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Imperatriz Leopoldinense divulga calendário do concurso de samba-enredo para Carnaval 2026

Em mais uma etapa para o Carnaval 2026, a Imperatriz Leopoldinense divulgou nas redes sociais o cronograma com as datas disponíveis aos compositores. A escola, que levará para a Marquês de Sapucaí no ano que vem o enredo “Camaleônico”, do carnavalesco Leandro Vieira, realizou a entrega da sinopse, que homenageia o cantor Ney Matogrosso, no último dia 27 de maio em sua quadra.

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Foto: Leonardo Queiroz/Divulgação Imperatriz

VEJA O CRONOGRAMA:

10/06 – Tira Dúvidas
17/06 – Tira Dúvidas
24/06- Tira Dúvidas
01/07 – Tira Dúvidas
08/07- Tira Dúvidas
15/07- Audição interna
28/07- Entrega dos Sambas (Sem divulgação)
31/07- Inscrição dos Sambas na Quadra
02/08- Apresentação Oficial dos Sambas (Feijoada)
09/08 – Eliminatórias
15/08 – Eliminatórias
22/09 – Oitavas de final
29/08 – Quartas de final
06/09 – Semifinal (Feijoada)
12/09- Audição interna
19/09 – Grande Final

Sinopse do enredo da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2026

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

➡️ As parcerias poderão ser formadas com no máximo seis compositores, sendo expressamente proibidas as participações especiais;

➡️ Não será cobrada taxa de inscrição;

➡️ É expressamente proibida a participação de torcidas comercializadas e grupos coreografados;

➡️ Serão disponibilizados cinco microfones para cada parceria;

➡️ Será permitida apenas a contratação de 01 (um) intérprete do Grupo Especial por parceria

➡️ Está proibida a confecção de camisas, bandeiras, adereços, e faixas de torcidas

Arranco exalta a trajetória da primeira palhaça negra do Brasil em enredo para 2026

O Arranco do Engenho de Dentro anunciou nesta semana o enredo que levará à Marquês de Sapucaí no Carnaval 2026. Com o título “A Gargalhada é o Xamego da Vida”, que será desenvolvido pela carnavalesca Annik Salmon. A escola promete transformar o terreiro de Zé Espinguela em um verdadeiro picadeiro, celebrando a irreverência e representatividade de uma figura histórica pouco conhecida: Maria Eliza Alves dos Reis, a primeira palhaça negra do Brasil.

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Foto: Reprodução de internet

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Em uma época marcada por preconceitos de gênero e raça, Maria Eliza desafiou todas as convenções sociais ao vestir-se como um palhaço homem e brilhar no picadeiro do Circo Teatro Guarany, conquistando o público com humor, talento e carisma. Sua trajetória, marcada pela resistência e pela alegria, será o fio condutor do desfile do Arranco, que aposta em uma abordagem leve e emocionante para cativar o público e os jurados.

O anúncio do enredo reforça a linha do Arranco de valorizar personagens e histórias que misturam cultura popular, ancestralidade e afeto. Para 2026, a escola promete uma ode à arte de rir, mostrando que o humor também é um ato de resistência e celebração da vida.

Com essa proposta, o Arranco pretende tocar corações e arrancar gargalhadas, levando para a avenida uma mensagem de alegria, amor e superação, embalados por uma estética circense e afro-brasileira.

Confira o anúncio oficial feito pela escola nas redes sociais:

🎪✨ A Gargalhada é o Xamego da Vida! ✨🎪

Respeitável público… O Terreiro de Zé Espinguela vai virar picadeiro em 2026! 🎭💙
Nosso enredo leva para a Marquês de Sapucaí a história da primeira palhaço negra do Brasil: Maria Eliza Alves dos Reis. Sim, você leu certo! Uma mulher negra que, em um tempo em que mulheres não podiam ser palhaços, vestia-se de palhaço homem e brilhava no picadeiro do Circo Teatro Guarany, arrancando gargalhadas e espalhando alegria. 🎪✨

Vamos celebrar essa história leve e divertida, que nos lembra que viver é celebrar, sorrir, gargalhar e espalhar amor por onde passamos! 💙🩵💙

Vem rir com a gente, porque “A Gargalhada é o Xamego da Vida”!

Dragões da Real aposta em inovação e resistência para emocionar o Anhembi com enredo indígena

A Dragões da Real realizou, na noite do último sábado, um grande evento na Fábrica do Samba e lançou seu enredo para o Carnaval 2026. As festas da escola costumam ocorrer no galpão de eventos, mas, repetindo o feito do ano passado, tudo foi idealizado em seu próprio barracão. A “comunidade de gente feliz” lotou o espetáculo e aprovou o tema divulgado, que será desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Freitas. A narrativa que a escola levará para a avenida tem como título “Guerreiras Icamiabas: Uma Lendária História de Força e Resistência”, com pesquisa do enredista Rafael Villares. É o primeiro enredo indígena da agremiação e abordará a luta das mulheres nativas por meio da lenda das Guerreiras Icamiabas, que batalham pela Amazônia e pela preservação do meio ambiente.

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

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Vale destacar a apresentação do tema, que contou com uma encenação de cerca de 30 minutos. Luzes, teatro, dança e projeções no telão transportaram o público para dentro da narrativa.

A noite também marcou a coroação da nova madrinha de bateria da “Ritmo que Incendeia”, Lexa. Ela, que já havia sido anunciada pelas redes sociais, teve a oportunidade de se apresentar à comunidade e iniciar oficialmente essa nova fase de sua carreira. A cantora sambou ao lado da rainha de bateria Karine Grum e da princesa Yohana Obyara.

Luta pela Amazônia e espetáculo da comunidade

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Evandro Malandro esteve no evento com o carnavalesco Jorge Freitas

O carnavalesco Jorge Freitas, que desenvolve o desfile da Dragões da Real pelo quarto ano consecutivo, falou sobre o compromisso do tema com a força feminina e com os povos indígenas.

“Guerreiras Icamiabas é uma lendária história de força e resistência, de empoderamento da mulher e dos povos originários. Dessas guerreiras que lutaram, e das aliadas que continuam lutando pela preservação das matas e da floresta. Acho que todos nós temos a responsabilidade de transformar o Anhembi em um palco de voz para essa grande luta”, comentou.

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Segundo Jorge, o tema foi apresentado em parceria com Rafael Villares. A proposta foi aprovada pela escola, e a expectativa é de um grande espetáculo no próximo carnaval:

“Apresentamos esse enredo à Dragões e o diretor de carnaval, Márcio Santana, junto com a escola, compraram a ideia. Temos tudo para fazer um desfile grandioso, com um enredo de forte conteúdo social, onde a responsabilidade é minha, sua e de todos que dizem que a Amazônia é o pulmão e o coração do mundo. Mas será que estamos realmente dispostos a mantê-la viva?”, provocou.

Como mencionado, a apresentação foi repleta de criatividade. A escola aproveitou o grande espaço do galpão da Fábrica do Samba para projetar imagens, montar encenações em estruturas suspensas e surpreender o público com componentes descendo do teto — tudo isso com luzes e fumaça para criar uma atmosfera imersiva. O momento de maior euforia foi quando uma enorme faixa com a logo do enredo desceu do último andar.

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“Durante um mês e meio, nossa comunidade demonstrou comprometimento com o enredo. Estamos em junho, e olha como lotou essa arena. Nosso barracão se transformou em um espetáculo. Quando dizemos que o carnaval é uma grande ópera, é isso que queremos dizer: cada momento deve ser transformado em um grande show, feito pelos artistas da comunidade. São eles que levarão essa grande história para a avenida”, finalizou Jorge.

Felicidade com o tema e acerto em cheio

O presidente Renato Remondini, o Tomate, afirmou que o projeto está a todo vapor. As alegorias já estão desenhadas, e a expectativa é de um visual impactante. Ele destacou o ineditismo da proposta, característica da Dragões em momentos marcantes como os carnavais de 2017 e 2024:

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“É um enredo aguerrido, com uma história maravilhosa, de luta mesmo. A Dragões vai proporcionar um visual fantástico. Jorge é ótimo nisso, e esse é um desafio novo também para ele. Sempre que nos propomos a algo novo, mergulhamos de cabeça. Foi assim com Asa Branca, com África. Estamos muito felizes”, declarou.

Tomate revelou ainda que as eliminatórias de samba-enredo acontecerão em novo formato: “As eliminatórias continuam, mas com um modelo diferente: mais curto, com semifinal e final. Serão cinco sambas no CD, após uma pré-seleção a capela na quadra ou na Fábrica. A apresentação do enredo foi algo sobrenatural. Não é fácil fazer um evento desses hoje em dia, poucas escolas conseguem. O galpão estava lotado, com mais de três mil pessoas, encenação com mulher descendo e voando. Acho que acertamos em cheio”.

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O dirigente também elogiou a nova madrinha de bateria, Lexa, e a ligação dela com o enredo: “A Lexa é sambista. Assim como Simone Sampaio, Cacau e Camila Prins, que vieram para a Dragões e fizeram história. Lexa samba desde os oito anos de idade, passou por um momento muito difícil na vida pessoal, e tem sinergia com o nosso enredo do ano passado. Ela é uma guerreira e vai literalmente se vestir como tal. Junto com Karine, Yohana e essa legião de guerreiras que temos na escola, cercadas de grandes guerreiros, vão lutar. Se Deus quiser, trarão o caneco para a Vila Anastácio”.

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Busca pela inovação e a virada de chave

O diretor de carnaval Márcio Santana destacou a capacidade da escola de se reinventar após resultados abaixo da expectativa: “A Dragões tem uma característica muito forte em seus 25 anos: sempre dá a volta por cima após um revés. Isso aconteceu em outros momentos da nossa história, e agora não é diferente. Temos um enredo inédito, indígena, já acolhido pela comunidade. Acreditamos que foi uma escolha acertada”.

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Diretor de carnaval Márcio Santana

Apesar de ter feito um dos melhores desfiles do último carnaval e ser apontada como uma das favoritas ao título, a escola ficou apenas na sexta colocação e não participou do Desfile das Campeãs. Márcio comentou sobre o sentimento de frustração e a força da comunidade:

“É doloroso. Não é fácil de assimilar. Mas o que não te destrói, te fortalece. Nossa essência é a inovação, seja no lançamento do enredo, com toda essa criatividade, seja na avenida. Espero que isso alimente o combustível da nossa comunidade. Temos uma comunidade guerreira, agora ainda mais identificada com um enredo que carrega uma mensagem muito importante”.

‘Berenguendéns e Balangandãs’: Leandro Vieira propõe enredo ancestral e feminino para a União de Maricá

“Esse enredo é um resgate ancestral, mas também um espelho do presente.” Foi com essa frase que Leandro Vieira definiu o novo projeto carnavalesco da União de Maricá, anunciado oficialmente na noite do último sábado, durante uma festa marcada por emoção, batucada e reverência à história. O tema escolhido — “Berenguendéns e Balangandãs” — promete transformar o desfile de 2026 em uma verdadeira celebração da cultura afro-brasileira, com destaque para a força ancestral e simbólica das mulheres negras.

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Fotos: Rhyan de Meira/CARNAVALESCO

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O evento, realizado na quadra da escola, no Centro de Maricá, reuniu integrantes, comunidade e convidados num clima de celebração. A atmosfera era de terreiro: tambores, danças e energia coletiva ecoaram enquanto o enredo era apresentado como algo muito além de um título ou conceito artístico — ele carregava memória, luta e identidade.

“Quando pesquisei sobre essas joias, entendi que elas eram muito mais que enfeites”, explica Leandro Vieira, com os olhos brilhando. “Eram documentos pendurados na cintura de mulheres que conquistaram sua liberdade e passaram a circular pela sociedade exibindo, literalmente, suas conquistas. Cada fruto, cada figa, cada medalha tinha um significado. Era uma linguagem cifrada que vamos decifrar no desfile. Não se trata só de beleza visual. Queremos provocar reflexões profundas, trazer à tona histórias que ficaram apagadas”.

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Leandro, conhecido por enredos que misturam rigor histórico e exuberância plástica, encontrou no balangandã a metáfora perfeita para falar sobre mulheres pretas que transformaram adornos em armas de afirmação:

“É um enredo feminino, ancestral, com um recorte que vai além da exuberância visual. Ele me possibilita aprofundar a ideia da escola de samba como um espaço pedagógico e afirmativo, sobretudo para mulheres pretas”.

Como foi a escolha?

Para a diretoria da União de Maricá, a escolha do enredo foi imediata. Assim que o projeto foi apresentado, houve um sentimento quase místico entre os presentes.

“Foi uma sensação muito mística. Conhecer o enredo foi algo muito forte pra mim. É um enredo que representa profundamente a nossa ancestralidade e conversa diretamente com a nossa cidade e com aquilo que a gente vem planejando: um mundo melhor”, contou o presidente Matheus Santos.

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A confiança na visão artística de Leandro é total. “Ele chegou com o enredo pronto e convincente. Eu disse logo de cara: ‘não quero ouvir mais nada’. Daí pra cá, mergulhamos de cabeça nesse projeto. Todo dia é uma nova inspiração, uma nova descoberta. Estamos todos muito animados e cheios de tesão pra mostrar esse enredo ao público. Vai ser um belo desfile”, garantiu o dirigente.

Segundo Matheus, o processo criativo tem sido contagiante: “É uma mistura de confiança, alegria e contágio. Cada pessoa envolvida no projeto sente que está fazendo parte de algo maior, que vai tocar corações e provocar mudanças”.

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Disputa de samba já com data marcada

Enquanto o departamento de carnaval começa a desenhar alas e alegorias, outra batalha toma forma nos bastidores: a disputa pelo samba-enredo. Wilsinho Alves, diretor de carnaval, garante que a competição promete ser das mais acirradas.

“Ano passado, tivemos sambas que poderiam vencer em qualquer escola do Grupo Especial. Isso mostra o quanto a premiação e a isenção de taxa de inscrição atraem grandes compositores. E isso fortalece a escola”.

As datas já estão sacramentadas: a entrega dos sambas será no dia 25 de agosto, e a grande final está marcada para 29 de setembro. A disputa ocorrerá em quatro etapas, sempre às sextas-feiras, com transmissão ao vivo e participação popular.

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Sobre a opção por manter as mesmas regras, Wilsinho é objetivo: “Não há mudanças previstas. Continuaremos sem cobrar taxa de inscrição e incentivando parcerias. A premiação do ano passado foi de R$ 75 mil para a parceria campeã, e pode haver aumento este ano, conforme decisão da diretoria”.

E, quando questionado sobre a escolha por mais um enredo autoral, o diretor é taxativo: “Com o Leandro, seria um crime engessar a criatividade. Ele trouxe um tema que fala com o povo, que educa, que emociona. Isso não tem preço. Quando você contrata alguém do calibre dele, precisa dar liberdade pra ele ser quem é. O resultado é um enredo pertinente, que dialoga com a cidade e com o momento político-cultural atual. Essa mensagem é importante e vai marcar presença no desfile”.

Berenguendéns e Balangandãs

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O balangandã, peça central do enredo, não é apenas uma joia. É um símbolo de resistência, proteção e poder. Originário de expressões da língua banto — como bulanganga ou mbalanganga, que significam “balançar” ou “penduricalho” —, o nome também é considerado onomatopeico, pela sonoridade característica que a peça produz ao ser movida.

Historicamente, os balangandãs eram usados por mulheres negras como proteção espiritual, objeto de fé e símbolo de status. Confeccionados muitas vezes com ouro e prata, adquiridos através do trabalho e da luta diária, essas joias carregavam não apenas valor estético, mas também simbólico e cultural. Além disso, tinham papel importante nas religiões de matriz africana, sendo vistos como amuletos protetores contra o mau-olhado e outras forças negativas.

Viradouro apresenta sinopse de ‘Pra Cima, Ciça’ em noite de reencontro na quadra da Estácio de Sá

A Unidos do Viradouro lançou a sinopse do enredo “Pra Cima, Ciça” para o Carnaval 2026, no evento realizado na noite da última sexta-feira, na quadra da Estácio de Sá. O local não foi escolhido por acaso: foi ali que Moacyr da Silva Pinto, o Mestre Ciça, estreou na função de comandante de bateria, em 1989. Prestes a completar 70 anos, em 2026, Ciça receberá na Sapucaí um tributo inédito. Ele será o primeiro mestre de bateria a desfilar como enredo de uma escola de samba.

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Fotos: Marcos Marinho/CARNAVALESCO

Antes da leitura, o Grupo Mandiola cantou clássicos do samba carioca, com direito a participação especial de Lucas Machado e de Wandinho, filho do intérprete oficial da Viradouro, Wander Pires. Na entrada da área reservada para os componentes da Estácio e da Viradouro, os pavilhões da Estácio, Viradouro, Grande Rio, União da Ilha e Unidos da Tijuca – todas as agremiações que já tiveram Ciça no comando de bateria – saudaram o mestre. * LEIA AQUI A SINOPSE DA VIRADOURO

Visivelmente emocionado, Ciça falou ao CARNAVALESCO logo após a leitura. “O sentimento é de orgulho. Valeu a pena tudo o que fiz há 37, 38 anos. Esse reconhecimento da Viradouro é maravilhoso. Dos títulos que ganhei, esse foi o maior: ser enredo de uma escola de samba. É um campeonato”, resumiu.

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Responsável pelo texto, o enredista João Gustavo Melo explicou que a narrativa cruza os 70 anos de Ciça com os 80 anos que a Viradouro completará em 2026. O penúltimo setor, adiantou, trará o “bonde do caveira”, como são conhecidos os ritmistas de Ciça, em referência ao apelido “Caveira”, que carinhosamente deram ao mestre. “Bateria é arte. Ritmistas são artistas. É uma forma de agradecer a esse segmento que toca e embala o nosso corpo, e escreve no tambor a poesia”, declarou o enredista.

O carnavalesco Tarcísio Zanon reforçou a ideia de simplicidade sofisticada. “O Ciça é uma escola de samba inteira”. Ele destacou que, pela primeira vez, “um quesito vai passar na Avenida como enredo”.

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Já o presidente de honra da Viradouro, Marcelo Calil, lembrou o retorno do mestre em 2019, ano em que a agremiação voltou ao Grupo Especial. “Para essa escola voltar a ser grande, precisávamos trazer o Ciça de volta”, disse, pedindo aos compositores que escrevessem “o samba mais lindo da vida deles”.

O encerramento ficou por conta da bateria “Medalha de Ouro”, da Estácio, que subiu ao palco com os intérpretes Tiganá e Wandinho para alternar sambas históricos das duas escolas, selando o reencontro de Ciça com a batucada que o revelou.

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Próximos passos

A disputa de samba-enredo da Viradouro já tem data para começar. A escola divulgou que a entrega dos sambas concorrentes acontecerá no dia 05 de agosto e o início da disputa será no dia 09 do mesmo mês. Já a final de samba está prevista para o dia 26 de setembro. Com o calendário definido, a Viradouro afina os tambores e inicia a contagem regressiva rumo a um desfile que promete incendiar a Sapucaí ao grito de “Pra cima, Ciça!”.

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Unidos de São Lucas apresenta tambor ancestral como enredo para 2026

A fria noite da última quinta-feira revelou mais um enredo para o carnaval 2026 na cidade de São Paulo. Na tradicionalíssima quadra da rua Carminha, a Unidos de São Lucas apresentou à comunidade e ao mundo do samba um tema que será apresentado no Anhembi na próxima temporada. Intitulado “Meu Tambor É Ancestral – Heranças e Riquezas de Um Povo… Um Brasil de Festas Pretas”, uma apresentação será desenvolvida pelo carnavalesco Anselmo Brito.

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Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Enredo em conjunto

Em entrevista para o CARNAVALESCO, Anselmo Brito, carnavalesco estreante na instituição, contou como surgiu a ideia de abordar tal tema: “O enredo surge numa conversa minha com o presidente, na possibilidade de a gente trazer um enredo que teve uma centrada de três fatores: que ele fosse algo cultural, que trouxesse uma questão de religiosidade e que lembrasse muito os dois grandes carnavais que a escola fez nos últimos dois anos. Daí surgiu a ideia e nasceu o enredo sobre o tambor. que seria um grande enredo. Vamos falar de ancestralidade, vamos fazer um grande cortejo na avenida por um dos instrumentos mais importantes que existem, através de Angalu e toda a espiritualidade vinda dele”, destacou.

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Sobre o orixá citado pelo carnavalesco, vale destacar que existe uma série de denominações para a entidade ligada ao tambor: Angalu, Ayanalu, Ayagalu, Ayan, Ayon ou Ayan Agalu são algumas das outras nomenclaturas comumente utilizadas.

Narrativa

Anselmo também explicou qual recorte usado para desenvolver o enredo: “Mais do que nunca, vamos enfatizar a importância do povo preto e das festas deles. Tanto é que vamos apresentar no nosso desfile festas para o povo preto. Nós vamos mostrar muito do tambor no Brasil, mas vamos começar com o nascimento do tambor, em solos africanos, através da raiz de uma árvore. Dessa árvore se faz o primeiro tronco. E esse tronco vem, junto com os nossos ancestrais, com o povo preto, dentro do navio negreiro. Ali ele aporta em solo brasileiro e viaja por todas as nossas regiões. Ele também é instrumento de festividades – logo, vamos trazer o tambor na capoeira, no boi-bumbá, no frevo, vamos descer o Pelourinho, vamos com o Olodum e vamos terminar com o tambor dentro daquilo que há de mais importante, que a nossa maior manifestação cultural hoje: o carnaval, que é o nosso palco”, frisou.

Aprovação imediata

Se o enredo, mais do que foi aprovado, surgiu após uma conversa com o presidente Nanão, o principal mandatário são-luquense elogiou os rumores que a escola tomou para o ciclo carnavalesco: “A ideia do Anselmo é perfeita. Eu nunca tinha conversado com ele antes, eu apenas ouvia falar dele nos vai e vem da FUPE. não é só uma ideia: a plástica que ele está apresentando também está. A gente está trabalhando, os pilotos já estão prontos, logo mais a gente vai estar apresentando. A gente já está dando andamento nas nossas alegorias na FUPE porque o carnaval é daqui a seis meses.

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Vale destacar que a FUPE, citada pelo presidente, nada mais é do que o apelido da Fábrica do Samba II, espaço em que as escolas dos Grupos de Acesso I e II da Liga-SP confeccionaram como alegorias próprias.

O dirigente também se orgulha das últimas questões desenvolvidas pela escola, aclamadas também pelo mundo do samba pela densidade cultural de cada uma delas: “Eu entendo todos os temas. Os chamados CEP, os patrocinados…, mas eu tenho, com a minha essência, com o meu povo, essa responsabilidade de trazer a ancestralidade, de trazer a parte religiosa. Nós somos a escola de samba, nós somos a extensão de um terreiro. A gente tem que trabalhar para esse povo. Vai ter um momento em que a gente vai fazer um tema diferente. a responsabilidade de levar tudo isso na cultura. Uma ancestralidade, uma religião. E mostrar que o carnaval também é para o povo preto e para o povo pobre. É para todos. Todos. Sem distinção de raça, credo, religioso, profissão, opção sexual. O carnaval é para todos”, refletiu.

Próximos passos

Anselmo destacou que o planejamento da escola está a plano vapor e já com carros alegóricos sendo preparado: “Hoje a gente está em um processo importante. A gente já faz dois meses de desenvolvimento, já temos os nossos pilotos prontos. Toda a parte artística da escola eu já desenhei, todos toda a escola já está no papel, já fizemos os pilotos. Agora, a gente já está partindo para o barracão, para as alegorias e também para a produção. Pode ter certeza, pode esperar um grande carnaval. A São Lucas vai adentrar a passarela do samba não só numa grande festa, mas numa manifestação. Eu digo que o tambor só vem realmente exaltar mais ainda o trabalho cultural da nossa escola”, afirmou.

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Nanão também explica os próximos dados importantes ligados à agremiação: “Queremos sentar com os compositores já no final da próxima semana para fazer uma explicação do que a gente quer. Vai ter, sim, um final de samba-enredo – e vai ser nesse formato tradicional de escolha. Isso agrega muito para a escola e isso faz com que continue viva a função do compositor de escola de samba. Nada contra quem encomenda, nada contra quem vai lá e escolhe um samba com os amigos. Mas o nome já diz tudo: escola de samba. Ela ensina e, ao mesmo tempo, ela aprende. Quando o compositor vem, dá a canetada e passa para nós, nós estamos aprendendo, também, logo mais, o aniversário da escola (que completa 45 anos dia 22 de agosto) e o final de samba-enredo. de São Paulo”, finalizou.

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Cronograma

Desde quando a reportagem chegou à quadra, chamou a atenção o clima de terreiro no local. Fumaça, atabaques, máscaras africanas e todos os vestidos de branco davam a entender que o tema teria algo ligado à cultura africana. E, antes de qualquer apresentação da escola em si, quem também se fez presente foi a Escola de Curimba Tribo de Zambi, executando pontos de orixás.

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Após a apresentação, que também teve a participação da Bateria USL, comandada pelo mestre Andrew Vinícius, a exibição do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da instituição, Erich Sorriso e Victoria Devonne, foi a hora do presidente Adriano Freitas, popularmente conhecido como Nanão, e outros diretores falaram um pouco sobre o que viria.

E, então, veio o vídeo que apresentou o enredo. Logo depois, mais algumas palavras de nomes importantes da agremiação da Zona Leste paulistana – como é o caso de Anselmo Brito. Para encerrar, Tuca Maia, intérprete são-luquense, cantou os últimos quatro sambas da escola: “De Vila Esperança ao Centenário do Águia da Central… Seo Nenê o Baluarte do Samba, São Lucas 40 Anos” (2022, campeão do Grupo de Acesso I de Bairros da UESP); “Jongo” (2023, campeão do Especial de Bairros); “O Canto das Três Raças… O Grito de Alforria do Trabalhador!” (2024, vice-campeão do Grupo de Acesso II da Liga-SP) e o aclamado “ Ijexá ” (2025). Especialmente os dois últimos, por sinal, foram fortemente cantados pelos presentes.

Sinopse do enredo da Viradouro para o Carnaval 2026

ENREDO: PRA CIMA, CIÇA!

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Foto: Renata Xavier/Divulgação Viradouro

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ESQUENTA–ATENÇÃO, SAPUCAÍ!

Vai subir! Repique chama, Furacão responde!

Pra cima…

Marquês de Sapucaí. Palco de homenagens inesquecíveis a notáveis do nosso tempo. No terreiro maior do Carnaval carioca, construiu-se um tipo originalmente brasileiro de reconhecimento em vida. Atravessar em triunfo toda a extensão do Sambódromo ao coro de um samba de enredo, composto especialmente para reverenciar os ídolos de uma nação, é uma forma única de aclamação popular. Um instante que fica para sempre na memória afetiva de um país.

A Unidos do Viradouro, ao completar 80 anos de fundação em 2026, ouve o próprio pulsar da bateriae celebra uma personalidade vitalnessa trajetória: o sambista Moacyr da Silva Pinto, artista do nosso Carnaval. Ao completar 70 anos de vida e 55 anos do seu primeiro desfile, Mestre Ciça cruzará a Sapucaí em pleno ofício. Fluente na língua do tambor, agora é a vez de escrever sua epopeia na melodia de um novo samba de enredo. É a Furacão Vermelho e Branco se olhando no espelho e dizendo…

PRA CIMA, CIÇA! OS TAMBORES DE 2026 VÃO RUFAR PRA VOCÊ!

 1ªCABINE – SAMBA DE SAMBAR DO ESTÁCIO

Pra cima! Era aonde olhava uma cidade que despertava para um jeito diferente de fazer samba. Autêntico movimento modernista nascido nos morros, exímios músicos dos terreiros pintaram no Carnaval uma nova tela ao encourar instrumentos percussivos em pele e fogo. Pioneiros do Estácio, que “num repente genial”, tiveram “uma ideia feliz”: esculpir um majestoso leão, pousado sobre uma carreta e levado em desfile pela rapaziada que circulava pelo São Carlos. Assim, o grupo fundador da Deixa Falar, agremiação híbrida, meio bloco, meio rancho, mas escola de samba na raiz, ergueu um totem altivo e feroz para, em torno de um único símbolo, reunir aquela comunidade essencialmente musical.

O Rio de Janeiro foi despertado no fundo da alma com a tal novidade sincopada de cadência explosiva, embalada no Berço do Samba. Com o ritmo mais batucado, o tambor rugiu em “paticumbuns” e “prugurunduns”. A massa entoava em coro novas melodias, com notas mais alongadas que as do maxixe e outras modas. No compasso dessa novidade uníssona com a realidade urbana carioca, o “samba de sambar” provocava o corpo de cada sambista, que passou a caminhar e a gingar com mais malemolência.

Em tempos de Unidos de São Carlos, na zona doMangue, hoje palco da nossa concentração, a comunidade atravessava o baixo meretrício fantasiada com a elegância de realeza foliã. Rufiões e mariposas vigiavam a Lua, enquanto virtuoses batuqueiros escreviam poemas sonoros em surdos, cuícas, reco-recos e pandeiros. Nesse berçário de feras, um filhote de leão brincava de Carnaval e, em 1971, tornou-se passista da São Carlos. Mas também riscou o chão em giros e mesuras como mestre-sala do Bloco dos Peninhas, uma dentre muitas agremiações carnavalescas do bairro. Depois de escrever o samba em bailado, aprendeu a desenhá-lo em arranjos percussivos.

2ª CABINE – O REI DOS NAIPES

Ali, onde flanava a nata da boemia estaciana a soluçar “bem alto o cavaquinho”, o franzino Moacyr foi aprender as manhas do jogo da percussão até dar as cartas e se afirmar como CIÇA (assim mesmo, em CAIXA ALTA), continuando a revolução rítmica no time do leão vermelho e branco. Baqueta partida, caixa de guerra ao alto, toque pra frente… era a busca da levada perfeita.

Na disputa carnavalesca de 1989 pela Estácio de Sá, o jogo virou e Ciça estreou como o Rei dos Naipes, com escudeiros fiéis que seguiram o comando da sua batuta. Com o enredo “Um Dois, Feijão com Arroz”, o novo Mestre já foi jogando seu “tempero especial” cheio de molho nas peças leves e na “cozinha”, mostrando que viria pra cima com seus achados percussivos. Mas foi na suspensão do som em bossa desvairada que se desenhou a trilha para o primeiro título.

Na cadência de um desfile consagrador, a “Medalha de Ouro”quebrou a banca e emoldurou o canto pintado em aquarela do inesquecível Dominguinhos. O apito do Trenzinho do Caipira se uniu ao do Mestre, atravessando a Passarela como um monumento musical à Semana de Arte Moderna. Era a glorificação de toda aquela gente bamba do bairro que expôs ao Brasil real as obras de uma autêntica revolução artística em forma de samba. A Estácio deu a artepro seu povo e não deu outra… LEÃO NA CABEÇA!

 3ª CABINE – OUTROS TAMBORES

O arrojo rítmico da bateria estaciana foi conquistando a Sapucaí.E nesses dribles épicos do destino, Ciça acabou sendo escalado para o centenário de duas paixões rivais. O coração cruzmaltino incendiou a arquibancada ao comandar a charanga rubro-negra em exibição de gala. Mais tarde, deixou a toca do leão para defender outras bandeiras. Desta vez, honrou o seu Gigante da Colina, agora sob o manto azul e ouro do Borel. Na batida do tempo, fez-se rei de muitos súditos e muitas rainhas em terras de Niterói e de Caxias, indo, anos depois, içar velas rumo ao colorido mar insulano.

Inquieto, o Maestro do Morro imprimiu em cada bateria o registro da ousadia, cuca antenada que nunca deixou de inovar. Pausas de mil compassos, joelhos abaixo, instrumentos pra cima… Pra cima, Ciça! (O que mais faltava inventar?)

Ainda no primeiro tempo do jogo com a Viradouro, elevou suas peças ao patamar do impossível. Ao tirar o fôlego da Avenida suspendendo a bateria, a arquibancada foi ao êxtase! Toque de Mestre em pegada de magia.

Feiticeiro das invocações das inquices, do Ijexá ao povo das águas e do Adarrum aos voduns, foi a fundo nas raízes místicas do tambor para decretar: “VAI TER MUITA MACUMBA NA AVENIDA”. Atabaques chamaram o sagrado e ergueram a vitória, consagrando-o premiado e duas vezes campeão.

O resto… é samba que ainda vai nascer…

4ª CABINE – BONDE DO CAVEIRA

Nessas andanças e memórias,Ciça foi traçando seu estilo arrojado nas agremiações pelas quais passou. A história das escolas de samba não é regida apenas pelas disputas, mas pelo sangue da música que corre nas veias de cada ritmista. Trilha composta em agudos e graves, tempo e contratempo nas oscilações do andamento da vida, mas sempre com pegada pra frente.

Dos fantasmas do percurso, às glórias do ofício, o Mestre é lenda viva para os que embarcam no balanço do bonde do Caveira. Muito além do momento de conquistar as notas na Sapucaí, a convivência durante os meses que antecedem a grande noite faz da bateria um aprendizado coletivo, no verdadeiro sentido do nome escola de samba.

Tanto faz se é “sarapo”ou “camisa 10”, cada componente é sopro na ventania. Tropa que abraça seu Mestre soltando a mão no couro, plangendo a cuíca, vibrando como os discos metálicos do chocalho, desenhando frases no tamborim, atacando nas caixas de guerra, na chamada do repique, pulsando nas marcações… Legião que encontra na bateria o real sentido da festa: fazer o Carnaval não ter fim.

APOTEOSE – UM FURACÃO QUE VAI PASSAR

O intrépido Moacyr é exemplo dos valores que sustentam o samba verdadeiro. Alegre, desvairado, apaixonado, da favela, popular, da amizade, do improviso, da disciplina, do jogo de cintura, do coletivo, da generosidade. Ele é por todos e todos são por ele. Vendaval de ritmo que nasce em brisa de ensaio. Trovão que ressoa em noite de Carnaval.

Nosso homenageado traz em si a energia de uma agremiação em desfile. Um Grêmio Recreativo Escola de Som que, aos 70 anos, acumula a ousadia dos moços e a sabedoria dos mestres.

Na batida do tempo, vira a esperança de uma garotada que se espelha no grande artista consagrado em enredo pela escola mãe.

Este desfile tem como Apoteose a continuidade de uma saga que não acaba em 80 minutos.

Obrigado, Mestre! E desculpe por não dar fim a essa história.

(É que ano que vem tem mais show…)

PRA CIMA, CIÇA!

Carnavalesco: Tarcísio Zanon
Texto: João Gustavo Melo

REFERÊNCIAS:

CABRAL, Sérgio. As escolas de samba do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Lumiar, 1996.

CASTRO, Maurício Barros de; VILHENA, Bernardo. Estácio: vidas e obras. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2013.

CAMÕES, Marcelo; FABATO, Fábio; FARIAS, Julio Cesar; SIMAS, Luiz Antonio; NATAL, Vinicius. As Titias da Folia: o brilho maduro de escolas de samba de alta idade. Rio de Janeiro: Novaterra, 2014.

FRANCESCHI, Humberto Moraes. Samba de Sambar do Estácio: 1928 a 1931. São Paulo: Instituto Moreira Sales, 2010.

LIRA NETO. Uma História do Samba: As origens. São Paulo:Companhia das Letras, 2017.

SIMAS, Luiz Antonio; FABATO, Fábio. Pra tudo começar na quinta-feira: o enredo dos enredos. Rio de Janeiro: Mórula, 2015.

ENTREVISTAS E DEPOIMENTOS:

Canal SambaPod! – EP #58 – Mestre Ciça

SambaPod! – EP #58 – Mestre Ciça

Canal Quintas com Quintaes – Mestre Ciça

(323) Quintas com Quintaes – Mestre Ciça – YouTube

Canal Rádio Arquibancada

(337) Arquibancada em Casa – 21/07/20 – Mestre Ciça – YouTube

Canal Blog Ouro de Tolo: Memória do Carnaval: Mestre Ciça (I)

(323) Memória do Carnaval: Mestre Ciça (I) – YouTube

Canal Thalita Santos

Como os Mestres Criam as Bossas? Mestre Ciça.

Canal Mais Carnaval

📂 CIÇA || Mestre de Bateria da Viradouro e Seus Desfiles Marcantes no Carnaval

Canal CharlaPodcast

(323) O DIA QUE O MESTRE CIÇA COLOCOU A BATERIA EM CIMA DO CARRO ALEGÓRICO NO DESFILE 😱 – YouTube

Canal PodCarnavalesco

MESTRE CIÇA NO PODCARNAVALESCO RJ

Inocentes de Belford Roxo anuncia nova rainha de bateria para o Carnaval 2026

A Inocentes de Belford Roxo já tem nova soberana à frente da sua bateria “Cadência da Baixada” para o Carnaval 2026. A escola anunciou oficialmente Carolane Silva como rainha, que terá a missão de representar a comunidade com garra, carisma e muito samba no pé na Marquês de Sapucaí.

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rainha inocentes
Foto: Deivid Maldonado/Divulgação Inocentes

Carioca do bairro de São Cristóvão, aquariana, vascaína e apaixonada pela cultura popular brasileira, Carolane assume o posto com o compromisso de unir beleza, representatividade e responsabilidade. A nova rainha traz no currículo passagens de destaque pelas alas de passistas do Império Serrano, Vila Isabel e Salgueiro, onde construiu uma trajetória marcada por respeito e dedicação.

“Ser rainha de bateria vai muito além de representar beleza. É sobre honrar uma comunidade, carregar um pavilhão no coração e ser uma porta-voz da nossa cultura. Meu objetivo é viver esse reinado com verdade, com entrega, e fazer com que a Inocentes brilhe na avenida e contagie o público com a força da nossa bateria”, afirma Carolane, emocionada.

Filha de nordestinos, Carolane conheceu o mundo do samba em 2012, ao visitar a quadra do Paraíso do Tuiuti, e desde então vem construindo uma história de amor pelo Carnaval. Ela é também profissional de Educação Física, mãe do Felipe e estudante de Gestão Pública. Fora do universo carnavalesco, é apaixonada por viagens, natureza e frutos do mar.

A coroação da nova rainha está prevista para o mês de julho e promete reunir nomes que marcaram sua trajetória e a inspiraram ao longo dos anos, como a icônica Viviane Araújo, referência de empoderamento e paixão pelo samba.

Em 2026, a Inocentes de Belford Roxo levará para a avenida um enredo em homenagem ao estado de Pernambuco. A expectativa da escola é fazer um desfile histórico, com a Cadência da Baixada sob o comando do mestre Washington Paz e agora com o brilho de Carolane Silva como majestade da bateria.

Portela promove ‘Feijoada da Vitória’ neste sábado com posse da nova diretoria

A Portela realiza, neste sábado, mais uma edição da Tradicional Feijoada da Família Portelense. O evento, que acontece todos os meses na quadra da Majestade do Samba, contará com o elenco show da escola, participação das 11 coirmãs do Grupo Especial, além da cerimônia de posse da nova diretoria.

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portelafeijoada
Foto: Magaiver Fernandes /Divulgação Portela

Intitulada como Feijoada da Vitória, a edição do mês de junho irá marcar o início oficial da gestão do Presidente Junior Escafura, Vice-presidente Nilce Fran e da Presidente de Honra Vilma Nascimento à frente da Azul e Branca de Oswaldo Cruz e Madureira. Entre as novidades que serão apresentadas para o público, uma delas é a estreia de Mestre Vitinho no comando da Tabajara do Samba.

A abertura do evento fica por conta de Gilsinho e sua Banda, dando sequência a programação a tradicional Velha Guarda Show, com participação especial de Marquinhos de Oswaldo Cruz e As Herdeiras do Samba da Portela e o encontro dos 12 pavilhões do Grupo Especial. Para encerrar, muito samba raiz com o show completo de Délcio Luiz.

A quadra da Portela fica localizada na Rua Clara Nunes, 81, em Madureira. A abertura dos portões é às 13h e os ingressos estão à venda no site Bilhete Digital.

Serviço:
Tradicional Feijoada da Família Portelense – Feijoada da Vitória
Atrações: Gilsinho, Velha Guarda Show, presença das 11 coirmãs do Grupo Especial, Délcio Luiz e posse da nova diretoria.
Data: Sábado, 07 de junho.
Horário: A partir das 13h
Local: Quadra da Portela (Rua Clara Nunes 81, Madureira)
Ingressos: Ingressos à venda no site Bilhete Digital

Conheça a logo do enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2026

A Unidos da Tijuca apresentou a logo que ilustrará o enredo sobre Carolina Maria de Jesus no Carnaval 2026. A ilustração é assinada pelo designer Rodrigo Cardoso.

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O banner faz releitura de uma foto emblemática de Carolina Maria de Jesus lendo uma matéria sobre ela no jornal. Na construção imagética poética, Carolina contempla seu enredo, sem o lenço que lhe foi prisão, coroada de livros e escritos, vestida de palavras e inspiração.

Ao fundo, a imagem do desfile de 1982, cujo tema foi o escritor negro Lima Barreto, prenuncia a passagem de bastão: a Tijuca literária de Lima, abre passagem para a Tijuca das letras de Carolina.