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Luto no carnaval! Morre a carnavalesca Márcia Lage

Márcia Leal de Souza Lage, a Márcia Lage, faleceu neste domingo, ela era casada e companheira de trabalho de Renato Lage. A carnavalesca e cenógrafa estava na Mocidade Independente de Padre Miguel. A Mocidade fez uma publicação nas redes sociais: “A Mocidade Independente de Padre Miguel informa, com profundo pesar, o falecimento da carnavalesca Márcia Lage. Vítima de leucemia, a brilhante profissional nos deixou na manhã deste domingo, dia 19 de janeiro”. Ainda não há informações do horário do velório e sepultamento.

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Márcia Lage trabalhou com Renato Lage na Mocidade, na Portela, Grande Rio, Vai-Vai e no Salgueiro, quando conquistou o título do Grupo Especial em 2009. Em voo solo, ela foi responsável pelo desfile do Império Serrano em 2008.

Como Renato Lage, Márcia não trabalhou em nenhuma escola no Carnaval 2024. Para esse ano, a dupla voltou para a Mocidade e criou o enredo “Voltando para o futuro – Não há limites pra sonhar”. Ao CARNAVALESCO, na festa de apresentação da dupla na Estrela Guia, ela comentou a emoção do retorno para Mocidade. “É um renovo de novo. Principalmente depois da gente ter dado aquela parada meditativa para repensar, para dar uma descansada. Foi um presente você recomeçar aonde, eu particularmente, comecei com ele. Indo de encontro a um desejo há muito tempo sonhado pela escola de nos ter aqui de volta. É a sensação de pinto no lixo”.

Resiliência e ótimo desempenho de Léo do Cavaco marcam primeiro ensaio técnico da Colorado do Brás

Por Will Ferreira e fotos de Fábio Martins

Todo o carnaval paulistano está acostumado a ver Léo do Cavaco interagindo bastante com o público e com os componentes da Colorado do Brás, escola que atualmetne defende. Nos últimos dias, entretanto, ele revelou que sofreu um acidente doméstico e publico vídeos em redes sociais ensaiando com o pé esquerdo imobilizado. A dúvida sobre o desempenho do cantor da vermelho e branco, entretanto, foi completamente dissipada no primeiro ensaio técnico da agremiação, realizado no último sábado: mais que uma boa atuação, ele foi o destaque – seja pelo exemplo, seja pela potência vocal. Com o enredo “Afoxé Filhos de Gandhy no ritmo da fé”, a escola do Centro de São Paulo inaugurará o Grupo Especial, desfilando no primeiro horário da sexta-feira de carnaval (28 de fevereiro).

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Comissão de Frente

O segmento, que teve muito destaque no último desfile, será, nesse ano, novamente coreografado por Paula Gasparini na agremiação desde o desfile de 2023. Para o próximo desfile, quatro componentes tiveram destaque, com fantasias diferentes dos demais – um deles aparentava representar Exu, com um pote e as tradicionais risadas. Há, também, um tripé, com quatro torres – cada uma delas com abóbobadas semelhantes as do Taj Mahal, indiano tal qual o personagem que o afoxé homenageado presta tributo.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Muito elogiados há alguns anos, Brunno Mathias e Jéssica Veríssimo novamente tiveram bom desempenho no ensaio. Em uma noite ligeiramente abafada, os tão famosos ventos do Anhembi estavam bastante contidos e deixaram a dupla bastante à vontade. Inteiramente de amarelo, os dois mostraram bastante samba no pé ao defender o pavilhão da vermelho e branco, com giros precisos e muita energia no bailado.

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Harmonia

Ao começar cada desfile, Léo do Cavaco canta que “o Brás é só alegria”. O desfile técnico deixou isso bastante claro: bastante leve, a agremiação estava visivelmente satisfeita por voltar ao Grupo Especial. Sobretudo nos dois primeiros setores, o canto foi destacado. Vale destacar, também, que o carro de som da agremiação tinha a maior potência presenciada pela reportagem na Concentração – mérito da ala musical da escola, já que os equipamentos disponibilizados pela Liga-SP são iguais para todas as agremiações. Vale destacar, também, o ótimo clima desde o começo da apresentação, com fogos saudando os componentes e anunciando a escola.

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Em um primeiro momento, João Daniel , diretor de Harmonia da Colorado, detalhou que a força da escola esteve no chão: “Cantamos bem, o samba é muito bom e é um diferencial. A galera vibra e canta! Agora, é alinhar muita coisinha para a galera cantar um pouco mais, porque o samba é muito bom. E é trabalhar a nossa pegada, com o mesmo andamento da escola saindo bem, focada em cantar, que é o mais importante”, afirmou.

Evolução

A grande maioria das alas da agremiação teve um adorno no ensaio técnico, como fitas e bexigas – o que trazia uma boa imagem em relação à dinâmica para quem acompanhava o desfile. O samba também ajudou em tal quesito, já que, em alguns momentos, a agremiação, no verso “Eu vou cantar, eu vou”, começa a se abaixar para, no “Pra saudar”, pular e cantar bem forte. Também é importante destacar a ala coreografada que veio logo após a comissão de frente, deixando a cabeça da escola repleta de movimentos.

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A união especificamente entre os ritmistas foi exaltada por mestre Acerola de Angola, comandante da “Ritmo Responsa”, bateria da agremiação: “Eu acho que o clima e esse astral dá para manter para o resto da vida. A bateria aqui é unida, é forte, é firme, é aguerrida. A gente não tem do que reclamar do pessoal aqui, que se esforça bastante. Quinta-feira a gente fez um ensaio específico embaixo de chuva – para quem não sabe, a gente não está em quadra. O ponto positivo é que a gente é muito unido. E os negativos são detalhes da bateria, mesmo. É muita gente nova, muita gente da escolinha. A gente fez uma bateria não digo que do zero, porque a escola já tinha uma bateria, mas a gente foi com bastante gente nova – e a gente procurou explorar essas pessoas novas para a gente conseguir ter frutos para a escola. O ponto negativo é que a gente tem uns detalhes pra arrumar, mas mais porque eles são novos do que porque eles não têm capacidade. Todos têm capacidade. Eles não conheciam a avenida ainda, muita gente nunca tinha desfilado, nunca tinha ensaiado na pista. Agora, a gente vai arrumar esses detalhes”, prometeu.

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Samba

A obra, que costuma ser citada como agradável no universo do carnaval paulistano, mostrou que tem força para ir além, com trechos capazes de empolgar e fazer a escola explodir – como dito no quesito “Evolução”. Léo do Cavaco, como já citado, esteve em uma grande noite tanto na execução quanto na resiliência demonstrada por ele durante toda a apresentação. Também é importante relembar a potência do carro de som, citada no quesito “Harmonia”.

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Para Acerola de Angola, é possível melhorar ainda mais: “Tudo deu certo, graças a Deus. Mas foi um ensaio técnico e a gente tem muita coisa para arrumar ainda. A bateria não está pronta ainda. A gente viu hoje que tem uns detalhes para arrumar. Mas, à medida do possível, faremos isso. A gente fez o ensaio cedo principalmente para a gente conseguir arrumar os detalhes que faltavam. A gente vai para casa agora para arrumar os detalhes, para voltar aqui mais duas vezes ainda, em outros ensaios gerais para mostrar para todo mundo como é que a gente vai chegar na avenida”, comentou.

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Fã da obra, João quer ainda mais canto por parte dos componentes: “Temos que melhorar o canto, porque o samba é muito bom e tem que cantar mais. Temos que ter mais vibração, o chão tem que vibrar e tem que ir para cima. Esse samba é maravilhoso, é uma obra de arte que vai levantar todo mundo, se Deus quiser”, finalizou.

Outros destaques

À frente da “Ritmo Responsa”, comandada por mestre Acerola de Angola, teve duas destaques à frente dos ritmistas: a rainha Camila Prins, em tons de azul, e a princesa Kamilla Mattos, majoritariamente vermelha com detalhes em dourado. Os ritmistas, por sinal, vieram com a mesma indumentária dos Filhos de Gandhy: inteiros de branco, com contas azuis e brancas – os diretores estavam com camisas azuis.

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Sobre Léo do Cavaco, a reportagem perguntou para Pollyana Passos, esposa do intérprete, detalhes sobre a lesão. De acordo com ela, o cantor tropeçou em uma pedra na rua em que reside e trincou o tornozelo esquerdo – lesão que o deixou o desfile técnico inteiro na cadeira de rodas e com o pé esquerdo imobilizado.

Colaboraram Naomi Prado, Nabor Dalvagnini e Gustavo Lima

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Ala musical é destaque em primeiro ensaio técnico do Barroca Zona Sul

Por Will Ferreira e fotos de Fábio Martins

Reconhecida nos últimos anos como uma agremiação que investe em sambas-enredo potentes, o Barroca Zona Sul impactou no primeiro ensaio técnico da agremiação, realizado no último sábado. Se a qualidade da obra é inquestionável, agora, a Faculdade do Samba soube transformar a competência advinda dos compositores da agremiação em sintonia com desfilantes e público presente. As arquibancadas cheias, que esperaram para ver a instituição do Jabaquara desfilar, corresponderam à altura e assistiram uma apresentação muito competente. O Barroca Zona Sul será a segunda agremiação a desfilar na sexta-feira de carnaval (28 de fevereiro), com o enredo “Os Nove Oruns de Iansã”.

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Comissão de Frente

A impactante apresentação começou logo na comissão de frente. Menos pela presença de uma personagem representando Iansã, em uma bela fantasia preta, prateada e vermelha, e mais pelos elementos cenográficos presentes: nove ao todo. Desses, oito eram pequenos espaços circulares inteiros amarelos em que oito componentes se movimentavam e interagiam. Atrás deles, uma espécie de palco, também circular e bem maior, em que outros integrantes dançavam. O quesito despertou curiosidade.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Mais uma grande noite de Lenita Magrini e Marquinhos Costa. O entrosamento já característico da dupla esteve mais uma vez evidenciado, com giros bastante rápidos e uma eficácia tocante na dança, com raios longos e ocupando com primor o espaço entre os guardiões. Com ambos de verde, o vestido de Lenita, tal qual aconteceu no minidesfile, dava a impressão que ambos levitavam na passarela.

BarrocaZonaSul et PrimeiroCasal 1

Harmonia

Se o canto da escola foi forte em todas as alas, duas merecem destaque por, em muitas outras coirmãs, não terem tanto destaque ao entoar o samba: a das crianças (que veio no espaço destinado ao último carro alegórico) e a de passistas, que mostrou que o samba não está apenas na ponta do pé, mas também na ponta da língua. Estreando como intérpretes oficiais da Faculdade do Samba, Cris Santos e Dodô Ananias esbanjaram simpatia com os componentes e interagiram bastante com o público, sempre se complementando.

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O ótimo trabalho de intérpretes, carro de som e bateria, por sinal, foi recompensando: a arquibancada cantou junto com a agremiação do começo ao fim do desfile – com especial atenção ao momento em que a “Tudo Nosso” executava uma paradinha apenas com os atabaques, instante em que o carro de som também parava e a arquibancada entoava a canção. Ao todo, foram três convenções como essa – e, em ao menos uma delas, Ewerton Rodrigo Ramos Sampaio, popularmente conhecido como Cebolinha, presidente da agremiação, vibrou bastante. Quem também foi flagrado radiante foi Pedro Alexandre, o Magoo, carnavalesco da agremiação.

BarrocaZonaSul et InterpreteDodo

Ao fazer um apanhado geral da “Tudo Nosso”, mestre Fernando Negão detalhou a agenda dos ritmistas: “Vamos ensaiar amanhã na nossa quadra, na quarta-feira vamos ajustar alguns detalhes, fazer algumas reuniões com a diretoria para ver os pontos positivos, os pontos negativos e tentar consertar para o próximo ensaio”, destacou.

Evolução

Basicamente metade das alas do Barroca tinha algum tipo de adorno, que criaram uma excelente estética para a movimentação da escola. Mais do que isso: o sucessos dos leques no naipe de chocalhos da bateria se repetiu, criando ótima interação com o público. Foi perceptível notar o quanto a escola se encontrou com o enredo e com o samba, desfilando leve e sorridente – e com uma liberdade maior, quando comparada a outras coirmãs, para se movimentar mais livremente. O falso refrão após o refrão de cabeça, inteiro em idioma africano, também era a deixa para que todos se movimentassem e fizessem movimentos com as mãos, tal qual a representação de Iansã.

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Douglas Pinto, um dos diretores de Harmonia da agremiação, entretanto, acredita que é possível melhorar em alguns aspectos: “Para melhorar, acho que é o problema de todas as escolas, a assiduidade dos componentes na quadra e nos ensaios específicos. Chega aqui e reflete que uma parte já stá mais evoluída, a outra não. O público do carnaval hoje é outro, a gente tem que trabalhar com o pessoal que chega. Esse é o ponto negativo. Muita gente chegou aqui pela primeira vez. A positiva é que a resposta veio bem. Da entrada da pista para cá, acho que já fluiu melhor. Do começo da pista para o final, já senti uma diferença. Ajustamos muito coreografias, ajustamos comissão, casal, ajustamos apresentações. É ensaio, ensaio é isso e é para isso. A gente não vai falar que acertou tudo porque é mentira, ninguém acerta tudo. A gente quer melhorar a cada ensaio. E foi um bom termômetro hoje aqui”, comentou.

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Samba

No dia em que o samba foi apresentado à comunidade, Ewerton Cebolinha disse à reportagem que esse era o melhor samba-enredo do Barroca desde 2019. A fala do mandatário verde e rosa mostrou-se profética: com ótima execução por parte da dupla de intérpretes e excelente sustentação por parte da “Tudo Nosso”, ele foi cantado ao longo de toda a apresentação por componentes e arquibancadas. O refrão de cabeça, em especial, tinha muita sinergia entre passarelas e arquibancadas.

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Douglas elogiou o desempenho da canção na avenida: “Eu acho que a comunidade já pegou muito bem o samba. A parte da harmonia está bem afirmada. O samba é bom, o samba pegou bem. Faltaram algumas alas do interior que tiveram problemas por conta do horário, mas a escola veio com, praticamente, 80% do contingente total. A gente conseguiu sentir o samba. Claro que sem o som da avenida, com carro de som, dá um delay. É óbvio, normal. Mas, aí, acho que a resposta foi muito boa. Na questão de evolução, também demos um avanço. Compactamos mais a escola. Acho que foi bom, foi muito bom. Para um primeiro ensaio, foi bom. Temos mais dois. A sorte é que temos três esse ano, então esse daqui vai nos dar uma noção para os outros dois”, vislumbrou.

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Outros destaques

Já conhecidas do carnaval paulistano, as duas destaques à frente da “Tudo Nosso” abrilhantaram o desfile: Raíssa Moreira, a princesa, e Juju Salimeni, a rainha – que, inclusive, estava de vermelho para representar Iansã.

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Sobre o desempenho dos ritmistas em si, Fernando destacou que ainda há margem para melhora: “Hoje o ensaio foi muito bom, mas ainda estamos em uns setenta ou oitenta por cento. Vamos ajustar algumas coisas na bateria, algumas escapadas, algumas falhas, para o próximo ensaio ser muito melhor. Mas temos que manter essa garra, essa dedicação, esse empenho, essa alegria e essa concentração da galera”, comentou.

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Também é necessário destacar a elegância da ala das baianas, com um rosa mais escuro e em tons de verde mais claro, criando um contraste extremamente agradável.

Colaboraram Naomi Prado, Nabor Dalvagnini, Lucas Sampaio e Gustavo Lima

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Bateria e mestre-sala e porta-bandeira mostram suas credenciais no primeiro ensaio do Império de Casa Verde

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins

O Império de Casa Verde abriu na noite do último sábado a sua série de três ensaios técnicos que irá realizar na temporada. O ‘Tigre Guerreiro’ da Zona Norte teve como destaque em seu treino o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rodrigo e Jéssica, e também a bateria “Barcelona do Samba”, de mestre Zoinho, completando 20 anos de passarela com a agremiação. Em relação ao casal, houve uma sincronia enorme dentro da coreografia do samba. O entrosamento da dupla, que vem de anos, está em dia. Do lado da batucada, o andamento para frente, todos os naipes em destaque e as bossas realizadas, foram de suma importância para obter o sucesso no treino. Também dá para destacar a compactação das alas dentro da evolução, pois isso no dia oficial é primordial para alcançar a nota máxima. Com o enredo “Cantando Contos. Reinos da Literatura”, a escola da Zona Norte será a segunda a desfilar no sábado de carnaval. Quem assina o desfile é o carnavalesco Leandro Barboza.

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‘’A análise é positiva. Por ser um primeiro ensaio, tiveram oscilações. Já me disseram que uma hora o som chegou atrasado ali, eu até senti uma hora aqui na frente e consegui buscar rápido. No geral, acho que eu vi uma escola vibrante, uma escola que cantou.Temos uma semana aqui para conversar, para ajustar, para olhar aqui onde a gente acertou e ajustar”, avaliou o diretor de harmonia, Serginho.

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Comissão de frente

A ala coreografada por Anderson Rodrigues, especificamente neste último ensaio entrou na pista representando o ‘gelo’. Os bailarinos foram divididos em dois grupos com fantasias diferentes. Os dançarinos da frente executavam as coreografias dentro do samba, enquanto o de trás servia como uma espécie de guardião. Foi uma comissão de frente um tanto simples para o que pede o enredo. Dá para arriscar a dizer que não é a definitiva, pois são três ensaios técnicos e o coreógrafo Anderson Rodrigues pode surpreender nos próximos.

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Mestre-sala e Porta-bandeira

O renomado casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rodrigo e Jéssica firmam uma parceria de sucesso há muitos anos. Sendo assim, para 2025, dá para notar que esse casamento continua intacto e que, sem dúvida, é um quesito que a escola pode contar de olhos fechados.

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Dentro da dança, o casal mostrou bastante sincronia dentro do samba. Se viu uma coreografia bem elaborada no ritmo e no significado da letra. Todo e qualquer movimento de giros foi executado com máximo êxito, bem como as extensões do pavilhão para o público e cabine de jurados.

Harmonia

É um samba curto que é fácil de cantar, e por isso a comunidade imperiana conseguiu executar o canto de forma satisfatória e sincronizada, embora a potência de volume entre as alas oscilou. Há de se destacar a última ala, antes da última marcação de alegoria, que se destacou por seu empenho no canto o ensaio inteiro. Os componentes colocavam mais força na voz dentro do refrão de cabeça, que por sinal exalta bastante a agremiação.

O diretor de harmonia Serginho analisou a escola como vibrante, e comentou sobre manter a mesma pegada no próximo ensaio. “Precisamos manter a vibração, o canto e bateria no mesmo nível, deixando a escola mais dançante”, comentou.

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Evolução

Foi um quesito positivo do treino por um aspecto: Se viu uma escola compacta. Usando uma hipérbole, dá para dizer que era impossível abrir um buraco entre alas e fileiras devido a tamanha organização dessa evolução. Havia alguns movimentos dentro do samba, mas o departamento de harmonia aparentemente decidiu não apostar em coreografias, com o objetivo de deixar os desfilantes soltos na pista.

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Samba

Dentro do seu samba-enredo, a escola usa os contos e personagens de fábulas, filmes e séries para fazer críticas à sociedade, ao mesmo tempo questionando estereótipos dentro dessas obras.

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Dito isso, o rendimento da trilha-sonora do Tigre na voz do Tinga foi satisfatório. É um intérprete que está se doando ao máximo para levantar o astral da comunidade. A ala musical também o auxilia muito bem, pois conta com músicos de alto nível, como Tiago Nascimento, Fabiano Sorriso, entre outros. O Império é uma entidade que dá uma forte atenção a esse segmento.

Outros destaques

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Um espetáculo à parte, a bateria “Barcelona do Samba”, comandada por mestre Zoinho, que está completando 20 anos de passarela com o Tigre Guerreiro, executou bossas e mostrou um andamento digno desta longevidade. Foi o principal olhar do treino técnico nesta noite. A rainha Theba Pitylla, com muito samba no pé, mostrou criatividade na sua fantasia, que foi vestida de ‘preta de neve’.

“Hoje o ensaio foi muito bom, mas ainda está uns 70, 80%. vamos ajustar algumas coisas na bateria, algumas escapadas, algumas falhas para o próximo ensaio ser muito melhor. Fazer algumas reuniões com a diretoria, ver os pontos positivos, os pontos negativos e tentar consertar para o próximo ensaio. Manter essa garra, dedicação, empenho, alegria, essa concentração da galera”, disse mestre Zoinho.

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As baianas desfilaram comandadas pela Bah, que carrega o porta-estandarte da ala. As mães do samba foram vestidas no modo tradicional e ‘benzendo o povo na avenida’, jogando água de cheiro com plantas. Um gesto muito significativo, que é derramar axé nos sambistas.

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Quase todas as alas carregaram objetos nas mãos, o que deu um belo contraste na passarela. A cabeça de um tigre gigante foi levada para o ensaio e colocada no começo da pista, mostrando as credenciais com o símbolo maior da agremiação. A ala das crianças, que ficou situada na primeira marcação da alegoria, cantou bastante e mostrou bastante energia.

Colaboraram Naomi Prado, Nabor Dalvagnini, Lucas Sampaio e Will Ferreira

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Zé Celso em sua essência! Comissão de frente é destaque no primeiro ensaio técnico do Vai-Vai

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins

O Vai-Vai fez na noite do último sábado o seu primeiro ensaio técnico, sendo a primeira escola do Grupo Especial a entrar na pista dentro desta temporada de treinos, que irá até a metade de fevereiro. Dá para elencar três destaques no treino do Bixiga, mas o principal deles fica com a comissão de frente, comandada por Sérgio Cardoso, que está fazendo o seu primeiro ano na agremiação. A ala mostrou um tripé gigante simbolizando o Teatro Oficina, com encenações teatrais que passam puramente a sensação de Zé Celso. Os outros dois destaques ficam com a ala musical liderada pelo Luiz Felipe e a harmonia da escola. O Vai-Vai irá fechar o sábado de carnaval com o enredo “O Xamã Devorado y A Deglutição Bacante de Quem Ousou Sonhar Desordem”, assinado pelo carnavalesco Sidnei França.

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‘’O primeiro ensaio foi positivo para nós. Conseguimos executar a estratégia que elaboramos antes, que era vir com a escola bem compactada. Esse era o ponto que a gente queria trabalhar hoje especificamente. Para mim a avaliação do primeiro ensaio foi muito positiva’’, analisou o diretor geral, Luiz Robles.

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Comissão de frente

A ala liderada pelo estreante Sérgio Cardoso foi o grande destaque da escola. Os integrantes faziam encenações em um gigante tripé que representava o Teatro Oficina, principal palco das obras de Zé Celso. Eles desciam e subiam a todo instante, abrindo portas e mostrando algo realmente teatral. Personagens vinham com taças de vinho na mão e jogavam para cima. Havia um personagem que representava o próprio Zé Celso e outro a entidade Exú, pois o artista se denominava o ‘Exú das artes’. Muito teatro e muito Zé para uma abertura ousada de desfile. Todos com rostos pintados também deram um tom a mais para a ala.

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Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Renatinho e Fabíola, realizou um ensaio seguro. A dupla optou por fazer os movimentos padrões do quesito, mas uma coreografia dentro do samba-enredo de 2025 mais acentuada não foi vista. Deu para perceber que eles estavam colaborando com a evolução da escola e, talvez, no próximo ensaio essa dança com o Zé Celso seja vista. Há de se falar de como eles se entendem e se completam. Ambos tem aquela raça do vaivaiense e fazem questão de demonstrar isso no semblante e na apresentação do pavilhão para os jurados.

VaiVai et PrimeiroCasal 3

Harmonia

A potência da comunidade se fez presente na pista neste ensaio. O samba forte e de fácil entendimento para o canto. É uma obra que sempre explode melodicamente para cima, principalmente nos últimos versos em que se canta: “Volta Zé… Ao som da minha batucada/Assina a direção dessa folia popular/Quilombo Saracura… Evoé! Saravá!” – e depois dessa parte já emenda com o refrão chiclete. Entretanto, dentro da harmonia, há um destaque negativo: por ser um ensaio sem caixas de som espalhadas pelo Anhembi, sempre há aquela ‘embolada’ entre as alas na hora das paradinhas da bateria.

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Evolução

Neste treino se viu uma evolução mais tranquila da escola. Em alguns ensaios ou desfiles nos últimos anos, é um quesito que o Vai-Vai tem certa dificuldade pelo contingente que é colocado na pista, mas aparentemente a Saracura irá para o desfile oficial mais estratégica e com menos componentes de alas do que o habitual. Sendo assim, viu-se componentes soltos e alegres. Ainda dentro do quesito, há de se destacar uma bela ala coreografada que desfilaram no começo da escola, atrás da ala das baianas. Os componentes dançaram e cantaram forte o samba-enredo.

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De acordo com Luiz Robles, ainda há aspectos a se melhorar na evolução da escola. ‘’Sempre tem algo para melhorar. Algumas coreografias de alas, uns espaçamentos que notamos que pode ser prejudicial no desfile e elevar sempre mais e buscar mais canto escola, que esses são os pontos que a gente vai buscar para o próximo ensaio”, disse.

Samba-enredo

Como dito acima, no tópico do quesito harmonia, o samba do Vai-Vai tem um refrão chiclete e versos e estrofes que são para cima o tempo todo. A comunidade abraçou e está cantando forte. A letra é incisiva, explica muito bem o que é o Zé Celso e tem dado certo principalmente para a comissão de frente.

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É impressionante a ala musical do Vai-Vai, que conta com grandes apoios e músicos como Thiago de Xangô e Karina Salles. E claro, o grande destaque é a evolução do intérprete Luiz Felipe. O cantor está brincando com o samba, fazendo os cacos perfeitamente e a voz está cada vez mais potente na sustentação da obra. Grande atuação do músico neste treino.

Outros destaques

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A bateria “Pegada de Macaco” tem mudado o seu estilo nos últimos anos e para 2025 não está sendo diferente. Sob regência dos mestres Tadeu e Beto, a batucada da escola entrou naquele andamento ‘insano’ de sempre, mas está realizando cada vez mais arranjos, principalmente, no refrão principal.

“Precisamos atingir o ótimo. A bateria do Vai-Vai é uma das baterias mais tradicional do Brasil e nós precisamos cumprir o critério, tem o critério de 16 compassos e precisamos fazer para alcançar o 10. Tivemos alguns problemas no naipe de surdo de primeira só e as caixas também teve alguma coisa, mas nada assim que me assuste, foi um ensaio bom, em breve devemos arrumar as coisas para atingir o ótimo’, disse mestre Tadeu.

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Madu Fraga vem para o seu segundo ano como rainha de bateria da “Pegada de Macaco”. É uma mulher que tem encantado cada vez mais por seu samba no pé e pelo que representa dentro de sua escola e no carnaval.

Colaboraram Naomi Prado, Nabor Dalvagnini, Lucas Sampaio e Will Ferreira

Mais imagens do ensaio

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Luto no samba! Morre o intérprete Luizinho Andanças

O mundo do samba recebeu a triste notícia do falecimento do intérprete Luizinho Andanças, aos 61 anos, que fez história na Porto da Pedra, além de ter passagens pela Mocidade, Santa Cruz, Inocentes de Belford Roxo e Unidos de Padre Miguel. O cantor lutava contra um AVC. Ainda não foi informado o horário do velório e do sepultamento.

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A Porto da Pedra publicou um texto sobre o cantor: “É com imensa tristeza que o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra recebe a notícia do falecimento de um de seus ídolos: Luizinho Andanças, intérprete que mais vezes defendeu o Tigre na história da escola. Sua voz seguirá ecoando na memória de todos apaixonados pelo carnaval, e claro, no coração de toda nossa comunidade, com quem Luizinho sempre teve uma relação carinhosa e especial. Desejamos nossas condolências à família, amigos e aos admiradores desse grande artista. Você será eterno, Luizinho! “𝐀𝐫𝐫𝐞𝐩𝐢𝐚, 𝐓𝐢𝐠𝐫𝐞!”

A Santa Cruz também prestou homenagem para o cantor: “Obrigado Luizinho, por todo trabalho incrível e dedicação ao nosso pavilhão. A direção da Acadêmicos de Santa Cruz, comunica a saída Luizinho Andanças, que desempenhou a função de intérprete. A Santa Cruz é pra quem acredita”.

Morre o compositor Zé Glória, autor do samba que deu o título para Mocidade em 2017

Faleceu neste sábado o compositor José Glória da Silva Filho, conhecido como Zé Glória, autor de diversos sambas-enredo, entre eles, obras na Mocidade Independente de Padre Miguel, inclusive, o do título de 2017. Ele também disputou na Viradouro (é um dos autores da obra de 2016, o “O Alabê de Jerusalém”), Santa Cruz, Sereno de Campo Grande e outras agremiações. Não foi divulgada a causa da morte e nem horário do velório e sepultamento. Nas redes sociais foram prestadas diversas homenagens para o compositor.

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Foto: Reprodução de internet

Intérpretes da Milênio exaltam entrosamento e falam sobre importância do enredo em 2025

A Estrela do Terceiro Milênio retornou ao Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2025, como campeão do Acesso I, e a dupla de intérpretes, Grazzi Brasil e Darlan Alves ressaltou a importância do enredo “Muito Além do Arco-Iris!”, tema que estará na luta contra a LGBTQFOBIA. Será a sexta escola desfilar no sábado de carnaval.

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Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO

Os intérpretes conversaram com o CARNAVALESCO e falaram sobre o momento que vivem no segundo ano como dupla na Estrela do Terceiro Milênio. O segundo ano do Darlan na escola, enquanto Grazzi está desde 2022 na agremiação do Grajáu, extremo da Zona Sul de São Paulo.

Como está a dupla, a parceria entre vocês?

Grazzi Brasil: “Dupla tá tranquila, calma, graças a Deus, segundo ano juntos. Acho que a gente divide bem as coisas, se dá bem. Acho que tem um clima bem bacana, graças a Deus”.

Darlan: “Sempre quando eu falo da Grazi é sempre muito bacana, porque dividir esse palco com uma intérprete como a Grazzi, sempre a gente no carnaval vê que surgem ao longo dos anos grandes nomes do carnaval. E a Grazi é um desses grandes nomes já consolidados. Sempre falo que eu pude acompanhar um pouco dessa carreira assim da Grazzi, ver essa grande estrela do carnaval e sempre que falo, falo com muito orgulho, muita honra de poder dividir o palco, de poder passar na Avenida ali cantando com ela. Então sempre é um motivo de muita alegria e orgulho de vocês”.

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Grazzi: “É um aprendizado que eu tenho que ele tem 50 anos de carnaval (risos), é muito aprendizado também, né? Ele tem uma calma, que diz ‘assim vai dar certo’, às vezes está rolando um negócio e ele ‘Ah já sei’, ele tem essa calma, essa coisa que eu aprendi e ele tava. Pudemos defender juntos um samba que faz com que eu entre dentro do carnaval de fato que em 2017 que a gente defende junto que é ‘Mãe menininha’. Já tem uma história aí, mas trabalhando, trabalhando assim de avenida, segundo ano”.

Darlan completa: “Fomos campeões, e trazer a Milênio de volta ao Grupo Especial. Sempre defendendo, gravando, eternizando sambas assim. Foi na Tuiuti, foi no Vai-Vai, por isso que eu sempre falo que é muito bacana poder dividir o palco com uma cantora tão consagrada assim no carnaval”.

O que representa a Terceiro Milênio voltando para o Grupo Especial com vocês juntos?

Grazzi: “Primeiro que é maravilhoso, a Milênio ter voltado. E aí do lado desse monstro que já ganhou altos carnavais é sensacional. Mais uma oportunidade de estar lutando por essa escola que é tão maravilhosa que tem um potencial sensacional, é uma coisa linda”.

Darlan: “A Milênio tem uma força muito grande assim na sua comunidade. O Grajaú tem uma eu sempre falo para eles, para a comunidade quando temos oportunidade, falamos que ‘vocês têm um brilho diferente’, que é uma comunidade bem afastada assim do eixo aqui do carnaval que é praticamente aqui na zona norte, todo mundo, então Grajaú, vemos esse potencial da escola e a gente acompanha ali no dia a dia e vê que essa escola realmente vai se tornar uma das grandes, já é uma grande escola, a Terceiro Milênio é uma grande escola e com certeza vai fazer assim carnavais incríveis e se preparem porque esse ano é um carnaval realmente maravilhoso”.

Do enredo, o que vocês podem falar como é que mexe em vocês?

Grazzi Brasil: “Ah, eu acho que assim, é um enredo bem necessário. Todo mundo tem lugar nesse mundo, ainda mais dentro do carnaval, têm tantas pessoas trabalhando o tempo inteiro, o que faz o carnaval justamente esse enredo, é poder exaltar, poder cantar essas histórias que a gente sabe que não é fácil para mim é sensacional, eu gosto muito dessas coisas polêmicas e necessárias. E Graças a Deus minha me aparecem sambas lindos que eu posso de alguma forma cantar, contar cantando é para mim uma honra mesmo, toda forma de amar importa, temos que respeitar. E é demais ser porta voz disso, mesmo, o Murilo (Lobo) é sensacional, tem vários enredos, falar da mulher, e é isso, esse enredo também fala muito de mim, é uma coisa muito real, ele trabalha com isso, é uma realidade, vamos respeitar e mostrar, uma pausa para mostrar, falar, sobre essas pessoas, que são gente, normais, iguais”.

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Darlan Alves: “É um enredo bem desafiador para a escola voltando para o Grupo Especial e com o enredo de uma importância gigantesca. Mas como eu falei, a escola está muito bem preparada para contar esse enredo na Avenida. Como a Grazzi falou, é um enredo necessário e no carnaval já se falava, mas não do enredo em si, né? Mas algumas alas você via alguns setores contando assim, mas não o enredo. Você pegar e falar ‘não agora é o momento da gente realmente poder falar sobre esse tema’, que é um tema sempre muito desafiador, sempre muito polêmica e mas como a Grazzi falou, a palavra é necessário, alguma escola precisava ter essa coragem de poder contar essas histórias de famílias que são histórias reais que vão para Avenida ao longo da história. Então o Murilo (carnavalesco) está realmente preparando um grande carnaval, a escola está preparando um grande carnaval para poder contar na Avenida esse enredo incrível. Vocês realmente vão ser emocionar com esse conhecimento… eles têm uma luta no dia a dia, travam uma batalha que as outras pessoas não enxergam, então é muito bom, momento é esse, de mostrar isso, como é a batalha do mundo LGBT+, então precisava desse enredo e a Terceiro Milênio vai contar, fazer esse grande carnaval, e temos a honra de mais uma vez de poder estar juntos aqui e contar, cantar, na avenida, ser os porta vozes desta grande história”.

Como é a relação com o mestre Vitor Velloso e a bateria ‘Pegada da Coruja’?

Grazzi Brasil: “O Vitor já conhecia anos atrás, então é muito tranquilo para mim. É uma energia sensacional, é muito bom, muitas mulheres na bateria isso para mim é muito importante, o Vitor tem esse olhar assim, essa sensibilidade. A Milênio, ela vem diferenciando muita coisa assim, você vê dentro da bateria tendo muitas mulheres”.

Darlan: “E é uma bateria que tem uma porcentagem da Milênio, cerca de 40% da bateria da Milênio são da galera LGBT, mas assim, então o Vitor tem essa consciência que é muito importante esse trabalho dele, que além do Ritmo, você trabalha ali com as pessoas, com a inclusão. Então olha a Milênio, o tamanho da responsabilidade. Uma inclusão que já acontece bem antes desse tema. O carnaval dentro do enredo, acolhe né? A Grazzi foi uma das compositoras também, passou fez um grande samba-enredo esse ano lá e numa das frases do samba dela, falava que existem coisas, segmentos que acolhem esse movimento. O carnaval, a religião também de matriz africana que acolhe essas pessoas. Então dentro do enredo que tem tantas e tantas coisas assim que foram destacadas o carnaval está ali presente acolhendo essas pessoas, então a bateria é um grande exemplo. Se você for uma bateria, as pessoas estão lá. Nossos destaques, nossa comunidade, aderecista, carnavalesco, cito a importância deste enredo, a responsabilidade da nossa escola é gigantesca e por isso estamos trabalhando muito para chegar na avenida e contar esse tema”.

Como vocês analisam o cenário das mulheres dentro das alas musicais no carnaval?

Grazzi Brasil: “Eu acho que ainda falta um pouco mais de oportunidade para as meninas assim, mas eu vejo bem mais, ele está mais tempo deve saber disso. Eh, eu tô só há oito anos no carnaval, mas é muito legal tá à frente de uma escola. Ter a oportunidade, mas seria bem mais bacana se tivesse mais mulheres à frente. Ainda é um processo a ser quebrado, mas a gente vai chegar lá”.

Darlan Alves: “A passagem da Grazzi no Vai-Vai que é uma escola muito tradicional, foi uma quebra de paradigma e da Grazzi poder assumir o microfone do Vai-Vai, que é uma escola gigante e ela ter passado ali pela Tuiuti. Então esse ciclo ali fala aí de pouco tempo. Encorajou muitas meninas, aí a gente pode ver que foram aparecendo meninas, certeza que a Grazzi foi essa inspiração. Porque eu acompanhei também no Rio nessa época, a Grazzi nas quadras de escola de samba e aí muitas meninas ali cantando e por causa desse efeito. Então da Grazzi, então tem aí Eliana de Lima e Bernadete, e tantas outras, mas a Grazi é essa referência dessas meninas agora do carnaval para a frente, precisa dessa renovação. Então a Grazzi realmente é um fator muito importante nessa inspiração para essas novas cantoras”.

Qual o samba-enredo que você cantou que mais te marcou?

Grazzi Brasil: “Ah o samba que eu cheguei no carnaval fato, 2017: Mãe, menininha”.

Darlan Alves: “Ah cara são muitos, muitos sambas, eu já sou um pouquinho mais velho que a Grazi. Então cara tem muita coisa se você cara muito sambas, mas acho que o Mar de Rosas, de 2005, me marca bastante, apesar de 2010 ter sido campeão lá, mas 2005 da Rosas de Ouro samba incrível”.

E o samba que vocês gostariam de ter cantado na vida?

Grazzi Brasil: “Mangueira 2019, esse eu queria pelo menos ter defendido, que samba”.

Darlan Alves: Queria ter cantado Círio de Nazaré da Viradouro eternizado pelo nosso Dominguinhos do Estácio”.

Unidos da Tijuca volta a ensaiar na rua Conde de Bonfim neste domingo após 20 anos

Aproveitando ao máximo os últimos dias antes do carnaval, a Unidos da Tijuca visando se preparar para o desfile oficial, realizará uma “dobradinha” de ensaios neste final de semana, almejando o campeonato do Grupo Especial. A agremiação promoverá neste sábado, a partir das 20h, em sua quadra localizada no Santo Cristo, mais um ensaio comercial e no domingo, treinará na principal rua do seu bairro, a Conde de Bonfim, no coração da Tijuca, 20 anos depois. Já no final de semana seguinte, além do tradicional Ensaio de Rua, quinta-feira na Via D1, a escola ensaiará na Marquês de Sapucaí, no sábado.

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Foto: Alex Maia/Divulgação Tijuca

Aos sábados, até o carnaval, a quadra da Unidos da Tijuca terá noites de samba. A abertura do ensaio show fica por conta do Grupo Bora Amor, que apresenta os maiores sucessos da música nacional numa roda de samba DJs agitam os intervalos. Em seguida, a bateria ‘Pura Cadência’ de mestre Casagrande e o intérprete oficial da escola, Ito Melodia embalam os presentes no show da escola com as apresentações de todos os segmentos: casais, baianas, passistas e velha guarda.

Já no domingo, a escola realizará ensaio de rua aos pés da sua comunidade. A concentração acontece a partir das 17h na rua Conde de Bonfim esquina com rua José Higino. O ensaio inicia às 19h e o trajeto segue até a rua Uruguai. Participam do treino todos os segmentos e todas as alas. Na semana seguinte, dia 25, a Unidos da Tijuca será a segunda escola a ensaiar na Marquês de Sapucaí. A concentração acontece a partir das 18h nos Correios e o treino inicia às 20h30. A escola convoca toda a sua comunidade e torcida.

Além dos ensaios realizados aos finais de semana, toda quinta-feira até o dia 13 de fevereiro, acontecem os ensaios de rua da escola. A preparação ocorre tradicionalmente há quase três décadas. O encontro é na Via D1 – Rua Geógrafo Milton Santos, atrás da quadra da agremiação, às 21 horas, no Santo Cristo.

A Unidos da Tijuca será a primeira escola a desfilar na segunda de carnaval, dia 03 de março, com o enredo “Logun-Edé – Santo Menino que Velho Respeita” de auditoria e desenvolvimento do carnavalesco Edson Pereira.

Ensaio Show da Unidos da Tijuca
Datas: 18/01/2025
Horário: 20h
Endereço: Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo
Ingressos: Pista – R$ 20,00 /Mesa – R$ 150,00/ Camarote Inferior – R$ 300,00 (10 pessoas)/ Camarote Superior – R$ 400,00 (10 pessoas)
Vendas: Sympla

Ensaio de Rua na Conde de Bonfim
Data: 19/01/2025
Horário: 16h
Endereço: Rua Conde de Bonfim com José Higino

Sambaço, quesitos em alta e escola pulsante; Unidos de Padre Miguel faz ensaio de rua mais forte de sua temporada

A Unidos de Padre Miguel fez mais um ensaio de rua na noite da última sexta-feira, faltando uma semana para seu ensaio técnico na Marquês de Sapucaí. A escola, que tem feito ensaios vibrantes e bem organizados, conseguiu melhorar mais a condução do desfile e fez o treino mais forte de sua temporada, impulsionada pela emoção e precisão da dança do primeiro casal, a condução magnífica do excelente samba pelo carro de som e mais um show da bateria do mestre Dinho, que já apresenta suas coreografias. O Boi Vermelho será o primeiro a desfilar, pelo Grupo Especial de 2025, no domingo de carnaval. A escola contará as histórias de Iyá Nassô e do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho conhecido como o mais antigo do Brasil, com o enredo “Egbé Iyá Nassô”, desenvolvido pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato.

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A UPM mais inspirada que nunca nesta temporada. Conseguiu o feito de melhorar o que já era bom. Acompanhar os ensaios da escola era certeza de primor técnico e ver uma comunidade cantar alto o samba. Mas, na última noite a comunidade gritou e atendeu perfeitamente o pedido do presidente no discurso que antecedeu o ensaio. Lenilson Leal falou sobre o tempo que a escola, segundo ele, “bateu na trave” e disse que um grande desfile, está nas mãos da comunidade. Ele ainda prometeu que a direção da escola está preparando um belo carnaval. Os componentes atenderam com precisão.

“Aqui é sempre gostoso de ensaiar. A rua ajuda, a comunidade gosta de ensaiar aqui. A gente sempre tem algumas coisinhas para acertar, pontuar algumas coisas e observar o que ainda nos incomoda e ajustar nesses 44 dias (para o desfile). No técnico da Sapucaí é ensaio também. Podem acontecer coisas que não agrade, e a gente vai acertar até o dia do desfile, é por isso que tem dois ensaios técnicos”, comentou o diretor de carnaval Cícero Costa.

Mestre-sala e porta-bandeira

Protegidos por nove guardiões que mostraram coreografia durante o ensaio, Vinícius Anteunes e Jéssica Ferreira, seguiram a grande apresentação que o mundo do samba tem se acostumado a assistir neste pré-carnaval. Com uma coreografia formidável e, para repetir trecho de outra análise, a mais bem trabalhada desta temporada de ensaios de rua, a apresentação chega a emocionar o público, que faz comentários positivos durante o número.

Jéssica não tem do reclamar na questão de testes. Em várias oportunidades na primeira cabine, uma ventania acontece na hora de sua dança. Ela tenta domar do vento em seus giros, desafiando o sopro da natureza em sentidos horário e anti-horário e ainda em uma vibrante bandeirada, quando o samba diz “no meu Egbé, governado por mulher”, no final da apresentação.

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Fotos: Allan Duffes/CARNAVALESCO

Vinicius é craque demais. Até quando a bandeira tentou fugir dele, ele previu o vento e pegou o pavilhão na dobra, no primeiro módulo. Ele desfila classe durante a apresentação. Uma dança tão contagiante que só aumenta a expectativa de ver a apresentação do casal no domingo de carnaval.

Harmonia e samba

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Um dos melhores sambas do Grupo Especial 2025 e com um refrão que sacode o público por onde passa, fica fácil trabalhar a harmonia e a condução da obra. A musicalidade da Unidos de Padre Miguel está simplesmente impecável. Bruno Ribas tem uma joia para cantar e, junto dele, um time enérgico de cantores que sustentam o canto com tanto talento que, a cada semana, percebe-se que eles conseguem deixar o samba ainda melhor. O refrão está na disputa para ser o melhor do carnaval. Quem não se deixa levar por uma letra tão potente?

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O intérprete Bruno Ribas, após uma atuação brilhante no ensaio, comentou que não tem dúvidas de que o samba da UPM explodirá no desfile. Ele acrescentou: “A evolução do samba vem do trabalho. A cada dia que passa o samba toma mais corpo, a bateria toma mais forma e a gente vai crescendo gradativamente. Sem precisar fazer esforço porque o samba fala por si”.

No canto da comunidade, volumes aumentados. O povo da Vila Vintém gritou o samba em harmonia perfeita com o carro de som. Quando o canto era jogado para componentes, era de arrepiar a força que eles entoavam o hino do Carnaval 2025.

Evolução

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A comunidade gritou o samba, ao mesmo tempo que pulsava na pista. Componentes pulando, alas coreografadas em andamento perfeito e compactação certa para manter a massa de componentes devidamente vibrante. Mesmo com a ausência da comissão de frente, a escola fez as marcações dos tempos de apresentação. As alas não embolaram e a entrada da bateria no recuo aconteceu sem problemas.

Outros destaques

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A bateria “Guerreiros” segue desfilando suas bossas que mexem com o público. Agora com coreografias, em certos momentos, os ritmistas abaixam e jogam o canto para a comunidade. A bossa dos atabaques é sem um ponto forte da apresentação do time do mestre Dinho. À frente da bateria, a rainha Dedê Marinho exibiu seu carisma durante todo o percurso do ensaio, saudando o público com muito samba no pé.