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Intérprete Charles Silva reforça equipe da Unidos de Lucas para o Carnaval 2026

A Unidos de Lucas apresentou um grande reforço para o carnaval de 2026. Charles Silva chega para somar como intérprete oficial da agremiação ao lado de Felipe Lima. Com uma vasta experiência no carnaval, Charles defendeu a obra campeã na disputa de samba-enredo da escola para o próximo desfile.

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Foto: Divulgação/Unidos de Lucas

Charles já foi intérprete oficial na Marquês de Sapucaí com escolas como Unidos da Ponte, Estácio de Sá e Em Cima da Hora. E desde 2019 faz parte do carro de som do Acadêmicos do Salgueiro como apoio.

Nona a desfilar no domingo de carnaval, a agremiação tratará das revoltas que refletem a luta do povo contra a opressão e explicitará a desigualdade e a injustiça ao longo da sua história. O enredo “O povo escreve sua história em um sublime pergaminho” é de autoria do carnavalesco Lucas Lopes, que tem Paulo Neto e Fabrício Lemos na sua equipe criativa, no auxílio de desenvolvimento.

Acadêmicos de Santa Cruz divulga comissão de carnaval e apresenta enredo para 2026

A Acadêmicos de Santa Cruz anunciou sua comissão de carnaval para o próximo ano. A equipe será composta por Lane Santana, Rodrigo Bonan, Márcio Pessoah e Maria Clara Vianna. A agremiação levará para a avenida o enredo “Brasil de Mil Faces em um Só Coração”, almejando o tão sonhado título da Série Prata, pela Superliga Carnavalesca do Brasil, o que também garantirá seu retorno à Marquês de Sapucaí.

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logo santacruz2026

Confira a sinopse

Enredo: Brasil de Mil Faces em um Só Coração

1. Pindorama: A Terra Antes do Brasil – O enredo convida a uma imersão na história e na cultura do Brasil, celebrando sua complexidade e a resiliência de seu povo. A jornada começa em um tempo ancestral, quando a terra que hoje conhecemos era Pindorama, lar de diversas nações indígenas, como os Tupinambás, Guaranis e Carajás. Era um período de profunda conexão com a natureza, em que a espiritualidade se manifestava nos rios, na floresta e na sabedoria dos pajés. Uma simbiose entre povos e natureza moldava uma cultura rica, repleta de rituais e crenças, transformando a terra em um espaço sagrado e pulsante.

2. O Choque de Mundos e o Gênesis da Nação – A chegada das caravelas e galeões europeus marca um ponto de ruptura, transformando Pindorama em uma colônia. A terra sagrada é rebatizada inúmeras vezes, refletindo a visão e os interesses dos colonizadores, que a viam como fonte de riqueza a ser explorada. A extração do pau-brasil, cuja cor vermelha remete ao sangue derramado, dá nome à nova terra, simbolizando o início de um ciclo de violência e subjugação. Para viabilizar a exploração, instaurou-se um brutal regime escravocrata. Milhões de pessoas foram arrancadas da África, trazendo consigo não apenas a dor da escravidão, mas também a força de sua cultura, resistência e fé. Nas senzalas, o batuque se transforma em grito de revolta e esperança, enquanto mãos negras erguiam igrejas barrocas, mesclando sua cosmovisão com a fé cristã. Essa união de saberes e crenças dá origem ao sincretismo religioso e cultural, um dos pilares de nossa identidade.

3. A Construção do Brasil Moderno e a Luta por Liberdade – O século XIX é marcado por profundas transformações políticas. A chegada da família real em 1808 eleva o Brasil a reino; o Grito da Independência, em 1822, consolida a autonomia política; e a posterior Proclamação da República avança com a ideia de nação, embora a liberdade plena ainda não fosse realidade para todos. O país se abre à imigração, recebendo povos de diversas partes do mundo — italianos, japoneses, sírios, alemães — que trazem novos conhecimentos e costumes, enriquecendo ainda mais o mosaico cultural. Do sul ao nordeste, da caatinga à favela, o Brasil se consolida como uma nação plural, forjada na luta e temperada pela esperança. Forjada na senzala, a voz do povo não se cala. O tambor continua a rufar, e a música se torna instrumento de protesto e preservação da memória. Nas periferias e nas comunidades negras, emergem novas formas de expressão e resistência cultural: o samba, a capoeira e a religiosidade que, mesmo sob regimes de opressão, agonizam, mas não morrem. Operários, estudantes, mulheres, indígenas e negros tornam-se os heróis de um povo que, através da arte e da luta, manteve acesa a chama de um futuro mais justo.

4. A Diversidade como a Maior Riqueza – Chegamos ao Brasil contemporâneo, um país ainda marcado por desigualdades, mas com um povo que resiste e se reinventa continuamente. Das periferias emergem cientistas, poetas, líderes e sonhadores que, com criatividade e perseverança, constroem um futuro promissor. A favela canta, a juventude se organiza e a diversidade se consolida como o maior patrimônio do país. Mais do que suas riquezas naturais, a verdadeira riqueza do Brasil reside em sua gente, fruto da mistura de todos os povos que aqui habitaram e continuam a habitar. A celebração da história da nação é, acima de tudo, a celebração do povo brasileiro — uma nação de mil faces, com um só coração.

Entrega da sinopse aos compositores

Os compositores que desejarem concorrer na disputa de samba para a escolha do hino oficial do Carnaval 2026 deverão comparecer à quadra da escola nesta quinta-feira, 22 de agosto, a partir das 15h, situada à Rua do Império, 573, no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O tira-dúvidas será realizado na segunda-feira, 25 de agosto, às 19h30, com a comissão de carnaval, também na quadra.

Mateus Pranto e Kitalesi são os enredistas da Lins Imperial para o Carnaval 2026

Para o carnaval de 2026, a Lins Imperial contará, no seu quadro de pesquisadores, com a dupla de professores Mateus Pranto e Kitalesi. Ao lado dos carnavalescos Agnaldo Correa e Edgley Cunha, os profissionais são responsáveis pela sinopse, pesquisa, desenvolvimento e defesa do enredo “Macacu – No caminho das águas cristalinas, reflete a alma da criação”.

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Foto: Divulgação/Lins

Mateus Pranto é formado em Letras-Literaturas (UFRJ), com trabalhos e pesquisas voltados para o carnaval e a música. Na folia, atua como diretor cultural, enredista e compositor. Desde 2020 faz parte do time de pesquisadores da Lins Imperial e no último carnaval foi também enredista da Unidos da Tijuca.

Seus enredos foram premiados nas seguintes ocasiões: Troféu Cultura Negra no Carnaval da Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura do Rio de Janeiro (Lins Imperial 2022 e 2023) e Troféu Samba na Veia (Lins Imperial 2022). Foi um dos idealizadores da 1ª Semana de Carnaval & Empreendorismo da UFRJ, bem como do Troféu Madame Satã, relacionado ao enredo de 2023 da Lins Imperial, que reconhecia a importância de personalidades LGBTQIAP+ na luta contra a transfobia, homofobia, bifobia etc.

Pesquisador e doutorando em Letras Arnaldo César Roque, o Kitalesi tem 29 anos, é mineiro da cidade de Perdões, iniciado no Candomblé Congo-Angola, membro da comunidade Kupapa Unsaba (Bate Folha, Rio de Janeiro). No último carnaval, prestou consultoria à Estação Primeira de Mangueira e assina pelo segundo ano consecutivo a pesquisa da verde e rosa do Lins.

A Lins será a 12ª a desfilar, no domingo de carnaval, 15 de fevereiro de 2026 pela Série Prata do carnaval carioca.

Mangueira faz neste sábado a eliminatória de samba da etapa do Amapá

A escolha do hino oficial da Estação Primeira de Mangueira terá sua próxima etapa realizada neste sábado, em Macapá, capital do Estado do Amapá, com uma grande festa. Seis sambas de compositores do estado disputam neste dia a oportunidade de embalar o carnaval da Verde e Rosa na Marquês de Sapucaí em 2026. O vencedor se classifica para a semifinal que ocorrerá no Rio de Janeiro. A disputa e todas as apresentações que fazem parte da noite serão transmitidas em uma live conjunta no YouTube.

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Foto: Divulgação/Mangueira

“A Mangueira está muito satisfeita de saber que conseguiu mobilizar obras e compositores de muita qualidade e muito representatividade no Amapá”, analisa Dudu Azevedo, diretor de Carnaval da Mangueira. “Temos a convicção de que dessa escolha sairá uma obra plenamente capaz de brigar com o restante das composições que formam essa excelente safra que tivemos o prazer e a honra de receber para retratar na avenida nosso enredo”, conclui.

Parte da delegação que vai representar a Mangueira em Macapá cumpriu uma extensa agenda durante esta semana na capital amapaense. Uma visita à floresta amazônica, a escolha e ensaios com ritmistas locais que vão ter a oportunidade de compor a bateria Verde e Rosa por uma noite, um encontro com a Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (LIESAP) são parte da programação.

E, no sábado, os tambores vão ressoar alto na capital amapaense. Grupos locais se apresentam e abrem a festa. Um show da cantora Karinah, musa e madrinha do programa social da escola e da própria agremiação prometem animar ainda mais os presentes em uma festa inesquecível. O vencedor da etapa será anunciado no fim da noite.

A Mangueira recebeu 22 sambas concorrentes, sendo 16 do Rio de Janeiro e 6 do Amapá. Todas as obras já estão disponíveis no canal oficial da agremiação no YouTube, com as respectivas letras e compositores. O calendário completo e demais informações estão disponíveis nas redes sociais da Verde e Rosa.

A Estação Primeira de Mangueira levará para a Marquês de Sapucaí no Carnaval de 2026 o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”, que mergulha na história afro-indígena do extremo Norte do país a partir das vivências de Mestre Sacaca. O desfile é desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França e dá início ao triênio do centenário da agremiação.

De origem negra e indígena, cernes da formação do Amapá, Raimundo dos Santos Souza, personagem central da Verde e Rosa, apresenta os encantos que viveu no seu território. Ao ser apelidado como Sacaca, uma titulação xamânica, ele navegou pelos rios que cruzam a região Norte do Brasil, entrando em contato com diferentes populações tradicionais.

Mestre Sacaca tornou-se um personagem brasileiro de profundos saberes sobre o manuseio de ervas, seivas, raízes e elementos que compõem a Amazônia Negra amapaense. Utilizava seus conhecimentos no tratamento de doenças e do cuidado comunitário por meio de garrafadas, chás, unguentos e simpatias. Por isso, também ficou conhecido como “doutor da floresta” em diferentes cidades das terras Tucujus – expressão oriunda de um grupo indígena que habitava essa região, e que atualmente é utilizada para se referir ao povo desse estado.

Prefeitura do Rio abre inscrições para o concurso que vai coroar a Corte Real e a Corte Real LGBT+ do Carnaval 2026

Estão abertas as inscrições para o concurso que vai escolher a Corte Real e a Corte Real LGBT+ do Carnaval 2026. A seleção, idealizada e administrada pela Riotur, vai definir sete representantes: Rei Momo, Rainha, Primeira e Segunda Princesas, e Muso, Musa e Pessoa Não Binária.As inscrições são gratuitas e estarão disponíveis de 25 de agosto a 26 de setembro, por e-mail ou presencialmente na sede da Riotur.

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Fotos: Alexandre Macieira/Riotur

“A Corte Real cumpre um papel histórico no Carnaval do Rio, representando a tradição e a organização da festa. A Corte Real LGBT+ reafirma o caráter plural do evento e valoriza a diversidade que marca o nosso Carnaval”, afirmou Bernardo Fellows, presidente da Riotur.

Podem participar candidatos com 18 anos ou mais, residentes no Estado do Rio de Janeiro, com ensino fundamental completo. Para os cargos de Muso, Musa e Pessoa Não Binária, é necessário se identificar como integrante do grupo LGBT+.

O regulamento e a ficha de inscrição podem ser solicitados por e-mail ou retirados na sede da Riotur. As datas das eliminatórias serão divulgadas em breve. Pedidos de esclarecimento poderão ser encaminhados até 26 de setembro.

Serviço Inscrições para o Concurso Corte Real e Corte Real LGBT+ do Carnaval 2026
Data de início: 25/08
Data final: 26/09
E-mails para inscrição:
Corte Real 2026: [email protected]
Corte Real LGBT+ 2026: [email protected]
Presencial: Rua Dom Marcos Barbosa nº 02 – 2º andar, Cidade Nova, das 10h às 17h
Informações: (21) 2088-0054

Três parcerias se destacam na quinta-feira de junção de chaves na Beija-Flor

A Beija-Flor, atual campeã do Grupo Especial do Rio de Janeiro, realizou na noite da última quinta-feira mais uma etapa da disputa de samba-enredo para o Carnaval 2026. Abaixo, você pode conferir nossa análise das parcerias classificadas.

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Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Parceria de Arnaldo Matheus: A parceria de Arnaldo Matheus, Alencar Oliveira, Ted Carvalho, Marcelo 100, Vinicius e Claudio foi a segunda a se apresentar na noite de quinta-feira, com Thiago Curió sendo a voz à frente do microfone. O samba apresentou uma primeira parte interessante, em especial no início, em que traz o enredo bem atrelado à sinopse, a partir de 13 de maio e de João de Obá, nos versos “TEM ROMARIA EM SANTO AMARO NA BAHIA” até “VAI ANCESTRALIDADE RESGATAR”. O destaque do samba fica na subida “NO ENCONTRO DO RIO COM O MAR E NA SAPUCAÍ BEMBÊ DO SAMBA/A NOSSA VERDADEIRA LIBERDADE SE LIGA NO AXÉ DA SOBERANA/COM A COMUNIDADE NILOPOLITANA”, que cumpre muito bem seu papel de crescer a obra.

Parceria de Picolé da Beija-Flor: Ronaldo Júnior comandou o samba da parceria de Picolé da Beija-Flor, Oswaldo Vadinho, Sebastião Tainha, Afrânio, Dom Sérgio e Valdir do Samba, a terceira a subir ao palco. A obra apresentou momentos interessantes, especialmente na segunda parte, destacando-se os versos que iniciam a subida para o refrão principal “ROSAS NO BALAIO, PERFUME NO AR/NO FIM DA JORNADA É SÓ GRATIDÃO”, e o próprio refrão, em especial os dois últimos versos: “ESTRADA SAGRADA DE UM POVO ENCANTADO/BEMBÉ DO MERCADO NO TERREIRO COROADO”, em que a melodia em conjunto se sobressai.

Parceria de Rômulo Massacesi: A quarta parceria contou com a autoria de Rômulo Massacesi, Lucas Gringo, André Jr., Nurynho Almawi, Doguinho e Ali Jabr. Com Leozinho Nunes e Marquinho Art’Samba como cantores principais, o samba teve uma apresentação animada, com bons momentos ao longo do tempo no palco. O refrão do meio foi um dos pontos altos, com os versos “MACULELÊ, SAMBA DE RODA, CAPOEIRA/Ê CAMARÁ, Ê SARAVÁ!”, já na parte final, que chamou a atenção, assim como a subida da obra: “AO VER MINHA LUTA RESISTA/TEM SANGUE POR TRÁS DA CONQUISTA/O JOGO ALAFIOU O MEU LEGADO/RESPEITA PRA SER RESPEITADO”, cantada com força não só pelos intérpretes, mas também pela torcida presente, que durante a apresentação reproduziu momentos do Bembé.

Parceria de Marcelo Guimarães: Quinto samba a pisar no palco, a parceria de Marcelo Guimarães, Cesar Neguinho, Wander Timbalada, Rogério Damata, Maicon Lazarim e Vander Sinval teve o próprio Marcelo como cantor. A obra apresentou bons momentos tanto na primeira quanto na segunda parte. Entre os destaques estão os versos “TOCA O TAMBOR IJEXÁ, SEJA ADARRUM, ALUJÁ/BROTE JUSTIÇA EM CADA PEDRA DO MERCADO”, que chamam a atenção na primeira parte e iniciam uma subida interessante para o refrão do meio, além de “PRO RIO SEGUE O MAR DE GENTE, VÃO PASSANDO AS HORAS/SÃO FILHOS A ENTREGAR PRESENTES PRAS MAMÃES SENHORAS”, da segunda parte, que traz uma sonoridade marcante.

Parceria de Júnior Trindade: Bruno Ribas comandou a apresentação da obra de Júnior Trindade, Élson Ramires, JP Figueira, Ricardo Castanheira, Marcão da Gráfica e Júlio Alves. Com uma boa performance de Ribas, o samba foi cantado com força pela torcida presente. Entre os destaques está o início: “Adorei as almas é 13 de maio/Laroyê vou pra casa de Exu/Há cicatriz nos terreiros do mercado/Meu Onirê se levanta no adarrum”, cuja melodia se encaixa bem aos versos. Outro momento marcante foi a subida para o refrão final, a partir de “Yabás, um reencontro ancestral”, que também trouxe uma boa sonoridade.

Parceria de Junior PQD: A parceria de Junior PQD, Ailson Picanço, Nando Billy Mandy, Marcelo Moraes, Geraldo M. Felício e Robson Carlos foi a sétima a se apresentar. Pitty de Menezes comandou o samba em uma performance muito boa. O refrão final ganhou destaque nos versos “CABEÇA FEITA NA FÉ! QUEM VAI PRA RUA É BEMBÉ/ABRE OS CAMINHOS PRO XIRÊ DA BEIJA-FLOR!”, além do início da segunda parte, bastante animado, com os versos “É CANTO DE LADAINHA MARCADO NOS ATABAQUES/CADA GUIA NOS PROTEGE DOS ATAQUES/CHAMA OS PRETOS DO PELÔ E O RECÔNCAVO INTEIRO/NINGUÉM ESCONDE OS MEUS TERREIROS!”, que mantiveram o bom nível da obra.

Parceria de Sidney de Pilares: O oitavo samba da noite foi da parceria de Sidney de Pilares, Marquinhos Beija-Flor, Chacal do Sax, Cláudio Gladiador, Marcelo Lepiane e Salgado João Conga. Com Wander Pires no comando, a apresentação foi animada e contou com participação intensa da torcida, além de pessoas fora dela que também cantaram. O início da obra, “Não me peça pra calar minha verdade/Pois a nossa liberdade não depende de papel/Em Santo Amaro, todo 13 de maio/Nossa ancestralidade é festejada à luz do céu”, foi bem cantado e se destacou, assim como os refrões e a repetição “A curimba de baiano faz Nilópolis cantar/Aiê yê! Odoyá!”, outro ponto alto da apresentação.

Parceria de Kirrazinho: Kirrazinho, Gui Karraz, Moisés Santiago, Miguel Dibo, Dr. André Lima e Denilson Sodré apresentaram seu samba com Charles Silva, Tem-Tem Jr e Igor Vianna à frente dos vocais. A obra, de caráter poético, contou até com pessoas fora da torcida oficial cantando trechos durante a apresentação, especialmente os refrões e a subida da segunda parte: “COM A ALMA DA BAHIA QUE ME SERVE COMO AMPARO/VIVA O NILOPOLITANO, MACUMBEIRO SOBERANO COM O AXÉ DE SANTO AMARO”. O refrão do meio, “ORO MI MÁ ORO MI MAIOR/ORO MI MÁ ORO MI MAIOR/A BENÇÃO MAINHA, NOS CUBRA DE AMOR/E LEVA MEU SONHO NAS ASAS DE UM BEIJA-FLOR”, foi um dos momentos mais fortes da noite.

Parceria de Julio de Assis: A parceria de Julio de Assis, Diego Oliveira, Diogo Rosa, Manolo, Julio Alves e Léo do Piso encerrou a noite. Com melodia e letra fortes, a apresentação comandada por Tinga e Nêgo empolgou a quadra. A obra trouxe uma boa descrição do enredo de forma poética, com destaque para o falso refrão e para os versos “EVOCA… SEUS ORIXÁS A CÉU ABERTO/SENTE O ORUM VIBRAR MAIS PERTO/VIRA UM CANDOMBLÉ”, na primeira parte, e “SOU EU BEIJA-FLOR/FILHO DE SANTO QUE JAMAIS SE OMITIU/O CANTO LIVRE DOS TERREIROS DO BRASIL”, na segunda. A torcida, presente em peso, levou ainda uma réplica de um busto de João de Obá, reforçando o impacto da apresentação.

Oitavas de final em Ramos: Imperatriz Leopoldinense realiza mais uma fase eliminatória nesta sexta

Rumo ao Carnaval 2026, a Imperatriz Leopoldinense realiza nesta sexta, a partir das 20h, na quadra da escola, em Ramos, Zona da Leopoldina do Rio, mais uma eliminatória para escolha de seu samba-enredo. Sob o olhar da presidente Catia Drumond, do vice, João Drumond, e de toda diretoria, a Rainha de Ramos, que teve 30 sambas inscritos no início da competição, chega a mais uma fase da disputa com 8 obras na briga para ser o hino oficial do enredo “Camaleônico”, do carnavalesco Leandro Vieira, em homenagem ao cantor Ney Matogrosso.

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“Estamos caminhando para a reta final da disputa, e em breve vamos saber qual obra a Imperatriz levará para avenida. Tenho certeza que será um samba lindo, com a cara do nosso homenageado e com a força que a nossa comunidade tem”, afirmou Catia.

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Confira os sambas que seguem na disputa:
Samba 5 – Hélio Porto, Aldir Senna, Orlando Ambrósio, Miguel Dibo, Marcelo Vianna e Wilson Mineiro;
Samba 6 – Renan Gêmeo, Raphael Richaid, Rodrigo Gêmeo, Silvio Mesquita, Sandro Compositor e Marcelo Adnet;
Samba 7- Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Daniel Paixão, Herval Neto e Jorge Arthur;
Samba 10- Jeferson Lima, Rômulo Meirelles, Chico de Belém, Mirandinha Sambista, Alfredo Júnior e Tuninho Professor;
Samba 12- Luizinho das Camisas, Chacal do Sax, Mateus Pranto, Tamyres Ayres, Camila Lúcio e Martins;
Samba 13- Gabriel Coelho, Alexandre Moreira, Guilherme Macedo, Chicão, Antônio Crescente e Bernardo Nobre;
Samba 15- Ricardo Góes, Sergio Gil, Fernando de Lima, Gutemberg Kunta e Serginho Machado;
Samba 24- Ian Ruas, Caio Miranda e Zé Carlos;

A verde, branco e dourado realizará ainda mais uma fase eliminatória -quartas de final- no próximo dia 29/08. Já a semifinal será no dia 06/09, na tradicional feijoada da escola, e a grande final, no dia 19/09.

Em busca do 10º campeonato de sua história, a Imperatriz Leopoldinense será a segunda escola a desfilar no domingo de Carnaval (15/02). A agremiação promete celebrar Ney, levando para a Marquês de Sapucaí a obra e a virtuosidade performática do intérprete de sucessos como “Sangue Latino”, “Rosa de Hiroshima”, “O Vira”, “Homem com H” e “Metamorfose Ambulante”.

A quadra da Imperatriz Leopoldinense fica na Rua Professor Lacé, 235, em Ramos. A entrada é gratuita. Para reserva de camarotes: (21) 98317-6137.

SERVIÇO:
Oitavas de final disputa de samba-enredo G.R.E.S Imperatriz Leopoldinense
Data: 22/08/2025
Horário: a partir das 20h
Local: Quadra de Ensaios LPD- Rua Professor Lacé, 235- Ramos
Entrada: gratuita

Unidos de Vila Isabel realiza segunda etapa da disputa de samba-enredo nesta sexta-feira

A Unidos de Vila Isabel realiza, nesta sexta-feira, a segunda etapa da disputa de samba-enredo rumo ao Carnaval 2026. Após o início do concurso na semana passada, seis parcerias se destacaram e seguem firmes na competição.

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Foto: Divulgação/Vila Isabel

As obras que permanecem na disputa e retornam ao palco nesta sexta-feira são:
Samba 1 – Parceria Moacyr Luz
Samba 7 – Parceria Juju Ferreirah
Samba 12 – Parceria PC Feital
Samba 14 – Parceria Ricardo Mendonça
Samba 15 – Parceria André Diniz
Samba 16 – Parceria Cláudio Mattos

A programação terá início às 21h, quando abrem os portões. Em seguida, acontece uma nova etapa do concurso para Musa da Comunidade, que segue com nove candidatas. Logo depois, as seis parcerias classificadas voltam ao palco para defender seus sambas e conquistar a torcida.

Em 2026, a azul e branca levará para a Avenida o enredo “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um sambista sonhou a África”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. O tema exalta a ancestralidade, a arte e o samba, tendo como inspiração a obra de Heitor dos Prazeres, artista plástico, compositor e um dos grandes nomes da cultura carioca.

Serviço:
Data: sexta-feira, 22 de agosto
Horário: 21hr
Entrada franca até meia-noite; após R$ 20
Local: Quadra da Unidos de Vila Isabel – Boulevard 28 de Setembro, 382 – Vila Isabel, RJ

Parcerias apontam para grandes embates na terceira noite de eliminatórias da Unidos da Tijuca

O CARNAVALESCO acompanhou, na última quinta-feira, o terceiro dia de eliminatória de samba-enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2026, na quadra de ensaios da escola, no Centro do Rio de Janeiro. Ao todo, se apresentaram seis obras. A Tijuca anunciará na próxima segunda-feira as parcerias classificadas. A próxima etapa é na quinta, dia 28 de agosto. Veja abaixo nossa análise das apresentações.

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Foto: Gabriel Gomes/CARNAVALESCO

Parceria de Lico Monteiro: A parceria de Lico Monteiro, Samir Trindade, Leandro Thomaz, Marcelo Adnet, Marcelo Lepiane, Thelmo Augusto, Gigi da Estiva e Juca foi a primeira a se apresentar na noite, em alto nível. A obra foi brilhantemente conduzida pelo intérprete Wander Pires, que casa perfeitamente com o tom mais melodioso do samba. Com uma letra muito inspirada e boas variações melódicas, a obra teve grande destaque e contou com grande torcida na quadra. Destaque positivo para o bis na cabeça do samba “Dele herdei também a cruz”. O refrão do meio ( “Os olhos da fome eram os meus// Justiça dos homens não é maior que a de Deus!//Meu quarto foi despejo de agonia//A palavra é arma contra a tirania!) e o principal (“Muda essa história, Tijuca//Tira do meu verso a força pra vencer!//Reconhece o seu lugar, e luta//Esse é o nosso jeito de escrever!) foram bem cantados.

Parceria de Arlindinho: A obra dos compositores Arlindinho, Babi Cruz, Diego Nicolau, Adolfo Konder, Luiz Petrini, Luiz Pavarotti, Michel Portugal e Fred Camacho foi a segunda a se apresentar na noite . A composição foi defendida pelo intérprete Igor Sorriso, acompanhado por grandes vozes, como Thiago Britto e Rodrigo Tinoco. Os cantores deram uma excelente sustentação à obra. O samba possui uma melodia animada, o que contribuiu muito para o bom canto da torcida presente. Destaque para o refrão do meio “Ê favela, favela do Canindé!// Onde a mãe cata no lixo pro filho poder comer// Povo marginalizado, açoitado pela lei// Cadê justiça, meu Deus? Eu não sei!” e para o refrão principal “Levanta a cabeça, preta!// Ergue o punho, rasga o véu//Tua luta é exemplo pras mulheres do Borel//No prefácio da história a Tijuca é a luz//Assina: Carolina Maria de Jesus”. Esses dois trechos foram os mais cantados na quadra. A obra foi um dos destaques da noite.

Parceria de Leandro Gaúcho: O samba dos compositores Leandro Gaúcho, Anderson Benson, Maia Cordeiro, Clairton Fonseca, Fogaça, Davison Jaime, Manoel, Alemão, Paulo Marrocos e Ailson Picanço foi o terceiro da noite. A obra foi defendida por Dodô Ananias. A parceria contou com uma boa quantidade de torcedores presente na quadra. O destaque ficou por conta do refrão do meio: “Um quarto de despejo pra quem é Maria//Não está na prateleira de nossas memórias//Me diga, quando a gente pode ser artista?//A tinta preta é que escreve a história”.

Parceria de Totonho: A parceria de Totonho, Júlio Alves, Dudu, Cláudio Russo, Chico Alves, Jorge Arthur, Machado e Fadico foi a quarta a se apresentar. O samba foi brilhantemente conduzido por Pitty de Menezes e Tinga, com o apoio de um palco muito forte, o que deu uma excelente condução e sustentação ao samba. A obra contou com uma grande quantidade de torcedores, o que sustentou uma forte apresentação. De destaque, ficou o refrão principal “(Carolina)//Maria de Jesus e dos brasis//Não há amarra que vá nos fazer parar//Um livro aberto fala mais que mil fuzis//Abre a porta social pro meu Borel entrar”.

Parceria de Gabriel Machado: A parceria de Gabriel Machado, Júlio Pagé, Robson Bastos, Miguel Dibo, Serginho Motta, Orlando Ambrósio, Jefferson Oliveira e Lucas Macedo foi a quinta a se apresentar . O samba foi muito bem conduzido por Zé Paulo e Charles Silva, que animaram a torcida da parceria. Durante a apresentação, também havia um grupo performática com uma mulher representando Carolina Maria de Jesus em uma mesa com vários livros. O destaque foi o refrão principal “É verbo que sangra na carne da rua//Clarão da justiça onde a noite é crua//A dor e a glória que a Tijuca traduz// Em poesia (Carolina de Jesus!)”.

Parceria de Tiago Makula: O último samba a se apresentar na noite foi o dos compositores Tiago Makula, Haylton Faria, Fábio Sobrinho, Robson Luís e Bim Bim. A obra foi bem conduzida, mas teve uma quantidade modesta de torcedores na quadra. O samba careceu de um momento de grande explosão na quadra, tendo uma apresentação apenas correta. O trecho mais empolgante foi o refrão principal: “Mãe valente e poetisa//Hoje é dia de arerê!//A Tijuca se encanta na missão de agradecer! //Remanescente dessa falsa abolição//Vejam quantas carolinas já calou essa nação!”

Claro e direto! Gabriel David diz o que é necessário para terem 15 escolas no Grupo Especial do Rio

A proposta de aumentar o número de escolas de samba no Grupo Especial do Rio de Janeiro de 12 para 15 voltou a ganhar força nos bastidores do carnaval. A ideia, que agrada a muitas comunidades e entusiastas da folia, encontra, no entanto, desafios práticos e financeiros significativos para sua implementação. Recentemente, a discussão ganhou um novo capítulo com a manifestação do deputado estadual Dionísio Lins (Progressistas), que defende a ascensão de três escolas da Série Ouro anualmente, em vez de apenas uma. Em resposta à crescente especulação, Gabriel David utilizou suas redes sociais para abordar o tema. Em um vídeo, ele foi direto ao ponto sobre as necessidades para que o projeto se torne viável.

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“A gente precisa de um pouco mais de 40 milhões de reais de investimento comparado ao ano anterior e três barracões novos para que essas escolas pudessem ter o mesmo nível de competitividade das escolas que hoje estão aqui na Cidade do Samba”, explicou Gabriel.

A fala do presidente da Liesa joga luz sobre os obstáculos estruturais para a ampliação do grupo. O investimento adicional seria crucial para garantir que as novas escolas tenham condições de apresentar um espetáculo no mesmo patamar das agremiações já estabelecidas na elite. Além disso, a questão dos barracões na Cidade do Samba é um ponto nevrálgico, uma vez que o espaço físico é limitado.

Em um post que acompanha o vídeo, Gabriel David reforçou a complexidade da questão. “Nos últimos dias, essa ideia voltou a circular e ganhou força. No discurso parece lindo: mais samba, mais emoção. Mas na prática, existem desafios sérios que pouca gente fala”, escreveu.

Segundo o parlamentar, a medida visa criar “uma democracia mais abrangente na área do samba” e já teria o respaldo do prefeito Eduardo Paes e do governador Cláudio Castro. Lins afirmou que a concretização da proposta depende apenas da autorização do presidente da Liesa, Gabriel David.

A proposta de Dionísio Lins prevê um período de transição, no qual, no primeiro ano, apenas uma escola seria rebaixada, mas com a subida de três da Série Ouro, totalizando 14 agremiações no Grupo Especial. A partir do desfile de 2027, o regulamento se estabilizaria com o rebaixamento de três escolas. O deputado acredita que a medida poderia beneficiar o retorno de agremiações tradicionais e campeãs do passado, como União da Ilha, Império Serrano e Estácio de Sá.

Enquanto o debate político avança com a garantia de apoio governamental, a Liesa, sob a gestão de Gabriel David, se posiciona de forma pragmática, condicionando a mudança a um substancial aporte financeiro e a uma solução para a infraestrutura. O futuro do Grupo Especial, portanto, parece depender do equilíbrio entre a vontade política de expandir o espetáculo e a capacidade de garantir os recursos necessários para manter a excelência do maior show da Terra.