pluralidade em seu momento histórico e são espelhos das dinâmicas sociais e comportamentais de cada época.
Foto: Divulgação/‘Não Vamos Sucumbir’
Mostrando os barracões, a força e o significado político e social que faz deste evento uma manifestação singular de arte coletiva, talvez o maior do planeta, ‘Não Vamos Sucumbir’, produzido pela 3 Tabela Filmes, faz uma viagem nos bastidores das escolas de samba através do olhar de seus mais importantes pensadores e realizadores da atualidade, e traz por esta ótica uma visão sobre o universo político e resiliente destas agremiações, tantas vezes ameaçadas por conjunturas econômica e políticas.
Desde sua origem no final dos anos 20, as escolas de samba deram voz a setores artísticos e culturais das camadas afrodescendentes do Rio de Janeiro que buscavam espaços de legitimidade. Elas trouxeram neste caminho olhares e narrativas próprias e deram a populações marginalizadas um sentido de pertencimento. Enfrentaram a resistência da elite e de instâncias políticas adversas para chegarem aos dias de hoje. Surgem assim como instituições de negociação resultantes desta tensão, oscilando entre a conivência com políticas de Estado ou a crítica e a ruptura, interagindo desta forma com o contexto governamental em que estão inseridas.
Miguel Przewodowski conta como surgiu a ideia do documentário: “Na minha cabeça este filme foi um novelo que desenrolei e teci após assistir o impactante desfile da Mangueira no carnaval de 2019. Esse desfile foi um sopro de esperança num momento politicamente abissal da cidade e do país.” E completa: “Como documentarista busquei para abordar este vasto e complexo tema a voz e a experiência daqueles que respiram, vivem, fazem e pensam as Escolas de Samba. Um espaço de resistência de origem e cultura negra e também um generoso ponto de integração e celebração da nossa diversidade cultural e humana, sempre tão rica e maravilhosa”.
Sinopse
Partindo da preparação para o carnaval 2020, passando por fevereiro de 2021, quando os desfiles de Carnaval estavam suspensos pela pandemia, chegando até a retomada em 2022, ‘Não Vamos Sucumbir’ faz um inventário histórico desde o surgimento das escolas de samba até os dias de hoje, mostrando a força cultural, o significado político e social que faz deste evento o maior show do planeta.
Sobre o diretor
Miguel Przewodowski é formado em Jornalismo na PUC-RJ e Pós Graduado em Direção Teatral CAL/RJ. Diretor e autor de TV, cinema e teatro. Estreou no vídeo experimental em 1986 e realizou documentários, ficções, séries, programas musicais e jornalísticos. Dirigiu dezenas de séries educativas como Detetives da Ciência (Melhor Programa TV de ficção para Crianças e Jovens Fest.Nueva Mirada), Cantos do Rio (22nd Intl Film de Amiens, Festival de Biarritz/Fipatel) e docs. Heitor Villa-Lobos e Anísio Teixeira. Como realizador independente Why Banana? (coprod.ZDF/ARTE), Alice (Melhor atriz 41oFest de Brasilia 2008,) Dois na Chuva (Melhor Filme Juri Popular FestCuiba97), Bispo do Rosário (Prêmio Inter Press Service/Roma) e Amazônia, O Despertar da Florestania (Prêmio Juventude Melhor Filme de Língua Portuguesa do XX Festival Internacional Cine Eco Seia/Portugal).
Sobre a produtora
A 3 Tabela Filmes é uma produtora de cinema e TV do Rio de Janeiro que nasceu no curso de cinema da UFF com uma carreira de sucesso com curtas premiados. Seus sócios são o diretor Eduardo Nunes, a produtora Fernanda Reznik e a roteirista e produtora Izabella Faya. A partir de 2011, produziu longas de ficção e documentários que rodaram pelos festivais mais importantes do mundo – como Berlim, Rotterdam, Toulouse e Havana – além de séries de TV com conteúdo infanto-juvenil derivadas do Núcleo Caleidoscópio, um espaço de criação que já reuniu autores como Flávia Lins e Silva, Ludmila Naves, Arnaldo Branco, Gustavo Spolidoro, Renata Martins e Renata Côrrea. Produziu longas premiados como Sudoeste (2011), Antártica por um Ano (2019), Unicórnio (2018) e Derrapada (2023).
Ficha técnica
Argumento, roteiro e direção – Miguel Przewodowski
Produção – Fernanda Reznik e Izabella Faya
Pesquisa de conteúdo e personagens – Antonio Vieira
Direção de Fotografia – André de Paula
Som Direto – Marcus Vinicius Bastos Teixeira e Roberto Oliveira
Direção de Produção – Martha Ferraris
Montagem – Vinicius Nascimento
Montagem Adicional – Adriana Borges
Edição de Som e Mixagem – Damião Lopes
Produção Musical e Trilha original – Rodrigo Lima
Assistente de direção – André Sayão
Artes gráficas – Diogo Honorio
Serviço
‘Não Vamos Sucumbir’
Longa-metragem de Miguel Przewodowski
Estreia dia 19 de setembro
Praças: Rio de Janeiro, RJ, e São Paulo, SP
Rio de Janeiro – Estação NET Botafogo e Cine Santa Teresa
São Paulo – Cine Bijou
92 minutos
Classificação indicativa: livre
Uma produção da 3 Tabela Filmes em coprodução com a Arpoador Filmes
O filme foi produzido com recursos próprios das produtoras e finalizado com o aporte de coprodução da Rio Filme. Está sendo distribuído com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro – Secec, através da Lei Paulo Gustavo.
Nesta terça-feira, a partir das 18h, o Império Serrano abrirá as portas de sua quadra, em Madureira, para uma noite de celebração e emoção. O evento “Um samba para Arlindo Cruz” será uma grande homenagem ao sambista, que completou 66 anos de vida no sábado. Os ingressos estão disponíveis de maneira gratuita para retirada através da plataforma Sympla.
Foto: Washington Possato Artes: Divulgação
Filho do homenageado, o cantor Arlindinho vai comandar a noite e trará para a quadra do Império uma super roda de samba com grandes convidados. O evento promete ser uma verdadeira celebração à obra de Arlindo Cruz, levando para o palco clássicos que marcaram época e que continuam emocionando fãs de todas as idades.
“Todas as homenagens ao meu pai me deixam muito feliz! Mas quando elas acontecem na quadra do Império Serrano sempre tem um sabor especial, porque é a escola do coração dele e a do meu também. Tem sempre uma energia diferente quando eu vou tocar na quadra do Reizinho de Madureira, principalmente quando vou cantar Arlindo Cruz no quintal dele. Todos que estarão lá podem esperar uma grande homenagem, uma grande roda de samba raiz, com pé no chão, como meu pai gosta. Vai ser muito emocionante! Espero vocês”, declarou Arlindinho.
O evento “Um samba para Arlindo Cruz” reafirma a forte ligação entre Arlindo e o Império Serrano. Além dos clássicos sambas-enredo para o Reizinho, o público pode esperar uma noite recheada de grandes sucessos, como “O meu lugar”, “Camarão que dorme a onda leva”, entre tantos outros clássicos imortalizados na voz de Arlindo.
Serviço:
Um samba para Arlindo Cruz
Data: 17 de setembro
Horário de início: 18h
Endereço: Av. Ministro Edgard Romero, nº 114 – Madureira, Rio de Janeiro.
Atrações: Arlindinho + roda de samba
Ingressos gratuitos no Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/um-samba-para-arlindo-cruz/2615883
A Unidos de Padre Miguel escolherá na sexta-feira, a partir das 22h, o seu hino para o Carnaval de 2025. A escola, que retornará à elite do Carnaval Carioca após 52 anos, levará para a Marquês de Sapucaí o enredo Egbé Iyá Nassô, de autoria dos carnavalescos Alexandre Lousada e Lucas Milato. O enredo promete uma viagem pela história e tradição afro-brasileira, ao destacar o legado de Iyá Nassô e o papel fundamental do Ilê Axé Iyá Nassô Oká, considerado o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento. Três obras estão na disputa. Abaixo, você pode ouvir os sambas, ver apresentações na quadra, ler nossas análises e votar para indicar qual parceria é favorita para vencer. Vamos divulgar o resultado na manhã de sexta.