Sambistas enaltecem o samba e não se abalam na crise: ‘somos resistência, vamos superar mais essa’
Neste domingo é celebrado o Dia Nacional do Samba. Apesar de não ser uma data comemorativa de maneira oficial com um feriado, por exemplo, é um dia comemorativo oficial e foi aprovado como lei estadual do Estado da Guanabara (atual município do Rio de Janeiro), através da Lei n° 554, de 27 julho de 1964. A cidade do Rio de Janeiro promove diversos eventos para celebrar o dia do mais genuíno dos ritmos brasileiros. No carnaval a data é oficialmente celebrada com o lançamento oficial do álbum dos sambas-enredo do Grupo Especial.
Geralmente, motivo de festa para um povo naturalmente festeiro, o Dia do Samba tem gosto de tristeza atualmente. Com o carnaval cercado de incertezas e sem repasse de verbas, as escolas de samba sucumbem e param suas atividades. Mangueira, São Clemente e Mocidade anunciaram paralisação de suas atividades. O clima de tristeza impera no coração dos sambistas. A reportagem do CARNAVALESCO ouviu algumas figuras notáveis do mundo do carnaval sobre o dia e sua relação com o momento atual.
O diretor de carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, pode falar com a propriedade de quem correu da polícia quando ela perseguia os sambistas, por considerar uma atividade marginal. Elmo não esconde o sentimento de dor com os rumos atuais principalmente do desfile das escolas de samba.
“O que eu posso dizer é que fico imaginando aqueles que tanto lutaram, eram marginalizados, e conseguiram conquistar toda a sociedade com a sua arte. Se tornou um ativo econômico para o estado e o país. Estamos vendo as escolas sem poder planejar um orçamento. Um grupo de acesso com escolas sem barracão, sem assinatura de contrato. É um dia que não será de alegria. Mas nós somos resistência, vamos superar mais essa. Os nossos mestres que apanharam tanto certamente estão entristecidos em outro plano”, desabafa.
Selminha Sorriso é uma das mulheres mais importantes da história do samba. A menina que foi passista, se tornou porta-bandeira e criou seu único filho graças ao samba. A maior estrela do carnaval hoje reconhece o momento de extrema dificuldade e exige respeito àqueles que vivem da economia do carnaval.
“É difícil. Para as escolas de samba mediante essa crise que atinge os empregos das pessoas, nesse sentido não temos o que comemorar o dia. Mas devemos festejar pois estamos aqui, temos força para mudar. Já superamos tantas barreiras e obstáculos, embora seja triste sabermos que existam famílias que estejam com o próprio sustento sob ameaça. O samba não discrimina ninguém, gera emprego o ano inteiro. Muita gente vive dele. Precisamos que olhem com mais carinho para os sambistas”, diz.
Leandro Vieira embora possua uma curta trajetória no carnaval (como carnavalesco, pois sua militância na folia vem de longa data) é uma das vozes mais conscientes da festa. Primeiro por seus enredos carregados de cultura e brasilidade, e segundo por suas opiniões sempre bastante firmes sobre os rumos da folia. Para o carnavalesco da Mangueira o samba anda para frente e quem não observar isso vai ficar para trás.
“O Dia Nacional do Samba é pra celebrar o samba enquanto um marco cultural que tinge de forma definitiva a identidade brasileira. Suas manifestações que se espalham em sotaques distintos, sua diversidade estilística que faz o mundo se curvar diante de nossa música, sua história de ocupação territorial, de negritude, de dança, de canto e de expressão artística. As escolas vão mal financeiramente, isso é um fato. Mas lamentar e considerar que há motivo de tristeza na celebração do Dia Nacional do Samba deve ser restrito àqueles que tratam o samba como negócio. Se for pra ver o ‘negócio’, ele vai mal. Se for pra ver o samba ‘em natura’, o samba vai bem demais. Vai bem às segundas-feiras no Renascença e na Pedra do Sal. Lota os domingos no Cacique de Ramos. Brota novo na voz da Marina Iris, da Nina, do Renato Milagres, e de tantos outros que cantam por aí. O samba tá bem a beça no ‘Pé de Tereza’, na galera do Arruda, no Beco do Rato. Tá em alta no novo disco da Bethânia com o Zeca Pagodinho. Na Lapa. Na Glória. Na sede do Jongo da Serrinha. Na feira da General Glicério. Restringir a celebração do samba a essa maré de equívocos que enquanto ‘escola’ que cometemos, é diminuir demais o samba. O samba tá vivo no Rio, tá em alta na boca dos que cantam, e espera que as escolas não percam o ‘bonde da história’. O samba só anda pra frente. Quem não for com ele, vai ficar para trás”, analisa.
Resistência e resiliência para superar o momento
O sentido figurado do termo resiliência é a capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças. É com esta premissa que os sambistas precisam encarar o momento adverso. Selminha Sorriso acredita que a melhor forma de seguir em frente é tocar seu projeto social, que há 12 anos muda a vida de crianças na cidade de Nilópolis.
“É fazer o que tem de ser feito, a festa não pode parar. A luta veio lá atrás mas o samba viveu muitos momentos de glória. O Rio de Janeiro é muito conhecido no mundo inteiro graças ao carnaval. A minha história é envolvida com o samba. Eu contribuo demais com a sociedade. Tenho meu trabalho social há 12 anos na Beija-Flor. Com apoio pequeno, fazemos o que o estado tem obrigação, cuidamos das crianças”, destaca.
Para Elmo, a união entre as agremiações é o segredo para se chegar forte não apenas no próximo carnaval, mas em todos.
“Eu acho que através da união das escolas de samba é possível vencer. Juntos procurar as empresas privadas que possam ajudar o carnaval. O desfile, o samba, a resistência, isso nunca vai ser perdido. O amor ao pavilhão está acima de tudo. Não podemos mais apenas depender do poder público. O carnaval jamais morrerá”, conclui.
Unidos da Tijuca ensaia forte focada na volta ao protagonismo no Especial
Por Geissa Evaristo. Fotos: Magaiver Fernandes
A Unidos da Tijuca está mordida e quer recuperar o seu papel de protagonista no Grupo Especial. A escola do Borel não desfila nas campeãs há dois anos e para o Carnaval 2019 trouxe Laíla, diretor de carnaval, que foi o principal responsável pelo sucesso da Beija-Flor de Nilópolis. O site CARNAVALESCO acompanhou o ensaio desta quinta-feira e pode comprovar que o canto foi exaustivamente ensaiado e correspondido à plenos pulmões pela comunidade presente. Leia abaixo nossa avaliação de cada quesito.
Harmonia
A Unidos da Tijuca que já foi apelidada pela reportagem do CARNAVALESCO de novo “rolo compressor” do Sambódromo, ou seja, a escola que passa pela pista tão forte que arrasta todo mundo, mostrou em seu ensaio técnico de quadra que ainda pode ostentar o apelido recebido. Não é segredo para ninguém que a comunidade tijucana é uma das mais fortes do carnaval carioca e que o trabalho da direção de carnaval, somado agora com a experiência e profissionalismo de Laíla, e de toda harmonia, é um dos belos exemplos de sucesso da administração do presidente Fernando Horta.
O componente da Tijuca arrepiou, cantou o samba inteiro e explodiu na hora do refrão. Sempre impulsionados pelos diretores de harmonia que lutavam contra o possível desânimo dos componentes devido ao calor. Em um determinado momento do treino, a escola separou as alas em “lado A e “lado B” com a bateria e os casais de mestre-sala e porta-bandeira no meio e fez um “duelo” de qual lado cantaria mais forte. Alguns componentes ainda acompanharam com a letra, mas a grande maioria está com o samba treinado na ponta da língua.
“Estou muito feliz que estou conseguindo realizar tudo que sempre realizei no carnaval, não quero fazer nenhuma comparação com a Beija-Flor. É uma briga de 14 escolas. Temos que trabalhar pensando naquilo que podemos realizar e o resto é pedir a papai do céu que nos ajude. Nosso samba deu certo porque os autores entenderam aquilo que queríamos, mas temos muita coisa a trabalhar até o desfile. A cada hora aparece algo na minha memória, na minha cabeça. Sou um homem com 62 anos de carnaval, lúcido, trabalhador e com disposição para surgir ótimas ideias até o carnaval”, explica Laíla.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Raphaela Caboclo estreia pela azul e amarelo em 2019 voltando a dançar com Alex Marcelino após cinco anos – os dois formaram o primeiro casal da verde e branco da Serrinha entre 2011 e 2013, mas parece que não houve intervalo. Os dois estão mais alinhados do que nunca e o que se viu no ensaio técnico de quadra foi perfeito entrosamento. A dupla ensaiou solta entre as alas da comunidade.
Visivelmente felizes, eles apresentaram um figurino num tom de cinza e azul. Pode-se perceber referências na dança à letra do samba-enredo nos trechos “escute a voz que vem do Borel”, “olhos do pavão” e “sou eu”, quando toda a escola levanta as mãos. Destaque para os movimentos rápidos e muito precisos do mestre-sala.
“Não digo só por mim, mas acho que por todas as pessoas que trabalham sério no carnaval ou em qualquer outra função, ninguém joga pra perder e a gente vem com esse gás total no reencontro da parceria. Encontrei aqui na Tijuca uma condição de realizar o meu trabalho como eu nunca vi. Estou muito feliz e acredito que essa pressão que todo mundo diz funciona pra gente como força e como fator motivador pra gente filtrar em energia e dar o nosso melhor sempre. Desde que foi escolhido o samba começamos a desenvolver a nossa apresentação. Tivemos nas últimas semanas o apoio do nosso mestre Laíla que vem nos dando uma direção”, declarou Raphaela.
“No ensaio de quadra a gente faz mais um trabalho a dois, uma limpeza, uma finalização e consertamos algumas coisas. Na rua focamos na coreografia, no deslocamento, na parada e nos tempos de jurados e dá um gás maior. É uma preparação mais acirrada para o desfile. Na quadra é gostoso porque a gente dança solto, junto com a comunidade, todo mundo te abraçando. Trabalhar com o Laíla tem sido maravilhoso. Ele senta com a gente e corrige as coisas. Estamos aprendendo muito com a direção dele. O Fernando e toda a equipe de carnaval também são excelentes. Aqui foi a melhor escola por onde já passei”, confessou Alex Marcelino.
Samba-Enredo
De volta ao microfone principal da Tijuca, Wantuir teve, de acordo com ele, o prazer maior de conduzir um dos melhores sambas para o Carnaval 2019. A obra, elogiada e muito cantada pelos componentes, ainda será mais ajustada até o dia do desfile. Laíla ao final do ensaio treinou apenas o carro de som com a bateria. Para o profissional, algo estava fora do tom e o ensaio só terminaria após o ajuste. E assim foi feito. O carro de som da Unidos da Tijuca contará com cinco vozes de apoio e três cordas, além do microfone principal.
“O ensaio é pra gente aparar as arestas. Trabalhar com o Laíla é isso aí. A gente aproveita o momento para pegar a experiência e aprender. A Tijuca de hoje é mais técnica do que a Tijuca da minha outra passagem. Antigamente, era mais coração, dez anos depois percebo uma escola mais experiente, mais ousada, depois de ganhar alguns campeonatos. Temos um dos menores carros de som da Avenida, mas é um carro de som que já trabalha junto há muitos anos. Ter um material de trabalho como esse samba de 2019 é o sonho de qualquer cantor, ter nas mãos um dos melhores sambas do próximo carnaval”, afirmou o cantor.
Bateria
A Pura Cadência é umas melhores baterias do carnaval, não restam dúvidas. Mesmo com um ensaio alongado, os ritmistas sustentaram muito bem o ritmo. O andamento de 146 BPM (batidas por minuto) será o utilizado pelo mestre Casagrande no desfile com 272 ritmistas. No ensaio pode-se perceber que o “break retomado” será o grande trunfo tijucano no desfile. Uma rápida paradinha na bateria dará espaço para a comunidade mostrar o seu canto e ficar ainda mais impulsionada após a retomada do ritmo.
“Tecnicamente na bateria não muda quase nada. Os naipes são os mesmos, o andamento é o mesmo (146). Hoje tivemos a primeira experiência com a bateria completa. O Laíla por ser perfeccionista como eu para o ensaio toda hora, ele sabe bastante e a gente também sabe um pouco, então, estamos trocando experiências O samba é muito bom e a gente está precisando fazer um grande desfile. O grande lance bateria da Tijuca é o “break retomado” que a comunidade terá a responsabilidade junto com a bateria. Isso demanda muito ensaio porque se uma ala atravessar o canto, todos seremos prejudicados. É uma parada rápida para escutar o canto com uma retomada emocionante no “Oh, meu pai”. Temos mais três convenções musicais, mais elaboradas que são obrigatoriedades para os jurados”, explicou Casagrande.
Outros Destaques
A ala de baianas é um espetáculo à parte. As senhoras mostraram energia mesmo com o calorão que invadia a quadra. A ala de passistas também mostrou seu samba no pé até o fim. Participaram do ensaio todas as musas e a nova rainha de bateria Elaine Azevedo. Destaque para o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira que chegou cedo e levou o treino à sério.
“A Tijuca terá apenas duas alas comerciais. Serão doadas para a comunidade cerca de 3.500 fantasias. O que muda basicamente de um ensaio de quadra para um ensaio de rua é o espaço e o calor. É necessário incentivar ainda mais o componente por conta dessas condições. Nesses primeiros ensaios priorizamos o canto apenas. O componente da Tijuca sabe que tem que cantar. Hoje tivemos um bom contingente, mas não é possível provisionar quantidade. A partir de janeiro iremos para a rua”, revelou o diretor de harmonia Fernando Costa.
A Unidos da Tijuca será a última escola a desfilar no domingo de carnaval do Grupo Especial em 2019 com o enredo ‘“Cada macaco no seu galho. Ó, meu Pai, me dê o pão que eu não morro de fome” de desenvolvimento da comissão de carnaval formada por Laila, Annik Salmon, Hélcio Paim, Marcus Paulo e Fran-Sérgio.
Museu de Arte de Rio com programação para homenagear o Dia Nacional do Samba
Para celebrar o Dia Nacional do Samba, o Museu de Arte do Rio (MAR) preparou uma intensa programação, em parceria com o Porto do Samba. Sob a gestão do Instituto Odeon, o Museu inaugurou, em abril deste ano, a exposição “O Rio do Samba: resistência e reinvenção”. A mostra marca o aniversário de cinco anos da instituição e, desde então, recebeu milhares de visitantes que se encantaram e se emocionaram.
“Trazer o samba para dentro do museu foi um grande acerto da nossa programação. Não tinha forma melhor para comemorar os 5 anos do MAR do que uma exposição sobre esse patrimônio brasileiro, que é um fenômeno social, cultural e estético que resiste, se reinventa e inventa formas de estar no mundo. O samba aproximou ainda mais o carioca do MAR”, conta Eleonora Santa Rosa, diretora executiva do museu.
O MAR vai promover uma série de visitas mediadas à mostra “O Rio do Samba: Resistência e Reinvenção”, além de feiras gastronômicas e artesanatos, rodas de samba, jongo e tambor e Laboratório de Criação – com uma experiência de imersão em processos artísticos e educativos propostos por educadores do museu –, entre outras.
O dia 8 será dedicado ao seminário “Samba: patrimônio do Brasil”. Promovido pelo MAR e o Museu do Samba, o evento tem o objetivo de analisar os avanços e desafios da preservação do samba carioca como patrimônio cultural e o impacto do processo de patrimonialização, além de debater propostas para o fortalecimento desse bem, que é de todo o povo brasileiro. As inscrições são feitas no site do MAR.
SÁBADO – 01/12 | 10h
10h – Feira de Gastronomia e Artesanato – Praça Mauá
Lavagem da Praça Mauá com Afoxé Filhos de Gandhi
Roda de Tambores
14h – Visita a exposição “O Rio do Samba: Resistência e Reinvenção”, com a cantora Dorina e Maria Rita Valentim (educadora do MAR).
15h – Visita a exposição “O Rio do Samba: Resistência e Reinvenção”, com o cantor e compositor Zé Luiz do Império e André Vargas (educador do MAR).
14h às 17h – Laboratório de Criação – Museu de Arte do Rio: Experiência de imersão em processos artísticos e educativos propostos por educadores do museu. A prática envolve jogos, brincadeiras, performances, poesia e experiências com diferentes materiais e temáticas da arte e da cultura visual.
18h30 – Roda de Samba na Praça Mauá, com Quel Santos; Zé Luiz do Império Serrano; Marquynhos Diniz
21h30 às 23:30 – DJ Jada
SÁBADO – 08/12 | 09h30
10h – 10:30h – Abertura:
Evandro Salles (Diretor Cultural Museu de Arte do Rio) Tiãozinho da Mocidade (Museu do Samba) Hermano Queiroz (Departamento de Patrimônio Imaterial/IPHAN) Nilcemar Nogueira (Secretaria Municipal de Cultura)
10:30h – 12:30h – Mesa 2:
A história de uma conquista: O Dossiê do Samba Patrimônio Cultural Brasileiro
Exibição do documentário Matrizes do Samba no Rio de Janeiro (20min) Aloy Jupiara (pesquisador)
Maria Cecília Londres Fonseca (Conselho Consultivo de Patrimônio Cultural – IPHAN) Helena Theodoro (pesquisadora). Mediador: Felipe Ferreira
12:30h – 14:00h – Almoço
14:00h – 15:30h – Mesa 3:
Patrimonialização e impactos: as Matrizes do Samba no Rio de Janeiro.
Rachel Valença (Museu do Samba) Julia Pereira (Rede Carioca de Rodas de Samba) Vinicius Natal (Departamento Cultural da Vila Isabel) Luiz Antonio Simas (Historiador). Mediador: Leonardo Bruno
15:30h – 17:30h – Mesa 4:Políticas Públicas e Salvaguarda do Samba
Deputado Estadual Eliomar Coelho (Comissão de Cultura ALERJ) Vereador Reimont Luiz (Comissão de Cultura Câmara Municipal RJ) Juliana Oakim (Instituto Rio Patrimônio da Humanidade – IRPH) Marcus Monteiro (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC) Hermano Queiroz (Departamento de Patrimônio Imaterial/IPHAN). Mediadora: Rachel Valença
Debatedores: Desirree Reis (Conselho Municipal de Cultura RJ-Segmento Patrimônio Cultural), Marcelo Santos (Rede Carioca de Rodas de Samba), Marcia Chuva (UNIRIO) e Luciane Barbosa (UFRRJ).
17:30h-20h – Roda de samba: Apresentação musical com o grupo Moça Prosa
Serviço
Pavilhão de exposições:
Entrada: R$ 20 I R$ 10 (meia-entrada) – para pessoas com até 21 anos, estudantes de escolas particulares, universitários, pessoas com deficiência e servidores públicos da cidade do Rio de Janeiro. O MAR faz parte do Programa Carioca Paga Meia, que oferece meia-entrada aos cariocas e aos moradores da cidade do Rio de Janeiro em todas as instituições culturais vinculadas à Prefeitura. Apresente um documento comprobatório (identidade, comprovante de residência, contas de água, luz, telefone pagas com, no máximo, três meses de emissão) e retire o seu ingresso na bilheteria. Pagamento em dinheiro ou cartão (Visa ou Mastercard).
Bilhete Único: R$ 32 – R$ 16 (meia-entrada) para cariocas e residentes no Rio de Janeiro, mediante apresentação de documentação ou comprovante de residência comprobatórios. Serão considerados documentos comprobatórios aqueles que contenham o local de nascimento, tais como RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, passaporte etc. Serão considerados comprovantes de residência os títulos de cobrança com no máximo 3 (três) meses de emissão, como serviços de água, luz, telefone fixo ou gás natural, devidamente acompanhado de documento oficial de identificação com foto (RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, passaporte etc.) do usuário.
Política de gratuidade: Não pagam entrada – mediante a apresentação de documentação comprobatória – alunos da rede pública (ensinos fundamental e médio), crianças com até 5 anos ou pessoas a partir de 60, professores da rede pública, funcionários de museus, grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa, Vizinhos do MAR e guias de turismo. Às terças-feiras a entrada é gratuita para o público geral.
Terça a domingo, das 10h às 17h. Às segundas o museu fecha para o público. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (55 21) 3031-2741 ou acesse o site www.museudeartedorio.org.br.
Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro.
Marcelo Crivella culpa escolas por perda de patrocínio da Uber
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, atacou as escolas de samba e a Liesa, nesta sexta-feira, durante coletiva de imprensa para o lançamento da Árvore do Rio, que ficará na Lagoa Rodrigo de Freitas.
“A Uber ajudou no ano passado e quis sair este ano. Eu busquei patrocínio e as escolas perderam, por razões de gestão, falta de transparência e prisão de seus líderes. Se quisermos fazer parcerias com a iniciativa privada, é importante que o prefeito não cobre pedágio, não exija propina. É preciso ter o princípio que gere uma empresa, um lar, uma casa, que é a honestidade”, disse o prefeito do Rio ao jornal Extra.
O prefeito do Rio ainda informou que não sabe quando será feito o repasse da subvenção para as escolas de samba. Segundo ele, a prefeitura tem que gastar dinheiro com educação e saúde.
No mundo das escolas de samba e nas redes sociais, os sambistas criticaram as declarações de Marcelo Crivella. Já existem conversas para realização de um protesto na sede da Prefeitura na Cidade Nova, mas ainda sem data definida.