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Galeria de fotos do ensaio técnico da Vigário Geral na Sapucaí

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‘Casal Foguinho’ e canto forte são o ponto alto de ensaio técnico da Acadêmicos do Tatuapé

Por Will Ferreira e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Naomi Prado, Gustavo Lima, Nabor Salvagnini e Lucas Sampaio)

Algumas escolas são conhecidas pela força de determinados quesitos em particular. No carnaval paulistano, esse é o caso da Acadêmicos do Tatuapé. A agremiação é famosa pela força do canto da comunidade da Zona Leste e, também, pelo chamado Casal Foguinho – Diego do Nascimento e Jussara de Sousa, primeira dupla de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação. Comprovando a fama de tais setores da azul e branca, ambos foram as grandes forças do segundo ensaio técnico da agremiação no Anhembi, neste domingo (09 de fevereiro). A exibição do enredo “Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer É Uma Ameaça À Justiça Em Todo Lugar”, que será o quinto a desfilar na sexta-feira de carnaval (28 de fevereiro) teve 56 minutos.

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Presente no Sambódromo para acompanhar o dia de exibições, o CARNAVALESCO conta tudo sobre a apresentação da Acadêmicos do Tatuapé, quesito a quesito – e já adianta que a agremiação mostrou a força que lhe é característica.

Comissão de Frente

Tatuape et ComissaoDeFrente1

O tripé do quesito veio mostrando ainda menos que no primeiro ensaio técnico, quase que inteiramente coberto por sacos pretos. O que ficou mais claro em relação ao setor foi a disposição dos componentes: um deles claramente tem destaque, com pintura corporal bastante colorida. Os demais tinham uma única cor no corpo – em uma provável marcação de fantasias e/ou de funções na coreografia. Em um rápido momento, todos eles ficam no tripé – mas boa parte da dança ligada ao quesito acontece com muitos dos componentes no chão, interagindo entre si.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Tatuape et PrimeiroCasal1 2

Desde 2012 na agremiação, Diego do Nascimento e Jussara de Sousa tiveram mais uma exibição que explica, de maneira prática, o motivo pelo qual ambos gabaritam o quesito desde 2018. Com exibições arrebatadoras nos quatro módulos, o Casal Foguinho mostrou ótimo entrosamento entre si e também com o samba-enredo – fazendo, em determinados momentos, por exemplo, um gesto tapando ouvidos e orelhas, um dos símbolos universais de sistemas judiciários. Inteiros de azul, ambos cumpriram todas as obrigatoriedades e usaram e abusaram dos giros, bastante rápidos – por sinal, se o ensaio técnico começou com um vento bastante considerável, as correntes de ar diminuíram sensivelmente a partir do primeiro módulo, em sinal de que, aparentemente, até a natureza queria ajudá-los. Isso sem falar nos sorrisos que se tornaram símbolos da dupla.

Tatuape et PrimeiroCasal 3

O próprio casal admite o excelente desempenho: “Hoje, sem a chuva e como a pista estava seca, deu para sentir melhor a coreografia, fazer mais marcação do que a gente já fez no primeiro. Fizemos algumas alterações também devido ao posicionamento, ao andamento da escola, para estar dentro do andamento e poder ajudar a escola também no quesito de Evolução. Hoje, com certeza, em vista do anterior, foi 80% melhor”, disse Jussara. Diego complementou: “Conseguimos sentir bem, de verdade, o que a gente vai fazer no dia do desfile. Conseguimos colocar tudo em prática, tivemos algumas alterações, mas coisas poucas, só para poder entrar no andamento da escola – e viemos muito bem. Agora, como eu sempre falo, nós somos muito perfeccionistas. Claro que ainda vamos trabalhar muito, ajustar algumas coisas, mas a gente está no caminho certo, graças a Deus – e, se Deus quiser, vai dar tudo certo e a gente vai conseguir trazer a nota para essa comunidade maravilhosa”, agradeceu.

Harmonia

O canto da agremiação é reconhecido como, no mínimo, um dos mais fortes de todo o carnaval paulistano. E, novamente, tal característica se mostrou bastante evidente: a única agremiação da Zona Leste no Grupo Especial novamente bradou o samba-enredo aos quatro ventos – sobretudo alguns versos do refrão (a saber: “A ‘Escola da Emoção’ veste a toga da justiça” e “Respeite o meu Tatuapé”).

Celsinho Mody, intérprete da agremiação, falou sobre o ensaio: “Fizemos um excelente primeiro ensaio técnico do carro de som, temos um trabalho técnico muito forte, muito rigoroso em busca do que os jurados querem. Fazemos música, que é o patrimônio maior do samba, direcionamos toda a nossa música dentro do que os jurados querem no balizamento das escolas de samba. Tivemos um bom rendimento no ensaio passado e, agora, fizemos correções técnicas. Colocamos ainda mais alegria, mais emoção. O samba sem emoção não tem graça nenhuma – e, para o próximo, vamos melhorar ainda mais pequenos pontos técnicos e grandes pontos de felicidade para poder colocar esse samba nos braços do povo. Nosso papel é conduzir a escola para cantar, levar a mensagem do samba para a arquibancada, para que as pessoas se sintam seduzidas com esse canto da sereia e venham cantar com a escola. Estamos acrescentando coisas a um trabalho que está sendo feito há cinco meses, e vamos acrescentando coisas na base que já está sólida da minha parte. São dez anos de um trabalho, todos esses anos subiram degraus para esse trabalho. Quanto mais gás tiver, mais gás a escola tem. Ainda tem coisas para acrescentar no sentido de se comunicar mais com o samba no geral, o samba está um pouco mais solto, um pouco mais nos braços do povo. isso também depende da quantidade de pessoas que tem, também. Quanto mais próximo do carnaval, mais a obra cresce. Não falo só a obra do samba, a obra do carnaval. Vamos crescer, crescer, crescer, vamos melhorar”, analisou.

Tatuape et InterpreteCelsinhoAlaMusical

Evolução

Com componentes sempre animados, sorridentes e se movimentando bastante, o quesito também teve bom desempenho ao longo do ensaio técnico. Vale destacar, porém, que alguns harmonias estavam repetidamente pedindo atenção de desfilantes em relação ao alinhamento dentro de cada ala – muito embora não foram notados problemas em tal questão em grupo algum e em momento nenhum do ensaio.

Tatuape et MascoteBateria

Erivelto Coelho, um dos presidentes e integrantes da direção de Carnaval da agremiação, comentou sobre o ensaio: “A cada ensaio é notório que estamos evoluindo. No primeiro ensaio, cumprimos o papel. Estávamos ainda muito tensos, nervosos, porque já é um ano que nós passamos aqui, e acredito que nesse ensaio a escola veio mais solta, veio balançando mais. Essas eram algumas questões que estávamos discutindo durante a semana na quadra. É um ponto positivo. Saímos daqui muito felizes. Que no domingo que vem a gente consiga evoluir ainda mais – e que, no desfile oficial, quanto ao que planejamos lá em abril, tenho certeza que vai ser um espetáculo muito bom. As pessoas vão se surpreender com a Tatuapé”, destacou.

Tatuape et CarnavalescoWagnerSantos 1

Ao ser perguntado sobre o nível de crescimento da agremiação em cada ensaio técnico, Erivelto foi sucinto: “Expressão corporal, andamento, bom contingente. Houve uma evolução muito significativa se compararmos com o último ensaio. Isso é um recado de que estamos dando para a comunidade, todos esses meses e eles vêm escutando, vêm nos entendendo. Acredito que no domingo que vem vai ser ainda melhor. O nosso time é muito competente, nosso casal é muito bom, nossa área musical é muito boa, nossa bateria é muito boa. Os profissionais que aqui estão há muito tempo, entregam há muitos anos e num nível muito alto”, comemorou.

Samba

Se divide opiniões de maneira bastante extremada na bolha do carnaval paulistano (já que conta com defensores ferrenhos e críticos ácidos), a canção teve ótimo rendimento na passarela. Não apenas pelo já tradicional forte canto dos componentes da azul e branco, é importante destacar: cada vez mais à vontade, Leonardo Costa, popularmente conhecido como Léo Cupim, segue em ótimo trabalho à frente da “Qualidade Especial”, bateria da agremiação. O elogiadíssimo carro de som da instituição, comandado por Celsinho Mody e com presenças ilustres como Keila Regina e André Ricardo, também brilhou.

Tatuape et 11

Cupim, por sinal, detalhou a estratégia para o ensaio: “Hoje viemos com o andamento um pouquinho mais tranquilo, a gente deu uma seguradinha no pedal e acho que a escola conseguiu evoluir. Para a bateria esse andamento também é confortável. Cada vez mais está chegando perto de se aproximar do ideal – que é no dia da pista, mas sempre tem o que melhorar. É hora de voltarmos para casa, estudarmos bastante todos os vídeos, fazermos reuniões de diretoria e vermos o que a gente precisa melhorar. Com certeza a gente vai ter pontos a melhorar. Pensamos sempre na construção das bossas, na questão da Evolução da escola e da Harmonia. Creio que esse casamento está rolando legal”, comentou.

Tatuape et Criancas

Celsinho também elogiou a força da canção: “o Samba é muito bom, é um samba redondo, um samba bem enquadrado. a melodia tem um caminho que é bem popular e as pessoas estão cantando bastante. A bateria está redonda com o samba, estamos adicionando com andamento um pouco mais lento que os outros anos. O samba está cumprindo com a sua função”, finalizou o intérprete.

Outros Destaques

A numerosa corte de bateria da “Qualidade Especial” tinha Muriel Quixaba, a rainha, de preto; Carmen Reis, a madrinha, de azul; Talita Guastelli, a princesa, de branco; e Daniel Manzini, o rei. Com eles, um pandeirista.

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Tatuape et 13 1 Tatuape et 9 1 Tatuape et 17 Tatuape et Baianas 2 Tatuape et Baianas 1 Tatuape et Comissao2 Tatuape et 4 Tatuape et CoreografoLeoHelmer 1 Tatuape et InterpreteCelsinhoCarnavalescoWagner Tatuape et MestreLeoCupim 2 Tatuape et MusaTalita Tatuape et PresidenteEduardoSantos 1 Tatuape et Passista Tatuape et RainhaMuriel 3 Tatuape et VelhaGuarda 2

Samba dos Gaviões da Fiel se destaca em meio ao forte calor no segundo ensaio técnico dos Gaviões da Fiel

Por Lucas Sampaio e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Naomi Prado, Gustavo Lima, Nabor Salvagnini e Will Ferreira)

Os Gaviões da Fiel realizaram no último domingo seu segundo ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi em preparação para o desfile no carnaval de 2025. O sol forte que fez no horário do treinamento não impediu que a atuação do veterano intérprete Ernesto Teixeira no comando do carro de som fosse o principal destaque da escola, que fechou os portões após 57 minutos na Avenida. A Fiel Torcida será a quarta a se apresentar no sábado de carnaval pelo Grupo Especial com o enredo “Irin Ajó Emi Ojisé”, assinado pelos carnavalescos Rayner Pereira e Júlio Poloni.

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Integrante da direção de harmonia dos Gaviões da Fiel, Alexander dos Santos afirmou ao CARNAVALESCO estar satisfeito com a evolução do trabalho realizado nesse processo de preparação para o desfile, no qual a escola buscará mostrar ao mundo do samba que voltar entre as campeãs depois de 13 anos não foi por acaso.

“Nós gostamos muito. Conseguimos fazer um trabalho bacana e manter o trabalho do primeiro ensaio. Nós conseguimos cantar bem de novo, ajustar os espaçamentos que tínhamos, os mínimos detalhes que tínhamos para ajustar. Eu acho que a escola ganhou um corpo muito bom, a escola está quase completa e está vibrando bastante. Esse samba ajuda, é um samba que nos agrada muito, o mundo do carnaval já abraçou e eu acho que está fácil, o trabalho está fluindo bacana. A escola está respondendo bastante, as fantasias praticamente esgotaram, o quarto lugar em 2024 nos ajudou bastante a fazer esse trabalho de comunidade, conseguiu fazer a escola abraçar mais. O trabalho de bexiga, o trabalho de braço e perna, movimentação do componente, estamos muito satisfeitos”, declarou.

Alexander acredita que o período entre os dois ensaios técnicos permitiu melhoras em aspectos técnicos da escola, mas que a ausência da totalidade do contingente previsto para o desfile por diferentes fatores impõe um desafio para atingir a preparação ideal no próximo treinamento geral.

“A escola ainda não está completa, pelo sol hoje, as últimas fantasias e tal. É aquele ajuste final, o samba está tranquilo, nós temos muita segurança no samba. Os últimos ajustes ali, espaço de casal, hoje a informação do rádio foi muito melhor. Nós já fizemos um grande ensaio no sábado e hoje corrigimos aquelas coisas pontuais de espaço de casal, espaço de musa, entre outras. Hoje o desfile fluiu muito naturalmente, controlamos bem o tempo aqui. Nós temos que ajustar só um pouquinho da sirene ali porque é um pouquinho do horário também. Hoje já tivemos uma dificuldade com componentes chegando, mas de resto acho que está tudo tranquilo. E o último é praticamente o desfile valendo, ali é o último ajuste, não erra mais. Nós traremos muito do desfile valendo no último ensaio”, afirmou.

Comissão de Frente

GavioesDaFiel et ComissaoDeFrente1

Ensaiada pela coreógrafa Helena Figueira, a comissão de frente dos Gaviões realizou uma apresentação com duração de três passagens do samba e faz uso de um elemento alegórico grande, onde se vê uma estrutura em referência a um baobá, árvore-símbolo das culturas africanas. No topo desse baobá fica um ator constantemente sobre uma estrutura que faz movimentos de elevação e que em dado momento da coreografia é reverenciado pelos demais. Dos demais participantes do quesito, o primeiro ato é feito totalmente no chão, com uma atuação que lembra expressões típicas de orixás. Na segunda parte da apresentação ocorre uma interação com o tripé, onde máscaras posicionadas na base são retiradas e entram na coreografia, parte feita no chão, parte na alegoria. O terceiro ato volta a ser no chão, com alguns dos componentes inicialmente ficando no tripé e portando um objeto o qual é usado nesse momento.

GavioesDaFiel et CoreografaHelena

A coreografia tem sua beleza e, no desfile, os figurinos devem facilitar sua compreensão. No entanto, sua longa duração e a presença de uma alegoria volumosa podem dificultar a visualização completa por parte do público. Diante da arquibancada Monumental, uma das máscaras posicionadas na base da alegoria não conseguiu ser retirada a tempo de um dos componentes usá-la na atuação, e não se trata de uma em específico que essa sim só é retirada posteriormente, sendo assim um ponto de atenção importante a ser ajustado para o dia do desfile oficial.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Se no primeiro ensaio técnico a pista molhada foi um desafio, os fortes ventos presentes no Anhembi foram desafio para o primeiro casal dos Gaviões, formado por Wagner Lima e Carolline Barbosa. A missão da porta-bandeira de lidar com um pavilhão mais rebelde que o habitual fez com que o mestre-sala precisasse compensar e tomar para si uma parte maior da movimentação da dupla. Mesmo assim, as obrigatoriedades do quesito foram cumpridas em todos os quatro módulos, sendo uma vitória completa na missão do quesito.

Carolline detalhou como foi a preparação do casal desde o primeiro ensaio técnico para realizar a coreografia nesta nova passagem da Fiel Torcida pela Avenida.

“Semana passada no nosso ensaio tivemos a pista muito molhada. Hoje, com a pista seca, a dança saiu mais segura, não teve o medo de escorregar e alguns pontos que tínhamos acertado da coreografia que não tinham encaixado, o posicionamento para o jurado, acertamos na semana para trazer hoje e fizemos novos testes”, disse.

GavioesDaFiel et PrimeiroCasalWagnerCarol

Com toda sua experiência, Wagner explicou que durante o ciclo de ensaios técnico o próprio Sambódromo do Anhembi encara mudanças que impõem desafios diferentes para o casal lidar.

“Dança é todo dia um quebra-cabeça, é um encaixe. Sendo assim, sempre há coisas para melhorar, mas hoje com a pista seca dá mais segurança. O Anhembi muda todos os dias, agora nós vemos o desenho de mais um camarote, vemos onde a caixa vai ficar, aonde que realmente o jurado está. Já começamos a desenhar ali, encaixar a coreografia com o espaço certinho onde o jurado vai ficar, onde abre o pavilhão, onde não abre. Hoje começa mais uma dança de segurança, sabendo onde estamos e se a coreografia está encaixando bem na pista“, afirmou.

Harmonia

A melhora no canto da comunidade dos Gaviões da Fiel foi perceptível. O principal destaque vai para a sequência de alas de números 6 à 8, que demonstraram espontaneidade e empolgação para clamar o samba da escola ao longo da Avenida. É preciso se atentar, porém com algumas alas que podem ser ainda mais vigorosas. A reportagem apurou com a direção de harmonia que a ala 10, por contar com componentes vindos do interior, esteve em um contingente menor do que o habitual, garantindo que no terceiro ensaio técnico estarão melhor preparados.

Evolução

GavioesDaFiel et 11

A fluidez cortejo dos Gaviões da Fiel pelo Anhembi foi tranquila, fechando os portões em seguros 57 minutos. A preocupação que fica se dá ao espaçamento entre os elementos de desfile. O espaço entre a marcação do carro Abre-alas e a ala à frente na hora do recuo da bateria, mesmo levando em consideração a destaque de chão que vinha no meio, margeou demais no limite das quatro grades previstas pelo regulamento durante a parada para o recuo da bateria.

Samba-Enredo

Quem assiste Ernesto Teixeira brilhando ao comandar o carro de som dos Gaviões da Fiel mesmo diante do forte sol presente durante a passagem dos Gaviões só se admira ainda mais ao relembrar que o intérprete está completando 40 anos de carreira. Ernesto demonstrou um vigor jovial com o primeiro samba de temática afro com o microfone principal da escola, sendo assim o principal destaque do ensaio da Fiel Torcida. A obra foi conduzida com maestria, e os próprios componentes sentem a presença do artista junto de si na Avenida, gerando ainda mais disposição para brincar o carnaval.

GavioesDaFiel et InterpreteErnestoTeixeira 2

Ernesto fez um balanço geral do desempenho dos Gaviões da Fiel neste segundo ensaio técnico realizado no Anhembi.

“Foi mais um bom ensaio. A escola está cantando, as alas estão bem compactas, evoluindo em um clima legal, em um andamento bom. A bateria não precisa nem falar nada, todos os quesitos técnicos muito bem ensaiados, muito bem-preparados. Só posso elogiar todo mundo e falar que dia 15 tem o último ensaio antes do desfile, então vamos seguir nessa caminhada e aprimorar a cada dia que vamos chegar perto do nosso objetivo”, avaliou.

GavioesDaFiel et DiretorAlaMusicalRafaDoCavaco

O intérprete acredita que os Gaviões da Fiel tiveram uma evolução em relação ao primeiro ensaio, destacando o trabalho realizado no período para alcançar os objetivos traçados.

‘’Acho que melhorou a disposição. A cada dia você sobe um degrauzinho. Muita preparação, muita análise técnica e chegando aqui tem que transformar isso em alegria. Não pode passar para o componente ou para vocês a preocupação só com a parte técnica, tem que transpor alegria. Eu acho que a escola como um todo, a comunidade como um todo conseguiu passar isso, então para mim é satisfatório”, afirmou.

Outros Destaques

A bateria “Ritimão” mostrou no segundo ensaio que a essência do ritmo africano já se faz presente desde antes da chegada do enredo de temática inédita para a escola. Chama atenção como os instrumentos que se tornaram característicos dos Gaviões enriquecem o samba, gerando a leveza de uma melodia agradável.

GavioesDaFiel et MestreCiro 2

Ao avaliar o desempenho da bateria no ensaio, mestre Ciro afirmou que o bom desempenho do conjunto samba-bateria é fruto de um processo de evolução musical.

“Eu acho que está evoluindo a música. Acho que se alguém chegar aqui e falar que está 100% pronto, eu acho que a música sempre pode evoluir. Quanto mais nós estudamos, afinal um ensaio é um estudo, ela pode evoluir mais ainda, então eu acho que evoluiu. Nós tentamos implementar um arranjo, mas que ainda estamos pensando no que vamos fazer, que é lá na cabeça do samba. Sempre dá para implementar alguma coisinha para tentar abrilhantar, é isso que estamos buscando fazer”, avaliou.

O artista destacou que os arranjos desenvolvidos estão contribuindo para o bom desempenho do samba na Avenida, destacando o histórico de uso dos instrumentos característicos da “Ritimão”.

GavioesDaFiel et Musa

“É o primeiro tema 100% afro, mas desde que o timbal entrou na bateria, e se vocês repararam nos anos anteriores, nós já fizemos vários arranjos com o timbal. No ‘saravá, saravá’ nós fizemos, já fizemos seis por oito no ‘Obatalá mandou avisar’, o xequerê já participa desses arranjos. Não está sendo um desafio novo, digamos assim, mas eu gosto muito desse samba, estamos gostando muito, acho que está brilhando. Eu acho que o arranjo está fazendo o samba brilhar e chegar no 100%. Se Deus quiser, o próximo ensaio vai ser 100%”.

Mestre Ciro aproveitou a oportunidade para realizar uma homenagem póstuma a Tatinho, integrante da bateria o qual a “Ritimão” informou o falecimento nesta última semana.

“Só queria deixar um caminho de luz para um irmão meu, um irmão nosso que se foi esse fim de semana, muito doloroso. Só queria deixar essa menção ao Tatinho, eternamente nos nossos corações”.

GavioesDaFiel et Passista 1

Elemento que não estará presente no dia do desfile oficial, o forte calor da tarde ensolarada de domingo foi um desafio que precisou ser superado pelos Gaviões. Mesmo assim, o saldo do ensaio foi positivo tanto nos aspectos de evolução quanto àqueles que ainda precisam ser corrigidos. Situações como o problema na estrutura que segura as máscaras no tripé da comissão de frente, além dos detalhes de evolução apontados, tiveram no segundo ensaio o momento ideal para ocorrerem justamente por haver tempo hábil para solucionar essas e outras questões que a própria escola apontará em suas reuniões. Que a Fiel Torcida chegue afiada para no último treinamento geral elevar ao máximo o nível de um dos sambas mais bem conceituados do carnaval de 2025.

Veja mais imagens do ensaio

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‘Padrão Viradouro’ de qualidade continua! Escola fecha temporada de ensaios de rua com desempenho em alto nível dos quesitos

A Unidos do Viradouro encerrou, na noite do último domingo, a temporada de ensaios de rua, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, no Centro de Niterói, rumo ao carnaval de 2025. A Vermelha e Branca realizou mais uma apresentação dentro do “Padrão Viradouro”, com a força de seus quesitos, mantendo o alto nível do início ao fim do treino, e a organização característica da escola. Desde os primeiros ensaios de rua na Amaral, a Viradouro mostrou performances de alto nível, apresentando desempenhos crescentes até o último treino na rua. Em 2025, a Viradouro será a terceira escola a desfilar no domingo de carnaval e levará para a avenida o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon.

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“O ensaio de hoje foi do jeito que eu queria, crescente, a escola chega no seu último ensaio da Amaral no ápices dos ensaios. O ensaio, ao meu ver, foi tecnicamente perfeito, com muita paixão, muita garra, muito canto, muita vibração, os quesitos foram muito bem defendidos. A escola, hoje, está numa fase e num nível de trabalho de excelência, de performance, a gente vem realmente realizando ensaios muito fortes. Hoje, foi o melhor deles, no momento certo, e agora é fazer dois ensaios na Marquês de Sapucaí. Repito, dois ensaios. Não virou desfile, não. Vamos ensaiar duas vezes e aí sim, buscar o nosso melhor no dia do desfile. Mas, podem esperar ensaios de excelência e que a gente consiga fazer grandes performances na avenida também, emocionar o público e proporcionar à nossa comunidade noites agradáveis e de muita festa e muito amor”, avaliou o diretor-executivo da Viradouro, Marcelinho Calil.

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Fotos: Gabriel Gomes/CARNAVALESCO

“A escola já vinha se preparando muito bem pra defender pontos na avenida. Esse ano com uma mudança no conceito, no julgamento, deixando de ser um comparativo. Se a gente já tinha um olhar interno, esse ano passa a ser 200%. Eu acredito que se a gente mantiver o que a gente vem fazendo nos últimos anos, principalmente o que a gente vem fazendo neste ano, por exemplo, com enredo e samba melhores que o do último carnaval, com o que eu sei que a gente vai apresentar de carros e roupas. O que eu acredito é que com o potencial que a escola tem de conjunto, competitivo, eu acredito que a gente tenhamuito mais êxito nesse novo modelo, como eu falei, onde a nossa nota independe da nota da outra. Eu acredito que a escola tem boas chances, novamente, de buscar o seu lugar ao sol”, completou Marcelinho.

Comissão de Frente

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Comandada pelos gabaritados coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, a comissão de frente da Unidos do Viradouro brindou o público, mais uma vez, com uma bela e bem trabalhada apresentação. Os componentes realizavam uma forte, marcada e sincronizada dança. Em suas mãos, eles carregavam em ramos de folhas que ao tocarem no chão soltavam faíscas. Um dos componentes representava o homenageado do enredo, Malunguinho, e fez uma bela interpretação. A coreografia gera uma enorme expectativa para o que será apresentado no desfile oficial.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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O experiente casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos do Viradouro, Julinho Nascimento e Rute Alves, deu mais um show na Avenida Ernani do Amaral Peixoto. O bailado da dupla, a cada ensaio mais entrosado e preciso, conseguiu encantar a todo o público presente. A coreografia mescla elementos da dança tradicional com referências à letra do samba-enredo da escola, sempre com muita pertinência, como no trecho “Trago a força da Jurema/ Não mexe comigo não”. Era de impressionar os fortes giros realizados pela porta-bandeira Rute, acompanhados de movimentos fortes e muito técnicos do mestre-sala Julinho.

Harmonia e samba

A combinação entre o samba-enredo da Viradouro, o carro de som comandado por Wander Pires, a bateria “Furacão Vermelho e Branco” e o canto da comunidade viradourense tem mostrado, a cada ensaio, um entrosamento que beira a perfeição, contribuindo para o desempenho brilhante da parte musical da escola. Em termos de canto, a comunidade da Vermelha e Branca provou, mais uma vez, estar com o samba na ponta da língua, tendo uma intensidade constante no canto do início ao fim do ensaio de rua.

Essa força da comunidade se soma ao carro de som comandado com maestria pelo intérprete Wander Pires e à bateria “Furacão Vermelha e Branco”, de mestre Ciça. A se destacar, ainda, a bela introdução ao samba feita pelo carro de som, com pontos de Malunguinho.

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O samba-enredo, de autoria de Paulo César Feital, Inácio Rios, Márcio André Filho, Vaguinho, Chanel, Igor Federal e Vitor Lajas, tem comprovado o acerto da escola na escolha. A obra, uma das melhores da safra de 2025, tem conduzido com excelência os ensaios de rua da Viradouro. De destaque, o refrão principal “A chave do cativeiro// Virado no Exu Trunqueiro// Viradouro é catimbó// Viradouro é catimbó// Eu tenho corpo fechado// Fechado tenho meu corpo// Porque nunca ando só”, que tem sido o momento de maiorexplosão do canto da comunidade.

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Evolução

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Dentro do “Padrão Viradouro” de qualidade, a organização e fluidez da evolução dos componentes da escola nos ensaios e desfiles tem sido uma das características da Vermelha e Branca nos últimos anos. E isso se mostrou mais uma vez no último ensaio de rua da escola, com os componentes desfilando de forma compacta, mas sem perder a empolgação e a leveza. A escola demonstra estar pronta para se apresentar nos ensaios técnicos e no desfile oficial.

Outros Destaques

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A bateria “Furacão Vermelho e Branco”, comandada por mestre Ciça, mostrou, mais uma vez, estar em alto nível e deu um show na Amaral Peixoto. As bossas executadas contribuíram muito para o bom desempenho do canto da escola. A rainha de bateria, Erika Januza, marcou presença e foi ovacionada pelo público presente. No final do ensaio, foi possível observar a emoção da atriz com o carinho recebido pelo público ao longo do treino da Viradouro.

Despedida em grande estilo! Imperatriz fecha seus ensaios de rua com emoção e entrega impecável da comunidade

O último domingo marcou o fim de uma temporada de ensaios que já entrou para a história da Imperatriz Leopoldinense. Mas calma! Os ensaios de rua podem até ter chegado ao fim, mas os da Sapucaí estão só começando. Serão duas grandes oportunidades para o povo de Ramos mostrar ao público tudo o que fez de melhor na Rua Euclides Farias durante o pré-carnaval.

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No último ensaio, como de costume, o show foi todo da comunidade, que, por incrível que pareça, consegue evoluir a cada semana. O canto e a desenvoltura foram impecáveis, muito graças à dupla Pitty de Menezes e mestre Lolo, que já atingiram a excelência harmônica e entregam um verdadeiro espetáculo a cada ensaio. Vale ressaltar ainda o impacto inicial causado pela comissão de frente e o casal de mestre-sala e porta-bandeira.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

Antes mesmo do início do ensaio, já era possível notar a emoção nos rostos dos componentes e segmentos. A energia que o enredo carrega se fez presente mais uma vez, mas foi após o discurso inflamado do diretor executivo, João Drumond, que as lágrimas tomaram conta dos gresilenses. Nele, o diretor pediu para que a comunidade entregasse o melhor dela, pois o carnaval da escola já está pronto.

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Foto; Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

Ao final do ensaio o diretor de carnaval, Pedro Henrique Leite, falou ao CARNAVALESCO.

“Eu nem tenho raciocínio para falar. É meu primeiro ano como diretor de carnaval, e ser diretor de carnaval é muito difícil. Mas, ao mesmo tempo, me sinto muito honrado. Eu sou nascido e criado aqui, e ver todo esse povo abraçando o projeto, abraçando a forma como a Imperatriz está sendo conduzida, não tem preço, cara. Independente de qualquer coisa, claro que a gente quer ser campeão—seria hipocrisia dizer que não. Mas, para a gente, esse título simbólico, esse reconhecimento, já vale muito. Eu estou muito feliz, realmente muito emocionado, e espero que, nos próximos quatro finais de semana, a gente esteja na Sapucaí, fazendo o povo feliz”, disse Pedro.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

A Imperatriz será a segunda escola a desfilar no domingo, 2 de março, primeiro dia de desfile do Grupo Especial. O enredo “Ómi Tútu ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón” está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira. Os próximos ensaios da verde e branca ocorreram na Sapucaí nos dias 15 e 23 de fevereiro.

Comissão de frente

O coreógrafo Patrick Carvalho presenteou o público com uma comissão de frente de tirar o fôlego. A coreografia foi a mesma apresentada no mini-desfile na Cidade do Samba, na qual todos os componentes representavam Exu. O cuidado minucioso com a pintura corporal e o figurino – elementos essenciais para causar o impacto desejado – ficou evidente.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

A expressividade dos bailarinos, que, ao longo de todo o cortejo, instigavam o público nas grades, merece destaque, assim como a dança intensa e repleta de vigor. E como se tudo isso não bastasse para arrepiar a plateia, ao final da apresentação, todos os componentes ainda manuseavam fogo, elevando o espetáculo a um nível ainda mais impressionante.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

A dupla Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro encantou o público presente na Euclides Farias neste domingo, o que já não é novidade. Vestidos de branco, eles protagonizaram apresentações intensas, marcadas pela força e expressividade. Rafaela brilhou especialmente nos giros, demonstrando extrema segurança em cada passo e mantendo o pavilhão sempre desfraldado com elegância. A sintonia com Phelipe é evidente, tanto no cortejo dele quanto na troca de olhares entre os dois, reforçando a conexão que faz dessa parceria um espetáculo à parte.

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Foto; Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

Embora apresentem um bailado solto e espontâneo, em alguns momentos incorporaram trechos do samba à coreografia, principalmente no refrão principal, onde realizaram movimentos afros que deram ainda mais significado à apresentação.

Harmonia e Samba

Elogiar o desempenho musical da Imperatriz já virou rotina, mas o que Pitty de Menezes e Mestre Lolo entregam a cada ensaio é algo que beira a perfeição. A sintonia entre os dois é tão forte que quase não há necessidade de troca de palavras durante a apresentação—basta um olhar, um gesto, e tudo se encaixa naturalmente. Pitty conduziu o samba com maestria, sabendo exatamente como dialogar com a bateria, que, sob o comando preciso de Mestre Lolo, respondeu diversas paradinhas ao longo do ensaio. Entre elas, uma que utilizou atabaques chamou atenção e fez jus ao próprio samba, reforçando o trecho emblemático: “rufam atabaques da Imperatriz”.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

Toda essa excelência impulsiona o componente a cantar com força e paixão um samba que, ainda na disputa para se tornar o hino oficial deste ano, já havia conquistado a comunidade. O gresilense defende a obra com unhas e dentes, entoando cada verso com entrega total. Em alguns trechos, o canto se transforma em um verdadeiro grito de devoção e emoção, especialmente nos momentos mais impactantes, como em: “Oní sáà wúre! Awure! Awure!”, “Orinxalá destina seu caminhar”, “Ofereça para Exu”, “Mas o dono do caminho não abranda”, “Justiça maior é de meu pai Xangô” e “Preceito nagô a purificar”.

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Foto: Luan Costa/CARNAVALESCO

Evolução

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Foto; Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

A Imperatriz vive uma nova era ao lado de sua comunidade. Se antes era conhecida por sua precisão técnica e um desfile milimetricamente calculado, hoje a escola esbanja espontaneidade na avenida, mas sem perder sua identidade. O componente se diverte, se emociona e evolui com fluidez. No ensaio deste domingo, isso ficou ainda mais evidente. Do primeiro ao último setor, a escola mostrou uma evolução leve e cadenciada, sem atropelos ou hesitações. O andamento firme e constante permitiu que cada ala desfilasse com segurança e coesão.

Outros Destaques

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Foto; Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

O resgate que a verde e branca promoveu junto à sua comunidade merece todos os aplausos. Não apenas para quem desfila, mas também para quem acompanha e vibra do lado de fora. As ruas ficaram lotadas, os moradores assistiram de suas casas, e ao final, em uníssono, ecoaram gritos emocionados de “A campeã voltou”.

É favela! Comunidade da Mangueira dá outro show de canto em ensaio com excelência para demais quesitos

Depois de fazer um ensaio de alto nível na Marquês de Sapucaí, no fim de semana passado, a Mangueira voltou a Visconde de Niterói em mais um show de canto dado pela comunidade que compareceu em peso ao ensaio do último domingo. Leve, solta, com o samba na ponta da língua, os componentes evoluíram com fluidez e desenvoltura, curtindo bastante, não só o samba, como o enredo que permitiu, mais uma vez, uma Mangueira ancestral, africana, com suas raizes bem fincadas contando heranças do povo banto. De quebra, o público também viu que foi mantido o nível alto de alguns quesitos que geraram entusiasmo na Passarela do Samba, como o casal e a comissão de frente, impressionando os presentes, que se aglomeravam nas calçadas para ver as apresentações.

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O samba mais uma vez rendeu com o ótimo excelente casamento de Marquinhos Art’ Samba e Dowglas Diniz, mostrando muita maturidade e domínio da obra e do guiar a comunidade, com a “Tem Que Respeitar Meu Tamborim”, dos mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto, dando mais um show de musicalidade. Ensaio com muita força no samba e nos quesitos de chão. Em 2025, a Mangueira vai fechar a primeira noite de desfiles do Grupo Especial com o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”, desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França.

O intérprete Dowglas Diniz avaliou o ensaio da escola e indicou coml momento muito forte que a escola vive na parte musical em comunhão com a vontade que a comunidade tem de cantar na Mangueira.

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Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

“Nós não queremos desfazer de ninguém, ou ter soberba, marra, mas eu acho que a comunidade da Mangueira está pronta, feliz. E isso acontece tambem porque a escola percebe que nós estamos aqui para trabalhar, a escola vé quel é o nosso ideal, e a comunidade está fazendo de tudo, treinando toda semana, mostrando que a Mangueira tem um grande samba e se Deus quiser com essa satisfação da comunidade a gente vai buscar mais. Estou satisfeito com esse casamento ala musical, bateria e comunidade. Isso vem dando certo desde 2023; Entramos no ideial de que temos que batalhar junto. Acho que esse é o ano que estamos mais prontos”.

Marquinhos Art’ Samba foi pela mesma avaliação ressaltando a maturidade do trabalho e entrosamento da dupla indo para o terceiro carnaval juntos.

“Já vamos fazer três anos juntos. É claro que a gente sempre tem alguma coisa para ajustar, mas nós já conseguimos chegar nessa maturidade porque a gente se respeita acima de tudo, muito respeito. E, com mais essa bateria maravilhosa, com mais esse carro de som, comunidade também, a gente vai chegar em nosso objetivo, que é a nota 10. Agora é manter os treinamentos, nosso foco até o dia do desfile. É lógico que sem a comunidade a gente não consegue nada”.

Comissão de frente

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Mesmo sem toda a parte pirotécnica do ensaio técnico na Sapucaí, a comissão dos coreógrafos Lucas Maciel e Karina Dias voltou a ter uma excelente recepção do público, com movimentos muito bem coordenados unindo uma parte mais ancestral casada com a primeira parte do samba até o climax com o jovem mandando “passinhos” na segunda do samba. Bem carioca, bem Mangueira.

Outros pontos positivos que merecem ser destacados, ainda fora da coreografia apresentada nos locais que simulavam as cabines de julgadores, foram movimentos com bastante vigor e alguns momentos bem claros do enredo e emocionantes, como quando os componentes estão com o punho cerrado no trecho “Sou a voz do gueto, dona das multidões”. Abriu muito bem o ensaio.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Matheus Olivério e Cintya Santos mantiveram uma coreografia mais próxima do ensaio técnico, buscando uma dança mais características do casal de mestre-sala e porta-bandeira, mantendo o vigor dos dois. Por isso, o apelido “casal Furacão” e não buscando pontuar tanto os versos do samba. Ainda que um dos momentos mais aclamados da apresentação era quando Matheus no trecho “quer imitar meus riscado, descolorir o cabelo” fazia-se alguns passos mais próximos dos “passinhos” e passava a mal no cabelo.

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Aliás, o mestre-sala andou dando uns pulinhos, muito dentro da sua característica e lembrando alguns antigos mestres. Sempre é importante frisar como o profissional busca a referência óbvia do quesito dentro da Mangueira, como mestre Delegado. E, de Cintya Santos, temos para falar o que é sempre dito, tem conseguido colocar o seu vigor a serviço da dança, mas também com doçura e pompa. A bandeirada no final da apresentação segue sendo uma das coisas mais lindas, assim como os giros em “É de arerê “. Apresentação impecável.

Harmonia e Samba

O canto da escola, mais uma vez, foi o grande destaque. A comunidade realmente comprou o samba, e tem cantado com garra e de maneira incessante sem deixar a obra cair. Ponto mais uma vez que deve ser ressaltado em relação a união entre ala musical com bateria e a comunidade. O samba, se não foi dos mais aclamados logo após as finais do Grupo Especial, no segundo semestre de 2024, foi bem trabalhado e de mansinho foi conquistando o coração do mangueirense.

Tem muito da essência de Mangueira, principalmente, na segunda do samba. Umas das partes mais cantadas da obra é sem dúvida “Quer imitar meu riscado/ descolorir o cabelo/ Bater cabeça no meu terreiro”. Dowglas e Marquinhos tem mostrado um bom entrosamento. Dowglas é mais energético, procura inflamar mais o público, vai pra galera, enquanto Marquinhos, mais próximo ao carro de som dá o sustento de forma muito correta e com o vozeirão, com boas chegadas do grave. Ambos tem mostrado muito boa sintonia com a escola e estão tendo o “feeling” de colocar com a voz somente aquilo que é pertinente ao samba. Além de estarem cantando muito, afinados e com muita energia, dando vibração ao samba e força. Mais um excelente ensaio de Mangueira, com nada a se pontuar de falha sobre samba e harmonia.

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Evolução

A Mangueira também repetiu o ensaio da tecnico na evolução ao mostrar fluidez, espontaneidade e muita correção. Correta na parte técnica, ou seja, sem deixar buracos ou grandes espaçamentos entre as alas, e sem deixar que as mesmas se embolassem. Na parte de chão, a escola fez mais um ensaio muito forte, com a cabeça da agremiação apostando em algumas alas coreografadas, muito bonitas, principalmente, as que vinham com saias, e no grande restante da escola de forma mais espontânea e brincando carnaval. As horas mais cirúrgicas do desfile também foram bem realizadas, como nas apresentações da comissão de frente e do casal, tal como a entrada e a saída da bateria do recuo. Nas alas, muitos foliões com adereços, como em algumas com bambolês.

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Outros destaques

A rainha Evelyn Bastos, novamente, mostrou ser bem querida de toda a comunidade, mas principalmente pela criançada, que se aglomerou ao lado da majestade que reina à frente da “Tem Que Respeitar Meu Tamborim”, querendo uma foto, ou só sambar do lado dela.

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No final da escola, a fofura também esteve com as crianças na ala Mirim, mais uma vez, mostrando que se depender de samba no pé, a Mangueira tem muito futuro. Antes do ensaio, o diretor de Carnaval Dudu Azevedo fez questão de parabenizar a comunidade no ensaio técnico ao enfrentar os problemas no som com canto potente.

União faz a força! São Clemente volta às origens em ensaio cheio de garra em Copacabana

A São Clemente provou que tem garra e está preparada para enfrentarqualquer adversidade. O carro de som da escola teve um problema mecânico e não conseguiu chegar na Avenida Atlântica, em Copacabana, local onde foi realizado o ensaio do último domingo. Sem deixar se abater, a Preta e Amarela de Botafogo contou com uma bateria preparada e o forte canto dos seus componentes para dar um show na orla mais amada do país.

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Fotos: Carolina Fretas/CARNAVALESCO

O intérprete Tinguinha, que não pôde puxar o samba, não lamentou o ocorrido. Em vez disso, ele afirmou estar ainda mais orgulhoso da comunidade: “Tenho certeza que para o próximo ensaio acertaremos isso e faremos ainda melhor do que fizemos hoje. Quando não temos carro de som o jeito é ir no gogó, não é mesmo? O episódio de hoje serviu para a nossa escola mostrar que tem condição de chegar lá na avenida e fazer bonito, cantando bastante. A São Clemente está vindo preparada e com pessoas firmes no samba, que vão
cantar dessa forma lá na Sapucaí, tenho certeza”.

Além do ensaio ser importante para a reta final do Carnaval 2025, ele também é especial, pois representa a volta da escola às suas origens na Zona Sul carioca.

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“Estamos agora na Presidente Vargas, mas a São Clemente é fundada em Botafogo, e sempre teve uma forte comunidade oriunda de toda a Zona Sul. Nunca podemos perder o direito de ensaiar aqui. Não podemos deixar essa magia acabar. O povo daqui sente falta disso. Eles querem uma brincadeira, uma farra, porque na avenida é mais sério. Eu acho que o nosso maior compromisso hoje é levar alegria e brincar para caramba”, disse o presidente Renatinho Almeida Gomes.

Neste ano, a agremiação sai em defesa dos direitos dos animais com o enredo “A São Clemente Dá Voz a Quem Não Tem”, que incentiva a adoção e mostra os pets como amigos. Para isso, ela uniu esforços com a ONG Paraiso dos Focinhos, que existe há 14 anos. Atualmente, tem cerca de 500 animais resgatados, que convivem em três sítios em Guaratiba, um para cavalos, um para cachorros e outro para gatos. O CARNAVALESCO conversou com a presidente da ONG, Hanri Soares, que contou como está sendo essa parceria.

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“Nós resgatamos os animais mais ferrados da rua e levamos para cuidar. Nossa luta é para dar um lar feliz a eles, por isso essa parceria com a São Clemente tem grande importância. Quando soube que ela vinha com essa pauta, eu mesma me convidei para participar do projeto. Teremos uma ala inteira, com 60 fantasias, que virá falando sobre a proteção e defesa dos animais, só com a galera que realmente gosta de animal”.

Renatinho é um desses apaixonado por pets. Seu melhor amigo é Fred, de quem ele fala com muito carinho: “Eu gosto para caramba de bichos. Estou com 62 anos, e nos últimos nove, tive cachorros. Já tive dois rottweilers, pastor alemão, pequinês, depois buldogue francês, e agora estou com o Fred, que é vira-lata. O adoro, ele até dorme na minha cama”.

Comissão de frente

A comissão de frente vem com uma coreografia muito interessante, que abordará os maus-tratos aos animais de rua. O coreógrafo David Lima deu detalhes do que veremos na Sapucaí.

“Os bailarinos virão representando esses animais. A ideia é colocar os humanos no lugar deles. O homem que maltrata o animal, está maltratando a si mesmo. Nossos bailarinos visitaram um hospital de cachorros, onde procuramos um adestrador que nos passou o olhar dos animais. É fascinante ver como aqueles seres nos dão tantos sinais, mesmo sem terem voz. É emocionante”.

Ele ainda conta o que podemos esperar de novidade no desfile: “Estou muito feliz muito feliz de estar realizando esse trabalho e tenho certeza que o público vai se emocionar muito. Estamos ensaiando quatro vezes por semana. No ensaio de hoje vocês verão 98% do nosso trabalho pronto, só iremos acertar os detalhes. E vou revelar uma surpresa para vocês: também teremos um tripé maravilhoso, que já está em fase de acabamento”.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Alex Marcelino e Thais Romi demonstrou experiência e profissionalismo com movimentos bem executados. Com carisma para dar e vender, eles cativaram o público. A dupla considera o ensaio de rua uma experiência indispensável para a preparação para o Sambódromo. “É muito importante nessa reta final. A plateia aqui nos ajuda a ter mais gás e nos faz querer mostrar mais, o que é muito bom para a escola. Além de tudo, é um privilégio estar aqui em Copacabana, mostrando a força da Zona Sul”, diz a porta-bandeira.

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“Ensaiar no  meio das pessoas é melhor ainda, porque no desfile tem muita gente. Se inibirmos alguma coisa, temos que jogar para fora agora. Aqui estamos perto dos turistas e dos cariocas que também irão nos ver lá na avenida. Espero que essa galera corresponda.”, complementa o mestre-sala.

Sobre a performance oficial, Thais garante que eles seguirão com uma “dança mais solta, leve, bem alegre, com romantismo e sem muita coreografia”.

Harmonia

O canto precisou ser puxado pelos componentes da escola, o que não foi um problema, pois todos estavam com o samba-enredo na ponta da língua. Mas quem ficou com a missão de conduzir a galera, dessa vez, foi o mestre Marfim, da bateria, que fez um ótimo trabalho. Ele atribuiu o sucesso à experiência que construiu nos últimos meses de ensaio.

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“Estamos na final, aproveitando esse ensaio de rua para colocar em prática o que a desenvolvemos ao longo desses últimos seis ou sete meses de trabalho. Buscamos valorizar e enaltecer tanto o samba quanto a melodia, até porque os arranjos da bateria aí são em cima dessa melodia, e isso faz com que tenhamos uma harmonia entre o canto, a bateria e, obviamente, a evolução da escola”.

Samba

Com uma letra que gera identificação popular ao mencionar figuras conhecidas, como o vira-lata caramelo, o samba diverte e emociona.

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“É um samba que já vem crescendo muito e está sendo bem aceito pela escola, graças a Deus. A letra e a melodia me permitem passar alegria para as pessoas. O entrosamento com a bateria já parece vir de anos, pois eu e o mestre Marfim escolhemos um samba que já vínhamos conversando sobre há muito tempo, e agora botamos em prática. E está dando certo!”, se gaba o intérprete Tinguinha.

Outros destaques

A escola foi puxada pela bateria. Passou bem, em um tempo dentro do estimado, sem grandes buracos ou embolações. Os diretores de cada ala estavam empenhados em deixar tudo organizado. Tudo isso resultou na aprovação do público, que contava com turistas de todas as partes do mundo.

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“Foi maravilhoso, eu quero que tenha todo final da semana”, diz, empolgada a professora de Educação Física Selma Brito, de 60 anos, moradora de Copacabana, que assistiu tudo acompanhada pelos amigos.

“Achei o ensaio incrível. Foi uma abertura de carnaval onde pudemos prestigiar a São Clemente, que é maravilhosa, e está vindo com essa mensagem de respeitar os animais, que são como filhos para as nossas famílias”, complementa o arquiteto Ramon Nunes, de 47 anos, também morador de Copacabana.

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“Mais que isso, adorei o fato dela estar abordando a relação de São Francisco com os animais, que é algo muito mais amplo. Transborda muito amor”, fez questão de ressaltar a publicitária gaúcha Nilda Schneider, de 63 anos, que diz vir todo ano para o Rio nessa época do ano. “Adoro o carnaval carioca. Amo brincar e dançar com todo mundo nas ruas e amo as escolas de samba. O ensaio de rua une essas paixões”.

‘Ori do meu pavilhão’ em boas mãos! Com bela apresentação do casal, Tijuca ensaia na Conde de Bonfim

A Unidos da Tijuca realizou no último domingo mais um ensaio de rua na Conde de Bonfim, coração do bairro de origem. O Pavão do Borel reuniu diversos torcedores de diferentes pontos da região para acompanharem o treino, que foi marcado por uma bela performance do primeiro casal da escola, Matheus André e Lucinha Nobre, da bateria “Pura Cadência”, e pela evolução dos componentes. A escola levará à Sapucaí o enredo “Logun-Edé — Santo menino que velho respeita”, do carnavalesco Edson Pereira, abrindo o segundo dia de desfiles na Passarela do Samba.

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Em entrevista ao CARNAVALESCO, Matheus André e Lucinha Nobre, comentaram sobre a realização do ensaio na Conde de Bonfim, e como isso ajuda a escola e ao casal.

“Estou adorando, para mim é um déjà-vu, porque eu ensaiei muito aqui na minha primeira fase tijucana e no ano passado eu senti muita falta de não ter esse ensaio. Acho que é bacana, tem o pessoal nos prédios, a gente tem uma resposta direta, desce muita gente do Borel para assistir. A gente vê muita criança, galera da comunidade, gente com a camisa da escola, pessoas que, de fato, torcem para a Unidos da Tijuca. Fico muito feliz. É um ensaio que dá muito gás para a gente”, comentou Lucinha.

“Acho excelente para o preparo, além do nosso ensaio de quinta-feira que também é na rua. Esse encontro aqui nos ajuda para poder estar cada vez mais limpando, trazendo novidades para a nossa dança, pegando um condicionamento físico maior, porque na rua puxa bem mais o asfalto. É melhor para o nosso preparo e para o contato com o público. Sentir essa atmosfera é incrível”, apontou Matheus.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Ito Melodia também comentou com o CARNAVALESCO sobre o ensaio da Tijuca, fazendo um balanço deste domingo na Conde de Bonfim.

“Muito emocionado, muito feliz, porque tudo aquilo que a gente está estudando, desde que escolheu o samba, está dando certo. Sei que vai ter escolas riquíssimas na avenida, mas a gente vai vir com um trabalho que, independente da riqueza, sabe que o chão é um mistério muito grande. E esse mistério, modéstia a parte, a Tijuca sabe buscar. A gente vai vir pra disputar esse título. Se Deus quiser, na fé dos orixás, axé Logun-Edé, aguardem a Tijuca”.

Comissão de frente

Sob a responsabilidade de Ariadne Lax e Bruna Lopes, a comissão de frente tijucana foi muito bem recebida na Conde de Bomfim, com seus integrantes cantando forte o samba durante a passagem da escola. A apresentação contou com os membros executando uma coreografia com muitos passos de dança afro e com movimentos relativos a passos de orixás de forma bem rápida e bem sincronizada. Além da segunda parte da coreografia, após o refrão do meio, ser dedicada a louvação a Logun-Edé, representado por um dos membros com uma cauda de pavão amarrada em seu corpo, aberta pelos outros integrantes. Foi uma apresentação já conhecida dos ensaios de rua da agremiação, mas marcada justamente pela força da proposta, que também é de fácil entendimento, e sendo bem recebida pelos torcedores que acompanharam a passagem da escola.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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Matheus André e Lucinha Nobre pisaram com energia e suavidade no chão tijucano. Muito aplaudidos pelos torcedores presentes, o casal apresentou uma dança onde Matheus se destacou pela agilidade dos passos, e Lucinha pela categoria do bailado. Mostraram a coreografia com passos referenciando a letra do samba em certos momentos, alem de giros e cortejos tradicionais. Não falou a bandeirada de Lucinha. Ambos encantaram pela sintonia demonstrada ao longo de toda a dança.

Harmonia

Ito Melodia comandou o carro de som tijucano com muito vigor. Trabalho feito de forma consistente durante o tempo do ensaio. Com seus cantores auxiliares, eles não deixaram o samba cair em nenhum momento. Foi mais uma prova que a comunidade do Borel abraçou a obra para o desfile de 2025.

“Acho que corrigimos o que tinha que corrigir, tanto no canto, quanto na bateria. Coisas simples, só harmonizar. O que mais estamos fazendo é reunião para dar certo na avenida. Uma escola que está vindo para competir, preparada, com uma evolução e canto muito fortes, cheia de vibração e tendo uma bateria que dispensa comentários. A grande intenção nossa é manter um desfile que nós vamos cantar de ponta a ponta o samba sem perder o pique, com toda a garra, até o final”, destacou Ito Melodia.

Evolução

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Os componentes tijucanos vieram empolgados durante o treino no bairro onde a agremiação nasceu, passando bem organizados e animados pela Conde de Bonfim. Diversas alas estavam com objetos nas mãos, como leques e bastões. Destaque em especial para a última ala, que veio no ritmo do funk com samba, fazendo diversos passos, arrancos gritos e aplausos do público.

Samba-Enredo

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A letra da obra composta por Anitta, Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho, Luiz Antonio Simas, Gustavo Clarão e Diego Nicolau não deixou de ser cantada em nenhum momento pelos tijucanos. Contagiou os torcedores presentes, principalmente, no refrão final, ponto alto do samba, que cita diretamente o morro do Borel. A subida para este mesmo refrão “Eu não descanso depois da missão cumprida / A minha sina é recomeçar” também foi outro momento alto da letra durante o treino da escola.

Outros destaques

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A “Pura Cadência” levantou a poeira da rua, com uma performance muito boa de mestre Casagrande e seus ritmistas, executando algumas bossas e em momentos com batidas que remetem ao funk. Juliana Alves, atriz e ex-rainha de bateria da escola, veio à frente do ensaio com muita simpatia e sendo reverenciada pelos torcedores.

Harmonia é destaque em primeiro ensaio técnico da Unidos do Peruche

Por Naomi Prado e fotos de Fábio Martins (Colaboraram Lucas Sampaio, Gustavo Lima, Nabor Salvagnini e Will Ferreira)

A Unidos do Peruche realizou no último sábado seu primeiro ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi para 2025. O canto e a evolução da comunidade perucheana foram destaques. Ainda que estivesse um clima de muito calor, os componentes não diminuíram o rendimento e seguiram firmes no treino.

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A escola será a terceira a desfilar no sábado de carnaval no Grupo de Acesso 2, levando para avenida o enredo “ Axé Griô! Carlão do Peruche, o cardeal preto do samba”, assinado pelo carnavalesco Chico. A agremiação fará uma homenagem ao Seo Carlão, um dos fundadores da escola, grande baluarte do carnaval paulistano.

Comissão de frente

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A ala dirigida pelo coreógrafo Carllos Alvez, realizou uma encenação baseada na letra do samba-enredo, alternando com alguns passos afros e até emitindo sons. A comissão apresentou um tripé e nele tinha uma criança coreografando igual aos demais componentes que estavam no chão. Além disso, dois personagens aparentaram ser elementos principais dentro da comissão de frente. Vestidos com tecidos afro, eles reverenciaram a escola e a cabine de jurados.

Mestre-sala e Porta-bandeira

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A dupla Patrick e Sophia, apresentou um desenho de pista com muita coesão, fazendo passos que são alusão ao samba- enredo. Para a apresentação aos jurados, o casal investiu em também representar o enredo além de passos originais do quesito. O mestre- sala apresentou uma excelente variedade de jogo de perna já a porta-bandeira em determinados momentos enfrentou o vento mas manteve o pavilhão desfraldado. O casal apresentou muito sincronismo e segurança.

Harmonia

Foi uma ótima tarde para a harmonia do Peruche. Em determinado momento algumas caixas de som do Anhembi pararam de funcionar e pudemos ouvir o bom canto da comunidade. O intérprete Renan Bier interpretou o samba-enredo com maestria, trazendo toda a comunidade e o público presente para apreciarem a obra.

Evolução

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Em sinergia com a harmonia, a evolução também foi um ponto positivo. Além do bom canto dos componentes, os perucheanos dançaram o samba. A escola apostou em uma evolução leve, fazendo com que os integrantes aproveitassem o momento e sentissem de fato a homenagem ao Seo Carlão.

Samba-enredo

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O Peruche levará para 2025 um samba que contém uma melodia fácil de gravar e junto com isso um refrão principal que tem potencial de encantar o público. Como citado acima o cantor Renan Bier apresentou maestria ao interpretar a obra pois além do talento do puxador, a ala musical cantará um bom samba e podendo ajustar a harmonia e potência do carro de som tem bons requisitos para alcançar a excelência.

Outros destaques

A bateria de mestre Marcel realizou um ensaio com muitas bossas e um bom andamento. As bossas foram coesas e harmônicas com a parte musical da escola. Os ritimistas apostaram não só na boa performance musical mas também em coreografia em uma das bossas apresentadas. A corte da bateria também apresentou um bom desempenho ao fazerem o recuo além de mostrarem muito glamour.

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O primeiro ensaio técnico do Peruche foi marcado por muita alegria e canto. Com uma harmonia e uma evolução significativa a escola tem potencial para alcançar o resultado esperado.

Veja mais imagens do ensaio

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