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Galeria de fotos do ensaio técnico da Tradição na Sapucaí

Impecável! Viradouro mantém excelência em ensaio de rua com comunidade em perfeita sintonia com o samba

A Unidos do Viradouro deu continuidade à sua maratona de ensaios de rua e realizou mais um treino no Centro de Niterói, na noite do último domingo. Embalada por um samba que conquistou a comunidade e impulsionada pela força de quesitos extremamente competentes, a atual campeã do carnaval carioca voltou a apresentar um desempenho impecável, reafirmando seu alto padrão de excelência.

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Antes do ensaio, o presidente de honra da escola, Marcelo Calil, incentivou os componentes a darem o seu máximo, destacando o alto nível das escolas neste carnaval. A comunidade entendeu o recado e respondeu à altura, cantando com intensidade do início ao fim. Mais uma vez, o desempenho musical da vermelha e branca de Niterói foi impecável, com Wander Pires e mestre Ciça como peças-chave desse sucesso.

Em 2025 a Viradouro levará para a avenida o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon. A narrativa homenageia Malunguinho, figura histórica e espiritual ligada à resistência no quilombo do Catucá, em Pernambuco. A vermelha e branca de Niterói será a terceira escola a pisar na avenida no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial. No próximo domingo a escola realizará o último ensaio na Amaral Peixoto, os demais serão na Sapucaí.

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Ao final do ensaio o diretor de harmonia, Dudu Falcão, falou ao CARNAVALESCO. “Como sempre, tem sido muito bom. Cada vez que nos aproximamos mais do desfile, as coisas vão se ajustando ainda mais. Acredito que, daqui a duas semanas, estaremos na Sapucaí. Depois que pisarmos lá, não voltamos mais — é foco total. Então, vamos aproveitar ao máximo o nosso último ensaio aqui na Amaral Peixoto, que acontece na semana que vem. Depois disso, é só soltar a musculatura e se preparar para o grande desfile. Ainda teremos dois ensaios técnicos e, claro, o grande dia. Se Deus quiser, será a quarta vez que vamos visitar a Sapucaí como campeões, e espero que os componentes sigam a energia e entrega que temos demonstrado até aqui”, disse o diretor.

Mestre-sala e Porta-bandeira

A passagem do casal Julinho e Rute no ensaio do último domingo pode ser definida como o equilíbrio perfeito entre força e delicadeza. A dupla exibiu seu já tradicional vigor, mantendo firmeza em todas as paradas para os jurados.

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A coreografia combina momentos de leveza com outros de maior intensidade, como na passagem “a quem do mal se proclama, levo do céu pro inferno”, quando eles dão as mãos e fazem um movimento rápido em direção ao chão. O impacto desse instante foi imediato, arrancando aplausos do público.

Harmonia e Samba

O desempenho musical da Viradouro merece todos os elogios. Desde a introdução do samba até sua condução ao longo do ensaio, tudo transborda qualidade. A potência vocal de Wander Pires torna a apresentação ainda mais especial, enquanto o entrosamento entre o carro de som e a bateria de mestre Ciça se aprimora a cada treino, resultando em um encaixe perfeito.

Essa combinação impulsionou o canto de uma comunidade que defende sua obra com unhas e dentes. A garra dos componentes mais uma vez impressionou, deixando claro que o samba deste ano foi uma escolha acertada. Os versos “O rei da mata que mata quem mata o Brasil” e o refrão “A chave do cativeiro// Virado no Exu Trunqueiro// Viradouro é catimbó// Viradouro é catimbó// Eu tenho corpo fechado// Fechado tenho meu corpo// Porque nunca ando só” voltaram a ser os momentos de maior explosão no ensaio.

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Evolução

Elogiar a organização da Viradouro pode parecer redundante, mas a cada ensaio a escola prova que é possível superar expectativas. Mais uma vez, todas as alas atravessaram a Amaral Peixoto de forma compacta, com os componentes vibrando e cantando com intensidade, uma marca registrada.

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Grupos performáticos apresentaram protótipos de elementos que serão utilizados no desfile oficial, e já causaram um impacto visual. As alas coreografadas também se destacaram, com um excelente efeito cênico e uma sincronia de movimentos que se consolida a cada apresentação.

Outros Destaques

A Amaral Peixoto foi, mais uma vez, tomada pelo público ansioso para acompanhar o ensaio da atual campeã do carnaval. Muitas crianças marcaram presença, e o apoio a todos os segmentos da escola foi notório.

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Uma das mais ovacionadas da noite foi a rainha de bateria, Erika Januza, que apostou em um figurino dourado e esbanjou seu já habitual carisma à frente dos ritmistas da “Furacão Vermelho e Branco”.

Avassalador! Componentes da Imperatriz cantam o samba de ponta a ponta e público delira com comissão de frente e casal

No último domingo, 2 de fevereiro, em que se celebra o Dia de Iemanjá, os gresilenses tomaram a Rua Euclides Faria, em Ramos, para cantar e dançar a jornada de Oxalá ao reino de Xangô. A comissão de frente, coreografada por Patrick de Carvalho, arrebatou o público novamente elevando as expectativas para o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, que foi muito aplaudido em diversos momentos de suas apresentações nas simulações para os módulos de jurados.

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A força do canto da comunidade da Imperatriz também teve grande impacto durante o ensaio. Durante 75 minutos, os componentes se fizeram ouvir da primeira à última ala e foram acompanhados pela voz do público que foi assistir e também estava com o samba na ponta da língua.

O diretor de carnaval André Bonatte avaliou o ensaio e contou sua expectativa para o primeiro ensaio técnico na Sapucaí, dentro de duas semanas.

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“A escola está pronta! O que eu vejo é que a escola está consolidando um sentimento de cada semana estar melhor. No que se propõe um ensaio de rua, nós estamos entregando muito bem Evolução, Harmonia, Samba-enredo. Nós vemos aqui também a questão do andamento, a escola toda certinha. Eu estou ansioso para chegar logo o desfile. O ensaio técnico é um formato novo. Nós já estamos ensaiando na Avenida – naturalmente, comissão de frente e casal em função das quatro paradas -, mas acho que isso é o que mais nos coloca em uma situação de novidade. A escola vai parar quatro vezes e nós temos que fazer um andamento para que isso não deixe o desfile parado. Essa mecânica de fazer isso funcionar é o que estamos esperando para ver no dia. Mas isso já está sendo ensaiado, nós vamos refletir lá o que fazemos aqui. E é uma grande festa! O ensaio técnico hoje já tem esse sentimento de um pouquinho de disputa, já que vocês [CARNAVALESCO] avaliam e todo mundo avalia. Nós vamos para lá para ser o melhor ensaio técnico. É sempre assim que a Imperatriz chega. Onde nós vamos, queremos ser a melhor, porque é assim que vai refletir na Quarta-Feira de Cinzas, se Papai do Céu Oxalá permitir.”, declarou André Bonatte.

A Imperatriz será a segunda escola a desfilar no domingo, 2 de março, primeiro dia de desfile do Grupo Especial. O enredo “Ómi Tútu ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón” está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira. Durante a última semana, a presidente Cátia Drumond anunciou a renovação do contrato de todos os segmentos do time de 2025 para o Carnaval 2026.

Comissão de Frente

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Desta vez, Patrick Carvalho trouxe para Rua Euclides Faria a versão da coreografia que representa Oxalá. O integrante que interpreta o orixá protagonista do itan demonstrou um trabalho de corpo impressionante que prende a atenção pelo combinação de expressividade e sutileza, pelo corpo muito curvado, mas de movimentos leves. Enquanto o Oxalá aparenta calma, os outros integrantes da coreografia ora fazem passos curvados como a entidade ora são ágeis com movimentos rápidos e intensos. Em alguns momentos, a encenação sugere que os componentes estarão segurando algum artefato. Essa “ausência” não tira o brilho da apresentação que foi muito aplaudida.

Mestre-sala e Porta-bandeira

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Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro arrancaram aplausos do público a cada movimento bem executado. A energia do mestre-sala e a delicadeza da porta-bandeira se complementam durante a apresentação. O casal mostra conexão entre si e com a plateia gresilense. Os movimentos suaves do bailado tradicional encontram os passos mais firmes de características afro, tudo isso acompanhado de giros precisos, confiança transmitida pelo olhar e a alegria que transmitida pelos dois.

Harmonia e Samba-Enredo

A composição da parceria de Me leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Jorge Arthur, Daniel Paixão e Wilson Mineiro está na boca de cada componente da Rainha de Ramos. Fica evidente durante o ensaio que esse samba-enredo tem momentos de virada que fazem o gás dos integrantes renovar com constância. Exemplo disso é força que os desfilantes cantam partes como “Oní sáà wúre! Awure! Awure!”, “Orinxalá destina seu caminhar”, “Ofereça para Exu”, “Mas o dono do caminho não abranda”, “Justiça maior é de meu pai Xangô” e “Preceito nagô a purificar”.

Do carro de som, o intérprete Pitty de Menezes mostrou mais uma vez sua destreza em conduzir este samba, sua capacidade de incentivar as alas a cantar cada vez mais e sua conexão com a bateria do Mestre Lolo. A comunidade também se mostrou impecável e não deixou o hino da escola cair.

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“Cada ensaio a Imperatriz vem crescendo mais no canto. A escola está cantando demais, está praticamente pronta para poder chegar na Avenida, dar um sacode, mostrar a garra da Zona da Leopoldina e buscar essa décima estrela. A tão sonhada décima estrela.”, avaliou Pitty.

O intérprete também comentou sobre a chegada do ensaio técnico na Sapucaí: “O ensaio na Sapucaí, o ensaio técnico, embora seja um treinamento, nós vamos colocar em prática tudo estamos ensaiando aqui. Estamos ensaiando há bastante tempo, a comunidade já dominou o samba. Desde a disputa, a comunidade já vem cantando esse samba. Embora tenha responsabilidade do treinamento, a escola tem que brincar carnaval, fazer o que a comunidade faz que é cantar muito e mostrar para o mundo o que a comunidade de Ramos é capaz de fazer.”

Evolução

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A Imperatriz fez um ensaio muito coeso. A escola já desfila na Euclides Faria simulando as quatro cabines de jurados, permitindo testar a fluidez mais próxima do real dos componentes, no dia do desfile. As alas coreografadas passaram evoluindo com bastante garra, assim como a alas comuns desfilaram com alegria foliã, sem muita rigidez para além da divisão demarcada das alas.

Outros destaques

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A bateria do mestre Lolo apresentou bossas que mexeram tanto com os desfilantes quanto com o público que foi assistir. A levada da “Swing da Leopoldina” permitiu que os desfilantes se mantivessem animados e com vontade seguir até o final com energia. A rainha de bateria, Maria Mariá, mostrou seu carisma puxando as crianças da comunidade para sambar com ela, evidenciando que a Imperatriz já tem o seu futuro.

Um ponto que deve ser mencionado é a quantidade de alas coreografadas. Eles elementos trazem dinamismo para o desfile, demonstram conexão com o enredo e captura a atenção do público.

Mais imagens do ensaio

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Bateria é destaque do ensaio técnico da São Lucas

Por Naomi Prado e fotos de Fábio Martins

A Unidos de São Lucas realizou seu segundo treino para o carnaval de 2025. Com o canto ainda mais potencializado, a escola mostrou que se integrou bem ao Grupo de Acesso 1 do carnaval paulista. A “bateria USL”, por sua vez, segue cada vez mais preparada tecnicamente, com bossas estratégicas e inovadoras. Levando o enredo “Ijexá”, assinado pelo carnavalesco Fernando Dias a agremiação será a primeira escola a se apresentar no domingo de carnaval.

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Comissão de frente

Uniformizados com camiseta da escola e calça preta a ala, comandada por Jonathan Santos, levou 15 integrantes sendo um deles o elemento principal que podemos reconhecer como Exu. A comissão realizou movimentos tradicionais do quesito alternando com movimentos que condizem com o enredo.

UnidosDeSaoLucas et Comissao

Em um ato, todos os componentes sobem para o tripé contracenando com o elemento principal. No topo do tripé estão três estruturas de tambores que são tocados no momento em que todos sobem para esta cena.

A coreografia se mostrou eficiente para a proposta do enredo, cumprindo o elemento obrigatório que é apresentar a escola e saudar o público.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O primeiro casal se mostrou sincronizado durante a apresentação nos módulos. Executando coreografias oriundas de passos afro-brasileiro, Erich e Victoria realizaram um bom ensaio. Embora o vento estivesse forte o pavilhão se manteve desfraldado, com muita força e leveza a porta-bandeira soube tecnicamente passar por essa situação. Em conversa com o CARNAVALESCO, Victoria analisou o desempenho do casal no segundo ensaio técnico.

UnidosDeSaoLucas et PrimeiroCasal

“Hoje encontramos um pouquinho mais de dificuldades devido à chuva e ao vento, mas conseguimos superar, conseguimos passar por cima de tudo isso. Independente de qualquer coisa, nós demos o nosso melhor, como sempre viemos dando. Sempre estamos muito empenhados em conseguir fazer o melhor, independente das adversidades que passem durante a pista. Nós sempre estamos aqui para dar o melhor do Erich e da Victoria, com toda certeza”, disse.

“Nosso condicionamento físico, nossa garra demonstrada na Avenida e, como a Victoria bem mencionou, nós conseguimos superar bem. Uma das grandes coisas de um desfile carnavalesco é de fato a superação. Do recuo para cá começou o vento e tudo mais, mas nós conseguimos passar bem, graças a Deus, então acho que esse é o grande ponto de superação. É a garra, o preparamento físico que a escola vem dando suporte, nós viemos nessa pegada”. complementa, Erich.

Harmonia

O canto da escola segue sendo um dos pontos mais assertivos dos ensaios realizados. Em um modo geral todas as alas realizaram um bom desempenho ao que se refere a canto. A performance do carro de som também contribuiu para o sucesso do desenvolvimento dos componentes, animando constantemente os foliões a ala aproveitou o ótimo samba-enredo que a escola levará para 2025.

“O canto, tem sido muito forte, a arquibancada vem participando bastante. É um samba que nos ajuda muito”, celebra o diretor de harmonia César Oliveira.

Evolução

A escola realizou um bom recuo de bateria e desfilou com um andamento contínuo mostrando que estão empenhados em gabaritar o quesito. Os componentes evoluíram de maneira expontânea e leve demonstrando felicidade ao fazer parte da agremiação. Com um bom nível técnico, as alas desfilaram compactas.

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Samba

O intérprete Tuca Maia e seu carro de som realizaram um excelente ensaio. O intérprete fez cacos que chamavam os componentes para evoluírem mais. A ala musical evidenciou o alto nível do samba-enredo. Fazendo uma boa e constante perfomance na avenida a ala demonstrou entrosamento não só com a escola, mas também com a bateria e com o público presente.

Outros destaques

A “Bateria USL” foi o grande destaque desse segundo ensaio técnico. Com clareza e precisão na execução das bossas, a bateria de mestre Andrew Vinícius também trouxe criatividade e qualidade. O mestre avaliou o desempenho do quesito em comparação ao último ensaio.

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“Melhorou bastante coisa, a confiança da bateria já é tudo, se estamos confiantes, é difícil algo dar errado. O ritmo veio tranquilo, não caiu mesmo com a chuva então eu gostei bastante’’, relata.

Além do bom desenvolvimento dos ritimistas e seus diretores destaca-se a rainha da bateria Pepita, que veio representando a orixá Oxum, trazendo uma performance deslumbrante e de muita elegância.

A São Lucas manteve um nível surpreendente para uma escola que acabou de subir do Acesso 2. Estão cada vez mais preparados tecnicamente, demonstrando que estudam o regulamento e que estão no Acesso 1 por fruto de muito trabalho. A agremiação tem grande potencial de incomodar as demais concorrentes.

Veja mais imagens do ensaio

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Casal e canto dos componentes são destaques no ensaio técnico da Torcida Jovem

Por Nabor Salvagnini e fotos de Fábio Martins

A Torcida Jovem realizou no último sábado, no Anhembi, o seu ensaio técnico para o Carnaval 2025. Ponto positivo foi a harmonia, com todas as alas cantando forte o samba, além da atuação do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Gabriel Vullen e Joice Cristina, que fizeram uma dança limpa na frente dos módulos de julgadores. Com o enredo “Na Capital do Reggae, onde a natureza canta e o mundo se encanta. São Luís do Maranhão” a agremiação será a quarta escola a desfilar no Grupo de Acesso 2.

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Comissão de Frente

Todos estavam, com roupas de operários, e faziam os movimentos da dança, com três bancadas com rodas, divididos em grupos, usando os carrinhos, alguns subiam e
executavam a coreografia.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Apresentação do casal no ensaio foi muito boa, com belos giros de Gabriel Vallen e Joice Cristina. Eles fizeram bonito no Anhembi, mostrando uma ótima dança, passaram muito leve e conduziram o pavilhão com elegância.

Harmonia, Evolução e Samba

Os componentes cantaram forte o samba-enredo para o Carnaval 2025. Ótimo trabalho do intérprete Vaguinho e da sua equipe da ala musical. A obra é leve e muito funcional para o desfile. Pode levantar a arquibancada, com a ajuda da comunidade.

A Torcida Jovem não teve problema com o andamento das suas alas no ensaio técnico. A entrada e saída do recuo foi realizada com tranquilidade. Ponto positivo ficou nas alas que tinham coreografias, todos cantando e bem executados os movimentos.

Outros Destaques

A bateria “Firmeza Total”, comanda pelo o mestre Caverna, fez um ensaio correto, executando bossas, principalmente, antes do refrão.

Veja imagens do ensaio

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Atuação de gala do primeiro casal abrilhanta ensaio técnico da Dom Bosco de Itaquera

Por Lucas Sampaio e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Gustavo Lima, Will Ferreira, Nabor Salvagnini e Naomi Prado)

A Dom Bosco de Itaquera realizou neste sábado seu primeiro ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi em preparação para o desfile no carnaval de 2025. A atuação brilhante do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira foi o grande destaque da escola, que completou seu treinamento após 53 minutos na Avenida. A agremiação da Zona Leste será a oitava a se apresentar pelo Grupo de Acesso 1 com o enredo “O Circo Místico das Ilusões”, assinado pelo carnavalesco Fabio Gouveia.

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Um elemento que chamou atenção no ensaio da Dom Bosco foi o contingente da jovem agremiação de Itaquera. A comunidade comparecer em peso ao Anhembi logo no primeiro treinamento é certamente um destaque positivo. O diretor de carnaval Carlos Shakila se animou com a participação dos componentes da agremiação ao avaliar o desempenho da Dom nesta primeira passagem pelo Sambódromo na temporada.

“Estou muito feliz, nós estávamos esperando por esse ensaio. Uma semana de muita chuva, apreensivos, mas deu tudo certo, Deus abençoou. Sem chuva, um calor até bem considerável, clima gostoso. A escola comprou a ideia do samba místico, um samba maravilhoso, leve de se cantar na pista e aí essa alegria do povo”, declarou.

O diretor exaltou o comprometimento da comunidade da Dom Bosco e fez uma brincadeira ao apontar os elementos com os quais saiu satisfeito do ensaio e o que pode melhorar para o próximo.

“Eu vou responder uma e a outra é um pedaço do nosso enredo. A primeira, eu saí muito satisfeito pela comunidade ter abraçado, hoje estar aqui e ter cantado com vibração total, isso é maravilhoso. Nós esperávamos a escola cantar 100%, a escola cantou 1000%, isso é muito gostoso. O que nós vamos melhorar? Adivinha o que é? Segredo!”, disse.

Comissão de Frente

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Ensaiada pelo coreógrafo André Almeida, a comissão de frente da Dom Bosco realizou uma apresentação com duração de duas passagens do samba e fez uso de um tripé. Com uma caracterização muito adequada para dias ensolarados, os componentes estavam vestidos todos de banhistas de meados do século XX, com trajes de banho caricatos e bóias de braço, a exceção de dois, prováveis protagonistas, que se destacavam por estarem fantasiados de salva-vidas.

A despeito das simpáticas fantasias, claramente usadas para disfarçar o que realmente vão vestir no dia do desfile, era esperado mais irreverência da comissão de frente de um enredo sobre o circo. As coreografias pareciam estar conectadas mais diretamente às passagens do samba do que o esperado, ainda mais para uma apresentação em dois atos, deixando ambos muito semelhantes um do outro. O uso do tripé, que aparenta fazer referência a uma tradicional caravana usada por artistas circenses itinerantes, também não é muito claro, deixando dúvidas do que é possível esperar do quesito para o dia do desfile oficial.

Mestre-sala e Porta-bandeira

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Leonardo Henrique e Mariana Vieira deram um espetáculo. O primeiro casal da Dom Bosco mostrou uma excelente sintonia e realizaram uma dança deslumbrante. Giros bem executados, comunicação visual, a alegria de representar o pavilhão da Zona Leste era muito evidente no olhar de ambos. Se tem um quesito com o qual a comunidade de Itaquera não tem com que se preocupar certamente é esse.

Mariana demonstrou satisfação com o trabalho realizado ao analisar o desempenho do casal neste primeiro ensaio técnico da escola no Anhembi.

“Conseguimos fazer uma passagem de pista muito bem, os jurados se encaixaram certinho. Nós tivemos essas duas semanas para conhecer a pista e adaptar todos os nossos passos, pois estamos trabalhando em lugar fechado e hoje tudo encaixou perfeitamente. Agora é só aprimorando, ajustando alguns pontos para o próximo ensaio e para o grande dia”, avaliou.

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Se para a porta-bandeira a impressão já foi positiva, o mestre-sala foi um grande sinônimo de confiança. Leonardo demonstrou muita alegria com o desempenho que a dupla teve ao apontar o que podem colher de positivo e o que ainda pode melhorar para o próximo ensaio.

“O que me entusiasmou nesse primeiro dia de ensaio foi a alegria e a ansiedade de todos os componentes da escola, e me incluo nessa. Eu estava super ansioso para o dia de hoje. Acredito que sempre tem alguma coisa para melhorar, o trabalho é árduo até o dia do desfile porque carnaval sabemos que é decidido na pista, mas no dia de hoje, a meu ver, não precisamos melhorar em nada. É óbvio que vão existir coisas, mas no meu ponto de vista foi perfeito”, afirmou.

Harmonia

Se tem algo que dá para afirmar da comunidade da Dom Bosco é que sabem cantar o samba. Todas as alas demonstraram estar com o samba na ponta da língua, com destaque para a ala Vai Vai Dom Bosco que estava especialmente animada, mas esse astral de um agrupamento poderia se refletir mais para os demais desfilantes. Mais que saber o samba, espontaneidade é a prova de que os desfilantes estão animados e do quanto querem fazer parte do projeto da escola, e nesse aspecto ainda podem melhorar. É momento de soltar os componentes e chamá-los para brincar o carnaval, e a mística que o enredo proporciona pode ser a chave para alcançar essa meta.

Evolução

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Um quesito no qual a escola demonstrou segurança é a evolução. O cortejo de Itaquera fluiu sem maiores preocupações ao longo da pista, com alas compactas e organizadas, além de realizar um seguro recuo de bateria. O fechar dos portões aos 53 minutos mostra que a Dom Bosco tem muita margem para soltar ainda mais os componentes para curtirem o desfile da escola, e pode contribuir para a melhora do desempenho da harmonia.

Samba-Enredo

O samba da Dom Bosco de Itaquera teve bom desempenho no primeiro ensaio. O estímulo ao fácil canto vem não apenas da letra fácil de compreender, como também do desempenho de alto nível do carro de som comandado pelo intérprete Rodrigo Xará, que sabe fazer uso da identidade da escola para atrair o público e a comunidade para cantar.

Rodrigo fez uma análise do desempenho do carro de som da Dom Bosco neste primeiro ensaio técnico no Anhembi.

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“Foi muito bom. Claro, eu sou um perfeccionista. Eu brinco quando saio ainda de primeira linha, mas eu cobro como tal. Eu sei que temos que acertar algumas coisas, mas para o primeiro ensaio, primeiro dia, foi muito bom. Vamos acertar alguns detalhezinhos e tenho certeza de que no dia viremos afiados. No dia 15 já viremos melhores, mas no dia do desfile viremos mais afiados ainda”, avaliou.

O intérprete destacou que o samba da Dom Bosco tem características típicas da escola, o que facilita a assimilação pela comunidade e contribui para a aceitação do público.

“É um samba que a comunidade escolheu, e acho que a voz do povo é a voz de Deus, não tem jeito. Acho que o desempenho foi muito bom, e um samba típico da Dom Bosco, um samba alegre, não é um samba pesado. Acho que rolou bem dentro da nossa proposta, rolou muito bem. Eu gosto desse samba”, afirmou.

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Rodrigo Xará aposta que a comunicação entre os segmentos musicais da Dom Bosco contribuirá para uma adequada avaliação dos elementos positivos apresentados e que podem ainda ser melhorados para o segundo ensaio da escola.

“De cara é difícil falar alguma coisa. Eu costumo assistir aos desfiles, fico uma madrugada inteira, mas junto com o mestre Bola e em conjunto fazemos isso. Acho que está dentro do esperado, era isso mesmo. Acho que alguma coisinha ou outra ali de andamento talvez, mas acho que de resto foi tudo tranquilo sim”, disse.

Outros Destaques

A bateria “Gloriosa” deu o tom no ensaio da Dom Bosco. Com bossas animadas e apagões bem encaixados, os ritmistas contribuíram positivamente para o bom andamento do samba da escola ao longo da Avenida.

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Comandante da orquestra popular de Itaquera, mestre Bola avaliou o desempenho da bateria neste primeiro ensaio técnico da Dom Bosco. ‘’Ensaio bom. Temos algumas coisas para acertar ainda, nas bossas, em andamento, mas ensaio é isso, para vermos os erros e acertos para o próximo. Temos mais dois ainda, então vamos chegar firme no dia”, analisou.

O artista demonstrou confiança na capacidade da bateria melhorar ainda mais seu desempenho para as próximas etapas do ciclo carnavalesco da escola.

‘’Pode sempre melhorar. Somos músicos, vamos sempre à procura da batida perfeita, sempre tentando melhorar. Podemos manter a intensidade, a garra e ir melhorando o ritmo, acertando as bossas direitinho, endireitando-as direitinho. Vai dar tudo certo”, afirmou.

A Dom Bosco de Itaquera demonstrou ter bons quesitos em seu primeiro ensaio técnico no Anhembi, mas ressalvas precisam ser feitas. Em um ano que as harmonias estão sendo marcadas pela espontaneidade, era de se esperar que um enredo lúdico transmitisse com mais facilidade esse sentimento no olhar dos componentes. Ainda há tempo até o carnaval para que a escola absorva a essência e entre no mundo místico do grande circo da Dom Bosco, afinal a disputa no Grupo de Acesso 1 está totalmente aberta e quem souber fazer melhor uso de suas qualidades poderá ter muito o que comemorar na terça de carnaval.

Veja mais imagens do ensaio

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Estrela do Terceiro Milênio vence a forte chuva em grande noite do casal de mestre-sala e porta-bandeira

Por Will Ferreira e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Gustavo Lima, Lucas Sampaio, Nabor Salvagnini e Naomi Prado)

Chuvas de verão são sempre um temor na cidade de São Paulo. Não apenas por conta da chance de enchentes e blecautes – mas, também, pelo quanto elas podem atrapalhar dinâmicas envolvendo escolas de samba, que estão a cada momento mais próximas do momento mais aguardado após um ano inteiro de trabalho. Neste sábado (01), a Estrela do Terceiro Milênio fez o segundo ensaio técnico no Anhembi para defender o enredo “Muito além do Arco-Íris – Tire o Preconceito do caminho que nós vamos passar com o Amor”, que será o sexto a ser apresentado no sábado de carnaval (01 de março). Mesmo com condições climáticas bastante adversas, alguns quesitos que costumam ter problemas com umidade (como Mestre-Sala e Porta-Bandeira e Bateria) tiveram ótimo desempenho.

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Comissão de Frente

Os comandados de Régis Santos, premiados com o Estrela do Carnaval 2023 no quesito, vieram com um figurino diferente do apresentado no primeiro ensaio técnico, mas foi a única grande mudança perceptível na apresentação. Se ela foi inteiramente realizada em cima de um imenso tripé cenográfico na primeira passagem da escola no Anhembi, a sina se repetiu – algo que, inclusive, veio bem a calhar, evitando contato com uma passarela cheia d’água. Em relação à coreografia, a maioria dos personagens se vestiu como seguidores de religiões conservadoras, que tentam enxotar integrantes de grupos minoritários (temática do enredo da agremiação) e são vencidos por eles.

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Mestre-sala e Porta-bandeira

Habitualmente, o quesito costuma sofrer quando a chuva aparece. Não para Arthur Santos (Revelação do Carnaval 2024 de acordo com o Destaques do Ano, também organizado pelo CARNAVALESCO) e Waleska Gomes: mais que seguros, eles tiveram uma excelente atuação – mesmo com a chuva bastante forte que caía e com a passarela molhada desde antes deles entrarem no local. A dupla, inteiramente de verde, não se fez de rogada e cumpriu todas as obrigatoriedades do quesito e também fez questão de mostrar entrosamento no segundo ano de bailado conjunto. O que mais surpreendeu, entretanto, foi a quantidade de giros do casal, que parecia estar em asfalto seco. Por sinal, ambos estavam com calçados que não eram específicos para a chuva, o que engrandece ainda mais a exibição.

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A chuva, é claro, dominou as palavras da dupla após a exibição: “Foi tudo incrível. Um pouco mais molhadinho que o primeiro, claro. Nós tivemos a diversidade da chuva, que é ótimo para a gente colocar a nossa coreografia pa ra jogo, ver como funciona, como o nosso corpo responde. Afinal, a gente ensaia para isso: para ver todos os erros e todos os acertos. No final, foi incrível”, disse Arthur. Waleska seguiu a mesma linha: “Na chuva é um grau de dificuldade muito maior. O pavilhão pesa muito, e aí é hora de colocar a técnica em jogo. Com todas as adversidades, os nossos jurados realmente foram perfeitos, A gente já toma bastante chuva aqui e é claro que é uó: estragou o penteado, por exemplo. Nunca mais venho de cabelo solto, foi a primeira vez e a última! Mas a técnica, brincadeiras à parte, foi muito boa. A gente ficou bem feliz hoje”, comentou.

Nada que não possa melhorar, entretanto: “Calma, calma, calma. Venham no terceiro ensaio, que é o último – mas, ainda assim, a gente vai falar que tem coisa para melhorar. Sempre é possível dar algo a mais – mas, aí, são coisinhas internas que a gente não pode falar. A gente finge que está tudo bem. Roupa suja se lava em casa”, prometeu.

Harmonia

A Estrela do Terceiro Milênio é conhecida, entre outros tantos motivos, pela força da comunidade que a mantém. Vindos do Extremo Sul da cidade de São Paulo, com mais de 40 quilômetros de distância entre a quadra da agremiação e o Anhembi, nada parece deter a alegria e o canto dos componentes da instituição. Se a chuva era um teste, faltou avisar São Pedro que o Grajaú, como canta o samba-enredo de 2025, mostrou seu valor – mais uma vez. Além de mais uma competente exibição de Grazzi Brasil e Darlan Alves, intérpretes da instituição, vale ressaltar a potência do carro de som da instituição – que estava sob os cuidados do diretor musical da Coruja, Rodrigo Schumacker, sempre próximo da ala musical da escola.

TerceiroMilenio et InterpreteDarlan 2

Darlan trouxe um detalhe que apenas quem está na escola poderia falar: “Primeiro que já foi um dia muito difícil para a nossa comunidade chegar até aqui, choveu muito lá no Grajaú. Quando estávamos conversando antes de vir para o ensaio hoje, eu pensei que hoje vai ser um dia complicado, todo esse fator emocional vai passar ali para a gente no carro de som. Vamos ter que cantar bastante para poder colocar esse gás na galera. Já é difícil vir do Grajaú para cá, ainda mais com chuva, foi um fator complicado. O carro de som hoje estava realmente em uma pegada, uma energia muito diferente do primeiro ensaio. Nós estávamos em uma sintonia muito boa, foi muito bom o ensaio, foi uma troca de energia muito boa. Quando começou a chover e água começou a cair todo mundo começou a gritar e eu falei que hoje seria incrível – e foi. O carro de som está de parabéns, todo mundo foi realmente sensacional, a troca de energia hoje foi muito boa”, parabenizou.

TerceiroMilenio et InterpreteGrazzi

Grazzi concordou: “Eu acho que na dificuldade é que nós vemos o quanto estamos juntos mesmo, porque realmente foi difícil. Na dificuldade é que nós vemos a força que temos, nos juntamos mais. oo primeiro ensaio foi maravilhoso e sempre buscamos ficar melhores, e esse foi ainda mais caloroso. Nós estávamos nos olhando, nos unimos e cantamos. Como ele disse, toda essa comunicação de lá para cá, daqui para lá, é maravilhosa. Acho que hoje foi mais especial. Como ele disse, vir do Grajaú não é fácil. Eu cheguei do Rio de Janeiro hoje, demorei quatro horas a mais para chegar do que o normal. o Grajaú é isso, é essa energia maravilhosa e deu tudo certo”, destacou.

Evolução

TerceiroMilenio et 6 1

Com diversas alas com adornos (como bexigas e objetos que eram segurados pelos componentes), a dinâmica da escola não foi prejudicada pela chuva e não foram notados buracos ou alas emboladas ao logo de todo o desfile. Com a chuva que não parava e com a passarela molhada, o que foi notado pela reportagem foi o natural cansaço na altura dos setores E e F (os últimos de cada lado) de alguns componentes, já que o volume d’água foi bastante alto. Nada que prejudique o andamento muito competente de tal quesito ao longo de toda a exibição – até porque, se alguns aparentavam estafa, a grande maioria mantinha a movimentação pelo companheiro.

Samba

TerceiroMilenio et Baiana

Cheia de frases fortes, a canção claramente já está decorada pela comunidade e chamou atenção de quem estava na arquibancada. Além da obra, a Pegada da Coruja, bateria da escola, também marcou alguns trechos da obra com convenções ou apagões – no segundo ensaio técnico da agremiação, chamou atenção a paralisação completa dos ritmistas em alguns momentos quando o verso “Que vá pro inferno a sua moral” era executado. Se já foi dito anteriormente, Grazzi Brasil e Darlan Alves tiveram outra grande noite: enquanto ele aparentava estar mais focado na condução do samba, ela, desde 2022 na escola, mostrou-se bem à vontade para conclamar a comunidade a cantar ainda mais alto.

Mestre Vitor Velloso, ritmista-mor da Pegada da Coruja, mostrando muita personalidade, não escondeu o quanto as condições climáticas prejudicam o segmento em questão: “Nunca é bom fazer ensaio debaixo de chuva. Infelizmente a questão de afinação é difícil, andamento também. Todas as marcações complicam por causa da chuva – mesmo tendo plástico. Acho que serviu para sentir o clima mais uma vez, da bateria e da galera. Serviu muito para isso. Todas as bossas bem encaixadas, muito bem feitas. Serviu para poder analisar mais uma vez esse lado, já que, em questão de afinação e de equalização, a chuva, infelizmente, atrapalha”, comentou.

TerceiroMilenio et MestreVitorVelloso 1

O mestre de bateria também foi bastante sincero ao falar sobre pontos de evolução dos ritmistas: “Tivemos um probleminha no primeiro ensaio em relação ao andamento e hoje não conseguimos sentir isso por conta da chuva. Para o próximo, vamos focar mais nisso e ir melhorando durante os ensaios da semana”, pontuou.

A dupla de intérpretes trouxe outra perspectiva em relação à chuva e ao quesito: “A arquibancada hoje estava um pouquinho mais distante porque eles estavam lá embaixo (da cobertura, se protegendo da chuva) e geralmente nós vemos a galera na grade. Nós vimos eles mais distantes, mas o samba tem um fator emocional, ele traz nos seus versos mensagens e todos nós nos identificamos com esse samba. Sabemos da importância de cantar esse samba, do desafio de cantar pois foi um tema corajoso que a escola, que o nosso presidente Silvão e o Murilo Lobo colocaram para a nossa comunidade. Ele foi muito bem aceito pela comunidade do samba também e sabemos desse desafio, da importância de poder estar bem e poder representar esse samba. E nós percebemos que o Anhembi está ali trocando essa energia com a Milênio, principalmente nas nossas paradas, em que fazemos os paradões, e a galera responde cantando principalmente na Monumental. É lindo vermos a arquibancada trocando essa energia conosco. Você vê que no Anhembi já tem os leques em referência a uma das nossas alas, também. Essa troca é incrível, é muito bacana”, destacou Darlan.

Grazzi foi mais sucinta: “O carnaval é isso, o samba faz isso, essa comunidade está muito bonita. Eu sou muito suspeita”, frisou.

Outros Destaques

TerceiroMilenio et Bateria 1

Provando a força da própria comunidade, a Pegada da Coruja teve à frente dos ritmistas duas princesas: Marcela Cavalcanti e Geovanna Pyetra. Ambas participaram do programa Estrelas do Amanhã, iniciado em 2022 pela própria agremiação para revelar novos nomes para a folia.

Veja mais imagens do ensaio

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Rosas de Ouro realiza segundo ensaio técnico embalada pelo grande desempenho da ala musical

Por Lucas Sampaio e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Gustavo Lima, Will Ferreira, Nabor Salvagnini e Naomi Prado)

A Rosas de Ouro realizou neste sábado seu segundo ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi em preparação para o desfile no carnaval de 2025. Novamente a ala musical teve uma atuação deslumbrante, conduzindo com maestria a comunidade da Brasilândia da abertura ao fechar dos portões, ocorrida após 62 minutos na Avenida. A Roseira será a sexta a se apresentar na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, pelo Grupo Especial com o enredo “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”, assinado pelo carnavalesco Fábio Ricardo.

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O desafio do ensaio ficou para a chuva intermitente ao longo de toda a passagem da Azul e Rosa. O desgaste causado pela situação climática, presente em boa parte da noite de sábado, faz com que seja preciso redobrar os cuidados para manter a comunidade no clima. O diretor de carnaval Evandro Rosas acredita que a Roseira conseguiu superar esse desafio ao analisar o segundo treinamento geral realizado no Anhembi.

“Acho que nós conseguimos evoluir do primeiro ensaio para esse. Fizemos algumas adequações técnicas de desfile com os diretores de ala e com toda a coordenação, e acho que hoje surtiu efeito aqui. A evolução da escola está mais compacta, está mais técnica, sem perder a emoção. Nós estamos conseguindo fazer pequenos ajustes para no dia do desfile estarmos tranquilos”, declarou.

RosasDeOuro et 6 1

O foco de atenção da direção da Rosas de Ouro é a excelência técnica de acordo com Evandro. O diretor também apontou o fator que mais lhe agrada na preparação da escola neste ciclo do carnaval de 2025.

“Da visão que temos aqui, nós não conseguimos ver um todo. Nós vamos estudar os vídeos para ver direitinho como a escola se comportou ao longo da Avenida, para conseguirmos ter uma noção do que precisa melhorar, mas acho que estamos no caminho certo, a nossa preocupação mesmo é a questão de evolução, no canto temos trabalhado com a escola desde setembro. Óbvio que vamos reforçar isso, mas o canto hoje é uma coisa que nos orgulha. Queremos estar aqui no dia do desfile extremamente técnicos com a evolução para ela fluir tranquila e a escola sair feliz”, afirmou.

Comissão de Frente

RosasDeOuro et Comissao 2

Ensaiada pelo coreógrafo Arthur Rozas, a comissão de frente da Rosas de Ouro realizou uma apresentação com duração de duas passagens do samba. O destaque mais curioso da passagem do quesito neste segundo ensaio é a caracterização dos componentes, que vieram vestidos de jogadores da mortal competição que acontece na série “Round 6”, com um personagem principal em cima do tripé fantasiado da famosa boneca-robô que aparece na trama.

Dito isso, as roupas acabaram contribuindo para esconder os mistérios que a comissão de frente pretende apresentar. O elemento alegórico conta com três enormes roletas características de máquinas caça-níquel, com a qual o protagonista interage em dados momentos. A coreografia no geral, porém, é inconclusiva, podendo ganhar mais significado prático no dia do desfile com a devida caracterização. Em dado momento, chama atenção o fato de que cerca de 30 atores ficam visíveis, entre os que estão no tripé e os que estão no chão, o que leva ao questionamento se a apresentação vista neste sábado de fato é exatamente a mesma que a escola presente apresentar na Avenida.

Mestre-sala e Porta-bandeira

RosasDeOuro et PrimeiroCasal 3

O primeiro casal da Roseira, formado por Uilian Cesário e Isabel Casagrande, conseguiram superar o desafio de dançar na condição climática intermitente. Foi notável uma crescente no desempenho da dupla ao longo da passagem, em especial no segundo módulo de julgamento onde há um leve desnível na pista que provoca empoçamento de água. Ambos mostraram estarem prontos para encarar qualquer situação que venha a ocorrer no desfile da escola.

Uilian fez uma análise do desempenho do casal no segundo ensaio, destacando os elementos de evolução em relação ao primeiro.

“Nesse ensaio nós conseguimos adaptar alguns pontos técnicos. Nós cortamos algumas partes e incrementamos em outras para tentar deixar a nossa apresentação um pouco mais objetiva. Hoje acho que foi um treino importante para nós conseguimos sentir a energia da pista, eu saio muito satisfeito. Foi um ensaio muito diferente do primeiro, enquanto técnico, pelas alterações, mas também muito importante para conseguirmos entender o que de fato vai para o terceiro e último ensaio e sendo assim para o desfile também”, avaliou.

RosasDeOuro et Baiana 2

Isabel apontou os pontos positivos os quais o casal saiu satisfeito da Avenida e os elementos que ainda podem ser melhorados para o terceiro ensaio técnico da Rosas de Ouro.

“De positivo eu acho que é a resistência. Mesmo que a chuva estava pouca, e que bom que parou, mesmo assim nos cansa por causa do chão que estava escorregadio, temos que ter mais cuidado. Nós tiramos algumas coisas hoje da coreografia, mas deu super certo mesmo nós conversando porque nós não ensaiamos, então também é um ponto positivo. Sempre tem alguma coisinha para ajustar, porém é pouca coisa e eu estou bem feliz. Foi tudo bem, eu gostei”, afirmou.

Harmonia

Em meio aos bons quesitos apurados no ensaio da Roseira, a harmonia é um que pode ser ainda melhor. Algumas alas apresentaram canto discreto, como uma vestida de camiseta rosa e portando balões da mesma cor que continha componentes que mal se expressavam mesmo diante do segundo módulo de jurados. É notável, porém, que há uma crescente no clamor do samba em especial nas alas que ficam mais próximas à bateria da escola após a saída do recuo. É um ponto para a escola observar para o terceiro ensaio, chamar a comunidade para se divertir e brincar o carnaval.

Evolução

RosasDeOuro et Passistas 1

Em um contexto geral, na Avenida a Rosas de Ouro se comportou bem. O fluxo na Avenida foi estável e o recuo da bateria ocorreu bem, com direito a uma manobra em que os ritmistas voltaram à pista antes de entrar em definitivo no box. Uma abertura maior que a desejável, porém, foi observada dentro de uma ala de ação justificada, onde a coreografia que ocorre logo após um destaque ficava muitos momentos parada enquanto a escola andava. A coordenadora destes componentes estava visivelmente preocupada com isso, chamando-os constantemente para fecharem o espaço.

Samba

Carlos Jr, mais uma vez, esteve em noite inspirada. O intérprete da Rosas de Ouro mostrou estar muito à vontade com seu carro de som e interagia constantemente com eles, em especial no refrão do meio do samba, onde fez por várias vezes um “ping-pong” com os versos “Pra conquistar a glória / Lutar, fazer história!”. Certamente foi o maior destaque do segundo ensaio técnico da Roseira no Anhembi.

RosasDeOuro et PresidenteAngelina 3

Cada vez mais se sentindo mais em casa junto à comunidade da Brasilândia, Carlos Jr falou sobre o trabalho que o carro de som vem realizando e exaltou seus companheiros de microfone.

“O carro de som tem trabalhado pra caramba esse ano. Conseguimos uma coisa que o ano passado eu não consegui, que é reunir meu time dentro do estúdio, dentro da quadra, trabalhar em particular, trazer pessoas novas com talento como a Mônica Soares, como essa menina Kari, que está sendo lançada no mundo do samba, tivemos a felicidade de conhecer ele e trazer. Essa rapaziada, eu tenho um menino de Santos, que é o Xará, é um cantor lá de Santos, ele vem lá da Baixada, que tem uma dedicação enorme. Estou muito feliz com eles, com o trabalho que estão tendo, com o respaldo e pela confiança que eles estão tendo em mim”, disse.

RosasDeOuro et 8

O intérprete acredita que o samba é um fator motivador para a Rosas de Ouro superar os resultados abaixo do esperado dos últimos anos, apontando a obra como um fator de união para a comunidade.

“O samba é de motivação. Fala de jogo, mas estamos vivendo um jogo, isso aqui é um jogo. Resolvemos no enredo trazer esse jogo e esse novo momento para nós mesmos porque a Rosas de Ouro vem há alguns anos sofrendo. Temos que pegar o que fizemos de errado e tentar consertar, e esse enredo e esse samba traduzem isso. Uma forma mesmo, por dentro de nós, dentro da nossa casa, se moldar, se conquistar de novo, se relacionar, não adianta conquistar as pessoas de fora se nós dentro não estamos unidos. Então trouxemos esse samba para se unir”, afirmou.

Outros Destaques

Em meio aos jogos da Roseira, façam suas apostas no “jogo da tigresa” Ana Beatriz Godói! A fantasia da Rainha da “Bateria com Identidade” chamou atenção do público no Sambódromo do Anhembi e abrilhantou o desempenho dos ritmistas, que mais uma vez deram o tom animado com bossas bem encaixadas nos momentos-chave do samba.

RosasDeOuro et RainhaAnaPaulaGodoi

Comandante da orquestra popular da Azul e Rosa, mestre Rafa fez um balanço do desempenho do quesito no segundo ensaio técnico realizado pela Rosas de Ouro.

“É 90%. Nós acertamos detalhes de bossa já e agora é acertar o andamento, que tem que ser um pouquinho mais feroz. Acho que a só vamos acabar entregando isso no último ensaio ou no dia do desfile porque é emoção. A emoção vai fazer com que eles toquem um pouquinho mais para frente”, avaliou.

Mestre Rafa apontou que a bateria chegou para o segundo ensaio mais focada. Na primeira passagem da escola no Anhembi nesta temporada, ainda era recente a trágica perda de Renan Oliveira, o Bitão, um dos diretores do quesito. O artista aproveitou para exaltar o trabalho de seu quesito no treinamento.

RosasDeOuro et MestreRafa 5

“Para mim ocorreu tudo bem e o andamento não iria interferir em uma pontuação, ou se a escola precisasse ser campeã com esse andamento, ganharia também. Não teve nada que desabonou o trabalho da bateria hoje, igual que foi no primeiro. No primeiro o surdo passou, tamborim não sei o que, chocalho não sei o que lá, mestre Rafa também errou, essas coisas. Não tinha clima também, tínhamos perdido um amigo, um irmão, um diretor. Estava muito recente, não que não esteja agora, mas estava bem mais recente e nos preparamos melhor para vir nesse segundo ensaio. Foi muito legal, foi muito bom, conseguimos fazer o que tinha que ser feito hoje, só faltou o andamento. Isso não desqualifica, não tira o mérito do trabalho dos ritmistas e diretores”, disse.

Do ponto de vista analítico, o segundo ensaio da Rosas de Ouro foi correto, mas o astral da comunidade pode melhorar. A escola conseguiu cravar bem os quesitos musicais e de dança, e está bem encaminhada na evolução, mas a queda no desempenho da harmonia não pode ser ignorada. Que a Roseira consiga ajustar as observações feitas e incorporem as energéticas palavras da presidente Angelina Basílio na arrancada do treinamento, para assim chegar no terceiro ensaio técnico mostrando plena capacidade de provar a todos que o caminho para os tempos áureos está sendo pavimentado.

Veja mais imagens do ensaio

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Comissão de frente e bateria são destaques no primeiro ensaio do Tucuruvi

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Will Ferreira, Lucas Sampaio, Nabor Salvagnini e Naomi Prado)

A Acadêmicos do Tucuruvi realizou o seu primeiro ensaio técnico, no último sábado, no Anhembi, para aperfeiçoar as suas condições rumo ao Carnaval 2025. O treino foi marcado por uma grande exibição da comissão de frente. Foi um teatro que mostrou muito do povo originário e o que realmente é o enredo. As palavras ‘força’ e justiça’ pintadas nos corpos dos componentes deram o impacto do teatro. Outro destaque foi a “Bateria do Zaca”, sob a regência de mestre Serginho – nesse quesito se sobressaiu as bossas criativas e o correto andamento que o samba-enredo precisa, perfeitamente conduzido pelo intérprete Hudson Luiz e sua ala musical.

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Vale destacar que a agremiação ensaiou comemorando o seu aniversário, o que, sem dúvidas, causou um sentimento maior nos seus componentes. A Tucuruvi será a quinta escola do sábado, com o enredo “A busca pelo manto”, assinado pelos carnavalesco Dione Leite e Nicolas Gonçalves, além de pesquisa do enredista Vinicius Natal.

‘’Acima da expectativa, um dia feliz para toda a comunidade, um dia feliz para nós. Aniversário do nosso pavilhão, aniversário da nossa escola, nada melhor do que fazer um desfile atípico, com chuva, todos felizes, concentrados. Estou muito feliz por todos. Sempre tem que melhorar alguma coisa. Agora vamos voltar para casa, vamos assistir a todos os vídeos e procurar ver o que tem para acertar”, analisou o vice-presidente e diretor de carnaval Rodrigo Delduque.

Tucuruvi et 18

Comissão de frente

Comandados pelo coreógrafo Renan Banov, a grande maioria dos bailarinos da comissão de frente da Tucuruvi foram todos vestidos com cocares dos nativos. A dança foi feita no chão e em um grande tripé. Havia dois personagens que se destacavam: Uma representava o manto tupinambá e a outra uma pessoa indígena. Em todo o teatro na pista e interações com os demais dançarinos, o principal momento era quando o manto abraçava a indígena, mostrando a conexão dessa sagrada vestimenta com os povos originários.

Os outros dançarinos, que subiam e desciam o tripé a todo instante, tinham como vestimenta uma pintura corporal nas cores marrom e branco. Em seus peitos e abdomens estavam escritas as palavras ‘força’ e ‘justiça’. Muita maquiagem e pintura labial se viam nos rostos destes personagens.

Tucuruvi et Comissao1

Vale destacar também a sustentação de todos diante de uma pista molhada. Havia chovido bastante no ensaio anterior e, pegaram um piso muito escorregadio, mas mesmo assim, com a garoa persistindo, conseguiram realizar o teatro indígena e transmitir ao público a mensagem do enredo.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Tucuruvi et PrimeiroCasal 3

O casal Luan Caliel e Beatriz Teixeira realizou um ensaio correto dentro das condições da pista, e foi além. Esse é o quesito que mais sofre com a chuva, mas ambos conseguiram executar a criativa coreografia de forma correta e não cederam à água. Vale destacar o grande desempenho de Beatriz dentro dos seus giros com intensidade que, novamente pontuando, no chão após muita chuva. Com o mestre-sala não foi diferente, onde acompanhou o desempenho. Um ensaio satisfatório da dupla.

Harmonia

O canto da comunidade da Cantareira com essa ‘nova Tucuruvi’ tem se ouvido cada vez mais, e não foi diferente neste ensaio. Foi um começo arrasador, uma largada impressionante e uma empolgação total. Porém, a partir do momento em que o ensaio foi se desenvolvendo, houve uma queda no volume do canto em todas as alas. A comunidade sabe o samba-enredo de ponta a ponta, todas as palavras consideradas ‘difíceis’ estão na ponta da língua, mas o nível de empolgação entre começo, meio e fim foi diferente. A escola terá mais dois ensaios para corrigir essa questão.

Tucuruvi et InterpreteHudsonLuiz

Vale destacar a parte que é cantada com mais força, principalmente na bossa do apagão: “Clamo a ti força maior, seu poder não me oponho/Abençoe a nossa escola, realiza o nosso sonho”.

Evolução

A escola evoluiu corretamente, não deixou espaços, as fileiras entre as alas estavam com um satisfatório espaçamento para os componentes se moverem na pista. Tudo correto nessas questões. Não há coreografia na evolução, mas na bossa da paradinha que se localiza nos versos finais da segunda parte do samba, todos os componentes cerram os punhos no alto, pois a letra nesta hora é um forte questionamento. Uma coisa chamou atenção: A escola optou por não colocar cordas para demarcar os espaços das alegorias, somente identificar com nome. Isso dificultou prever a largura e os comprimentos dos carros. Em São Paulo é comum ver esse tipo de estratégia em ensaios de rua, mas no Anhembi não é costumeiro. Apesar disso, imagina-se que para a agremiação está tudo certo, afinal foi uma opção deles.

Tucuruvi et ViceDiretorCarnavalDelduque

Rodrigo Delduque revelou que para ele há um incômodo com as cordas e é algo que viu no Rio de Janeiro e quis colocar em prática na Tucuruvi. ‘’Já venho uns dias me incomodando com a corda e não vou negar que também vi algumas coisas no Rio de Janeiro, achei bacana e resolvi introduzir na alegoria, eles aceitaram e a escola também aceitou. Deu tudo certo”, comentou.

Samba

Não é novidade para ninguém que a Tucuruvi tem um dos melhores sambas do carnaval. É uma letra bem executada que rima as palavras da linguagem tupi com o nosso português e outras coisas que tornam este hino do Zaca complexo e novamente atemporal, como foi 2024. A obra ficou ainda mais potente na voz do intérprete Hudson Luiz e sua ala musical, uma das melhores de São Paulo: André Luiz, Thiago Melodia e as vozes femininas Carol Oliver e Helen Cristina. Essas duas mulheres são importantíssimas para o rendimento do carro de som, principalmente quando o cantor executa os seus cacos. Realmente é um primor de trabalho musical que a Tucuruvi vem realizando.

Tucuruvi et Logo1

Outros destaques

A “Bateria do Zaca”, tendo comando de mestre Serginho foi o outro destaque no ensaio, realizando bossas criativas e dando um andamento correto que o samba pede. É impressionante como a orquestra de Serginho se adequa a toda obra, além de já criar uma ótima sintonia com a ala musical.

O mestre cita a chuva como um empecilho natural e diz que há coisas a se ajustar. “No começo a gente pegou a chuvinha e tudo fica mais corrido para ajustar as coisas. Conseguimos arrumar rapidinho, porém é bem difícil com essa chuva que está atrapalhando todo mundo. Como é o primeiro ensaio técnico, muita coisa dá certo, muita coisa tem para ajustar, que é natural mesmo do primeiro ensaio técnico. Fizemos alguns testes mas acredito que o saldo é positivo. Geral da bateria também curtiu, mas vamos voltar para casa agora e estudar. Temos 15, mas no geral acredito que foi bem satisfatório”, avaliou.

Tucuruvi et 19

Serginho falou sobre as dificuldades com as caixas de som e afinações. Segundo o mestre, agora será feita uma reunião para ver um aprimoramento para o próximo ensaio. “Senti que tinham umas caixas de som que pareciam que estavam num tempo diferente das outras. Eu não sei o porquê, mas também é uma coisa. Hoje é o primeiro dia das caixas de som, acredito que vai melhorar. A parte da frente da bateria como sempre tem um rendimento alto. Outra coisa que temos que melhorar para o próximo é a afinação. Agora a gente vai sentar com a diretoria de bateria, cada um vai falar uma coisa, vai dar algum ponto, mas acredito que foi bem satisfatório”, completou.

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Com Sabrina Sato à frente, Ritimão se destaca no primeiro ensaio técnico dos Gaviões da Fiel

Por Will Ferreira e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Gustavo Lima, Lucas Sampaio, Nabor Salvagnini e Naomi Prado)

Com um dos sambas mais elogiados do carnaval 2025, os Gaviões da Fiel fizeram o primeiro ensaio técnico da agremiação neste sábado (01), no Sambódromo do Anhembi. Enfrentando momentos de garoa e de chuva leve palmilhados com a passarela molhada por conta da água acumulada ao longo de toda a noite, a agremiação buscou a correção em cada um dos quesitos e teve ótima atuação da Ritimão, bateria da escola. Com uma hora e um minuto na passarela, a Torcida Que Samba apresentou o enredo “Irin Ajó Emi Ojisé – A Viagem do Espírito Mensageiro”, que será o quarto a ser exibido no sábado de carnaval (01 de março).

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Comissão de Frente

GavioesDaFiel et Comissao 1

Bastante dinâmica, o quesito contou com um alto tripé em que se destacava um objeto que parecia ser um baobá – a tradicional árvore da vida africana. Na copa de tal elemento, aparecia um integrante – e outro ficava na base do elemento cenográfico. À frente do tripé, no chão, com uma coreografia bastante possante, outros componentes interagiam com o samba – e, dentre eles, havia um que tinha destaque, por receber algo que aparentava ser um cetro em determinado momento da dança. Pensando no enredo, o cetro pode ter a ver com o recebimento do espírito mensageiro para que ele comece a percorrer a África para deixar as máscaras, temática dos Gaviões em 2025.

Mestre-sala e Porta-bandeira

GavioesDaFiel et PrimeiroCasal 1

No primeiro ciclo carnavalesco completo da dupla, Wagner Lima e Carolline Barbosa encontraram um asfalto bastante desafiador, mas tiraram de letra tudo que ele poderia oferecer de perigo. Focando na interação com o samba, ambos também mostraram muita aptidão com o enredo também na vestimenta, majoritariamente branca e com detalhes que remetiam à África. Por conta da chuva, Wagner preferiu desfilar de tênis para se sentir mais à vontade ao fazer seus rapidíssimos giros, enquanto Carol veio com o tradicional calçado de uma porta-bandeira, com salto.

Harmonia

Com um dos sambas mais elogiados da safra carnavalesca de 2025, os Gaviões saíram do Bom Retiro pela primeira vez no minidesfile, e a impressão que ficou é que a canção poderia ter um canto mais forte. Em relação àquela apresentação, a Torcida Que Samba, de fato, teve uma sensível melhora. É bem verdade que, dada a qualidade da obra, é possível evoluir ainda mais – algo que não deve preocupar a agremiação, que ainda tem dois ensaios técnicos para realizar no Sambódromo. Também é importante frisar que os componentes cantavam mais forte conforme iam evoluindo, como se todos se sentissem mais à vontade com o samba-enredo conforme a instituição ganhasse a avenida. Por fim, um ponto de atenção: a ala 10, Máscara Bamileque, teve um canto muito dissonante na arquibancada Monumental – principalmente porque as alas 12 e 13, logo na sequência, cantaram em alto e bom som. A mesma ala 10, no Setor D, entretanto, estava cantando a contento.

GavioesDaFiel et VelhaGuarda 1

Vale destacar, também, o esquenta dos Gaviões. Em discurso aos componentes, Alexandre Domênico Pereira, o Ale, presidente da agremiação, destacou que os componentes já tinham cumprido um desafio – no caso, a vitória do Corinthians contra o Noroeste, em partida válida pelo Campeonato Paulista e iniciada às 18h30 na Neo Química Arena, distante 21 quilômetros do Sambódromo – o ensaio da escola começou por volta das 23h. Antes do cronômetro começar a rodar, a Torcida Que Samba executou o hino do Corinthians, os sambas-enredo de 1994 (“A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente”, reeditado em 2019), 2002 (“Xeque-Mate”), 1995 (“Coisa Boa é Para Sempre”) e o Hino da Resistência.

GavioesDaFiel et 5

Na visão de César Ribeiro, um dos diretores de carnaval dos Gaviões, entretanto, a apresentação foi um bom indício do que virá por aí: “Como o enredo é um pouco difícil, a gente estava mais alerta em relação ao canto da escola. Para a gente, porém, veio nota mil. Atuação perfeita na questão do canto e na Evolução também, já que a escola está bem maior que em outros anos. É sempre procurar evoluir mais para os outros ensaios técnicos para chegar à perfeição no dia de desfile. Como a gente desfila só na marcação dos carros, às vezes tem um pouco de dificuldade na retomada da escola. É uma coisa que a gente acende um farol de alerta, mas a gente vai ter o carro no dia de desfile, aí é mais fácil de se conduzir. É só essa observação que a gente teve”, refletiu.

GavioesDaFiel et Baianas

Evolução

Se o canto da agremiação tem alguns pontos de atenção, é necessário destacar que todos os componente evoluíram muito bem. Diversas alas com adornos deram muita dinâmica à apresentação, e o staff da Torcida Que Samba estava sempre atento para fazer correções de alinhamento e pontuações para desfilantes. Não foram notadas alas emboladas e nem sobressaltos em relação ao ritmo da escola – algo muito positivo pensando em um primeiro ensaio técnico. Vale destacar, por sinal, o início da agremiação, com duas alas coreografadas marcando o samba.

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Samba

Havia muita curiosidade sobre como o tão decantado samba cairia na voz de Ernesto Teixeira, intérprete dos Gaviões desde 1985. Qualquer dúvida foi dirimida no minidesfile e na gravação do CD, com excelentes participações do cantor. Não foi diferente no Anhembi: sem sentir frio na barriga algum, ele mostrou a tão conhecida potência vocal e ainda fez alguns cacos para empolgar a Torcida Que Samba. Ele, além de tudo, mostrou muito entrosamento com a Ritimão, dos grandes destaques da noite: com convenções estratégicas e muito bem executadas, a bateria da agremiação, comandada por Mestre Ciro Castilho, também sustentou o samba-enredo muito bem.

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O ritmista-mor destacou que é possível evoluir ainda mais: “Foi legal, mas pode melhorar muito. Estamos trazendo uma proposta bacana para o samba, mas esperamos sempre algo que seja perfeito. Às vezes tem um par a mais, é preciso acertar isso para os próximos dois ensaios – e, aí sim, virmos 100%”, comentou.

Ciro ainda aproveitou para fazer um pedido aos comandados: “Falta o pessoal focar mais em relação à energia No primeiro ensaio é muita energia, talvez o pessoal dê uma desfocada por isso. É coisa mínima, individual, não é nada com relação ao arranjo. É acertar isso aí para vir 100%”, tranquilizou.

GavioesDaFiel et Bateria1

Outros Destaques

Desde 2010 à frente da Ritimão (até 2018 como madrinha e a partir de 2019 como rainha), Sabrina Sato veio fantasiada e engrandeceu ainda mais o ensaio técnico dos Gaviões da Fiel.

Veja mais imagens do ensaio

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