Início Site Página 143

O Traviarcado Brilha na Avenida: Paraíso do Tuiuti Exalta Acolhimento e Inclusão em Carro Alegórico Histórico que homenageia em vida mulheres trans e travestis da sociedade brasileira

O Paraíso do Tuiuti promete um dos momentos mais marcantes do Carnaval deste ano com a sua quinta alegoria que celebra o acolhimento, a inclusão e a força do Traviarcado, um termo que simboliza o empoderamento das pessoas trans e travestis na sociedade brasileira. No centro dessa grandiosa alegoria, estarão 29 personalidades trans e travestis de diferentes gerações e áreas de atuação, representando a resistência, a arte, a política, a cultura e o ativismo LGBTQIAPN+.

O carro, que trará uma cenografia imponente inspirada em templos de acolhimento e resistência, será adornado com elementos simbólicos como asas douradas, espelhos gigantes e um grande abraço esculpido, representando a proteção e o amparo da comunidade LGBTQIAPN+. A alegoria reflete a importância da inclusão e da valorização de corpos historicamente marginalizados no Brasil.

‘’Estar aqui hoje é sem dúvidas o melhor momento de uma reparação histórica brasileira. O Brasil é um país que mais assassina a população de travestis e transexuais, mas ao mesmo tempo é o que mais consome a pornografia trans, esse enredo se faz muito necessário, fazer esse momento de visibilidade desse corpo transvestigênero, nesse espaço, que é a maior festa do mundo e que vai estar aí colocando em volta a população de travestis que vive na esquina, que vive na rua e que não tem escolaridade, que não tem empregabilidade e que não tem o nome garantido. Estaremos todas travestis, a maioria assim vários estados, são 28 traviarcas do movimento trans no Brasil que serão homenageadas em vidas. A gente tem o costume de homenageá-las mortas e nesse momento a importância para mim é dizer que eu estou viva para ver uma escola falar sobre a população travesti e transgênero no Brasil’’, declara Mara Cunha, Diretora executiva do grupo conexão G, uma organização que trabalha com a população LGBT de favelas.

WhatsApp Image 2025 03 05 at 00.43.02

Entre as homenageadas, nomes como Isa Silva, estilista brasileira e Monique Reis, a primeira mulher trans a fundar e presidir uma escola de samba no Brasil, a Imperatriz do Morro de Taubaté, primeira jornalista a fazer a cobertura de um carnaval e a primeira historiadora chefe do Jornal do Brasil.

Para Isa Silva, é muito importante estar nesse lugar de destaque em um desfile que faça sobre Xica Manicongo. ‘’O Brasil é o país que mais mata pessoas trans e quando o Tuiuti traz isso para o carnaval está entrando na televisão das pessoas, onde minha avó assistia, onde todas as pessoas assistem e apresentam para a família brasileira quem somos, as nossas travestis. Isso é muito importante, a gente está entrando pela porta da frente na casa das pessoas’’, relata a estilista.

WhatsApp Image 2025 03 05 at 00.42.46

Isa diz estar tão honrada com o convite e muito feliz de estar com outras mulheres nessa alegoria, como cantoras, atrizes, advogadas e ativistas.

Já Monique Reis se emociona ao falar sobre o significado do desfile ‘Minha vida é carnaval, amo carnaval, nunca imaginei estar aqui sendo homenageada, já me imaginei de estar aqui musa, mas sendo homenageada é algo que superou todas as expectativas e eu espero que o traviarcado agora mostre sua força e seja igual a repartição pública, toda escola de samba que tiver uma travesti que coloque uma foto do Jaque no quadro porque ele merece. Estar aqui é o resultado de uma vida. Em 1994, eu estava na minha casa com a minha avó, eu vi a Imperatriz Leopoldinense com os leques do Fábio de Melo e eu decidi amar o carnaval, fundei a escola chamada Imperatriz do Morro, que é a filha da Imperatriz Leopoldinense e já fiz muita coisa, dediquei minha vida por isso. Viva  Jaque, viva a Tuiuti, viva o traviarcado e eu sou travesti’’, declara a jornalista.

WhatsApp Image 2025 03 05 at 00.43.16

As fantasias foram desenhadas para refletir a diversidade e a grandiosidade dessas personalidades. Cada uma delas usará figurinos inspirados em divindades e realeza que tem a ver com a origem de Xica Manicongo. ‘’Esse último carro foge um pouco do restante da história da escola para partir mais para a atualidade de realeza e vem as mulheres,  mulheres trans, travestis que são importantes para comunidade no Brasil. Ele tira um pouco dessa característica de carnavalesco e coloca mais como realeza com essa despegada mais colorida e com a pegada e representação de cada mulher trans que está vestindo ele’’, relata Samira Fiori, aderecista da escola.

WhatsApp Image 2025 03 05 at 00.43.32

A alegoria retrata uma Xica Manicongo estilizada com uma estética ‘’queer’’ em tons de rosa assentada na frente do movimento traviarcal, onde todas estão super coloridas como se fossem um arco-íris.

O Paraíso do Tuiuti, que já tem tradição em enredos politizados e sociais, escreve mais um capítulo importante no Carnaval carioca. O carro do acolhimento e da inclusão não será apenas uma alegoria desfilando na Sapucaí, mas um símbolo de luta, orgulho e pertencimento.

Entre Homens e Máquinas: o futuro em debate no desfile da Mocidade

Ao se tratar de futuro, a Mocidade traz o presente e suas tecnologias. A inteligência artificial também está no enredo. No setor 4 “Conexões Planetárias”, a escola questiona a relação do homem com a tecnologia, as dependências da máquina, a crença de que uma vida automatizada consegue superar as adversidades da natureza.

Com a alegoria “A Inteligência Artificial Desafia O Pensador”, a Mocidade faz um alerta questionando onde o pensamento humano chegará com o uso massivo de inteligência artificial. Pontuando a ausência de pensamento crítico e a falta de ética.

Colocando o questionamento de “quem pensa é o homem ou a máquina?” como o grande dilema do mundo contemporâneo, o carro veio com diversos robôs em posição pensativa e um cérebro no meio da alegoria, simbolizando essa relação conflituosa entre o ser humano e a tecnologia.

As componentes da alegoria, chamadas “Conexões Veredas”, representavam a crescente interação entre o homem e a tecnologia e destacaram ao CARNAVALESCO o tom crítico e reflexivo da obra.

“Esse carro é perfeito, a fantasia está incrível, muito linda. Somos uma crítica e um alerta ao uso da inteligência artificial e da tecnologia. Pois, até certo ponto a IA nos beneficia, mas tem que saber ser usada. Dependendo da forma como ela é usada, ela pode atrapalhar mais do que ajudar. Eu acredito que o ser humano pode se tornar dependente do pensamento gerado pela IA. Eu até uso, mas pouco, sempre com moderação”, contou a estudante de publicidade Letícia Altina, de 21 anos e que há 3 desfila na Mocidade.

image0 3

 

“Somos mais um carro muito futurístico, as cores vão brilhar demais no desfile. Ele vem falando do uso da inteligência artificial, além da relação da tecnologia com o meio ambiente, questionando como vai ser daqui para frente com a IA entrando na nossa rotina cada vez mais. Eu acredito que o uso de toda a tecnologia tem que ser muito dosado, mas eu não repúdio nenhuma tecnologia, porque isso fez a gente chegar até onde a gente está hoje, seja na educação, na ciência, que são áreas muito importantes. Mas sem um controle podemos nos tornar dependentes. Se não tiver uma legislação boa e um órgão representante regulamente isso, iremos ter problemas. Tanto que agora está proibido o uso de celulares em escolas, porque isso tem um grande impacto social. Eu faço uso de IA, porque faço faculdade e algumas pesquisas a gente consegue com uma rapidez fazendo o uso. Mas tem coisa que só se consegue realmente lendo e pesquisando”, disse a estudante de economia, Fernanda Lopes, de 20 anos, há 3 como componente da escola.

image2 4

É perceptível que a alegoria fez com que as componentes refletissem sobre o uso de IA no seu cotidiano, o carro sendo composto majoritariamente por jovens universitárias, deixa nítido que a mensagem foi entendida.

“O nosso carro ele vem criticando inteligência artificial, tanto o carro, quanto o desfile todo é  uma crítica de que a gente tem que olhar para o nosso passado, para enxergar o nosso futuro. Tem coisas que somente o ser humano pode dar para outros seres humanos. E isso não vai ser substituído por inteligência artificial ou qualquer outro tipo de tecnologia”, pontuou Ana Luisa Ribeiro, estudante de direito de 21 anos, que desfila há 5 anos pela Verde e Branco.

image3 6

Também houve críticas, agora em tom político, em outra alegoria da Mocidade. O tripé “Jogos Vorazes Do Terceiro Milênio”, relembrou a alegoria  “Diversões eletrônicas” do garoto jogando vídeogame do enredo de 1993: “Marraio, feridô sou rei”, a imagem é emblemática por advertir para os perigos da alienação provocada pelos jogos eletrônicos. O tripé de 2025 trouxe dois robôs jogando um jogo de luta, no qual os lutadores são pessoas influentes, na política e na tecnologia.

“Como todo o enredo, o Renato e a Márcia, que nos deixou, fazem releituras de obras que foram sucesso em carnavais feitos por eles no passado. O carro do robô jogando videogame é uma alusão ao menino que joga videogame de 1993. E agora, no ano de 2025, a gente traz uma proposta de um jogo que se chama “Combate Tecnológico”, onde tem a disputa pelo poder, pela força da tecnologia no mundo, primeiro representando grandes potências como Estados Unidos e China, nas figuras de Elon Musk e Xi Jinping. A gente também traz outros grandes homens das big techs como Mark Zuckerberg, Lou Fuli, que despontou através da inteligência artificial Deep Seek da China, e Jeff Bezos da Amazon. E a gente faz uma brincadeira de carnaval, com os nomes abrasileirados para cada um deles. Elon Musk como Elias, Xi Jinping como Chico, Luo Fuli como Luana, Jeff Bezos como Jefferson e Mark Zuckerberg como Marcos. E eles lutam num cenário de um Rio de Janeiro futurista e distópico e o árbitro desse combate  é ninguém mais, ninguém menos que o próprio carnavalesco Renato Lage”, contou o criador da projeção, Felipe Machado, de 31 anos.

image4 4

A Mocidade, com sua abordagem crítica e futurista, buscou provocar reflexões profundas sobre o impacto da inteligência artificial na sociedade. O enredo destacou tanto os benefícios quanto os desafios desta tecnologia, questionando até que ponto ela pode substituir a essência humana. Com criatividade e um olhar atento para o futuro, a escola reafirmou o papel do carnaval como espaço de debate e conscientização.

Renato Lage e a Mocidade: a magia está de Volta

Resgatando o seu passado, a Mocidade reflete sobre o futuro na avenida resgatando sua identidade. Na volta do carnavalesco Renato Lage à escola, onde ganhou três dos seis títulos da escola, a Verde e Branco da Zona Oeste faz tem como enredo um tributo aos seus anos de glória e a relação bem sucedida com o Mago, apelido de Renato.

O futurismo sempre esteve presente na história da Mocidade. Em 1985, por exemplo, a escola brilhou com o enredo “Ziriguidum 2001, Um Carnaval nas Estrelas”. Essa característica foi ainda mais marcante com Renato Lage, responsável por consolidar a estética high tech na Verde e Branco, com carros vazados e uma estética vanguardista, que sempre causava surpresa e comoção ao virar o joelho da Sapucaí.

Para muitos independentes, o enredo de 2025 tem a intenção de presentear esses independentes, que desde meados dos anos 2000 pedem a volta desses enredos e da estética do Mago. Em resumo, é uma oportunidade para o independente se reconectar com aquele seu eu jovem, apaixonado por essa escola diferenciada. É um carnaval para o independente se reencontrar com sua fase vencedora. É um carnaval para o independente se reconectar com sua identidade.

O CARNAVALESCO ouviu alguns componentes da concentração da escola e a felicidade de ter o Renato Lage novamente na escola é unânime e as expectativas estão nas alturas.

“A volta do Renato é algo maravilhoso! Nós estávamos esperando isso há muito tempo. A Mocidade ama o Renato, também estamos bem doídos com a partida da Márcia, mas foi o tempo dela. O que mais me chamou a atenção aqui foram os carros que estão divinos, é a marca registrada do Renato, então está bem dentro do enredo. A volta para o futuro e não esquecendo do passado. O carro dos Flintstones está maravilhoso, achei encantador! Está tudo maravilhoso. Estou torcendo muito para termos uma boa colocação, quiçá, campeões. O Renato está sempre à frente do seu tempo, talvez ele seja aquariano. Mas com ele de volta à nossa escola, a nossa emoção está no auge, estamos muito encantados com o enredo, com as alegorias. Será um verdadeiro reencontro da Mocidade com a sua própria identidade, com a sua história”, disse a componente da velha guarda, Regina Maranches, de 75 anos e componente da escola há 8.

image1 5

“Sou Mocidade há vida toda, vi o Renato chegar, sair e agora vê-lo voltar é maravilhoso. Acredito que esse enredo que ele criou trouxe paz. Essas fantasias trazem paz para a gente, são lindas, um trabalho maravilhoso. O trabalho do Lage sempre trouxe essa estética tecnológica, essa coisa de luz, carro vazado e eu acho maravilhoso, esse é o caminho para o futuro”, afirmou Miriam Bastos, aposentada de 64 anos de idade.

image2 3

Há 17 anos na Sapucaí pela Mocidade, Thais estava tremendo na concentração e apaixonada pelos carros da escola.

“Para a gente que ama a escola e que viu tudo que o Renato fez pela gente, é muito emocionante estar aqui e poder fazer parte disso tudo de novo. Ele é um gênio. Se a gente está aqui hoje, se a gente é o que a gente é hoje, tem muito a mão dele e também da Márcia. Então, é como estar nas nuvens, estou torcendo para que tudo dê certo e a gente faça o melhor, se Deus quiser. Tudo que relaciona a tecnologia no carnaval, começou com ela, com toda modéstia, óbvio, e respeito a todas as outras, mas fomos o espelho para que as outras viessem fazer isso depois, é uma honra para gente e tê-lo de volta. Eu estou olhando aqui emocionada porque é uma coisa que eu, quando criança, vi nos outros desfiles e eu estou podendo participar. Então é muito emocionante, eu estou muito feliz. Olhando essas fantasias, os carros, as luzes de led, a gente vê a Mocidade e se você olhar, ela acesa ou ela apagada, você sabe que quem fez foi o Renato. A gente que vive a escola o ano inteiro, fica feliz por tudo que acontece com ela, então eu estou nervosa, me tremendo, mas estou muito confiante que vai dar tudo certo e que a gente vai fazer um carnaval muito bonito, se Deus quiser”, contou Thais Mallet, recepcionista de 31 anos.

image3 5

 

A justificativa do enredo defende que  a escola está fazendo uma viagem intergaláctica até sua estrela guia, onde ela se reconecta com o seu brilho mais intenso, o de uma estrela ainda jovem despontando na passarela do samba, foi dessa maneira que a Mocidade viveu os seus anos de glória na década de 90. E hoje pisa na Sapucaí saltando mais uma vez para o futuro, trilhando caminhos desenhados pelas estrelas que de qualquer maneira, fará com que a escola se encontre com o seu passado, com a própria identidade, soberana, singular e visionária.

“A escola está linda, as fantasias estão leves, dá para evoluir. Esse enredo é a cara da escola, ela revoluciona com os carros, ela chegou trazendo muita coisa nova e sempre trouxe muita surpresa. Então vai ser lindo, podem esperar, quem está na arquibancada nem imagina, meu filho, o coração está acelerado e louco para entrar na avenida, para evoluir. Aquele povo todo na arquibancada vai gritar. É maravilhoso, é uma sensação maravilhosa. Dá vontade de chorar quando na avenida”, disse Kátia Narciso, de 60 anos, desfilando há 11 pela Mocidade.

image4 3

É uma unanimidade, a Mocidade pisa na avenida em 2025 reencontrando sua história, suas glórias e características que já fizeram sua estrela brilhar.

“É o primeiro ano que eu desfilo na Mocidade, mas eu sou independente desde que nasci, moro em Bangu e estou sempre lá na Vila Vintém. Eu achei maravilhoso a volta do Renato, porque ele sempre trouxe títulos para a gente. Tomara a Deus que esse ano seja mais um. Eu adorei essas coisas cósmicas que falam do espaço cideral, além das cores, a vibração do pessoal que está dançando, é tudo maravilhoso. O enredo e a volta do Renato é um encontro da Mocidade com sua própria história, a gente sempre falou de futuro, ela sempre teve essas cores neon, sempre esteve a frente no tempo dela. Então estrear na minha escola esse ano vai ser uma emoção única no mundo. Que a gente esteja lá junto com a mesma animação que a gente veio nos ensaios técnicos e agora vai ser nota 10, com certeza”, contou a professor Marilene de Castro, professora de 66 anos.

image5 3

Com isso, a Mocidade ressurge em busca de sua memória, inovação e paixão. O retorno de Renato Lage não é só a retomada de uma estética vanguardista, mas também a reconexão da escola com sua essência. Entre luzes, cores e emoção, a Verde e Branco da Zona Oeste reafirma sua identidade e mostra que, ao revisitar o passado, é possível projetar um futuro ainda mais brilhante.

Camarote Rio Praia na Sapucaí: Exaltação ao samba e Experiência Inesquecível no Carnaval Carioca

O Carnaval do Rio de Janeiro é um dos maiores espetáculos do mundo, e para quem busca uma experiência exclusiva, os camarotes da Marquês de Sapucaí são a melhor opção. Entre eles, o Camarote Rio Praia se destaca por sua sofisticação, atrações de alto nível com artistas do samba e uma visão privilegiada dos desfiles das escolas de samba.

Com uma nova roupagem, a marca do Camarote retrata fielmente o Rio de Janeiro. Julia Rodrigues, Head de Marketing do camarote Rio Praia,  diz que “a gente idealizou trazer uma marca atualizada que tivesse a ver com o Rio Praia, porque o Rio Praia é um nome muito forte. Quando a gente pensa em Carnaval, quando a gente pensa em turista, a primeira coisa que eles vivenciam antes de vir para a Sapucaí, é o Rio de uma forma geral e a praia. quando a gente fala Praia, eu penso que em Copacabana. O meeting point do Rio Praia, há 7 anos, é Copacabana. Por que não? Por que que a gente não traz as nuances do mar, da praia de Copacabana, do calçadão, para dentro dessa logo para gente comunicar esse camarote”.

WhatsApp Image 2025 03 04 at 23.08.08

Com uma pegada mais carioca, a nova marca do Rio Praia reflete amor e paixão, uma identificação encontrada em uma conversa do marketing com os sócios, que têm esse amor e valorização pelo Carnaval, sendo o principal atrativo do camarote.

“Nossa maior atração são as escolas de samba. É toda a arte propagada na Marquês de Sapucaí.Quando a gente se deparou para entender quais são esses shows, esses shows também são 100% samba. São os nossos maiores artistas, tanto da atualidade, quanto os mais experientes da música popular brasileira, que é o samba”, afirma Júlia.

 

Valorização aos artistas do samba

O diferencial dessa nova identidade é continuar levando os artistas do Carnaval para essa comunicação, desde já renomados, até os que ainda estão crescendo nas redes sociais, sendo um lugar para aproximar o mercado das escolas de samba,

“trouxemos a Amanda Oliveira, que é uma das musas da comunidade da Portela, na verdade foi a primeira musa da comunidade da Portela para fazer a ativação de marca, a primeira campanha dela junto a Pandora, então a primeira campanha dela da vida foi uma marca internacional. A gente entendeu o nosso lugar, nós somos um lugar que pode aproximação, nos colocamos como um subproduto das escolas, porque sem elas a gente não existiria, a gente não ia ter esse lugar de glamour, então esse novo reposicionamento é justamente para entender o lugar também que o camarote está na Marquês de Sapucaí, que ele nunca está acima ou à frente das escolas de samba. Nós somos parceiros aliados para fazer esse espetáculo maior ainda”, declara a Head de Marketing.

 

Embaixador Rio Praia

O ator Samuel de Assis é o único homem embaixador do camarote e relata sobre o sentimento de orgulho e felicidade por esse posto, sobre a importância e a valorização da origem dessa grande festa que é o Carnaval.

‘É um resultado de uma luta grande, de uma luta minha, de tentar e conseguir me transformar em um homem do Carnaval, é uma luta de todos que compõem a equipe do Rio Praia em poder conseguir ir inovar dessa forma. Demorou para isso acontecer, que pena, mas eu estou muito feliz de ser pioneiro nesse lugar, de brigar por isso, de dizer homens musos, lindos, todos apareçam, venham. A gente também tem que estar nesse lugar, principalmente sendo um homem preto porque eu acho que a minha luta sempre foi, vai continuar sendo sempre brigar para que as pessoas entendam de onde o Carnaval nasceu, de onde o Carnaval veio. Entendam que o Carnaval é uma festa preta, que é a mais democrática do mundo, que é para todo mundo e todo mundo é muito bem-vindo. Ninguém entra no médico sem saber onde aquele médico estudou, sem saber que que especialidade aquele médico tem. Ninguém entra em qualquer trabalho, em qualquer festa, sem saber da procedência da festa’’.

Samuel complementa que tem essa luta, e é uma luta que o Rio Praia começou a ter e me isso o orgulha bastante, a ponto de ter esse encontro muito feliz nessa luta conjunta assim. O carnaval está na vida do ator desde muito tempo, ele diz que ‘’desde que eu nasci assim, eu lembro, eu vivi, eu vivo o carnaval desde que eu nasci literalmente. Eu tenho memórias de muito pequeno aprendendo a andar, aprendendo a falar e fantasiado já nos carnavais de clube de Aracaju, que é de onde eu sou. sei Se você falar das melhores memórias que eu tenho na vida, é sempre de Carnaval’’.

WhatsApp Image 2025 03 04 at 23.08.08 1

Com  muito comprometimento e responsabilidade, Samuel reforça o quanto é importante enquanto pessoa pública  valorizar os verdadeiros artistas do samba e estar em um lugar que garante isso.

‘’Eu acho que nós como pessoas públicas temos esse dever, de fazer com que o público em geral lembre a verdadeira origem do Carnaval. Lembre que eles são bem-vindos, mas que eles tem que saber onde eles estão pisando. Acho que esse é o nosso principal papel. Por isso que eu criei o Carnaval de Samuca, por isso que eu aceitei esse embaixador do Rio Praia’’, declara Samuel.

O embaixador finaliza ressaltando que ‘’o camarote está lindíssimo de viver. É muito show bom, muita bebida boa, muita gente bonita, um local privilegiadíssimo’’.

Parcerias

A Non Stop, uma das maiores agências de influenciadores da América Latina, foi chamada para agregar a esse trabalho de comunicação para fortalecer a marca, as pessoas entenderem essa nova roupagem, essa nova identidade, que é como se o camarote estivesse criando uma nova marca, praticamente.

“É um novo reposicionamento do camarote e a marca veio para trazer grandes influenciadores que também nunca vivenciaram a experiência para poder chancelar essa marca para o público e a gente mostrar que o Rio Praia, ele tá aqui de braços abertos para receber quem quer que seja, porque a gente entende que o carnaval é para todos, porém a gente também sabe que é uma cultura preta que a gente precisa valorizar, e o que a gente quer mostrar para esse público que quer estar na na Sapucaí, é o que o preto tem de melhor”, destaca Júlia Rodrigues.

Além da Non Stop, o Rio Praia  iniciou o  trabalho depois da identidade visual com a Pandora. A marca Pandora, que já está no Carnaval do Rio de uma forma mais intimista, indo para o seu 4º ano, estava buscando um novo lugar para fazer o camarote da Pandora no Carnaval.

“A gente acabou entendendo que tudo que a gente estava retratando como planejamento para trabalhar fazia sentido com o planejamento da marca Pandora, e através disso a gente identificou que a marca comunica para a grande América Latina, né? Lógico, ela ultrapassa essa barreira. A gente está falando de uma marca internacional, mas o foco da marca é muito a América Latina. E através disso, por que não também fazer com que o Rio Praia ultrapasse essa barreira junto com a marca?”, enfatiza Júlia.

Estrutura e Serviços

Localizado em uma posição estratégica na avenida, o Camarote Rio Praia está no setor 10, em frente ao segundo recuo da bateria e oferece uma vista panorâmica da Passarela do Samba. Com uma estrutura moderna e confortável, o espaço conta com lounges, áreas de descanso, há um serviço de open bar com drinks exclusivos e opções gastronômicas sofisticadas, garantindo que os foliões desfrutem de uma noite memorável.

Independente de Olaria brilha no canto, mas falhas e estouro de tempo comprometem o desfile

Por Márcio Guilherme

Primeira escola da noite, a Independente de Olaria levou para a avenida o enredo, ”Vagalume: O lumiar do rio negro”, desenvolvido pelos carnavalescos Ariel Portes e Ester Domingos, foi uma homenagem a Francisco Guimarães um dos raros jornalistas negros e cronista do século XX, ao qual ganhou destaque por documentar os aspectos sociais de uma cidade em constante transformação.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

A agremiação se apresentou na avenida Intendente Magalhães com o canto forte dos seus componentes, contudo apresentou falhas individuais e na evolução, prejuízos esses que acarretaram no estou de tempo do seu desfile.

olaria desfile25 2
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Comissão de frente

Comandada pela coreógrafa Ranna Jallahs, se apresentou em todos os módulos de jurados com muita sincronia, uma encenação forte como exigida pelo tema ao qual retratou bem o regime militar, sob a ótica da personagem do desfile, com muita leveza e leitura clara do enredo. Foi muito bom o trabalho. Foram dispostos a conseguir a nota máxima.

Mestre-sala e porta-bandeira

O casal Gabriel Galvão e Laís Menezes, vinham se apresentando com muita técnica e sincronismo, até que durante a apresentação diante do segundo módulo, a Porta-bandeira perdeu o equilíbrio e caiu durante a sua apresentação, por conta do peço da sua fantasia e por não estar usando o salto adequado, o que gerou uma certa insegurança no decorrer das suas apresentações no desfile.

olaria desfile25 1

Harmonia e Evolução 

Os componentes vieram vibrantes e cantando o samba da escola, até mesmo em alguns momentos agitando a arquibancada.

No decorrer do desfile, houve problemas com os carros alegóricos, ocasionando aberturas e espaçamentos entre as alas. O peso das fantasias comprometendo a performance individuais como da porta-bandeira, das baianas com clara a dificuldade de execução, o que acarretou nos atrasos, gerando a correria no ultimo treco do seu desfile, na tentativa de evitar o estouro do tempo, nada adiantou. Encerrou o seu desfile em 41 minutos.

Samba

O samba dos compositores Romeu D’Malandro, Gabriel Simões, Rodrigo Tinoco, Renan Diniz, Geraldo M. Felício, Gabriel Machado, Josy Pereira, Denis Moraes, Ricardinho Professor, Marcelo Mineiro, Telmo Augusto, Gilsinho da Vila, Silvano e Laura Texeira, passou muito bem a leitura do enredo. De fácil linguagem e melodia leve, foi uma obra muito bem interpretada pelo Rodrigo Tinoco e todo o seu carro de som, fizeram o grande diferencial contagiando os componentes.

Outros destaques

As brilhantes apresentações do intérprete Rodrigo Tinoco e do carro de som foram os grande diferenciais no desfile ao cativar os componentes a cantar o samba. Na regência do mestre Marquinhos Swing, os ritmistas foram pontuais e precisos nas nuances. Determinantemente ousados nas bossas, ao qual enriqueceram juntamente com o carro de som o samba. Foi um casamento perfeito de sincronismo.

Império de Nova Iguaçu encanta com comissão de frente e Bruno Ribas, mas falhas de evolução comprometem desfile

Por Márcio Guilherme

O impacto da comissão de frente e a excelente interpretação do Bruno Ribas, foram os destaques da Império de Nova Iguaçu, mas problemas de Evolução comprometeram o seu desfile. Terceira escola da noite e estreante da Série Prata, a Império de Nova Iguaçu levou para a avenida o enredo “O paraíso Noçokem” desenvolvido pelos carnavalescos Larissa Pereira e Hugo Ribeiro, contou sobre a fantástica viagem à floresta encantada no coração da Amazônia, protagonizada pela Nação Sateré-Mawé. O que começou como um grandioso desfile, acabou sendo prejudicado por conta dos erros de evolução da escola.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Comissão de frente

Comandada pela coreógrafa Alinne Kelly, se apresentaram com muita performance e sincronismo; com efeitos especiais para abrilhantar mais ainda a encenação de um verdadeiro e beirando a realidade do ritual indígena. Se apresentou muito bem, dispostos a ganhar a nota máxima.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Yago Silva e Lohane Lemos fizeram prevalecer toda a experiência dançando juntos. Com muita performance e sincronismo, em excelência se apresentaram e defenderam com muita determinação o pavilhão da escola diante de todas as cabinas de jurados e trazendo o público da intendente para o desfile. Foram em busca da nota máxima.

imperionovaiguacu desfile25 1
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Harmonia e Evolução 

Os componentes apresentaram oscilações de canto entre as alas e não absorveram a emoção do samba, mesmo com a excelente interpretação do Bruno Ribas e do carro de som.

A agremiação vinha se apresentando bem, mas com uma certa lentidão, ao qual ocasionou a corrida e vários espaçamentos entre as alas no final do seu desfile para evitar a o estouro do tempo que nada adiantou. A agremiação terminou o seu desfile em 43 minutos e 17 segundos.

imperionovaiguacu desfile25 2

Samba

A composição de Samir Trindade, Rene Barbosa Herval Neto e Daniel Paixão, interpretada por Bruno Ribas e carro de som, deu conta do recado ao transmitir toda a emoção do samba. Com uma letra de linguagem fácil e de nuances melódicas, fizeram dessa obra completa. Uma verdadeira poesia.

Outros destaques

A brilhante apresentação de Bruno Ribas mais o carro de som e a apresentação da comissão de frente foram os pontos altos do desfile. Os ritmistas comandados por Marven Almeida, se apresentaram com muita ousadia nas bossas que trouxeram um resultado muito positivo em complemento ao carro de som, ao fazer do samba mito rico. Excelente performance.

Acadêmicos de Santa Cruz empolga com comissão de frente, mas ‘excesso de alegorias’ quase compromete o desfile

Por Juan Tavares

A Acadêmicos de Santa Cruz despertou o melhor na sua comunidade com direito à torcida organizada com bandeira e tudo. Claro que, o público foi bastante respeitoso às demais agremiações que percorreram antes o trajeto da Intendente. A comissão de frente chegou chegando com uma caracterização única e marcante, com seus componentes vestidos nas cores verde e branco, as mesmas da escola. David Lima, responsável pela coreografia da comissão, merece um prêmio pelo modo em que pensou os passos deste ano.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

santacruz desfile25 2
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

O problema mesmo ocorreu no final, por conta da variedade de carros alegóricos que a escola apresentou. A exuberância, graciosidade e pompa atrapalharam de forma sutil o fim do desfile que por pouco não estoura o tempo estabelecido pela Superliga Carnavalesca.

Comissão de Frente

Os componentes vestidos de verde, como uma espécie de peixes dançaram e performaram bem a coreografia proposta por David Lima. Não houve um erro sequer no tempo nem na execução, os componentes mantiveram a sintonia até o fim da apresentação da escola.

Mestre-sala e porta-bandeira

Diego Falcão e Jaqueline Gomes foram excepcionais na apresentação. O casal esteve conectado, pareciam feitos um para o outro. A parceria se renovou para 2025 e, provavelmente, se repetirá em outros carnavais. A maestria como deles apresentou, ao mesmo tempo delicadeza e robustez. Eles podem e devem ser tidos como referência para as próximas gerações que postulam o cargo.

santacruz desfile25 1

Harmonia

As alas estavam em perfeita harmonia umas com as outras. Os intérpretes colocaram torcedores e os componentes a cantarem a plenos pulmões sem cansar. Era notável o amor à escola não só pelos detalhes feitos à mão nas alegorias e fantasias, como também pela verdade com que todos presentes ali se entregavam de coração à mistura de cores, passos e sons. A bateria performou com qualidade, de tanto ensaiarem repetidamente o modo de fazer Carnaval. Afinal, por mais que a perfeição não exista, tenta-se chegar o mais próximo dela.

Evolução

A evolução esteve boa na maior parte do tempo, com carros alegóricos cheios de pompas, a escola cantando o tempo todo, as alas unidas, apesar de diferentes em aspectos técnicos e de fantasia. No final, Santa Cruz ficou mais acelerada para terminar a apresentação no tempo cravado pela SuperLiga.

Samba

Este ano a escola escolheu como samba a canção “Os Sagrados Altares Tupiniquins” dos autores Elias Andrade, Rafael Lima, Samir Trindade, Aurelio Brito, Zé Gloria, Pierre Perez, Luiz Brasilia e Carla Barreira e interpretada por Roninho Remandiola.

O trecho do enredo: “Eu tenho Maria e Oxalá Jesus. Eu tenho Zumbi, pajés e Exus. Erês e Caboclos, axé da história e a Santa Cruz no congá da vitória” mostra como o preconceito religioso vindo da Europa pelo mar criou a intolerância ao povo negro e indígena, acima de tudo às suas religiões tachadas como demoníacas, perversas. Ao mesmo tempo, a música exalta a essa mistura de credos que existem no Brasil.

Outros Destaques

A rainha de bateria Letícia Guimarães entregou muito, mas muito carisma, beleza e samba. Além disso, ela conseguiu mostrar aos torcedores (súditos) da escola como é reinar com elegância, humildade e responsabilidade de desempenhar um papel tão importante numa escola.

As musas Juliana Ribeiro e Paula Lacer também abrilhantaram o desfile. Elas foram essenciais para a evolução da escola na noite de ontem. Não faltam elogios a serem tecidos à dupla pela simpatia, visual e interpretação na escola.

Com garra, Leão de Nova Iguaçu supera desafios e faz bom desfile na Intendente Magalhães

Por Julia Fernandes

Na madrugada desta terça-feira, o Leão de Nova Iguaçu atravessou a Avenida Intendente Magalhães com imponência, reafirmando sua identidade e sua força na Série Prata. Com o enredo “O Grande Obá”, a escola trouxe para a pista um desfile carregado de simbolismo, exaltando Xangô na figura de Aganjú e suas conexões com o sincretismo de São Jerônimo.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Comissão de Frente

A comissão de frente foi um verdadeiro convite para adentrar o universo místico do enredo. Com coreografias dinâmicas e uma plástica envolvente, os componentes encarnaram a força de Aganjú, demonstrando sua coragem e sabedoria. A coreografia, assinada por Maicon Teixeira, soube traduzir com maestria a essência do enredo em movimentos marcantes. Durante a apresentação, houve uma troca de figurinos, o que adicionou um elemento surpresa ao desfile. No entanto, a execução não foi perfeita: algumas roupas da comissão caíram e a sincronização dos componentes não foi uniforme, o que comprometeu parte da apresentação.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Ângelo Virtude e Sued Monteiro brilharam sob os holofotes, conduzindo com graça e respeito o pavilhão da escola. O casal demonstrou uma conexão forte e carisma inquestionável, o que encantou o público e os jurados. Sued, com um figurino majestoso, evocava a realeza africana, enquanto Ângelo dançava com leveza e precisão. No entanto, o chapéu da porta-bandeira caiu no meio da evolução, o que pode impactar na nota do casal.

leao iguacu desfile25 1
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Harmonia

A comunidade do Leão de Nova Iguaçu mostrou que canta com alma, mas sua participação poderia ter sido mais intensa. O samba-enredo ecoou forte na Intendente Magalhães, mas em alguns momentos, percebeu-se que a escola cantou pouco, o que pode comprometer a avaliação geral. Ainda assim, o coro dos componentes e do público ajudou a sustentar o desfile.

Evolução

O Leão atravessou a avenida sem percalços, mantendo uma evolução fluida e bem distribuída. Os componentes demonstraram organização e empolgação, sem deixar buracos ou problemas de espaçamento. O entrosamento entre as alas e a bateria foi essencial para que a escola passasse com garra, sem comprometer a apresentação. No entanto, observou-se que as alas eram pequenas, o que impactou a grandiosidade visual do desfile.

leao iguacu desfile25 2
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Outros Destaques

A bateria, sob o comando de Mestre Nilson Simões, foi um dos pontos altos do desfile. Com cadência e pegada envolvente, os ritmistas incendiaram a avenida, impulsionados pela energia contagiante da rainha Índia Zurich e do rei de bateria Anderson Reis, que deram um verdadeiro show de samba no pé. Apesar disso, a bateria desfilou com fantasias simples, mas se destacou pela organização e sincronia impecáveis.

As musas Nininha Tavares, Kelly Christina, Helen dos Santos e Andressa Fonseca esbanjaram simpatia e brilho, incorporando a essência do enredo em suas fantasias e evolução.

Os carros alegóricos, assinados pelo carnavalesco Leno Vidal, deixaram a desejar em termos de grandiosidade e acabamento. Simples e com detalhes mal finalizados, as alegorias não conseguiram impactar tanto visualmente.

Alegria de Copacabana desfila sem alegorias e luta para permanecer na Série Prata

Por Julia Fernandes

A Alegria de Copacabana atravessou a avenida Intendente Magalhães com muitos desafios, na madrugada desta terça-feira, pela Série Prata. Com o samba-enredo “Carnaval, a Alegria de Copacabana”, a agremiação reviveu os carnavais históricos do bairro mais emblemático do Rio de Janeiro.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

No entanto, o presidente da escola, Maurício Dias, declarou publicamente que a prefeitura impediu a entrada dos carros alegóricos na avenida. Contudo, a própria escola não entregou as alegorias dentro do prazo estipulado, o que justificou a interdição. O presidente também mencionou que muitos componentes acabaram indo embora antes do desfile, o que afetou a força da escola na avenida.

Comissão de Frente

Sob a coreografia de Léo Oliveira, a comissão de frente abriu o desfile com um belíssimo número teatral, representando a evolução do carnaval em Copacabana. As fantasias eram muito simples, mas a coreografia bem elaborada e extremamente sincronizada compensou a falta de luxo.

Mestre-sala e Porta-bandeira

alegriacopacabana desfile25 1
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Estephani Rufino e Fábio Rodrigues protagonizaram um verdadeiro espetáculo na pista, conduzidos pela orientação da coreógrafa Fernanda Costa. O casal demonstrou um vínculo forte, com movimentos bem conectados e uma sintonia que transpareceu em cada giro e evolução. A bandeira da escola foi defendida com garra e elegância, em perfeita harmonia com o enredo.

Harmonia

A comunidade cantou sem força e empolgação o samba interpretado por Francisco Ribeiro, o Chicão. Além disso, foi possível notar que muitos componentes desfilaram de “cara amarrada” e sem animação. O samba-enredo, de melodia contagiante e letra envolvente, ganhou corpo e emocionou na voz do puxador.

Evolução

A Alegria de Copacabana manteve um bom ritmo do início ao fim do desfile, sem espaçamentos ou falhas perceptíveis. As alas, apesar de pouco animadas, estavam bem organizadas, garantindo uma apresentação coesa. O conjunto visual contribuiu para a fluidez da apresentação, com fantasias bem estruturadas e com uma paleta de cores vibrante.

Nos minutos finais do desfile, a escola precisou correr muito para concluir sua passagem, o que acabou comprometendo a evolução e levando a um estouro de três minutos no tempo máximo permitido.

Outros Destaques

A bateria “Furacão da Alegria”, sob comando do mestre Júnior Mikão, foi um show à parte. O ritmo envolvente e os paradãos bem executados incendiaram a avenida. A rainha de bateria, Escarlet Cristina, esbanjou carisma e samba no pé, com um figurino deslumbrante.

Vizinha Faladeira emociona com enredo sobre miscigenação, mas corre contra o tempo na evolução

Por Ana Júlia Agra

A Vizinha Faladeira levou à Intendente Magalhães, na madrugada da última segunda-feira, pela Série Prata, um samba-enredo que abordava a miscigenação e a construção do povo brasileiro. Jorge Vinícius e Jéssica Barreto, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, mostrou sincronia e entrosamento para os jurados, uma coreografia leve e fluida. Já na evolução, a escola acabou enfrentando alguns problemas, com a escola acelerando para não estourar o tempo.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

vizinha desfile25 2
Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Comissão de frente

Sob o comando do coreógrafo Tony Tara, a comissão de frente da Vizinha Faladeira, envolveu o público com uma coreografia que apresentava com o característico humor e personalidade do brasileiro os elementos da nossa cultura carnavalesca para o rei Hassan II, em sua chegada à Mesquita Marroquina. Enquanto dançavam, os componentes entoaram com força e autoconfiança os versos do samba-enredo “Lá vem vizinha/Pioneira/Brasileira/Vencer/É faladeira sim/Não se omite não/Sonhando mais um sonho de João” celebrando. Utilizaram da ilusão de ótica com a mudança de roupa de seus componentes durante a coreografia; baianas que se transformaram em passistas e o rei Hassan II com uma roupa leve, tirando suas vestes reais para curtir o carnaval brasileiro.

Mestre-sala e porta-bandeira

Jorge Vinícius e Jéssica Barreto, apresentaram uma dança cadenciada, com movimentos leves e fluidos. O casal mostrou conexão com o enredo e entre si. A coreografia foi bem executada, entretanto, a saia da porta-bandeira apresentou algumas falhas visíveis na barra de sua fantasia, faltando algumas plumas amarelas, deixando uma parte da estrutura à mostra.

vizinha desfile25 1

Harmonia e Samba

O canto da comunidade oscilou durante sua passagem pela Intendente. Já os intérpretes Enzo Belmonte e Marcelinho conduziram de forma satisfatória o samba envolvente. A bateria comandada pelo mestre Renatinho do Batuque passou pela Passarela Popular do Samba empolgando os foliões que assistiam da arquibancada, com um ritmo contagiante.

Evolução

A escola passou com carros alegóricos grandiosos e muitas alas, o que ocasionou certa correria na escola, para que pudesse fechar o desfile dentro do tempo regulamentar, sem penalidades, o que aconteceu. Contudo, alguns buracos foram feitos em frente aos últimos módulos julgadores.