Flávia Alessandra é apresentada como musa do Salgueiro
Na madrugada deste domingo, a atriz, apresentadora e empresária Flávia Alessandra foi oficialmente apresentada como musa do Salgueiro. A cerimônia aconteceu no palco da Academia do Samba, na tradicional quadra da escola, na Rua Silva Teles, e contou com a participação do presidente da agremiação, André Vaz, que deu boas-vindas à beldade. Acompanhada pela filha mais velha, Giulia Martins, Flávia foi recebida com carinho pela comunidade e ganhou das mãos de Tia Glorinha, matriarca da escola, um buquê de rosas vermelhas como homenagem.
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Após a apresentação oficial, Flávia Alessandra, aos 50 anos, brilhou no palco ao lado dos passistas da Vermelho e Branco, sob o comando de Carlinhos Salgueiro. Simpática e encantadora, a musa sambou ao som do samba-enredo que a agremiação levará à Marquês de Sapucaí no Carnaval 2025, mostrando entrosamento com a energia da escola.
A atriz se mostrou muito emocionada ao longo de toda a noite, principalmente, com a forma como foi acolhida pela comunidade.
“A emoção já começou no caminho de casa até a quadra, onde relembrei de vários lugares que fizeram parte da minha vida, eu que sou tijucana, nascida na Praça Niterói. E quando cheguei aqui, foi um momento de muita emoção. Fui muito bem recebida e do fundo do meu coração eu digo que estou muito feliz e honrada.”, destaca.
Muitas personalidades acompanharam de perto a apresentação de Flávia Alessandra. A atriz e Rainha das Rainhas, Viviane Araújo, foi uma das primeiras a chegar ao evento, e fez questão de dar boas-vindas à musa. Além da Rainha de Bateria do Salgueiro, também estiveram presentes a atriz e também musa da escola, Cacau Protásio, a atriz Carla Cristina Cardoso, a apresentadora Regina Volpato e o árbitro de futebol, Anderson Daronco.
Flávia Alessandra, casada com o apresentador e diretor Otaviano Costa, é uma das artistas mais queridas do público brasileiro. Atualmente, ela se dedica a novos projetos como apresentadora e empresária, além de manter sua presença marcante nas redes sociais, onde compartilha momentos de sua rotina e trabalhos. Entre os planos futuros, Flávia também se prepara para atuar na continuação da novela “Eta Mundo Bão”, que entrará na grade das 18h da Rede Globo em meados de 2025.
Estreante no Carnaval Carioca, a musa salgueirense promete encantar a todos na Marquês de Sapucaí:
“Os salgueirenses podem esperar muita dedicação, carinho e respeito à essa escola que amo do coração. Estou honrada e muito feliz.”, comemora.
Agora, Flávia Alessandra se junta ao time de musas da agremiação, que, além de Cacau Protásio, ainda conta com a nutricionista Ana Flávia Barcelos, a médica cirurgiã Ester Oliveira, a modelo e assistente de palco Isabella Arantes, os finalistas do Concurso da Corte do Carnaval 2025, Maryanne Hipólito e Zé Pretinho, e a empresária e influencer Tati Barbieri.
Sob o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira, a Academia do Samba vai levar à Marquês de Sapucaí as tradições místicas e espiritualistas do Brasil para proteção e fechamento de corpo contra o mal. O Acadêmicos do Salgueiro será a terceira escola a desfilar na segunda-feira de Carnaval, 3 de março de 2025.
O céu clareou! Mocidade tem samba na ponta da língua dos componentes no ensaio de rua
A chuva não espantou os componentes da Mocidade a praticar mais um ensaio rumo ao Carnaval 2025. Após a tempestade de verão, no início da tarde do último sábado, e outros momentos onde a água também caiu do céu um pouco mais suave, a Estrela Guia de Padre Miguel esteve com seus integrantes realizando mais um treino em vista do desfile do ano que vem, quando terá o enredo “De volta para o futuro – Não há limites para sonhar”, dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, e abrirá o inédito terceiro dia de desfiles do Grupo Especial na terça-feira de carnaval.
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Harmonia
A Verde e Branco da Zona Oeste não se abalou pela chuva e seus componentes cantaram bem forte o samba para o próximo carnaval, com destaque para a primeira ala do desfile, as baianas, velha-guarda e as últimas alas, após a marcação da quarta alegoria. Zé Paulo e o carro de som foram uma excelente base para o canto. O casamento é perfeito.

“Eu gosto muito de ensaio de rua, onde a gente sente realmente as coisas acontecerem, e acho que estamos em um caminho bom. Estou muito satisfeito com o que vi hoje aqui, é um processo mesmo, acho que a gente vai evoluir, não adianta estar cem por cento agora. O carnaval ainda tem dois meses pra frente. Acho que a comunidade está bem, ensaiando na quadra, vindo pra rua, e a tendência é cada vez mais, esse canto estar afiado”.
Evolução
A Mocidade ensaiou muito correta, com uma evolução que começou mais devagar, mas que logo se ajeitou, sendo bem fluida ao longo do caminho do treino. Muitas alas traziam uma coreografia geral nos versos de subida para o refrão, a partir de “fogo matando a floresta”. A ala de passistas tinham uma pequena coreografia para o refrão do meio “se a Mocidade sonhar, no infinito escrever”.
O diretor de carnaval, Mauro Amorim, deixou o parecer em relação ao ensaio, destacando a presença dos componentes mesmo com toda a questão da chuva do início da noite.
“Um bom ensaio, estamos no processo de construção de um trabalho que ainda tem quase dois meses pela frente, mas o resultado é sempre muito bom, porque você vê a alegria do componente, mesmo hoje que foi um dia atípico, com muita chuva aqui na área, e o componente veio, tivemos a presença maciça da comunidade, com canto e evolução fluindo”.
Samba
O samba foi bem cantando pela comunidade, com Zé Paulo e o carro de som cantando muito bem a obra, levando para cima um samba mais denso, como definiu a voz da escola. Os refrões cumpriram bem sua função de explosão de canto da comunidade, e a segunda parte da obra também foi bem cantada, tanto pelo carro, quanto pelos componentes mostrando uma força nos versos como: “naveguei, no afã de me encontrar eu me emocionei”.
“Não é um samba tão popular quanto o caju, é mais denso, mas a comunidade entendeu o samba e a proposta. Teve que virar a chave por conta de um samba tão popular e agora a gente tem que cantar o samba com um certo entendimento do que está se cantando, porque tem uma mensagem”.
Outros Destaques
A comissão de frente da escola não esteve presente no ensaio, assim como o primeiro e o segundo casal da escola. O terceiro casal, Jeferson Pereira e Elaine Ribeiro, abriu e guiou os independentes. A rainha Fabíola de Andrade surgiu com uma roupa em tons dourados reinando à frente da bateria, após chegar após o início do ensaio.
Artigo: ‘De Angola ao Brasil: A jornada de identidade e ancestralidade negra’
Por Victor Amancio, especial para o CARNAVALESCO
Depois de alguns dias em Angola, já de volta ao Brasil, fiquei pensando em como descrever essa experiência. Para nós, negros, descendentes de escravizados, criar uma identidade é muito difícil. Diferente dos brancos, que descendem de imigrantes vindos de diversos países da Europa, sabem suas histórias e árvores genealógicas, nós precisamos buscar nossa identidade sem nem mesmo saber por onde começar. O projeto de Brasil buscou embranquecer a população e, a partir disso, surgiu a miscigenação deste país continental. Mas, apesar de sua diversidade e pluralidade, o apagamento da negritude é, até hoje, praticado em diversas instâncias.
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De Angola, mais de 70% dos negros escravizados tinham como destino final o Rio de Janeiro, mais precisamente o Cais do Valongo. No continente-mãe, em Benguela, conhecemos um extinto armazém de escravos, hoje o Museu Nacional de Arqueologia. Lá era o último ponto antes da travessia pela kalunga grande. A partir daquele lugar, a história de cada negro jamais seria a mesma. Refleti muito dentro daquele espaço e imaginei as lágrimas, as dores… Mesmo sem saber ao certo se minha origem é Bantu ou de qualquer outro povo, imaginei a minha ancestralidade ali, lutando pela vida, sendo tratada de forma desumana, simplesmente pela cor de sua pele.
E do lado de fora desse mesmo lugar, assistimos a apresentações de um grupo cultural tradicional do país, dançando, cantando e batucando de um jeito muito parecido com o nosso. É nesse momento que deixamos de lado a dor e damos espaço à paixão, ao olhar sobre como resistimos com nossa arte. O samba e a formação do nosso Rio de Janeiro refletem diretamente esses milhões de negros que chegaram aqui, que sofreram muito, mas que não deixaram morrer a sua identidade. De fato, não sabemos exatamente de onde viemos, qual é a nossa raiz, nossas terras ou títulos, mas temos a arte e a cultura como herança dos nossos. O apagamento promovido pelos colonizadores não foi suficiente para arrancar o que tínhamos de melhor.
Estar em Luanda, Benguela e Lubango foi uma oportunidade única de olhar para a negritude e se reconhecer. Olhar para o samba e/ou o carnaval e entender por que é nele que encontramos identidade e nos sentimos em casa. É confirmar o que já sabíamos, mas talvez sequer entendíamos a dimensão. É o poder da ancestralidade preta que jorra em nossos corações, apesar de tantas dores já passadas.
Resistimos e vamos continuar, reescrevendo nossa história e ocupando os lugares que são nossos!
Imperatriz Leopoldinense promove lançamento oficial de seu Instituto
Em mais uma ação com foco às demandas sociais de sua comunidade, a Imperatriz Leopoldinense, atual vice-campeã do carnaval carioca, realizou neste sábado a apresentação de fim de ano das alunas do “Ballet da Rainha”, projeto dirigido pela professora Stephany Hansen, que conta com a participação de 130 crianças moradoras do Complexo do Alemão e de toda Zona da Leopoldina.
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O projeto, que por muitos anos fez parte do programa “Imperatriz Social”, agora está integrado efetivamente ao recém-fundado Instituto Imperatriz Leopoldinense, que teve também o seu lançamento oficial no mesmo dia, com a presença da diretoria e dos segmentos da escola.
No evento, foram apresentados os projetos futuros do Instituto, sempre aliados às questões fundamentais do dia-a-dia da população que participa ativamente da Rainha de Ramos.
O presidente do Instituto Imperatriz Leopoldinense, João Felipe Drumond, também diretor executivo da verde, branco e dourado e atual diretor financeiro da Liesa, destacou a importância da prestação de serviço para a comunidade da região:
“O objetivo do nosso Instituto é promover integralmente ações que ofereçam dignidade às pessoas em vulnerabilidade social e econômica. É oferecer suporte e acesso gratuito em todas as áreas, seja a social, educacional, cultural e também de saúde física e mental”.
O Instituto Imperatriz Leopoldinense é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como finalidade única promover cidadania, empatia, oportunidade e amor ao próximo.
Catia Drumond, presidente da Imperatriz e vice-presidente do Instituto, afirmou que todas as ações sociais realizadas na escola são motivos de muito orgulho e motivação:
“Cuidar da comunidade sempre foi a maior prioridade da nossa gestão. São várias as atividades, e isso me emociona muito, porque é a continuidade de um legado iniciado pelo meu pai, passado para toda minha família, e que agora está nas mãos do meu filho. A Família Imperatriz só cresce e com certeza vai seguir ajudando muito a quem mais precisa”.
A quadra da Imperatriz Leopoldinense fica localizada na Rua Professor Lacé, 235, em Ramos.
Royce do Cavaco destaca emoções em retorno à X-9 Paulistana: ‘Período muito marcante’
Todo grande ídolo traz, consigo, uma história extremamente simbólica com uma agremiação – e isso vale para qualquer segmento. No carnaval não é diferente: quando uma figura com grande passagem por uma escola de samba volta para o pavilhão que o consagrou, a comoção é notada em toda a cidade. A primeira aparição de Royce do Cavaco no terceiro período dele na X-9 Paulistana se deu na apresentação do samba-enredo da verde, vermelho e branco para o carnaval 2025: “Clareou! Um Novo Dia Sempre Vai Raiar”, em desfile idealizado pelo carnavalesco Amauri Santos. O CARNAVALESCO ouviu figuras importantes da X-9 Paulistana sobre o retorno do intérprete – que cantará a canção ao lado de Daniel Collete e Helber Medeiros.
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Breve histórico
Ao chegar na X-9, Royce Todoverto, popularmente conhecido como Royce do Cavaco, já era um dos grandes nomes da história do carnaval paulistano. Desde a segunda metade da década de 1970 no Rosas de Ouro, ele assumiu o posto de intérprete principal em 1983. Logo no primeiro ano, foi campeão. Seria bicampeão no ano seguinte. Entre 1990 e 1994, foram mais quatro títulos. E, na temporada do último troféu, veio a notícia que deixou todo o carnaval paulistano em choque: o cantor sairia da Roseira.
O que mais deixou muitos surpresos foi o destino do intérprete: ele foi para a X-9 Paulistana, escola que desfilaria pela primeira vez no Grupo Especial em 1995. Embora já tivesse uma história anterior (já que foi fundada por integrantes da X-9 da cidade de Santos, uma das gigantes do carnaval da Baixada Santista, conhecida como “a Pioneira” e com dezenove títulos da folia na cidade – a maior campeã do município) nas festividades, poucos imaginavam que ela se firmaria como um nome tão forte acima da Serra do Mar. E, sobretudo que o sucesso seria tão meteórico.
O próprio Royce destacou o quanto a agremiação era vista com pouco respeito por que não imaginava o que estava por vir: “Eu falei no palco que, como diz o Roberto Carlos, na X-9 eu vivi várias emoções. Peguei o desafio no qual a X-9 era vista como a ‘escolinha do Lauro’, que subiu e não ia ficar – e ficamos no Grupo Especial. Também ouvia muito que era só uma escola de portugueses. Aí a escola começou a desbravar novos horizontes. Eu faço a comparação com a Unidos do Viradouro: quando ela despontou no Rio de Janeiro, a X-9 começou a despontar em São Paulo”, refletiu.
Não por acaso, no mesmo ano em que a vermelha e branca niteroiense foi campeão pela primeira vez do carnaval carioca, a X-9 também conquistou o seu primeiro título, no inesquecível desfile “Amazônia, a Dama do Universo” – que foi a primeira grande exibição dos carros alegóricos articulados pelos artistas que produzem o Festival Folclórico de Parintins. O título, é claro, trouxe muitos holofotes para a agremiação: “Nos ensaios, era uma escola dentro da quadra e outra fora, de tanta gente que vinha ensaiar com a gente. Ela começou a ganhar todo mundo, foi um espetáculo. E eu vivi essa época, graças a Deus”, relembrou Royce.
Volta por cima
É claro que nem tudo foram flores na trajetória de Royce do Cavaco. Ele mesmo relembra uma passagem que nada tem a ver com a vida profissional: “Adoeci nesse período, venci um tumor, fiz sucesso no meu disco, vivi o mundo do sucesso, dois títulos… foram várias coisas. Mesmo tendo passado por várias escolas, meu período na X-9 foi muito marcante porque foram várias emoções diferentes”, relembrou.
– Além do tumor, o cantor também trata de um calo nas cordas vocais – o que o levou a fazer uma cirurgia em agosto de 2024;
– Entre 1988 e 2006, o intérprete lançou nove álbuns – com sucesos como “Frente a Frente”, “Dádiva de Deus”, “Coisa do Destino”, “Ter e Não Ter” e “Receio”
– Saindo da X-9 em 2005, ele também teve passagens por Tom Maior e Nenê de Vila Matilde no Grupo Especial de São Paulo (além de retornos no Rosas e na própria X-9 e passagens por escolas de samba de outras divisões)
E para a escola?
Dando voz à agremiação, Reginaldo Tadeu Batista de Souza, popularmente conhecido como Mestre Adamastor, aproveitou para falar sobre o retorno de baluarte de tal monta à X-9. Atualmente presidente e mestre de bateria (juntamente com Mestre Keel) da Pulsação Nota Mil, ele destacou que, para a escola, a terceira passagem também é voltar a um tempo no qual a agremiação disputava sempre as primeiras colocações no Grupo Especial: “Para o xisnoveano, o Royce representa a vitória, de emoção, o coração. E o nosso enredo é isso: de resgate, de recomeço. A vinda do Royce faz muita menção ao nosso enredo, desse renascimento – e o renascimento da X-9 é o o campeonato de 97, de 2000, os momentos mais felizes da escola. São grandes desfiles que aconteceram ao longo dos anos – e uma escola de cinquenta anos tem uma grande história por todas as pessoas e um grande respeito por todos que passaram por aqui na nossa trajetória. O Royce veio somar com esse enredo e com esse projeto maravilhoso que a gente tem para o carnaval 2025”, comentou.
Aprendizado
Em 2024, a X-9 Paulistana desfilou no Grupo de Acesso II, a terceira divisão do carnaval paulistano – onde não se exibia desde 1987. A escola, então, foi campeã com o enredo “Nordestino sim… Nordestinado jamais!”, com Daniel Collete e Helber Medeiros no microfone. Ambos seguem, e o trio mostrou muito entrosamento ao falar da química entre eles.
Estreante em 2024, Helber destacou a história dele em outra instituição gigante do carnaval paulistano: “Eu falei para eles que eu estou vivendo um misto de emoções aqui. Até porque estamos falando de dois sonhos que eu tinha e, agora, não tenho mais: um era cantar com o Daniel Collete; e, agora, é cantar com o Royce – alguém que eu vi, cresci e aprendi com o meu pai, amigo pessoal do Royce. Eu vi ele, com sete anos de idade, cantando o Sábia. Naquele ano, o Rosas de Ouro foi campeão com ele cantando e eu na bateria. E hoje eu estou cantando com ele! Olha que sensação maravilhosa. Eu, começando agora… é uma responsabilidade, mas com uma emoção também para ter o aprendizado que eu tive com o Daniel, também. Olha que escola que eu tenho! Eu só vou captar tudo isso, seguir em frente e fazer o que a X-9 merece – que é voltar para o Grupo Especial”, afirmou.
No palco, por sinal, o intérprete relembrou que chorou quando, ainda ritmista do Rosas de Ouro, soube que Royce estava se despedindo da Brasilândia. Vinte anos depois, eles se reencontram – e cada um com um microfone no trio de intérpretes xisnoveano. O “sabiá”, claro, é referência a um dos sambas mais antológicos da história da azul e rosa e de todo o carnaval paulistano: “Non Ducor Duco, qual é a minha cara?”, de 1992.
Entrosamento
Ao falar de outro dos intépretes xisnoveanos, Royce do Cavaco relembrou uma passagem interessante e pouco conhecida por muitos: “Conheci aqui o Daniel Collete, primeiro como um dos melhores ritmistas e músicos que já conheci. Não conhecia o valor vocal dele, ele cantou comigo na avenida e, dali, ninguém mais segurou o homem. Fico orgulhoso de ser o primeiro intérprete com quem ele fez uma parceria na avenida, em 1998. Na X-9, para mim, foram várias emoções – e isso eu guardo para sempre. Retornar agora, apesar da minha timidez inicial, já que eu estava meio destreinado de X-9, foi um acontecimento maravilhoso. Quero só somar e viver essa emoção de, quem sabe, ser campeão do Grupo de Acesso I”, disse.
O interpelado aproveitou para relembrar outro fato interessante que une os dois: “Só vou falar uma coisa muito importante: em 1996, em setembro, eu gravei tamborim com ele em setembro. Eu vim para a X-9 para gravarmos o CD ao vivo de São Paulo de 1997. Foi aí que o mestre Adamastor me conheceu e me fez o convite para desfilar. Ele também estava gravando tamborim na X-9 e eu estava do lado dele! Ele me deu uma baita base. Ele é o cara, com artigo definido. Ele estava no meio da mulecada, tocando tamborim, para ficar legal, sendo todo participativo. Isso me deu o gancho para eu ser tão participativo quanto eu sou hoje. Ele é o grande exemplo que a gente tem”, elogiou.
A parceria deu certo: em 1997, como já citado, veio o primeiro título de Grupo Especial da X-9 Paulistano. O segundo viria em 2000, com “Quem é você, Café!”, dividido com o Vai-Vai – e também com Royce no intérprete.
Salgueiro Convida Portela neste sábado
O Acadêmicos do Salgueiro promove neste sábado, 14 de dezembro, mais uma edição do tradicional evento Salgueiro Convida, que reúne grandes escolas de samba em sua quadra, na Rua Silva Teles, Andaraí. Desta vez, a convidada especial é a Portela, que promete encantar o público com sua apresentação no palco da Academia do Samba.
A programação começa às 20h30, com um animado pagode de aquecimento, abrindo a noite em clima descontraído. Em seguida, o elenco show do Salgueiro entra em cena sob o comando do diretor artístico Carlinhos Salgueiro, com apoio do carro de som liderado por Alemão do Cavaco e pela voz potente de Igor Sorriso. A apresentação também contará com o ritmo contagiante da Bateria Furiosa, liderada pelos mestres Guilherme e Gustavo.
Diretamente de Oswaldo Cruz e Madureira, a Portela trará a aclamada Tabajara do Samba, sob a batuta do mestre Nilo Sérgio, e o intérprete Gilsinho, encantando o público com clássicos da azul e branco e o samba-enredo de 2025: “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, composto por Samir Trindade, Fabrício Sena, Brian Ramos, Paulo Lopita 77, Deiny Leite, Felipe Sena e JP Figueira.
No sábado seguinte, 21 de dezembro, será a vez da Imperatriz Leopoldinense, a Rainha de Ramos, brilhar na quadra do Salgueiro. A programação do Salgueiro Convida segue em 2025, com a Beija-Flor de Nilópolis já confirmada para o dia 4 de janeiro.
Serviço: Salgueiro Convida – Portela
Data: Sábado, 14 de dezembro de 2024
Horário: A partir das 20h30
Local: Quadra do Salgueiro – Rua Silva Teles, 104, Andaraí
Ingressos:
Pista: R$ 50
Jirais: R$ 100
Mesas (4 pessoas): A partir de R$ 250
Camarotes (15 pessoas): De R$ 1000 a R$ 1300
Vendas:
Site: Guichê Web
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