Início Site Página 186

Com retorno emocionante de Raphael e Dandara, Tuiuti ‘sente’ comunidade cantando forte e bateria dando show

Em seu último ensaio de rua de 2024, na noite da última segunda-feira, o Paraíso do Tuiuti teve o retorno do primeiro casal Raphael e Dandara dançando novamente com o pavilhão da escola, cerca de quatro meses após o acidente dele, em que rompeu o tendão de aquiles. Aclamados pela escola de São Cristóvão, o casal realizou esse primeiro passo público para o pleno retorno em vista do próximo carnaval. A escola que levará para a avenida o enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo”, do carnavalesco Jack Vasconcelos, sendo a segunda a desfilar no inédito terceiro dia de desfiles do Grupo Especial, teve uma apresentação tranquila, demonstrando muita segurança e confiança no que espera apresentar na Sapucaí.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

O mestre-sala se emocionou com o carinho da comunidade com ele neste retorno a dança e a proteção do pavilhão do “Quilombo do Samba”.

“Me surpreendi com tanto de pessoas que estavam torcendo por mim, e ver essa comunidade dizendo ‘que bom que você voltou, eu estava sentindo a sua falta, é muito bom te ver aqui de novo’, é muito gratificante. Ver essa comunidade me ovacionando, torcendo por mim, pessoas chorando junto comigo, foi maravilhoso. E o que eu posso fazer é dar o meu máximo, a comunidade do Tuiuti tem a certeza que eu não vou dar só 100%, eu vou dar 200% da minha capacidade para defender essa escola”.

Rodrigo Soares, um dos diretores de carnaval do Tuiuti, deu seu parecer sobre o último ensaio da escola, que retorna a rua somente em 6 de janeiro.

“Foi um ensaio bom, porque a gente pôde ver que realmente a escola começa a crescer, os componentes começam a chegar, todo mundo já está mais com o som afiado. Já se consegue ver um pouquinho de melhora de evolução, de harmonia, o entrosamento do carro de som com a bateria ficando cada vez melhor. Eu acho que para encerrar esse ano foi um bom ensaio”.

Comissão de Frente

Comandada por Cláudia Mota e Edifranc Alves, a comissão do “Quilombo do Samba” apresentou a coreografia já mostrada na “Noite dos Enredos” e no desfile do Dia Nacional do Samba, sendo bem executada nas ruas de São Cristóvão. A apresentação contou com os inquisidores e com as travestis sendo acusadas e mandadas para a fogueira, porém resistindo a perseguição, com os componentes fantasiados e vindo com os elementos representando as fogueiras.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O esperado retorno do casal Raphael e Dandara foi muito emocionante, com mais um passo para a superação da lesão do mestre-sala. Ambos dançaram de forma suave com uma coreografia apresentando um bailado mais tradicional durante o ensaio, com alguns movimentos acompanhando a letra do samba, como uma forma de ver também o desempenho e a evolução de Raphael. Um dos diretores de carnaval da agremiação, Rodrigo Soares, ressaltou a importância do ensaio para este retorno.

“Foi o ensaio que a gente pôde testar principalmente o Rafael de volta, ver como ele está se sentindo com a dança, ver o tão confortável que ele está fisicamente, mentalmente, que é o mais importante”.

“A gente veio pra brindar esse momento, um momento que é preciso ter muito cuidado, muita união, muita fé, e finalizar o último ensaio tendo a certeza de que a gente vai para a avenida, tendo a certeza de tudo que a gente vem batalhando internamente, é muito bom. Foi emoção e conexão para fortalecer ainda mais esse caminho que estamos percorrendo para 2025”, comentou Dandara ao fim do ensaio da escola.

“Dia 18, fazem quatro meses de todo o ocorrido. Estar voltando hoje foi mais um teste, e estavam o meu preparador do meu lado, o meu fisioterapeuta, a Cátia, nossa coreógrafa, porque estamos trabalhando em conjunto. A gente sabia desde o início que ia ser uma missão difícil, que não ia ser fácil. Mas é o que falou meu preparador Rafael Japa, me perguntando: ‘Raphael, você tem fé?’. Eu falei que tenho, e ele: ‘se tem fé é o que vai’”, disse Raphael após o ensaio da agremiação.

Harmonia

A comunidade do Tuiuti cantou bem o samba durante o ensaio, com grande parte dos componentes cantando o hino da escola para o próximo carnaval com muita força, a última ala entretanto demorou um pouco a estar com uma boa parte dos seus componentes cantando o samba, o que já tinha se resolvido na parte final do ensaio. O carro de som trabalhou muito bem dando segurança ao canto dos componentes, com Pixulé conduzindo muito bem.

Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“Se o desfile for amanhã, a escola está prontinha, a comunidade cantando um samba aguerrido e maravilhoso que está na boca não só da escola, mas na boca de todo mundo do carnaval”.

Evolução

A escola evoluiu bem tranquila e coesa, com componentes soltos em muitas alas, e bem animados, indo em um ritmo bem marcado durante o ensaio, com algumas alas com coreografia durante todo o samba ou somente em partes, também conseguindo evoluir bem ao longo da apresentação por São Cristóvão.

Samba-Enredo

O samba rendeu bem, mais uma vez, na voz de Pixulé, demonstrando muito da força da mensagem da composição, com trechos como a cabeça do samba “Só não venha me julgar / pela boca que eu beijo / pela cor da minha blusa / e a fé que eu professar”, a subida “eu, travesti / estou no cruzo da esquina / para enfrentar a chacina / assim se faça” e os refrões sendo bem cantados pelos componentes da Azul e Amarelo.

Outros destaques

A bateria “Super Som” e sua rainha Mayara Lima brilharam mais uma vez, em uma grande apresentação do mestre Marcão e seus comandados. Mayara sambou plenamente e recebeu o carinho dos espectadores.

Como jogar vídeo poker online no 1win e aproveitar ao máximo

A plataforma 1win é uma escolha ideal para os amantes de jogos de azar, oferecendo uma experiência completa e acessível para jogadores brasileiros. Entre os destaques do site está o vídeo poker online, uma modalidade que combina a emoção do poker clássico com a simplicidade e praticidade dos jogos virtuais. Com uma interface amigável e opções para todos os níveis de habilidade, 1win tem tudo o que você precisa para começar sua jornada no mundo do vídeo poker.

Começar a jogar vídeo poker no 1win é um processo rápido e intuitivo. Os novos usuários podem criar uma conta em poucos minutos, fornecer as informações necessárias e explorar uma ampla seleção de jogos disponíveis. Para aqueles que buscam jogar com dinheiro real, o site oferece métodos de depósito seguros e eficientes, permitindo que você comece a apostar sem complicações.

Além disso, o 1win login se destaca por oferecer bônus atraentes e promoções regulares, tornando sua experiência ainda mais emocionante. Seja você um iniciante curioso ou um jogador experiente, a plataforma proporciona tudo o que é necessário para transformar sua paixão por vídeo poker em uma atividade divertida e potencialmente lucrativa.

Combinações de sucesso no vídeo poker: estratégias para o 1win

O vídeo poker é um dos jogos de cassino mais envolventes, combinando sorte, estratégia e habilidade. Na plataforma 1win, os jogadores brasileiros podem desfrutar de uma variedade impressionante de jogos de vídeo poker, cada um com suas regras únicas e possibilidades de ganho. Conhecer as combinações de mãos de poker e os tipos de jogos disponíveis é essencial para maximizar suas chances de sucesso.

Combinações de mãos no vídeo poker

No vídeo poker, as combinações de mãos seguem as regras tradicionais do poker. Abaixo, listamos as principais combinações, da mais forte à mais fraca:

Combinação Descrição
Royal flush Ás, Rei, Dama, Valete e 10, todos do mesmo naipe. A mão mais valiosa do poker.
Straight flush Cinco cartas consecutivas do mesmo naipe (exemplo: 6, 7, 8, 9, 10 de ouros).
Four of a kind (poker) Quatro cartas do mesmo valor, como quatro Damas.
Full house Três cartas de um valor e duas de outro (exemplo: três Reis e dois Valetes).
Conjunto de cinco cartas iguais no símbolo do naipe. Um conjunto de cinco cartas de naipe idêntico, porém sem ordem consecutiva.
Straight Cinco cartas consecutivas de naipes diferentes.
Three of a kind Três cartas do mesmo valor, como três Valetes.
Two pair Duas cartas de um valor e duas de outro valor (exemplo: dois Ases e dois 7).
One pair (jacks or better) Um par de Valetes ou superior.

Tipos de vídeo poker disponíveis no 1win

O 1win oferece uma variedade de jogos de vídeo poker, permitindo que jogadores escolham o tipo que melhor se adapta ao seu estilo. Veja os principais:

  • Jacks or Better: a versão mais popular e básica do vídeo poker, onde o jogador precisa de um par de Valetes ou melhor para ganhar.
  • Deuces Wild: nesta modalidade, os “Deuces” (cartas de valor 2) são considerados coringas, aumentando as chances de formar combinações vencedoras.
  • Joker Poker: um baralho de 53 cartas é usado, incluindo um Coringa que pode substituir qualquer carta.
  • Bonus Poker: pagamentos maiores para combinações raras, como Four of a Kind, em comparação com as versões tradicionais.
  • Double Bonus Poker: similar ao Bonus Poker, mas com bônus ainda mais altos para mãos específicas.
  • Tens or Better: um formato mais acessível, em que o jogador precisa de um par de Dez ou superior para vencer.
  • Triple Play: permite jogar três mãos simultaneamente, aumentando as chances de vitória.

No 1win, o vídeo poker é mais do que um jogo — é uma experiência completa para aqueles que buscam emoção, estratégia e prêmios atraentes. Explore as combinações de mãos e os tipos de jogos para encontrar o que mais combina com você. Boa sorte e boas apostas!

Tudo sobre o jackpot progressivo e as diferenças no vídeo poker do 1win

O vídeo poker no 1win é um dos jogos mais emocionantes e acessíveis, combinando a simplicidade dos jogos eletrônicos com o desafio estratégico do poker clássico. Uma das grandes atrações da plataforma é o jackpot progressivo, que oferece prêmios acumulativos, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como ele funciona, como o vídeo poker se diferencia do poker tradicional e se é realmente confiável. Vamos esclarecer tudo isso.

Como funciona o jackpot progressivo no vídeo poker

  • Acúmulo de prêmios: o jackpot progressivo é formado a partir de uma pequena porcentagem de cada aposta feita em um jogo específico. À medida que mais jogadores participam, o valor do prêmio aumenta continuamente até que alguém o ganhe.
  • Ganhos milionários: esse tipo de jackpot pode atingir valores extremamente altos, dependendo do número de participantes e do tempo sem que o prêmio principal seja conquistado.
  • Condição para vencer: normalmente, o jackpot progressivo no vídeo poker exige uma combinação específica de cartas, como o Royal Flush, para ser conquistado. No entanto, é essencial jogar com a aposta máxima para ter a chance de ganhar o prêmio.
  • Reinício do jackpot: após um vencedor levar o prêmio, o valor do jackpot é redefinido para um valor inicial, e o ciclo de acúmulo começa novamente.

Diferenças entre o vídeo poker no 1win e o poker clássico

  • Formato de jogo: o vídeo poker é jogado contra uma máquina, enquanto o poker clássico envolve outros jogadores e, muitas vezes, um dealer. No vídeo poker, não há blefes ou leitura de adversários, focando exclusivamente nas combinações de cartas.
  • Estratégia e ritmo: o poker clássico exige uma estratégia mais dinâmica, baseada nas ações dos outros jogadores. O vídeo poker no 1win é mais direto, ideal para quem prefere jogos rápidos e objetivos.
  • Apostas fixas: no vídeo poker, as apostas seguem valores pré-definidos, enquanto no poker clássico os valores podem variar durante as rodadas.
  • Variedade de opções: no 1win, há várias versões de vídeo poker, como “Jacks or Better” e “Deuces Wild”, cada uma com regras específicas e dinâmicas únicas. Já o poker clássico segue formatos tradicionais como Texas Hold’em ou Omaha.

O vídeo poker no 1 win é confiável?

  • Regulamentação e auditorias: o 1win opera sob regulamentações rigorosas e submete seus jogos a auditorias independentes para garantir a transparência e o funcionamento justo.
  • Uso de geradores de números aleatórios (RNG): o vídeo poker utiliza algoritmos RNG para assegurar que as cartas sejam distribuídas de forma aleatória, eliminando qualquer possibilidade de manipulação.
  • Transparência nas regras: todas as regras e tabelas de pagamento são claramente exibidas nos jogos de vídeo poker, permitindo que os jogadores saibam exatamente como funciona o jogo.
  • Reputação da plataforma: o 1win é uma plataforma reconhecida e confiável, com milhares de jogadores ativos e feedback positivo, reforçando sua credibilidade.

O vídeo poker no 1win é uma alternativa segura e divertida para os jogadores brasileiros que buscam uma experiência de cassino online. Com jackpots progressivos atrativos, uma dinâmica de jogo mais simples que o poker clássico e total transparência nas operações, é a escolha perfeita para quem quer testar a sorte e a estratégia de forma justa e emocionante.

Conclusão analítica: vídeo poker no 1win — o equilíbrio entre estratégia e sorte

O vídeo poker na plataforma 1win se destaca como uma excelente opção para jogadores brasileiros que buscam uma experiência emocionante, segura e recompensadora no mundo dos cassinos online. Com uma ampla variedade de jogos, como “Jacks or Better” e “Deuces Wild”, a plataforma oferece algo para todos os gostos, desde iniciantes até os mais experientes.

O jackpot progressivo, com sua dinâmica de acúmulo de prêmios, adiciona uma camada extra de emoção, permitindo que os jogadores concorram a ganhos significativos. Além disso, a clareza das regras e o uso de algoritmos confiáveis garantem uma experiência justa e transparente, refletindo o compromisso do 1win com a confiança dos seus usuários.

Seja pela simplicidade das apostas fixas, pela ausência de adversários ou pela possibilidade de grandes prêmios, o vídeo poker do 1win combina estratégia e sorte de forma única. É a oportunidade perfeita para quem deseja unir diversão e a chance de transformar sua paixão em uma atividade lucrativa.

Exposição no MAC celebra campeonato da Viradouro

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói vai receber, a partir desta quarta-feira e até 9 de março de 2025, a exposição “Arroboboi, Dangbé”. Além de 200 fotografias do desfile que arrebatou público e jurados na Sapucaí este ano, a mostra vai reunir ainda 20 fantasias, entre elas três de destaques, criadas pelo carnavalesco Tarcísio Zanon para ilustrar o enredo que deu o terceiro campeonato do Grupo Especial à escola de Niterói. Outro ponto que promete encantar os visitantes é a serpente de 9 metros de comprimento que abriu o desfile da vermelho e branco levando o público da Sapucaí ao delírio.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Fotos: Renata Xavier/Divulgação Viradouro

A curadoria da exposição é da consagrada fotógrafa Renata Xavier e os textos são do jornalista e doutor em artes João Gustavo Melo, enredista da Viradouro. As fotos que serão expostas têm crédito de Renata Xavier, Leandro Lucas, Keila Ribeiro, Leandro Joras e Rodrigo Palma.

Um dos pontos de grande impacto no desfile também terá destaque na mostra, como explica Renata Xavier:

“No desfile deste ano, uma das novidades foi o uso criativo da iluminação cênica e a Viradouro surpreendeu e encantou o Brasil com um arco-íris de luz que clareou o céu do Sambódromo. As fantasias que brilham no escuro estarão na exposição que revive esta experiência através da ambientação e da montagem circular que evoca a serpente que engole a própria cauda, simbolizando o eterno recomeço”, afirma a fotógrafa, que é diretora do Centro Carioca de Fotografia.

A exposição imersiva “Arroboboi, Dangbé” promete uma viagem de cores, sons e ancestralidade que marcaram a Sapucaí. Será uma grande celebração do tricampeonato da escola de samba de Niterói e, ao mesmo tempo, um chamado para o próximo Carnaval. O carnavalesco Tarcísio Zanon comemora a presença da Viradouro num dos principais cartões postais de Niterói.

“É emocionante ver a Viradouro ocupando um espaço tão importante para a cultura nacional e niteroiense que é o MAC. A nossa presença terá fantasias e partes de alegorias que fizeram parte de um desfile campeão que significou pra Niterói um motivo de grande orgulho”.

No dia 18, a abertura da exposição será às 17h, com show da Viradouro. A visitação será de terça a domingo, das 10 às 18h. A entrada custa R$ 16 (inteira), R$ 8 (meia); morador de Niterói tem entrada franca e toda quarta-feira a entrada é gratuita para o público em geral.

Este projeto é uma realização da Prefeitura de Niterói, Secretaria Municipal das Culturas, Governo Federal e Ministério da Cultura, através da Lei Paulo Gustavo.

Serviço:
Exposição “Arroboboi, Dangbé”
Data: 18 de dezembro de 2024 a 9 de março de 2025
Local: Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Horário: Terça a domingo, das 10h às 18h.
Entrada: Inteira R$ 16,00 | Meia R$ 8,00 | Entrada Gratuita ás Quartas e para moradores da cidade de Niterói.

Povo está feliz! Beija-Flor faz apresentação espetacular no Baródromo e Marino diz: ‘pronta para fazer história novamente’

A Beija-Flor de Nilópolis convocou a comunidade no último domingo para um evento especial no Baródromo, local tradicional do carnaval localizado entre a Tijuca e o Maracanã. O palco, montado na área externa, foi o cenário perfeito para o encontro, que começou com a apresentação do grupo Samba Enredo Raiz. A azul e branca da Baixada entrou comandada por Nino do Milênio, que embalou o público com clássicos da história nilopolitana. Leozinho Nunes e os demais integrantes do carro participaram da festa criada pela agremiação. A apresentação contou com a energia contagiante do mestre de bateria Rodney, o mestre-sala e a porta-bandeira, Claudinho e Selminha Sorriso, ritmistas e diversos componentes da agremiação, além de muitos torcedores vestidos de azul e branco. O enredo da Beija-Flor para 2025 presta uma emocionante homenagem a Laíla, ícone do samba e peça central em 13 dos 14 títulos da escola. Conhecido por sua disciplina e visão artística, Laíla dedicou mais de sete décadas ao carnaval.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Foto: AmiChavy (Guilbert)/Divulgação Beija-Flor

“Ah, eu já toco (no Baródromo) há muito tempo, é sempre bom estar perto da galera. Aqui é sempre ‘lotadão’, sempre dá um prazer mostrar o samba, cantar o samba da Beija”, destacou mestre Rodney.

Para Andressa Abreu, de 42 anos, o amor pela Beija-Flor é uma herança de família. “Eu sou de Copacabana. Minha mãe é nordestina e, quando chegou no Rio, viu o Neguinho da Beija-Flor na televisão. Ela se apaixonou por ele e virou Beija-Flor. Desde então, nossa família inteira, eu, minha irmã e minha mãe, passamos a vida assistindo aos desfiles da Beija-Flor na televisão. O que aconteceu depois? Eu casei com um nilopolitano. Meu marido é Beija-Flor, mas sempre deixo claro: eu já era Beija-Flor por causa da minha mãe. Hoje, estar aqui no Baródromo, um pouco longe de Nilópolis, e ver tanta gente de azul e branco foi muito emocionante para mim”.

Para Andressa Abreu, de 42 anos, o amor pela Beija-Flor é uma herança de família. Foto: Rhyan de Meira/CARNAVALESCO

O evento foi uma oportunidade de conectar ainda mais a escola com o público fora de Nilópolis. Alan Albuquerque, soldador e componente há 25 anos, ficou impressionado com a recepção.

“Achei muito legal aqui. Eu nunca tinha vindo antes, já tinha ouvido falar, mas nunca vim. Como a Beija-Flor convocou todos os componentes, eu não podia ficar de fora. Hoje aqui foi surreal. O pessoal gritando, cantando muito. Quando a bateria parou, todo mundo foi à loucura, pulando. Foi emocionante”, contou Alan.

Marquinho Marino, diretor de carnaval, ressaltou a relevância do Baródromo como um ponto de encontro que transcende barreiras geográficas. “Aonde o povo está, onde o samba está, a gente tem que estar, né? Esse é o espírito do carnaval, e o Baródromo é mágico por isso. É um lugar que não tem uma escola só; aqui as pessoas celebram o samba como um todo. Foi muito especial ver o público cantando sambas antigos e abraçando o enredo de 2025”.

“Eu acho que a comunidade abraçou muito esse enredo, pelo impacto e significado que o Laíla teve para a gente. Tive a honra de participar de vários carnavais que ele coordenou para nós”, afirmou Alan, destacando a importância de homenagear o mestre.

Para Claudinho, mestre-sala da Beija-Flor, o evento serviu como um indicativo do que está por vir na Sapucaí. “O Baródromo já é carnaval o ano todo. Hoje a gente sentiu essa atmosfera incrível, e dá para perceber que o samba em homenagem ao Laíla será muito bem recebido na avenida. Esse samba é maravilhoso, e os compositores estão de parabéns”.

O mestre Rodney também expressou sua empolgação ao conduzir os ritmistas durante o evento. “Sempre é bom estar perto da galera e ver o samba pegar de vez. Volúpia, alvoroço… pode ter certeza que o samba já deu bom”, comentou, destacando a conexão com o público e o potencial do samba-enredo de 2025.

A porta-bandeira da escola, Selminha Sorriso, falou sobre o significado de sua performance no evento. “Estar aqui mostrando a minha dança para a comunidade e para o povo do carnaval carioca é uma troca de energia incrível. É um aquecimento importante para o grande desfile que está por vir”.

A figura de Laíla foi exaltada por todos os presentes. Claudinho também destacou o legado deixado pelo mestre. “Laíla foi um pioneiro. Ele nos ensinou muita coisa, e é emocionante ver a comunidade abraçando esse samba”.

O diretor de carnaval deixou claro a importância de levar o samba para além dos limites de Nilópolis, mostrando como Beija-Flor tem se tronado cada vez mais “uma escola que dialoga com todos”. “Esse tipo de evento ajuda a expandir fronteiras e reforça a conexão com o público”.

Apaixonado pela escola, Alan comentou também sobre a paixão do público pela escola. “É isso que nos move. O amor que a gente sente aqui é o que faz a Beija-Flor ser tão forte. Quando a gente sente a comunidade vibrando assim, é impossível não se emocionar”.

Alan Albuquerque, soldador e componente há 25 anos, ficou impressionado com a recepção. Foto: Rhyan de Meira/CARNAVALESCO

Selminha também reforçou o papel dos eventos como parte da preparação para o desfile. “Cada momento como este nos ajuda a afinar os detalhes e a nos conectarmos com o público. Estamos prontos para levar um grande espetáculo à avenida”.

Marino resumiu a energia da noite: “A recepção foi incrível, e isso só aumenta nossa confiança para o desfile. A Beija-Flor está pronta para fazer história novamente”.

Alto nível! Bateria e casal se destacam em ensaio de rua marcado pela perfeição dos quesitos da Viradouro

Atual campeã do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, a Unidos do Viradouro realizou, na noite do último domingo, o quinto ensaio de rua rumo ao carnaval de 2025, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, no Centro de Niterói. O ensaio mostrou, mais uma vez, a força dos quesitos da Vermelha e Branca, que luta pelo bicampeonato consecutivo. A bateria “Furacão Vermelho e Branco”, de mestre Ciça, e o experiente casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho Nascimento e Rute Alves, tiveram grande destaque. A escola será a terceira a desfilar no domingo de carnaval, com o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Antes do ensaio, no esquenta, a Viradouro exaltou os seus casais de mestre-sala e porta-bandeira, o primeiro (Julinho e Rute) e o segundo (Amanda Poblete e Thiaguinho Mendonça). Os casais dançaram na frente da escola embalados pelos sambas de 2007 e de 2020. A se mencionar, também, a introdução do samba-enredo de 2025 executada pelo carro de som da Vermelha e Branca, com pontos de Malunguinho e da Jurema Sagrada.

“Perfeito! O melhor ensaio do ano, foi um ensaio feliz, tudo aconteceu de forma redonda, impecável. Foi um grande ensaio, um grande ensaio mesmo. A escola está em processo de carnaval, construindo, mais uma vez, um desfile que a gente espera que seja tão potente ou mais do que os últimos carnavais. Temos enredo para isso, temos samba para isso e temos um trabalho consolidado para isso. Agora, é duas vezes mais trabalho e duas vezes mais humildade para trazer esse bicampeonato para Niterói, que, a cada semana que passa, eu tenho mais convicção de que a gente está firme na briga por esse título”, analisou o diretor-executivo da Viradouro, Marcelinho Calil.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Viradouro, os experientes Julinho Nascimento e Rute Alves, deram, mais uma vez, um show à parte no ensaio de rua da Vermelha e Branca. A dupla, que vestia uma bela roupa vermelha, apresentou uma coreografia muito bem entrosada e com movimentos fortes, com os potentes giros da porta-bandeira. A coreografia apresentada misturava elementos da dança tradicional com algumas referências ao samba da escola, como no trecho “Eu sou caboclo da mata do Catucá”.

Fotos: Gabriel Gomes/CARNAVALESCO

Harmonia

A comunidade da Unidos do Viradouro mostrou, mais uma vez, toda sua força e credenciais no quesito Harmonia. O samba-enredo da escola, que já é muito potente, teve sua força elevada pelo canto dos componentes da Vermelha e Branca de Niterói. O quesito foi impulsionado ainda pelo excelente desempenho do intérprete Wander Pires e da bateria “Furacão Vermelho e Branco”, que estão cada vez mais entrosados. A se destacar, a linearidade do canto da Viradouro, desde as primeiras até as últimas alas da escola, sem deixar a força e a intensidade caírem.

Evolução

A evolução da Viradouro foi, em mais um ensaio, muito fluida, coesa e compactada, com a organização que já é marca da escola. Alguns elementos foram utilizados para demarcar o espaço das alegorias no desfile oficial. Nenhum problema foi observado. Os componentes, presentes em grande número, desfilaram de maneira leve e coesa ao longo da Avenida Ernani do Amaral Peixoto.

Samba-enredo

Composto por Paulo César Feital, Inácio Rios, Márcio André Filho, Vaguinho, Chanel, Igor Federal e Vitor Lajas, o samba-enredo da Unidos do Viradouro tem mostrado, a cada ensaio, muita força e funcionalidade. A obra, com interpretação espetacular do intérprete Wander Pires, foi um dos grandes destaques do ensaio da escola. O bis anterior ao refrão, “O rei da mata que mata quem mata o Brasil” e o refrão, “A chave do cativeiro// Virado no exu trunqueiro// Viradouro é catimbó// Viradouro é catimbó// Eu tenho corpo fechado//Fechado tenho meu corpo//Porque nunca ando só”, foram os trechos mais cantados pela comunidade.

Outros Destaques

A bateria “Furacão Vermelho e Branco”, comandada por mestre Ciça, deu um show à parte na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, conduzindo com maestria o ritmo do ensaio de rua da Viradouro. As bossas apresentadas ao longo do ensaio foram muito bem executadas e contribuíram muito para o astral e o clima dos componentes da escola. A rainha de bateria Érika Januza, com uma bela roupa prateada, marcou presença, com uma roupa mais uma vez, e foi muito tietada pelo público presente.

Os integrantes da Comissão de Frente da Viradouro não estiveram presentes, mas foram representados pelos coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, que simulam o tempo das apresentações em todas as cabines de jurados.

De verde e rosa, aos pés de seu morro, renasce a Mangueira para o Carnaval 2025

A Estação Primeira de Mangueira deu início à sua temporada de ensaios de rua para o Carnaval 2025, no último domingo, em um novo local estratégico: a rua Visconde de Niterói, no entorno do Morro da Mangueira. O evento reuniu centenas de pessoas, marcando o começo dos preparativos da escola para o desfile com o enredo “À Flor da Terra”, com destaque para o clima de emoção, organização e as expectativas de diretoria, comunidade e segmentos da agremiação. Em um novo local de ensaio, o cortejo mangueirense começou na estação de trem e metrô Maracanã e seguiu pela rua Visconde de Niterói, principal via de acesso ao Morro da Mangueira e onde está localizada a quadra da escola. Com gradis em volta, um trajeto mais amplo e maior organização, a escola desfilou para o público, que acompanhou de perto, junto às grades, e para os moradores, que assistiam das janelas de suas casas e apartamentos, das lajes e dos comércios.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Para o diretor de carnaval, Dudu Azevedo, a mudança de local só traz benefícios para a preparação do desfile de 2025.

“A expectativa é treinar a escola, fazê-la evoluir, desfilar no tempo da avenida e testar as quatro cabines de jurados. Hoje estamos na Visconde de Niterói, cuja metragem permite simular a pista de desfile. Além disso, é uma oportunidade para cada segmento realizar seu ensaio, calcular o tempo e aperfeiçoar a performance rumo ao grande desfile”, explicou o diretor.

Estreante na Mangueira, Dudu já estabeleceu seus objetivos para a temporada. “Meu plano é manter essa organização e a emoção que o mangueirense sempre traz, além de promover a troca de conhecimentos entre a comunidade e eu. Queremos garantir ensaios grandiosos e um desfile à altura da Mangueira”, concluiu.

Expectativa para o título

Aniversariante da noite, Cintya Santos, primeira porta-bandeira, afirmou que pretende manter o padrão apresentado em 2024, mas com melhorias.

“A nossa expectativa é a Mangueira campeã. É um desejo meu, que nunca fui campeã do carnaval. Para 2025, não vamos mudar nada do que fizemos em 2024, apenas aprimorar. Nosso foco será na preparação, empenho e entrega para alcançar um desfile ainda melhor”, declarou.

Seu parceiro, Matheus Olivério, sente a responsabilidade aumentar a cada ano que passa, mas reforçou o compromisso de manter a alta performance do casal.

“Estamos no terceiro ano de parceria, de uma dinastia, a dinastia casal-furacão, na Estação Primeira de Mangueira e isso aumenta a responsabilidade. Cada ano tem sua história. Em 2025, vamos buscar o nosso melhor para alcançar o resultado que nossa escola e nossa comunidade merecem: a nota máxima”, afirmou.

Harmonia musical

Os intérpretes Dowglas Diniz e Marquinhos Art Samba destacaram que o carro de som está afinado e alinhado com a bateria.

“É uma expectativa muito grande para essa temporada de ensaio, a gente está fazendo uma logística totalmente diferente do que a gente vinha fazendo nos últimos anos, mudamos a rua de ensaio. A gente está com um método de trabalho muito diferente dos outros carnavais, então a expectativa é muito grande para dar tudo certo. Eu tenho certeza que com a nossa comunidade e com o trabalho que a gente vai desempenhar, vai ser um carnaval maravilhoso. Pretendo manter o padrão musical juntamente com a bateria e a gente pretende melhorar um pouco daquilo que a gente pegou na avenida em 2024. Então não tem muita coisa a se fazer, é só manter o trabalho que está dando resultado musicalmente juntamente com a bateria. O nosso foco é mostrar que somos a maior expressão cultural do Brasil”, pontuou Dowglas.

“Nós somos muito exigentes e sempre procuramos fazer um pouco melhor do que já foi feito. Esse samba de 2025, é um samba que tem uma tonalidade muito fácil para ser conduzida e a gente pretende melhorar justamente isso aí. Eu estou na escola há mais de 8 anos e é o primeiro ano que eu estou participando desse ensaio na frente do morro. Então para mim, a expectativa é a melhor possível”, acrescentou Marquinhos.

Bateria no auge

Os mestres Taranta Neto e Rodrigo Explosão elogiaram o novo local e consideram estar vivendo o melhor momento à frente da bateria.

“A gente tem trabalhado muito, eu acho que vai dar muito bom, até porque conseguimos ensaiar bastante na quadra. Hoje vai ser nosso primeiro ensaio andando, com a escola toda em conjunto. E agora pegando a rua Visconde de Niterói, que é uma rua mais larga, dá para ensaiar de forma certinha a bateria em cada lado. Eu acho que vai ser o cenário ideal para a gente”, disse Rodrigo Explosão.

Agora é a hora da gente mostrar o nosso trabalho, a escola mostrar o trabalho dela. Porque a gente vem ensaiando desde a quadra. E na quadra temos uma noção, mas a noção real que a gente tem mesmo é na rua. O ensaio de rua é algo importantíssimo para nós. Pelo que eu já vivi e pelo que o Rodrigo viveu, ele que já passou como mestre, teve um trabalho interrompido, e com a direção que a gente conseguiu reunir, acho que hoje é o nosso melhor momento”, pontuou o mestre Taranta Neto.

“A única coisa que a gente quer mudar um pouquinho é a gente pegar os 40 pontos. A gente quer manter, por exemplo, o andamento, a perfeição do toque de cada naipe e evoluir ainda mais o nosso leque de bossas, é o que a gente almeja, além de recuperar o décimo que a gente perdeu, se for possível ganhar outros prêmios novamente. Pela minha segunda passagem à frente da bateria, pelo menos nesse momento que eu estou presente aqui como mestre, a gente está vivendo um dos melhores momentos musicais da bateria. Está sendo tudo tratado, tudo limpo, a gente está trabalhando todos os naipes, sem exceção. Hoje todo mundo faz parte do conjunto da bateria, a cuíca, o agogô, a gente está tendo cuidado com tudo para todo mundo aparecer”, concluiu Rodrigo Explosão.

O ensaio reuniu centenas de pessoas na rua Visconde de Niterói, comprovando que a mudança foi bem-sucedida e aprovada pela comunidade.

Samba na ponta da língua da comunidade é ponto alto da Grande Rio no último ensaio de rua do ano

A Grande Rio ensaiou na noite do último domingo na rua pela última vez em 2024. A escola de Caxias compareceu firme na Avenida Brigadeiro Lima e Silva, no Centro do município da Baixada, onde teve a evolução dos componentes e o canto na ponta da língua como destaques desta apresentação. A Tricolor vai levar para a Sapucaí no Carnaval 2025 o enredo “Pororocas Parawaras – As águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”, dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, sendo a terceira escola a desfilar no inédito terceiro dia de desfiles do Grupo Especial, na terça de carnaval.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

A escola se preparou bem para esta última apresentação de 2024, com o intérprete Evandro Malandro destacando a relação com a bateria: “Eu e o Fafá conversamos muito na semana, trocamos muita ideia, encontramos em reunião para conversar sobre o ensaio de hoje, ele queria testar algumas coisas, testou, depois tirou, trocamos uma ideia, e eu acho que o ensaio é justamente pra isso, e funcionou muito bem”.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Daniel e Taciana ensaiaram muito bem, apresentando uma dança com alguns passos e coreografias relativos à letra e melodia do samba e ao enredo da escola, integrados à tradicional dança e gestual de casal de mestre-sala e porta-bandeira. O casal passou bem confiante e entrosado, mostrando muito vigor e técnica durante o ensaio.

Harmonia

O canto da comunidade de Caxias foi muito forte defendendo bem o samba, com todas as alas com a obra bem decorada, em especial, para além dos refrões, a segunda parte era muito cantada, como os versos a partir de “acende a brasa do defumador, pro mestre batucar a sua fé”, e a cabeça do samba, com o já bem comentado “a mina é cocoriô”. O cantor Evandro Malandro fez uma análise ao fim do desfile sobre o canto da comunidade.

“Eu acredito que a comunidade a cada semana vem mostrando uma força a mais do canto, uma interação a mais com a bateria, com a comunidade vem impecavelmente se destacando a cada ensaio”.

Evolução

A comunidade demonstrou uma boa evolução durante o ensaio de rua, passando bem solta, com muitas alas sambando e bem alegres, e fluindo sem entroncamento com outras. Muitas alas vinham com adereços na mão, como bambolês decorados com fitas, e com coreografias em alguns pontos do samba. Houve também, mais para o fim da apresentação, alas que passaram dançando carimbó e empolgaram bastante o público. Thiago Monteiro, diretor de carnaval, destacou esse ponto em uma breve análise após o ensaio da Grande Rio.

Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“É o segundo ensaio, acho que a escola tem evoluído. Estamos aqui vendo o deslocar da escola, o tempo de entrada de casal, comportamento de componente no deslocamento. Eu acho que está muito bom, e acho que a gente está em um processo, sempre pode melhorar. Mas a escola, dentro da nossa expectativa, tenho gostado muito, estou muito satisfeito hoje com esse ensaio. Dezembro já é uma data já colada nas festas, mas mesmo assim, apesar disso, eu vi uma comunidade muito forte e presente”.

Samba

Evandro Malandro e seus auxiliares mantiveram o samba sempre forte, com o intérprete cantando bem clara a letra, cuja melodia ajuda muito para que a obra continue sempre em cima, com um desempenho muito bom com o hino caxiense. A comunidade segurou bem a obra, como veio demonstrando também em outros momentos, como nos desfiles do Dia Nacional do Samba. O cantor falou sobre ao final do ensaio destacando também o carro de som.

“A cada semana não é se surpreender com o carro do som, que já me acompanha desde 2020, os mesmos integrantes. E cada vez mais, mantendo a seriedade, mantendo o foco no trabalho, mas sem perder a alegria. Estou muito satisfeito com o desempenho”.

Outros destaques

A bateria passou muito bem ao comando de mestre Fafá, e foi bem entrosada com o carro de som da escola. As musas presentes esbanjaram simpatia com o público e a escola. A comissão de frente não esteve presente neste último momento este ano na Avenida Brigadeiro Lima e Silva.

‘Carro de som foi a comunidade’; Portela faz ensaio de rua empolgado e componentes superam adversidade

Os portelenses pintaram a Avenida Carolina Machado de azul e branco, no domingo. A falha técnica no carro de som não impediu que a escola continuasse aguerrida e empolgada cantando alto o samba. A bateria “Tabajara do Samba”, de mestre Nilo Sérgio, deu um show à parte conduzindo os componentes, ditando o ritmo da águia. O diretor de carnaval Junior Schall comentou sobre a força da comunidade e o problema do carro de som. Em 2025, a Portela levará para a Avenida o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no Sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, assinado pelos carnavalescos André Rodrigues e Antonio Gonzaga. A águia será a quarta escola a desfilar na terça-feira de Carnaval. Os ensaios de rua voltarão dia 5 de janeiro.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

“Hoje nós tivemos um presente nesse último ensaio de rua da temporada [de 2024] com o canto do portelense na integridade. Esse presente, acho que tem a ver com a questão do final do ano, com nossas crenças, fé, veio por um infortúnio de ordem técnica. Nos privou do carro de som ao longo do ensaio fez com que o canto que nós já vínhamos testando e trabalhando com muita tenacidade fosse o fiel da balança. Aproveito para parabenizar todos os núcleos e segmentos da Portela, pois hoje o carro de som da Portela foi os seus componentes. Fizemos literalmente um ensaio de canto na Carolina Machado, andando com a escola durante 60 minutos. Isso mostra o valor de uma comunidade, o valor de um canto, um trabalho de harmonia, de cada um dos núcleos e segmentos, de uma obra que vai levar a escola muito adiante e que, hoje, para nós, fechando a temporada, diante de um problema técnica, veio nos brindar com um belíssimo ensaio. Foi muito positivo”, comentou Schall.

O diretor também falou sobre sua visão para os próximos ensaios em 2025: “É um exercício contínuo. Entendemos a posição de desfile, entendemos a obra, o que ela necessita, o casamento com a bateria, carro de som, cantores e músicos. A cada ano, a gente busca evoluir ao máximo. É um processo de evolução. Hoje é uma etapa e temos muitas etapas pela frente. Por exemplo, temos que manter o canto na potência que está até o final. Não é cantar mais e parar, é manter o canto na potência que está até o final e isso se faz com alegria, força e tenacidade. Esse exercício continua ano que vem na quadra e também na rua”.

Harmonia

A direção de Harmonia da Portela foi testada e se saiu muito bem no ensaio. A falha técnica no carro de som logo no começo do ensaio, forçou, positivamente, os portelenses a cantarem o mais forte e mais alto que pudessem. A escola estava cantando integralmente o samba e os pontos altos do canto da comunidade foram no primeiro refrão “Iyá chamou Oxalá preto rei pra sambar…” e no verso “Quem acredita na vida / Não deixa de amar”. Assim que o carro de som foi retomado durante a metade final da exibição, notou-se que Rodrigo Tinoco, em substituição a Gilsinho – ausente neste ensaio -, e a equipe do carro de som estavam bem integrados com a bateria.

Evolução

A escola optou por desfilar de forma mais compacta para o canto dos desfilantes ficar mais alto, mas os portelenses estavam se comportando como foliões com animação, dançando e pulando carnaval. A azul e branca fluiu bem pela Carolina Machado sem deixar buracos ou fazer evolução vagarosa.

Fotos: Matheus Vinícius/CARNAVALESCO

O diretor Junior Schall explicou o compromisso do portelense de desfilar leve e empolgado: “A gente tem o seguinte conceito: cada ensaio de quadra ou de rua é um exercício de multiplicação de felicidade. Porque, se o componente, qualquer um deles, não estiver feliz, nós não estamos aquilo que devemos fazer. Só munido da felicidade genuína, plena e espontânea de cada um é que vamos ter a força de conjunto. Hoje, de novo, ter que cantar sendo o carro de som, para o componente, foi um maravilhoso exercício de felicidade de final de ano. A gente só tem a agradecer. Se a gente puder intitular isso seria ‘O carro de som foi a comunidade'”.

Samba

O portelense demonstrou está com o samba inteiro na ponta da língua. O rendimento do samba não caiu, apesar das dificuldades técnicas do som. Os pontos mais fortes da composição de Samir Trindade, Fabrício Sena, Brian Ramos, Paulo Lopita 77, Deiny Leite, Felipe Sena e JP Figueira são o primeiro refrão e a segunda parte, que possui versos como “Pra ver Zumbi no céu da canção”, “Noite apaga o arrebol”, “Quem acredita na vida / Não deixa de amar” e “Onde Candeia é chama / Brilha Milton Nascimento”.

Outros Destaques

Como o primeiro mestre-sala Marlon Lamar não pode estar presente no ensaio do último domingo devido a um problema particular, o casal de mestre-sala e porta-bandeira que se apresentou à frente da escola foi o segundo: Thainara Matias e Emanuel Lima. Vestidos e azul, eles se exibiram com elegância e garra, com um bailado tradicional limpo, bastante olho no olho e entrosamento. A porta-bandeira Squel Jorjea desfilou na primeira ala junto com os componentes.

Mestre Nilo e sua Tabajara foram os principais responsáveis por ditar o ritmo da escola durante este último ensaio de rua. Ambos os refrões têm bossas interessantes que levantaram o público que estava assistindo, além disos, Mestre Nilo apostou em um apagão nos versos “Quem acredita na vida vida / Não deixa de amar”, que acompanhava o versos subsequentes até o refrão principal.

Imperatriz faz ensaio de excelência, com quesitos embalados por ótimo samba

As ruas de Ramos presenciaram mais um domingo de tradicional ensaio da sua rainha. Nas calçadas, muita gente tomando a sua cervejinha, arrumando um bom lugar para ter a melhor visão de mais um desfile da comunidade, que gosta de ensaiar e se sente feliz, mesmo dentro da seriedade que se tem que ter para se preparar a entregar a nota. Ainda assim, está cada vez mais próximo daquilo que o carnavalesco Leandro Vieira tem procurado para o componente nos últimos anos: alegria, picardia, fervor, paixão, irreverência, etc. A Imperatriz será a segunda escola a desfilar no domingo de carnaval, 2 de março, com o enredo “Ómi tútú ao Olúfon – Água fresca para o Senhor de Ifón”, do carnavalesco Leandro Vieira.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Bem resolvida em seus quesitos, a escola apresentou um grande número de componentes em seu treino. A atividade teve a presença maciça do público que lotou a Euclides Faria e observou com fervor a Rainha de Ramos passar. O samba, pelo terceiro ano seguido, parece ter sido uma escolha muita acertada, e junto com a já eficiência do trabalho nos quesitos, trouxe um ingrediente a mais para que cada setor da escola pudesse fazer diferente. Desde a excelente apresentação da comissão de frente, que veio com um elenco bem cheio, passando pelo casal, mais uma vez, bem entrosado até a parte musical da escola, em uma grande sincronia entre Lolo, Pitty e o canto do componente. Mais uma vez, a Verde e Branca de Ramos vai gerando muito expectativa a partir de seus ensaios de que será mais um ano brigando lá em cima.

André Bonatte, diretor de carnaval, deu a sua avaliação após o ensaio, também enfatizando a contribuição do samba para o trabalho que vem sendo realizado com a comunidade.

“Eu acho que naturalmente a gente vai navegando naquilo que a gente já entende através das experiências que a gente teve que vai nos dar algo além. O samba-enredo defende quase todos os outros quesitos. Enredo, a própria coreografia para o mestre-sala e a porta-bandeira, é feita em cima do samba-enredo, comissão de frente, mas sobretudo a questão da evolução e da harmonia. Acho que a lmperatriz, nesses três últimos anos, está flutuando na mesma na mesma tendência, no mesmo estilo de samba. É um samba que tem refrãos bem definidos, bem fortes. E que não deixa o samba cair ao mesmo tempo, não se torna só aquele samba de um refrão que passa o tempo, fica morno quando chega no final. É um samba que nos permite um canto tranquilo. O ensaio de hoje foi melhor que semana passada, mas eu espero que o da semana que vem seja melhor”, disse o diretor.

Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

Comissão de frente

Na expectativa por fazer a sua estreia na Imperatriz, Patrick Carvalho reencontra Leandro Vieira em um enredo que tem muito de movimentos de danças mais tribais, como foi no Império de 2022, com o “Besouro Mangangá”, quando os dois profissionais foram peças importantes para o acesso da Serrinha. Em um grande sinal de respeito com a comunidade e mostrando que está cada vez mais motivado para esse novo desafio, o coreógrafo levou um grande número de integrantes para Ramos, mostrando que terá mais de um elenco na apresentação projetada para a Avenida. No ensaio, como visto recentemente, eles procuram, principalmente na coreografia de deslocamento, manter uma formação mais uníssona, em dois conjuntos, com destaque para um elemento que, mais uma vez, veio já caracterizado como Oxalá pelas roupas em cor alva e interagia com os dois grupos. Destaque para a expressividade deles e ao mesmo tempo pela intensidade de movimentos.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O Oxalá da comissão de frente, antes de se retirar, apresenta ao público o pavilhão a partir de Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, primeiro casal da Rainha de Ramos. A experiente dupla, que vai para o seu terceiro carnaval juntos após a volta do mestre-sala a escola em 2023, inicia sua apresentação com alguns giros da porta-bandeira até a apresentação do pavilhão para os jurados. Conhecidos por um estilo mais clássico, a dupla procura na primeira estrofe do samba até o refrão do meio, apresentar passos mais tradicionais do quesito. A grande mudança acontece no bis “Justiça maior é de meu pai Xangô” em que eles apresentam movimentos de danças ligadas a religiões de matriz africana, o que é retomado também no refrão principal “Oní sáà wúre! Awure awure!”. A dupla mostrou o entrosamento de sempre, teve boa desenvoltura, mesclando movimentos mais graciosos com momentos de intensidade. Phelipe ao final de cada “cabine” já colocava o seu tradicional brado incentivando o motivando os componentes que vinham atrás.

Harmonia

Com o avançar do trabalho cada vez mais as alas estão já integradas no universo do samba. Não se percebeu um número expressivo de componentes que não estivessem cantando ou só dublando. Ao contrário, em geral, o que se viu foi uma comunidade com canto bem intenso, berrando o samba em algumas partes como o refrão principal, o bis da entrada com o “Vai começar” e o “Justiça maior é de meu pai Xangô”. No carro de som, mais uma vez, Pitty mostrou o controle das ações e o uso de atabaques na abertura deu um charme não só para o início da apresentação, quanto para as excelentes bossas de mestre Lolo, claramente a vontade com a obra, e criando convenções cirurgicamente dentro do enredo como nos ultimos carnavais.

Samba-enredo

A obra assinada por Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Jorge Arthur, Daniel Paixão e Wilson Mineiro tem características singulares dessa parceria que tem participado dos sambas escolhidos nos últimos três anos. Mescla momentos de ataque, com trechos mais melódicos. Os momentos de explosão ajudam muito na intenção que o carnavalesco Leandro Vieira tem trazido para a Imperatriz de colocar mais fogo e paixão na atuação do componente, se opondo ao apelido recebido pela escola, principalmente nos anos 90, de “certinha de Ramos”.

Os versos que se iniciam com “Vai começar o itan de oxalá”, como diz na própria letra, se intencionam em apresentar qual a história que vai ser contada e na melodia permitem desenvolvimento de bossas e convenções e tem um detalhe melódico muito interessante na segunda vez, na ligação entre “Babá” e “Orinxalá”, em uma ponte que começa a dar ritmo para a música a partir dos versos seguintes. Em “destina seu caminhar” a música começa a ter maior fluidez, agora partindo para o ataque. O refrão do meio “Ofereça pra exú” tem muito balanço e permitiu o desenvolvimento de bossas mais voltadas para os toques originário de saudação aos orixás. Depois, a obra volta a andar, com uma melodia valente, mas bem desenvolvida até um ponto de mais pausa no “Justiça maior é de meu pai xangô” que vai permitir, inclusive, o desenvolvimento do alujá. A obra, de melodia bastante original, vai ter seu clímax no refrão principal “Oní sáà wúre! Awure awure!”, que é muito bom, forte e gostoso de cantar. Caminha para esse ponto alto, mas sem se arrastar, sem cansar, como um filme que a gente nem sente o passar do tempo e ainda assim fica esperando o desfecho.

A obra permitiu que a escola pudesse aproveitar bem a sua sonoridade principalmente com as bossas de mestre Lolo dentro do refrão do meio e refrão principal, em que há o toque do Ijexá e no bis “Justiça maior” em que há o toque para Xangô.

Evolução

A evolução da escola primou pela cadência, pela fluidez e pela espontaneidade, ainda que fosse possível observar algumas alas coreografadas bem dentro do que o enredo pedia, como uma ala mais para a metade do desfile em que os componentes faziam uma coreografia utilizando machados de papel, em uma clara alusão a Xangô. Já no final, antes da baianas, uma ala com mulheres de saias brancas também produziam uma dança. Mas, nada que tenha tirada a espontaneidade do ensaio, já que havia momentos em que os foliões apenas brincavam carnaval. É uma escola que tem achado bem o equilíbrio entre a técnica e o “brincar carnaval”, madura, sem pressa para chegar ao final da apresentação, aproveitando cada minuto de treino.

“As baianas esse ano vem no final da escola, uma aposta do Leandro Vieira até porque tem muito a ver com o último setor da escola e eu ouso dizer que é uma das baianas mais bonitas da história da Imperatriz. Acho que vai ser um final muito bonito. Com relação a
essa questão das alas coreografadas, eu sempre percebo que a gente orienta, se ela atrapalhar, não adianta. A gente começa botando muita coisa em relação a movimentos e depois vai limpando para chegar naquilo que entendemos como ideal. Acho que está funcionando muito bem. E o restante da escola que faz movimentos, muitas vezes, não é nada orientado. Isso mostra que a espontaneidade é uma coisa que está completamente dentro do samba”.

Outros destaques

A rainha Maria Mariá esbanjou samba no pé trazendo as cores da escola em um modelito bem brilhos. Pitty de Menezes e o carro de som relembraram os últimos dois sambas da escola no esquenta com o “Lampião”, campeão em 2023, e a “Cigana Esmeralda”, vice em 2024. Milton Cunha deu o ar da graça no ensaio gravando conteúdo para o quadro “enredo e samba”, do “RJTV”, da TV Globo. Antes do início da apresentação o comunicador falou sobre sua amizade com o patrono da escola Luzinho Drummond, lembrando que ele sempre foi um grande incentivador do seu trabalho e do seu jeito de ser. A bateria, de mestre Lolo, trouxe atabaques para firmar ainda mais o contexto da musicalidade e religiosidade negra do enredo.