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Sinergia do conjunto musical marca gravação do Império de Casa Verde

No penúltimo dia das gravações, foi a vez do Império de Casa Verde gravar o seu audiovisual pelo horário da tarde, precisamente no dia 12 de outubro, que foi um sábado de feriado. A escola da Zona Norte de São Paulo realizou uma gravação de alto astral, assim como pede o seu samba-enredo, que tem uma melodia para cima e alegre do início ao fim. A bateria ‘Barcelona do Samba’, o coral e o intérprete Tinga mostraram estar completamente entrosados, assim como foi nos últimos desfiles e ensaios do Carnaval 2024. O CARNAVALESCO conversou com personalidades ligadas à gravação do audiovisual do ‘Tigre Guerreiro’ da Casa Verde.

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Deixando o carnaval mais vivo

O diretor de carnaval Rogério Figueira, o Tiguês, elogiou a iniciativa da Liga-SP e declarou que o audiovisual deixa tudo mais vivo e valoriza o produto. “Fica um negócio muito mais elaborado. Uma coisa que traz um pouco da vivacidade mesmo do que acontece em uma quadra, do que acontece no dia do espetáculo. Acho que é uma iniciativa muito melhor da Liga para a gente poder também valorizar melhor o nosso produto”, disse.

Se tratando do samba-enredo, Tiguês revelou que a escola realizou ensaios específicos para a gravação, sendo todos os setores envolvidos. “Embora o samba tenha saído há menos de um mês, a gente ensaiou bastante sim com o nosso coro. É um samba que pegou fácil. Tivemos ensaios específicos de bateria, ensaios específicos de canto e também do pessoal do carro de som. Espero que funcione bastante com o passar do tempo, como está funcionando”, comentou.

Rogério explicou brevemente o enredo e a ideia de como tratar o samba-enredo que, de acordo com ele, é diferente. “Nosso samba veio na contramão do que todo mundo esperava. Dentro da narrativa, nós falamos que os contos de fada enganaram para poder contar um pouco do avesso da história. O fato do super-homem ser sempre o herói, o coringa ser sempre o vilão, será que é mesmo? A gente procurou inverter algumas histórias para poder ilustrar melhor o que a gente pretende colocar. E o principal é que é um samba muito vivo com a cara dos últimos anos que a gente vem colocando. Eu espero que o povo entenda que é uma obra com uma melodia muito rica, muito para cima, muito fácil de cantar e é o que a gente vai provar nessa gravação e nos próximos passos da escola”, completou.

Sempre importante as novidades e rumo às conquistas

Tinga, intérprete do Império que está indo para o seu terceiro carnaval com a escola, falou sobre o projeto audiovisual da Liga-SP. “É muito bom. Sempre bom sempre ter a novidade e estar melhorando cada vez mais com o nosso carnaval. A gente fica muito feliz em estar participando mais uma vez nessa grande gravação. Se Deus quiser, será mais um grande projeto levando o Império rumo a um grande desfile”, declarou.

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De acordo com o cantor, a escola ensaiou bastante, complementando a fala do diretor de carnaval Tiguês. Tinga também opinou sobre o samba-enredo. “Nós ensaiamos bastante, um grande samba está vindo aí. É lindo, maravilhoso, as pessoas vão curtir bastante na avenida. Ele tem uma construção diferente. A gente tentou fazer essa grande proposta para mais uma vez fazer um grande desfile”, afirmou.

Trabalhando dentro do samba e a volta do audiovisual

Completando 20 anos de Império de Casa Verde, mestre Zoinho disse que estava mais do que na hora de voltar o formato do audiovisual, pelo fato de todas as escolas mostrarem sua particular identidade. “Para gente é muito bom estar aqui novamente gravando. Cada escola agora com sua bateria, preservando as suas características. É muito importante para o samba, ficamos um período fora. Já fizemos ao vivo outras vezes, depois voltamos para o estúdio e agora estamos fazendo ao vivo de novo. Acho que estava mais que na hora de voltar, o pessoal estava pedindo muito. E graças a Deus a Liga teve a iniciativa de fazer esse projeto novamente. Eu espero que possa ser um grande trabalho de todas as escolas e que a gente possa ter um audiovisual muito bom. Eu tenho certeza que isso vai acontecer, porque nós estamos com uma equipe muito boa trabalhando, profissionais de alta qualidade. O samba de São Paulo merece isso”, ressaltou.

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Zoinho contou que trabalhar dentro do samba vem sendo tranquilo. O comandante da ‘Barcelona do Samba’ revelou que acompanha todo o processo de composição junto aos compositores, visto que nos últimos anos o Império de Casa Verde vem realizando obras encomendadas. “É tranquilo porque eu pego todas as etapas do samba, desde a composição do samba até a parte final eu acompanho tudo. Hoje os compositores me dão essa liberdade para poder acompanhar. Eu vejo o projeto da escola toda. Para mim fica muito tranquilo trabalhar depois. O entrosamento com o Tinga é muito bom, estamos indo para o terceiro ano juntos e isso facilita muito”, disse.

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O diretor da batucada disse que a maior preocupação é trabalhar o ritmo do samba, mas ressaltou que as costumeiras bossas e coreografias não vão faltar. “Nós fomos a última escola a escolher o samba. Eu estou preparando várias coisas, a gente sempre faz muita bossa, mas a minha preocupação é dar o ritmo a esse samba, que é um samba que tem um refrão só. O samba vai precisar muito do ritmo da bateria, mas a gente vem com a nossa característica. O ritmo é muito forte, pesado, nossa prioridade é o ritmo, só que a gente vai ter, claro, as paradinhas que o povo gosta, que todo mundo curte, coreografia e muito mais. Novamente a gente vem fazendo um trabalho legal e, com certeza, acho que o público que espera a bateria do Império pode ficar tranquilo que a gente vai apresentar um grande”, concluiu.

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Unidos de Padre Miguel reúne musas e rainha de bateria para entrega de figurinos no barracão

Nesta semana, o barracão da Unidos de Padre Miguel, na Cidade do Samba, foi palco de um momento especial nos preparativos para o tão aguardado retorno ao Grupo Especial após 52 anos. As musas e a rainha de bateria da escola receberam os figurinos que irão abrilhantar o desfile de 2025, marcado por grande expectativa e emoção.

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Foto: Divulgação/UPM

As beldades Camila Vilar, Crislin Andrade, Elis de Sá, Larissa Reis e Larissa Bayer, além da rainha de bateria, Andressa Marinho, foram agraciadas com os figurinos entregues pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, que assinam o enredo “EGBÉ IYÁ NASSÔ”.

Este será um Carnaval de estreias para Andressa, que reinará pela primeira vez à frente da bateria “Guerreiros da Unidos”, comandada por Mestre Dinho, e para Camila e Crislin, que debutam como musas da comunidade.

“Assumir o posto de rainha de bateria é uma realização pessoal e um desafio que abraço com muita responsabilidade. Quero levar toda a energia da Unidos de Padre Miguel para a Avenida e representar com orgulho essa escola tão especial”, afirmou Andressa Marinho.

A nova musa, Camila Vilar destacou o significado de ocupar o posto de musa neste retorno histórico. “Ser musa da Unidos neste momento tão marcante é um privilégio enorme. Representar a nossa comunidade na Sapucaí é emocionante e inesquecível”.

Crislin Andrade, que também estreia como musa, não escondeu a alegria. “É muito mais do que um sonho realizado. Representar a comunidade como musa em um ano tão importante para a escola é uma honra que levarei comigo para sempre.”

Já as musas veteranas Elis de Sá, Larissa Reis e Larissa Bayer reforçaram o orgulho de participar desse momento. “Cada desfile é único, mas este tem um significado especial. A Unidos está voltando ao Grupo Especial, e tenho certeza de que faremos história na Avenida,” ressaltou Elis.

Com o enredo que celebra a ancestralidade afro-brasileira e o legado de Iyá Nassô, a Unidos de Padre Miguel se prepara para um desfile emocionante, onde a força da Vila Vintém será protagonista.

Conheça os 14 enredos do Grupo Especial de São Paulo para o Carnaval 2025

No ritmo da festa do lançamento do álbum dos sambas-enredo, que acontecerá neste sábado, na Fábrica do Samba, vamos dar uma passada nos 14 enredos que estarão no Sambódromo do Anhembi no carnaval de 2025. A lista apresentada será por ordem de desfile das escolas de samba e com falas sobre cada enredo:

Colorado do Brás: “Afoxé Filhos de Gandhy no ritmo da fé”

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De volta ao Grupo Especial de São Paulo, a Colorado do Brás vai trazer os Filhos de Gandhy para o Anhembi. O afoxé foi fundado em 1948 por estivadores de Salvador e desfila pelas ruas de Salvador em defesa da paz.

Reconhecido pelo Guiness Book como o maior afoxé do mundo, e é patrimônio cultural da Bahia, será contado em São Paulo no carnaval de 2025.

Para desenvolver o projeto, o carnavalesco David Eslavick terá a missão de abrir o Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2025.

 Barroca Zona Sul: “Os Nove Oruns de Iansã”

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A Barroca Zona Sul é a segunda escola a entrar na pista do Anhembi e com o enredo “Os Nove Oruns de Iansã” desenvolvido pelo Pedro Alexandre, mais conhecido como Magoo.

O enredo falará sobre Iansã, como contou detalhou o carnavalesco, Magoo: “Começamos a falar sobre Iansã, sobre a vida dela, sobre os poderes dela. Depois a gente vai dar uma pincelada sobre os amores de Iansã, todas as pessoas, todos os outros orixás, com quem ela se envolveu e adquiriu um conhecimento específico de cada um… até o momento do caso de Obaluaiê, que concedeu a ela o poder de passar do mundo material pro espiritual, de ter acesso a esses dois mundos. A partir desse momento, em que nós entraremos especificamente nos Oruns, que são os nove céus de Iansã, os quais ela tem acesso e encaminha cada espírito de acordo com o que eles fizeram em vida, para o respectivo Orun”.

A Faculdade do Samba contará com toda a força e energia de Iansã para reforçar o seu desfile no próximo carnaval.

Dragões da Real: “A vida é um sonho pintado em aquarela!”

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A terceira escola a entrar na pista vem com uma temática bem emocional no enredo construído por Jorge Freitas: “A vida é um sonho pintado em aquarela!”.

Inspirado em Toquinho e em Jorginho Freitas, neto do Jorge Freitas. E o carnavalesco falou sobre o tema: “O trabalho em tal temática me deixa forte: tem o lado do meu neto Jorginho – que, nesse plano, era chamado de ‘grande astronauta’. Ele está me dando força para que eu faça o maior carnaval da minha vida. A vida nos prega algumas surpresas, e algumas coisas aparecem de repente, sem pedir licença, e a gente parte. O descolorir é como o carnaval: quando terminamos nosso desfile, cada um tira a sua fantasia e guarda para que, no próximo carnaval, a gente vista uma nova. Na vida também é assim: quando a gente parte desse plano para o espiritual, a gente veste uma nova fantasia para vir aqui novamente e pintar uma nova aquarela”.

A Dragões da Real revelou que teve uma mudança na temática após Jorginho ter falecido no dia 16 de abril e em seu desfile carregará referências para homenageá-lo como já foi na apresentação do enredo.

Mancha Verde: “Bahia, da Fé ao Profano”

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A bicampeã do carnaval, Mancha Verde colocará os pés na Bahia com o enredo: “Bahia, da Fé ao Profano” desenvolvido por uma comissão de carnaval.

O enredo é inspirado no documentário do canal Futura que dá o mesmo nome do enredo, o diretor de carnaval e parte da comissão de carnaval, Paolo Bianchi falou um pouco sobre: o presidente assistindo um documentário no Futura, viu esse tema, achou legal, e lançou a ideia lá atrás, ainda na época das campeãs. O enredo não é sobre a Bahia, é sobre o comportamento do povo baiano. Então, é tentar captar a alma do baiano, que a gente sabe que é festeiro, que a gente sabe que é religioso em todas as vertentes. E quem quiser ver o documentário, ele fala exatamente isso. Tem um padre que diz: ‘não tem problema que o cara vem aqui na festa, fica aqui e começa a profanar’, porque o profanar na Bahia é beber e curtir”.

Então a Mancha Verde seguirá esse tema para o próximo carnaval, e a ideia surgiu do presidente Paulo Serdan com todo aval dos criadores do documentário.

Acadêmicos do Tatuapé: “Justiça: A Injustiça Num Lugar Qualquer é Uma Ameaça à Justiça em Todo Lugar”

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Vamos falar de Justiça? Lá na Zona Leste de São Paulo, a Acadêmicos do Tatuapé vai trazer o tema para o próximo carnaval: “Justiça: A Injustiça Num Lugar Qualquer é Uma Ameaça à Justiça em Todo Lugar”.

A frase do ativista Martin Luther King é quem conduz a agremiação para o carnaval de 2025, o presidente Eduardo Santos contou um pouco sobre o enredo: “A oportunidade pintou esse ano e então vamos lá, inspirados em Martin Luther King. A frase dele é que comanda. Toda a nossa proposta, nós vamos tentar contar essa história da melhor maneira possível, lá desde o caos, desde a ausência da lei, até os dias de hoje, contra todas essas barbaridades que acontecem. O preconceito existente com as mulheres, pretos, pobres, homossexuais, indígenas… Tudo isso emendando, complementando a história da justiça, como tudo começou. Não só do ponto de vista jurídico, mas do ponto de vista também religioso, da justiça divina, os dez mandamentos”.

A bicampeã do carnaval vai em busca do terceiro título com um tema que promete abalar o Anhembi, afinal, tem justiça no Brasil? Eis o que a agremiação irá contar na avenida com o carnavalesco Wagner Santos.

Rosas de Ouro: “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”

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‘O medo de perder não pode superar a gana de vencer, o jogo vai virar?’, assim o samba da Rosas de Ouro fala sobre o tema para 2025 que será: “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”.

O carnavalesco estreante na Roseira, Fabio Ricardo contou um pouco sobre o tema: “Desde os tempos mais antigos da humanidade, os jogos refletem valores, habilidades, traços marcantes e costumes de culturas e épocas. Com o passar dos séculos, evoluíram, se diversificaram, refletindo avanços tecnológicos, sociais e culturais, sem perder a sua essência. Sorte, mistério, adrenalina, estratégia e muita diversão, e é isso que levaremos para nosso desfile de 2025”.

Com isso, a Rosas de Ouro, que venceu sete títulos no carnaval de São Paulo, o último em 2010, contará a história dos jogos no Anhembi em 2025.

Camisa Verde e Branco: “O Tempo Não Para! Cazuza – O Poeta Vive”

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A última agremiação na primeira noite de desfile é a tradicional Camisa Verde e Branco que fará uma homenagem para o artista Cazuza com o tema: “O Tempo Não Para! Cazuza – O Poeta Vive” desenvolvido por Leonardo Catta Preta.

O enredo seguirá a biografia musical do artista, terá as fases polêmicas presentes, um dos enredista, Clark Mangabeira contou: “A gente estava sempre pensando em uma biografia musical, pensando em trazer a música dele pela questão da memória afetiva com o Brasil afora. Então, foi um processo que começou com pesquisa, muita conversa, o carinho, a bênção da Lucinha. Conversamos também com todos os artistas que a gente pôde conversar para trazer um pouco de um Cazuza que não ficasse só nos livros, mas o Cazuza que a gente via na televisão e que a gente ouve falar. A ideia foi fazer uma sinopse que fosse emotiva, bonita e tentasse pegar um pouco da essência, da poesia do Cazuza e desse amor que a gente quer levar para o Anhembi”.

O Camisa Verde e Branco tem nove títulos do carnaval paulistano, o último aconteceu em 1993 e vai para o segundo ano consecutivo no Grupo Especial após um longo período distante.

Águia de Ouro: “Em Retalhos de Cetim, a Águia de Ouro do jeito que a vida quer”

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Abrindo a segunda noite de desfiles, no sábado de carnaval, a Águia de Ouro surpreendeu escolhendo o horário e homenageará um grande artista brasileiro, Benito Di Paula, com o enredo: “Em Retalhos de Cetim, a Águia de Ouro do jeito que a vida quer”.

O carnavalesco André Machado contou as missões de falar sobre o grande nome da música brasileira: “Foi muito engraçado, estava pesquisando o enredo, quando o Sidnei (presidente) meu deu um start de um enredo que estava pesquisando ele, no meio do processo ele disse ‘André, Águia de Ouro tem um enredo que eu queria que você desenvolvesse’, falei ‘pode falar, pode falar’ e ele falou ‘Benito di Paula’. Então tudo que eu estava pesquisando foi por água baixo, falei que tem ser o Benito di Paula, ainda mais em vida, tem oitenta e poucos anos, merece essa homenagem em vida”.

Portanto, buscando o bicampeonato, a Águia de Ouro vai homenagear Benito, que inclusive, tem uma ligação com a agremiação, acompanhava os ensaios de sua casa nos anos 70.

Império de Casa Verde: “Contando Contos: Reinos da Literatura”

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Viajando em um conto, a Império de Casa Verde vai com um enredo literário: “Contando Contos: Reinos da Literatura” desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Barboza.

O enredista Tiago Freitas falou um pouco sobre o tema que procura trazer personagens variados e brincar de carnaval no Anhembi: “Queremos interagir, interagir com os personagens caindo no samba, a gente tem com os personagens, conheçam a Casa Verde, esse reino da Casa Verde e que a gente também navegue nos reinos deles, né principalmente o Reino dos romances, do Harry Potter. Queremos brincar, é um enredo leve, alegre é um enredo que tem a cara da Império de Casa Verde. A comunidade está muito feliz e a gente está embarcando e trazendo essas loucuras literárias para o nosso desfile”.

A terceira escola do sábado busca o tetracampeonato, o último título veio em 2016.

Mocidade Alegre: “Quem Não Pode com Mandinga, Não Carrega Patuá”

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A atual bicampeã do carnaval, Mocidade Alegre é a agremiação a ser batida, afinal são doze títulos em São Paulo, vai com o enredo: “Quem Não Pode com Mandinga, Não Carrega Patuá”.

Com a religiosidade da escola muito presente em busca do tri, o carnavalesco Caio Araújo contou sobre o caminho do enredo: “Acho que a gente tinha uma ideia de ligar principalmente a uma religiosidade afro-brasileira e conseguimos realizar tudo aos poucos. A gente não tinha uma ideia fixa do que seria, mas ao longo das pesquisas foram aparecendo. A ideia era justamente quando a gente descobriu que teria que ser um enredo baseado nesse dito popular. Dessa fé que a gente carrega no pescoço, que faz parte do nosso dia a dia, que a gente carrega um patuá na carteira, um crucifixo no pescoço, colocamos a nossa guia… É dessa fé que a gente tem sempre”.

A Morada do Samba, como é conhecida, terá a estreia do carnavalesco Caio Araújo, mas o enredista Leo Antan segue no projeto e desenvolve o tema que terá inúmeros objetos de fé da cultura brasileira presente.

Gaviões da Fiel: “Irin Ajó Emi Ojisé – A Viagem do Espírito Mensageiro”

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Depois de muitos anos, os Gaviões da Fiel voltaram ao desfile das campeãs em 2024, e para 2025 vão com o primeiro tema afro de sua história: “Irin Ajó Emi Ojisé – A Viagem do Espírito Mensageiro”.

Um dos carnavalescos, Julio Poloni falou sobre a escolha do tema: “A comunidade pedia muito. Eles pediam esse primeiro enredo afro. Vários departamentos entraram com esse pedido ano após ano, e esse ano a gente resolveu fazer. A gente quer muito e buscamos uma história, que são as máscaras. Um elemento extremamente bonito, que valoriza os conhecimentos, os valores e a arte dos diversos povos africanos. Foi a gente trabalhando com a aceitação, porque já existia essa ansiedade por parte da comunidade de se fazer tema desses que a gente se convencionou a chamar de afro. Nós estamos extremamente felizes”.

O carnaval está sendo desenvolvido por uma dupla de carnavalescos, além do Júlio Poloni, o Rayner Pereira segue no projeto do tetracampeão do carnaval paulista.

Acadêmicos do Tucuruvi: “Assojaba – A Busca pelo Manto”

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Logo do enredo do Tucuruvi para o Carnaval 2025

A Tucuruvi vai no ritmo da busca do manto Tupinambá, com uma temática relacionada a memória indígena contará “Assojaba – A Busca pelo Manto”.

Em postagem no anúncio do enredo, a agremiação disse: “O “Zaca” sonhará com a busca do manto Tupinambá, que tem um valor artístico e simbólico para a memória indígena no Brasil e também a luta pelo retorno ao seu local de origem. Além de um longo processo de pesquisa, o desenvolvimento do enredo contará com o apoio da liderança Glicéria Tupinambá”.

O Zaca tem uma dupla de carnavalescos para o próximo carnaval, Dione Leite segue na agremiação, e chega o Nicolas Gonçalves estreando em São Paulo após destaque no Rio de Janeiro.

Terceiro Milênio: “Muito além do Arco-Íris – Tire o Preconceito do caminho que nós vamos passar com o Amor”

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A penúltima escola a entrar na pista do Grupo Especial é a Milênio que retorna e estará na divisão pela segunda vez, o enredo desenvolvido por Murilo Lobo é: “Muito além do Arco-Íris – Tire o Preconceito do caminho que nós vamos passar com o Amor”.

O tema LGBTQIA+ foi contado pelo carnavalesco: “A gente precisa educar. Hoje, eu vi uma matéria sobre a Madonna dizendo que, todo dia, nós precisamos criar uma versão melhorada de nós mesmos. O carnaval serve para isso. Faremos um carnaval muito emocionante, a ideia é fazer um grande show, o carnaval está precisando de show – e nós faremos isso”.

A agremiação tem feito inúmeras ações desde antes do anúncio oficial do tema com o intuito de fortalecer toda a comunidade LGBTQIA+.

 Vai-Vai: “O Xamã Devorado y A Deglutição Bacante de Quem Ousou Sonhar Desordem”

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Fechando o Grupo Especial, a principal campeã do carnaval de São Paulo, o Vai-Vai, irá homenagear o artista Zé Celso: “O Xamã Devorado y A Deglutição Bacante de Quem Ousou Sonhar Desordem”.

O carnavalesco Sidney França segue na agremiação e buscando uma sequência de enredos fortes: o Vai-Vai também se posiciona ao assumir a voz e as palavras de alguém que antes de partir desse plano deixou uma mensagem muito potente, de liberdade do corpo, de liberdade do pensamento. O Zé Celso, na ditadura brasileira, foi muito opositor a ponto dele ser exilado. Passou por Portugal, Moçambique, isso também vai estar no desfile. Pensar hoje no Vai-Vai nesse lugar de escola do povo, escola da rua, abraçando discursos muito ligados ao questionamento do funcionamento social me completa muito”.

O Vai-Vai tem quinze títulos conquistados no carnaval, o último em 2015, e está no segundo ano consecutivo no Grupo Especial, após período de instabilidade, tem a missão de fechar o carnaval do principal grupo de São Paulo.

Última gravação do samba da Beija-Flor para o Carnaval 2025 na voz de Neguinho entra para história

A Beija-Flor realizou a gravação da sua faixa para o álbum dos sambas-enredo de 2025, no Century Estúdio, no último dia 24 de outubro, em um momento histórico. Os integrantes ainda não sabiam, mas foi a última vez que Neguinho da Beija-Flor colocou sua voz no projeto oficial da Liesa, após anunciar a decisão de não cantar mais pela agremiação de Nilópolis após o desfile do ano que vem. A escola de Nilópolis vai levar o enredo “Laíla de todos os santos, Laíla de todos os sambas”, do carnavalesco João Vitor Araújo, em homenagem a Laíla, um dos grandes nomes da história do carnaval. O CARNAVALESCO esteve presente e conversou com diversos integrantes da escola para saber como foram as gravações.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Neguinho da Beija-Flor falou sobre sua preparação para gravar o samba de 2025 e comentou sobre o hino que a escola vai levar para a Sapucaí no próximo carnaval: “Faço isso há 53 anos. A única coisa que eu procurei evitar, foi o contato com a minha filha, que estava resfriada, nesse caso, é um desastre, mas estou bem. O samba é uma maravilha. Os compositores foram super felizes na melodia, é todo pra cima e fala da história do mestre Laila. Com certeza, se os compositores tivessem que fazer um samba homenageando alguém, não acertariam de novo a mão como acertou nesse samba”.

O intérprete citou a emoção de cantar um samba sobre a vida de Laíla e como o mestre foi fundamental para a sua carreira no mundo do samba e no mundo artístico. “Eu comecei com o Laíla, que abriu as portas para mim no mundo do samba, no mundo do show. Eu comecei a ganhar um dinheirinho, a viver de samba, através do Laila, que me recomendou no Cordão da Bola Preta, depois no Renascença. Ele foi meu primeiro produtor, gravei um compacto, inclusive, a produção do ‘Domingo eu vou ao Maracanã’, aquele samba que hoje é o hino, foi ele que produziu. Falar dele é uma emoção muito grande, gravar um samba cujo tema é a vida e a história dele”.

Mestre Rodney, um dos responsáveis pela bateria “Soberana”, comentou qual andamento colocou para a gravação e como a obra foi trabalhada pela bateria. “Foi o andamento de 143 BPM (batidas por minuto), alegre. A gente aproveitou o que o samba tem de melhor, a melodia é muito rica. Fomos felizes no arranjo. Carnaval é na pista, mas sem desmerecer as coirmãs, a gente vai fazer um grande desfile”.

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Mestre Rodney

Marquinho Marino, diretor de carnaval, acompanhou todo o dia de gravação e também comentou o que esperar da escola e destacou que o samba inteiro mexe com ele pela relação com Laíla: “A principal preocupação nossa foi fFazer com que tudo aquilo que aconteceu na quadra, ao longo de toda a disputa, que conquistou os componentes, aumentado em termos de emoção na gravação. O samba retrata o Laíla como diretor de carnaval e como pessoa, como ser humano. Não tem uma parte sequer nesse samba que não me toque. importante, nesse momento, é a gente agregar todo mundo, trabalhando com muita união, porque lá no dia do desfile isso vai se refletir”.

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Marquinho Marino

O presidente Almir Reis esteve presente na gravação do samba da escola, e destacou o que esperar da faixa oficial da “Deusa da Passarela”: “Esperar que realmente saia uma gravação excelente em vista do grande samba que nós temos. O samba realmente é muito bonito, está sendo comentado e comemorado por todos, e principalmente pela minha comunidade, que está muito feliz com a escolha”.

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Presidente Almir Reis

Almir também comentou o verso que mais mexe com ele, além de falar sobre a emoção que o samba da escola faz ele sentir em relação a Laíla: “‘Chama, João, pra matar a saudade’ essa parte é realmente emocionante, e eu que sou um admirador do Laíla, do trabalho dele, aprendi muita coisa com ele. A emoção que o samba passa é que ele está presente o tempo todo conosco, do nosso lado. Essa é a verdadeira emoção que nós sentimos”.

Betinho Beija-Flor, diretor musical, falou sobre a criação do arranjo do samba para a gravação e qual o estilo foi utilizado. “A gente valorizou muito a melodia do samba. Fomos em cima desse ritmo gostoso. A gente pensou em uma pegada afro. A gente já está acostumado a gravar rápido e foi muito bom, todo mundo esteve aqui com astral muito bom”.

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Betinho Beija-Flor

União de Maricá revela detalhes das fantasias para o Carnaval 2025

A União de Maricá segue trabalhando em sua busca do inédito título da Série Ouro e pelo tão sonhado acesso ao Grupo Especial. Na última quinta-feira, a escola revelou detalhes das fantasias desenvolvidas pelo carnavalesco Leandro Vieira para o enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”. Inspirado na história de Seu Sete da Lira, Exu Sete Encruzilhadas que marcou época no Rio, e sua médium, a mãe de santo Cacilda de Assis, o conjunto de figurinos atrela criatividade, sofisticação e fidelidade ao tema, conforme explica o artista:

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“Em linhas gerais, o conjunto de fantasias que proponho para Maricá tira partido da possibilidade de mesclar refinamento e criatividade com a intenção de encontrar a justa medida para a elaboração de um visual que dê conta de um Exu tão cheio de personalidade, quanto o famoso Sete da Lira”, destacou Leandro Vieira.

O projeto, que celebra a essência festiva e a espiritualidade de Seu Sete da Lira, foi concebido para permitir a liberdade de evolução dos componentes, mantendo a beleza e a clareza visual necessárias para a compreensão do enredo na Sapucaí. A proposta é oferecer um desfile que combine criatividade e excelência. Para isso, o projeto conta com o rigor na costura, nos adereços e na seleção de materiais, que são marcas dos trabalhos de Leandro quando o assunto são figurinos carnavalescos.

“Acho que o público que prestigia as noites de desfile do Acesso merece esse capricho. Quando penso em um projeto para ser apresentado no carnaval, não faço distinção entre o Grupo Especial e a Série Ouro. Apesar das diferenças, em tudo busco entregar a excelência daquilo que é possível ser feito”, afirmou o carnavalesco.

A escola será a sexta a desfilar na sexta-feira de carnaval, dia 28 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí, levando para a Avenida a força de seu enredo em busca do título e a ascensão à elite.

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Com canto forte e muita alegria dos componentes, Vila Isabel realiza primeiro ensaio de rua para o Carnaval 2025

Por Gabriel de Souza e Matheus Morais

A Vila Isabel realizou na noite da última quarta-feira seu primeiro ensaio de rua rumo ao Carnaval 2025, no Boulevard 28 de setembro, em um dia que o destaque foi o canto da comunidade. O “Povo do Samba” estava animado, cantando forte sob o comando do intérprete Tinga. A “Swingueira de Noel” foi bem conduzida, e teve a recém-eleita rainha do carnaval 2025, Thuane Werneck, à frente da bateria, cujo mestre, Macaco Branco, por motivos de outros compromissos profissionais não esteve presente. A agremiação vai levar para a Sapucaí o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece”, do carnavalesco Paulo Barros, que marcou presença, “ensaiando” à frente da velha-guarda.

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Vídeos: arrancada e ala a ala no primeiro ensaio de rua da Vila Isabel para o Carnaval 2025

Moisés Carvalho, diretor de carnaval, conversou sobre o início dos ensaios de rua da escola, e sublinhou a felicidade da comunidade em realizar o ensaio de rua, e demarcando o momento como marco rumo ao Carnaval 2025.

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Moisés Carvalho, diretor de carnaval. Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“A Vila Isabel toda estava esperando esse dia. A gente ia começar a semana passada, mas em função dos eventos do G20 pediram o adiamento. A gente na quadra fez o nosso trabalho de casa no canto. E aqui realmente é o nosso pontapé inicial, é aqui que a Vila Isabel está feliz, que a comunidade se solta, que a gente mostra a força da nossa bateria, do carro de som, comissão de frente, evolução”.

O diretor falou sobre a avaliação feita após o último carnaval na busca de manter ou melhorar algo para o próximo ano, comentando também sobre a força do samba e o trabalho de barracão da agremiação.

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“É normal terminar todo o carnaval e fazer uma avaliação, e manter o que foram pontos positivos e corrigir o que foi despontuado. A nota é um referencial para fazer as correções durante a pré-temporada. O foco é fazer isso acontecer na avenida, com a força da nossa comunidade e ter uma evolução brilhante. Falar do carro de som e da nossa bateria do mestre Macaco Branco, é chover no molhado, o entrosamento é perfeito. Mas cada dia que passa é reforçar a nossa evolução e mostrar a força desse samba, que a gente acredita, se não ele não teria sido escolhido. A gente tem a certeza que o samba vai funcionar e acontecer na avenida, isso não é uma dúvida, é uma afirmação. O barracão está totalmente dentro do cronograma, já tem um cronograma de entrega de fantasias agora para final de dezembro. Barracão, alegoria, fantasia, está indo de vento em popa, tudo dentro do planejado, e aprovado pelo presidente”.

Tinga, intérprete da Azul e Branco do bairro de Noel, comandou o ensaio ao longo da Basílica de Nossa Senhora de Lourdes até a quadra da escola, e o cantor espera muita alegria do período de ensaios de rua da Vila, destacando a felicidade da comunidade e a animação para buscar o campeonato.

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Tinga, intérprete da Azul e Branco do bairro de Noel

“É a nossa comunidade muito feliz com a nossa escola, o samba, o enredo. Vai ser muito divertido na Avenida. A gente vai para brincar, ‘assustar’ a Sapucaí. E a Vila Isabel vai trazer esse título tão sonhado para nossa comunidade. A gente sempre procura fazer o melhor para nossa escola, criamos uma introdução voltada sempre para a assombração, que é o nosso enredo. A gente foi muito feliz e vai dar certo. O samba é maravilhoso, samba leve, carnaval é isso, tem que ir para a avenida alegre, feliz, o nosso enredo maravilhoso vai ser muito divertido”.

Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcinho e Cris Caldas conduziram o pavilhão da Vila pelas ruas de Vila Isabel. O casal comentou sobre a expectativa para os ensaios de rua da escola e o que buscam manter ou mudar em vista do próximo carnaval.

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Foto: Gabriel de Souza/CARNAVALESCO

“Nós viemos para sentir a energia da escola com todos os componentes cantando, pois só tivemos um ensaio na quadra, é importante ter o feedback. Estamos super empolgados e felizes, porque esse samba-enredo dá muita margem para a gente construir a nossa dança. Nós já temos duas coreografias na mente, além de ter uma surpresa para o minidesfile. Nós estamos terminando de construir o bailado, mas com muitas possibilidades. É o tradicional com o nosso jeitinho sem surpresas”, disse Marcinho.

“Nós precisamos manter a parceria e a cumplicidade, porque nós temos esse elo o ano inteiro. Esperamos para 2025 um carnaval alegre, gostoso, sem surpresas, com uma dança tradicional”, completou a porta-bandeira.