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Público aponta os destaques da primeira noite de minidesfiles na Cidade do Samba

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A primeira noite dos mini-desfiles, realizada na última sexta-feira, na Cidade do Samba, começou sob o impacto das fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana do Rio. Mesmo com alagamentos e atrasos, componentes e torcedores enfrentaram a tempestade para acompanhar o início da preparação das escolas rumo ao Carnaval 2026. O CARNAVALESCO ouviu quem esteve ali até o fim e, segundo os relatos do público presente, Imperatriz, Mangueira e Portela foram os destaques da madrugada.

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A reportagem conversou com torcedores de diferentes escolas e reuniu impressões sobre três pontos: quais sambas mais renderam, o que mais agradou em cada apresentação e o que surpreendeu na primeira noite. O resultado revela um recorte direto da arquibancada, sem análise técnica, mas com a força da sensação imediata de quem viveu o evento.

Niterói abre com enredo político e recebe reações distintas

Com o samba na boca do povo, Acadêmicos de Niterói esbanja simpatia na abertura dos minidesfiles

A Acadêmicos de Niterói abriu a noite apresentando um dos enredos mais comentados do ano: a trajetória de vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por abordar um personagem central da política nacional e mobilizar discussões que vão além da Sapucaí, a escolha do tema já gerava expectativa, refletida nas reações diversas do público.

O professor paulista Fernando de Oliveira, de 35 anos, torcedor da Beija-Flor, destacou a facilidade do samba. “O samba me surpreendeu. Não tinha escutado antes e aprendi aqui. Fácil de acompanhar”, declarou.

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O contador Anderson Moreira, de 47 anos, também torcedor nilopolitano, avaliou que o tema tende a gerar engajamento: “A Niterói trouxe um enredo de perfil político que deve atrair bastante o público”.

Já o mangueirense Gabriel Santiago Sá, de 24 anos, sentiu menor resposta no público presente na Cidade do Samba. “Ouvia mais a escola dentro do que o povo fora. Faltou esse comum de comunidade”, afirmou.

Imperatriz surpreende pela resposta do samba e pela coerência visual

Para boa parte dos torcedores ouvidos, a Imperatriz Leopoldinense apresentou um rendimento acima do esperado. Sem euforia, mas com comentários convergentes, o público avaliou que o samba ganhou corpo ao vivo e se beneficiou do canto da escola.

Fernando de Oliveira contou que tinha uma impressão “morna” da gravação, mas viu outra coisa na Cidade do Samba. Para ele, o samba cresceu com a resposta dos componentes e com a vibração ao redor: “Achei que era um dos sambas mais fracos quando ouvi antes, e aqui funcionou muito bem”.

Imperatriz faz exibição de gala e mostra toda força no minidesfile

O contador Anderson Moreira reforçou que o rendimento surpreendeu pela coletividade do canto: “Me surpreendeu o funcionamento do samba. Não esperava tanto”. Segundo ele, a Imperatriz conseguiu “conquistar a arquibancada” gradualmente, sobretudo em momentos de refrão.

Já o mangueirense Gabriel Santiago Sá destacou a coerência visual do conjunto apresentado. Para ele, samba, tripé e adereços dialogaram com fluidez com o enredo:
“Os adereços, o tripé e as fantasias estavam muito bem distribuídos e conectados com o enredo.”

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Mangueirense Gabriel Santiago Sá

Gabriel também mencionou a comissão de frente, cuja estética remeteu, para ele, ao universo performático de Ney Matogrosso: “A comissão com a referência à Ney Matogrosso me surpreendeu mesmo”.

Portela empolga torcedores com canto forte e energia comunitária

Entre os torcedores ouvidos, a Portela apareceu como uma das escolas que mais mobilizaram o público na primeira noite. As falas convergiram para o samba, que respondeu bem ao vivo, especialmente nos trechos de refrão, e provocou uma reação instantânea na Cidade do Samba.

O viradourense Lucas Rosa, de 32 anos, destacou o rendimento mesmo sem ser torcedor da escola: “Foi a que mais juntou, mais animou, mais agitou a galera”. Ele relatou que, conforme o cortejo avançava, o volume do canto na arquibancada aumentava, criando momentos de coro forte.

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Viradourense Lucas Rosa, de 32 anos

O portelense Anderson Macedo ressaltou o empenho da comunidade, especialmente após a forte chuva que antecedeu o evento: “Me surpreende a vontade das pessoas estarem aqui. Mesmo com muita chuva, todo mundo veio dar o melhor”.

Para ele, o desempenho do samba e o canto firme dos componentes revelam uma base comunitária mobilizada neste início de ciclo.

Portela vive noite feliz, envolve a Cidade do Samba com apresentação avassaladora e celebra a memória de Gilsinho

Já o contador Anderson Moreira, torcedor da Beija-Flor, comentou o peso tradicional da torcida de Oswaldo Cruz e Madureira: “Portela e Mangueira têm isso: a torcida já leva a escola.” Segundo ele, mesmo quem não é da escola acaba sendo puxado pelo volume da arquibancada quando a Portela passa.

No conjunto das falas, a Portela aparece como uma escola que iniciou o período pré-Carnaval com força de canto, presença comunitária e energia constante, apesar das adversidades climáticas.

Análise! Como foram os minidesfiles da Niterói, Imperatriz, Portela e Mangueira

Mangueira reforça potência comunitária e ganha elogios pelo canto

A Mangueira surgiu com frequência nas entrevistas como uma das escolas de melhor rendimento da noite. A comunidade, o canto e a força coletiva do samba foram os principais pontos mencionados.

O portelense Anderson Macedo apontou o samba da Verde e Rosa entre os que mais renderam, ao lado da Portela: “Gostei muito. É um samba potente, uma escola que arrasta multidões”.

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Portelense Anderson Macedo

Para ele, mesmo ouvindo o samba pela segunda vez, sua força ao vivo ficou evidente. Já o mangueirense Gabriel Sá destacou a relação entre comunidade e canto como elemento central do desempenho da escola: “Mangueira apresentou sua comunidade. A galera estava muito junto, cantou muito”.

Gabriel afirmou que essa presença conjunta, dentro e fora do desfile, dá ao samba uma densidade emocional que independe de grandes efeitos visuais, mas nasce do engajamento comunitário.

Leveza, energia e maturidade técnica: a análise do forte minidesfile da Mangueira

Leveza, energia e maturidade técnica: a análise do forte minidesfile da Mangueira

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A Estação Primeira de Mangueira fechou o primeiro dia de minidesfiles do Grupo Especial em grande estilo, com uma bela apresentação que mostrou a força de seus quesitos. A verde e rosa apresentou um samba poético e gostoso de ouvir, uma bateria dando um banho de ritmo, um casal azeitado e uma comissão de frente bastante promissora. Destaque também para uma evolução mais solta entre as alas, com componentes trocando de posição sem tanta rigidez. Foi uma apresentação que misturou leveza e energia. A Mangueira encerrará o domingo de Carnaval mostrando o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”, que será desenvolvido por Sidney França em seu segundo ano na agremiação.

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COMISSÃO DE FRENTE

A comissão se apresentou inspirada no desfile de 1996 da verde e rosa, “Os Tambores da Mangueira na Terra da Encantaria”, que também retratava saberes ancestrais. Ensaiada por Lucas Maciel e Karina Dias, trouxe um tronco de árvore onde o preto velho, elemento central da coreografia, pilava suas ervas, cercado pelos marabaixeiros com uma bonita fantasia rosa com detalhes verdes. Uma coreografia forte e de bastante beleza, muito bem elaborada pelos coreógrafos e executada pelos componentes com enorme precisão.

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MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Matheus Olivério e Cintya Santos vivem um momento de muita maturidade como casal, realçando as melhores características de cada um e as casando de forma afinada. Cintya segue sendo um furacão de energia visceral, porém dosando com momentos de maior leveza. Matheus ajuda Cintya a brilhar e brilha junto com ela. Foi uma excelente apresentação.

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Foto: Thaís Brum/Divulgação Rio Carnaval

EVOLUÇÃO

A Mangueira foi a escola com a evolução mais solta da noite no que diz respeito à movimentação dos componentes dentro das alas. Vieram soltos, sem militarização, brincando e se divertindo. Até as alas coreografadas desfilaram com muita energia, sem a sensação de engessamento, contribuindo para uma passagem empolgante da escola pela pista. A preocupação com o preenchimento de espaços foi menor, o que até gerou um espaçamento entre a bateria e a ala que vinha atrás, também bastante solta.

SAMBA E HARMONIA

Se não é um samba tão explosivo, a poesia e a beleza da letra o tornam bastante agradável de ouvir, e, no minidesfile, obteve um rendimento muito satisfatório. Dowglas Diniz e a bateria comandada pelos mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto encontraram a levada ideal para a obra, e o resultado é um samba que passa com força sem perder sua qualidade melódica.

A Mangueira foi mais uma escola com um belo canto por parte de seus componentes, apesar de uma pequena queda em trechos como “as folhas secas me guiaram ao turé, pintada em verde e rosa, jenipapo e urucum”, onde alguns componentes apresentaram maior dificuldade em acompanhar a letra na ponta da língua. De resto, os integrantes da verde e rosa levaram o samba com garra e entusiasmo, como no refrão de cabeça e na subida do trecho “defuma, folha, casca e erva… saravá”.

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OUTROS DESTAQUES

O tripé trazendo o sapo verde e rosa foi outra homenagem ao desfile de 1996 da escola, assinado pelo carnavalesco Oswaldo Jardim, que trouxe um enorme sapo na segunda alegoria daquele ano. Evelyn Bastos, como de costume, roubou a cena e mostrou por que é uma das maiores e mais queridas rainhas de bateria do Carnaval carioca. Tem o público na mão.

Imperatriz faz exibição de gala e mostra toda força no minidesfile

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A Imperatriz Leopoldinense foi a segunda escola a pisar na pista na Cidade do Samba na primeira noite dos minidesfiles do Grupo Especial, e comprovou a brilhante fase que a escola vive desde seu retorno à elite do carnaval carioca. Com um canto vibrante, evolução, entrosamento impressionante entre carro de som e bateria, além de um casal em um momento espetacular, a escola mostrou o seu nível habitual. O samba animou e alcançou uma bela comunicação com o público, sendo bem cantado. Uma energia condizente com o seu homenageado, Ney Matogrosso. A verde e branco desfilará no domingo de carnaval, sendo a segunda escola da noite, apresentando o enredo “Camaleônico”, em mais um desfile assinado por Leandro Vieira.

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COMISSÃO DE FRENTE

O coreógrafo Patrick Carvalho trouxe uma comissão que sintetizou todas as características do artista Ney Matogrosso: irreverente, debochada, performática, sensual, provocativa. Todos os integrantes vestidos como Ney teatralizaram corporalmente o artista e alcançaram um belo resultado. Uma comissão forte, de fácil comunicação com o público, arrancou aplausos de quem esteve na Cidade do Samba.

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Foto: Thaís Brum/Divulgação Rio Carnaval

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro mostraram todo o talento e o momento exuberante que vivem, em mais um desempenho irrepreensível. Um casal que se complementa, que alcançou um extraordinário entrosamento e que dança com muita uniformidade, com precisão, ritmo e leveza semelhantes. Uma apresentação mais solta, com poucas coreografias e essas muito bem encaixadas com o samba. Outra noite com a assinatura de um dos melhores casais da atualidade.

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Foto: Thaís Brum/Divulgação Rio Carnaval

EVOLUÇÃO

Uma escola que evolui com naturalidade, que desfila feliz, com prazer de estar ali. Essa é a atual Imperatriz, que mostrou uma evolução fluida, animada e vibrante durante toda a sua passagem pela pista da Cidade do Samba, com algumas alas desfilando com extrema energia. Mas o maior destaque ficou para a ala final, com os componentes soltos, brincando carnaval, encerrando a apresentação em alta.

SAMBA E HARMONIA

A direção musical de Pedrão vem trazendo um padrão de excelência para a escola no quesito, e não foi diferente neste minidesfile. Se o samba não foi abraçado pela bolha carnavalesca de início e inspirava algumas dúvidas, a cada dia ele vem sendo melhor trabalhado e potencializado pelo conjunto formado por carro de som e bateria.

Pitty de Menezes e Lolo formam uma dupla de craques, e o resultado é um samba com ótimo rendimento em toda a sua passagem, com pontos altos como os dois refrãos em sequência na cabeça do samba e o trecho “canto com alma de mulher”, bem cantados pelo público presente. O ótimo carro de som formado pelos apoios de Pitty dá o molho final.

Em relação ao canto dos componentes, foi muito forte na totalidade da apresentação, com vários momentos de explosão. Em nenhum momento o canto caiu; inclusive, na reta final do ensaio, o canto foi impulsionado pela reação do público, que abraçou o samba.

OUTROS DESTAQUES

A rainha de bateria, Iza, exibiu toda a sua beleza e simpatia à frente dos ritmistas. A bateria deu mais um show sob o comando de mestre Lolo, com inúmeras bossas que deixaram o samba com um desempenho sempre forte. A presidente Cátia Drumond mostrou muita empolgação, interagindo com público e componentes durante a apresentação da agremiação.

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Foto: Thaís Brum/Divulgação Rio Carnaval

Portela vive noite feliz, envolve a Cidade do Samba com apresentação avassaladora e celebra a memória de Gilsinho

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A Portela viveu uma noite feliz na Cidade do Samba. Assim pode ser definida a passagem da azul e branca durante a comemoração ao Dia Nacional do Samba. Terceira escola a se apresentar, a centenária mostrou suas credenciais já no esquenta, com o intérprete Zé Paulo e os ritmistas de mestre Vitinho comandando o show. Nesse momento, já era possível ver a “arquibancada” em puro alvoroço, balançando bandeiras e respondendo com entusiasmo.

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Quando o desfile começou de fato, sucederam-se grandes momentos. A comissão de frente apresentou uma coreografia de impacto, com uma linda homenagem ao intérprete Gilsinho, falecido neste ano, enquanto o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Squel Jorgea, bailou com maestria. A bateria deu um espetáculo à parte, realizando inúmeras bossas, algumas acompanhadas de coreografias, que deixaram o público em êxtase. A comunidade, totalmente entregue, cantou a plenos pulmões e evoluiu com extrema desenvoltura.

Com o enredo “O Mistério do Príncipe do Bará – A oração do negrinho e a ressurreição de sua coroa sob o céu aberto do Rio Grande”, desenvolvido pelo carnavalesco André Rodrigues, a Portela será a terceira escola a desfilar no domingo de carnaval.

COMISSÃO DE FRENTE

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Comandada pelos coreógrafos Claudia Mota e Edifranc Alves, a comissão de frente da Portela foi um dos grandes destaques da noite. A coreografia, intensa e profundamente representativa, trouxe exus e mães de santo em perfeita harmonia. Só a força dessa dança já seria suficiente para causar impacto, mas o encerramento elevou ainda mais o momento: uma enorme bandeira com o rosto de Gilsinho surgiu para fechar a apresentação com chave de ouro. A recepção do público foi calorosa e emocionada.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Marlon e Squel seguem provando que tempo e trabalho são a melhor resposta. A dupla tem mostrado grande sintonia e desenvoltura. O bailado clássico se destaca, mas ganha um toque de frescor e novidade. Nesta noite, eles estavam impecáveis, elegantes tanto no figurino quanto na dança.

HARMONIA E SAMBA

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

A parceria entre o intérprete Zé Paulo Sierra e o mestre Vitinho precisou ser formada às pressas após o falecimento de Gilsinho. O que poderia soar como uma adversidade, porém, vem se mostrando uma união de enorme potencial, capaz de se firmar como uma das grandes duplas do carnaval. O entrosamento entre ambos é evidente, e a chegada de Vitinho para comandar a “Tabajara do Samba” trouxe a renovação necessária, fazendo bem à própria escola. Nesta noite, o que se viu, e ouviu, foi uma comunidade completamente entregue ao samba, cantando com desenvoltura e contagiando o público presente.

EVOLUÇÃO

Os componentes que passaram pela “avenida” da Cidade do Samba foram fundamentais para que a Portela vivesse uma noite tão feliz. Todos evoluíram com espontaneidade, equilibrando emoção e alegria na medida certa. Como não valia nota, foi possível perceber um desfile mais leve, com os portelenses mais “soltos” e descontraídos, sem o ar sisudo normalmente visto nos ensaios de rua e no desfile oficial.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

OUTROS DESTAQUES

A águia, símbolo maior da Portela, marcou presença no tripé de abertura em uma releitura da emblemática ave do desfile de 1979. No mesmo tripé, Tia Surica acenou para o público e, como sempre, arrancou o carinho de todos. Destaque também para Bianca Monteiro, rainha de bateria que brilhou mais uma vez à frente da “Tabajara do Samba”.

Com o samba na boca do povo, Acadêmicos de Niterói esbanja simpatia na abertura dos minidesfiles

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A Acadêmicos de Niterói abriu a primeira noite de apresentações em comemoração ao Dia Nacional do Samba com muito carisma. Embalada por um enredo de grande apelo popular e por um samba fácil de cantar, a escola, que fará sua estreia no Grupo Especial em 2026, não se intimidou e entregou um belo desfile. A animação tomou conta das arquibancadas e dos componentes rapidamente, impulsionada por uma abertura forte, com a comissão de frente utilizando um grande tripé para contar sua história.

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Para 2026, a azul e branca de Niterói levará para a avenida o enredo “Do alto do mulungu surge a esperança: Lula, o operário do Brasil”, uma homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desenvolvido pelo carnavalesco Tiago Martins. A Acadêmicos de Niterói será a responsável por abrir os desfiles do Grupo Especial no domingo de carnaval.

COMISSÃO DE FRENTE

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Comandada pelos coreógrafos Handerson Big e Marlon Cruz, a comissão de frente se apresentou de forma expressiva durante toda a exibição. O impacto foi imediato com a presença de um grande tripé que compunha a apresentação, fazendo referência a dois momentos marcantes da vida de Lula: sua origem no Nordeste e sua trajetória como operário. A dança, intensa e bem executada, contou com precisão a narrativa proposta, deixando clara a mensagem desde os primeiros movimentos.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

O jovem casal Emanuel Lira e Thainara Matias teve uma apresentação segura e cheia de carisma. O estilo de dança, marcado por firmeza, mas também por instantes de delicadeza, ficou ainda mais evidente nesta noite. Ao final, o sorriso dos dois deixou claro que a passagem foi positiva e especial.

HARMONIA E SAMBA

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Foto: Thaís Brum/Divulgação Rio Carnaval

O desempenho do carro de som, comandado por Emerson Dias, contribuiu decisivamente para o brilho da Niterói nesta noite, assim como o evidente entrosamento entre o intérprete e o mestre Branco Ribeiro. O samba, de forte apelo popular, caiu nas graças do público de imediato; antes mesmo do início do ensaio já era possível ouvir pessoas cantando o refrão.

EVOLUÇÃO

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

A Acadêmicos de Niterói evoluiu de forma extremamente positiva pela “avenida” da Cidade do Samba. A escola manteve seu conjunto sempre coeso, sem abrir buracos e passando com leveza do início ao fim. O clima descontraído tomou conta dos componentes, que interagiram bastante com o público nas arquibancadas, muitos deles fazendo o “L” em referência ao homenageado do enredo.

OUTROS DESTAQUES

A interação com o público foi o ponto alto da apresentação. Do início ao fim, os componentes responderam com entusiasmo às arquibancadas, que retribuíram na mesma intensidade.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Veja aqui ao vivo o primeiro dia dos minidesfiles na festa do Dia Nacional do Samba

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Carolane Silva, o brilho da mulher que conquistou o trono de rainha de bateria da Inocentes de Belford Roxo

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De São Cristóvão para a “Caçulinha da Baixada”, Carolane Silva vive um dos momentos mais marcantes de sua trajetória no samba. A jovem, que construiu sua história com esforço, talento e disciplina, agora assume o reinado à frente da bateria da Inocentes de Belford Roxo, levando consigo sua identidade, sua força e a emoção de representar uma comunidade que a acolheu com carinho.

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Fotos: Juliana Henrik/CARNAVALESCO

Moradora do tradicional bairro de São Cristóvão, Carolane carrega no sangue a mistura de brasilidade e resistência. Filha de nordestinos, ela se apaixonou pelo samba em 2012, ao conhecer a quadra do Paraíso do Tuiuti. A partir dali, trilhou um caminho marcado por dedicação e superação. Antes de brilhar na Sapucaí, ajudava os pais a vender bebidas próximo à Feira de Tradições Nordestinas, em um ambiente que também moldou sua garra e seu senso de pertencimento cultural.

Ao longo dos anos, passou por alas de passistas de grandes escolas, como Império Serrano, Vila Isabel e Salgueiro, além de experiências no Paraíso do Tuiuti e na União Cruzmaltina. Em todas essas agremiações, construiu uma reputação sólida, admirada pelo carisma e pela técnica impecável do seu samba no pé.

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Agora, como rainha de bateria da Inocentes de Belford Roxo no Carnaval de 2026, ano em que a escola homenageará o estado de Pernambuco, Carolane vive a realização de um sonho. “Quando recebi o convite, foi através do nosso presidente, Reginaldo Gomes, uma pessoa extraordinária. Ele observa a performance dos sambistas, tanto passistas quanto de outras agremiações. Fiquei muito surpresa e imensamente feliz ao receber o convite”.

A emoção tomou conta quando chegou em casa. “Eu não acreditei. Nós, passistas, sempre almejamos e sonhamos em ocupar um cargo como musa ou sermos reconhecidas como rainhas em uma comunidade. Carregar essa responsabilidade é algo incrível”.

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Vinda da ala de passistas, Carolane celebra o reconhecimento. “Ser rainha é de suma importância para a nossa cultura e para o nosso quesito passista. Nós lutamos muito a cada dia, a cada ensaio, a cada apresentação, para sermos vistas e reconhecidas. Estou muito feliz em alcançar esse nível e mostrar a todas as minhas amigas que é possível chegar aonde eu estou com o nosso samba no pé”.

Ela afirma que as passistas têm conquistado mais espaço. “Totalmente. Acredito que conseguimos demonstrar que estamos aqui para sermos vistas e que este é o nosso lugar”.

Sobre a discussão envolvendo pessoas em destaque que não dominam o samba no pé, Carolane responde com serenidade. “Vejo que o samba é para todos. Não importa a classe social ou o nível de experiência. Tudo é fruto de esforço e vontade, dependendo do objetivo de cada pessoa. O samba é uma porta aberta para todos”.

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Ao relembrar sua origem humilde, a mensagem é clara: “Acredite no seu sonho, pois ele se realizará”.

A fantasia já está definida, mas permanece sob sigilo. “Sim, já sei o que vou representar, mas não posso revelar. É um segredo delicioso e diferente, pois ninguém espera o que irei mostrar”.

Mesmo não sendo moradora de Belford Roxo, Carolane se emocionou com o acolhimento da comunidade. “Eu não esperava ser recepcionada de forma tão carinhosa. Todos me adoraram, me respeitaram e apostaram em mim como rainha. Embora eu não seja da comunidade, eu me sinto uma belforroxense. Estou muito feliz e contente com a minha comunidade”.

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Além do samba, Carolane é profissional de Educação Física, mãe do Felipe e estudante de Gestão Pública. Com sua história de luta e transformação, leva para a Avenida uma missão que vai além do brilho. “Ser rainha de bateria vai muito além de representar beleza. É honrar uma comunidade, carregar um pavilhão no coração e ser porta-voz da nossa cultura. Meu objetivo é viver esse reinado com verdade, com entrega e fazer com que a Inocentes brilhe na Avenida e contagie o público com a força da nossa bateria”, declara emocionada.

Instituto Beija-Flor amplia horizontes e projeta expansão para atender até 15 mil pessoas por mês

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O Instituto Beija-Flor, braço social da tradicional escola de samba de Nilópolis, vem se consolidando como um dos mais importantes projetos comunitários da Baixada Fluminense. Presidido por Caio David, o instituto já atende mensalmente de 4 a 5 mil pessoas de forma gratuita e prepara uma série de entregas que devem ampliar consideravelmente o alcance de suas ações.

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Fotos: Eduardo Hollanda/Divulgação Beija-Flor

Atualmente em obras, o espaço passa por uma expansão que permitirá elevar os atendimentos para cerca de 6 a 7 mil beneficiados por mês. Em entrevista ao CARNAVALESCO, Caio afirma que “a expectativa é que até janeiro o instituto tenha capacidade de oferecer 12 a 15 mil vagas mensais, considerando que muitos alunos frequentam mais de uma atividade”.

Entre as novas estruturas em fase de conclusão estão duas quadras de areia, quadra poliesportiva reformada, piscina semiolímpica com acessibilidade e um teatro com capacidade para 200 pessoas. O plano prevê ainda a entrega de salas de música, um laboratório gastronômico e a ampliação da atual sala de dança,  já considerada a maior entre projetos sociais da Baixada, para transformá-la em uma arena gamer.

“Será um espaço moderno, equipado para cursos de DJ, produção musical, design e também jogos eletrônicos, com máquinas capazes de suportar programas de maior complexidade. Nosso objetivo é dialogar com os interesses dos jovens em todas as áreas possíveis”, explica o presidente.

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Caio David é o presidente do Instituto Beija-Flor. Foto: Arquivo pessoal

O Instituto Beija-Flor mantém forte ligação com a Sonho do Beija-Flor, a escola mirim presidida por Selminha Sorriso, porta-bandeira da Beija-Flor, e que tem Fábia David, mãe de Caio, como vice-presidente. A agremiação prepara crianças e adolescentes para a tradição do carnaval. Grande parte dos integrantes da mirim passou antes pelas atividades do instituto, consolidando uma troca constante entre as duas iniciativas.

“A relação é de coparticipação. Muitas crianças se formaram conosco e seguiram para a escola mirim. Minha mãe é vice-presidente da mirim, e isso fortalece ainda mais o diálogo. Nós nos ajudamos muito e o trabalho deles é cada vez mais bonito”, afirma o presidente do instituto.

Mais do que as obras em andamento, o que move a gestão do Instituto Beija-Flor é a ideia de que não há teto para o crescimento do projeto. “Sempre que uma obra começa, peço para que façam uma fundação que permita subir mais um andar. Se houver recurso, nunca faltará vontade. Nosso sonho é atender a qualquer necessidade que um jovem tenha, seja no esporte, na cultura, no aprendizado acadêmico, na gastronomia ou na tecnologia”, reforça Caio.

A proposta é que o instituto seja um espaço capaz de potencializar o futuro de crianças e jovens em qualquer área de interesse, oferecendo ferramentas concretas de transformação social.

Questionado sobre um possível futuro à frente da escola de samba-mãe, Caio afirma que sua dedicação hoje está integralmente voltada para o projeto social. “Se um dia a família achar que devo assumir, será uma honra, mas, neste momento, meu palco é 100% o Instituto Beija-Flor. É onde está meu amor e meu compromisso diário”, conclui.

Com novas estruturas, ampliação de vagas e projetos inovadores, o Instituto Beija-Flor se firma como um espaço de oportunidades e formação cidadã na Baixada Fluminense, reafirmando o papel histórico do samba como motor de transformação social.

Camarote Rio Praia oferece até 30% de desconto na Golden Friday

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Até o dia 2 de dezembro, você tem uma oportunidade única de garantir sua presença no camarote mais desejado da Sapucaí, o Camarote Rio Praia, com até 30% de desconto! A promoção vale para a Sexta-feira de Carnaval (13/02), com ingressos de R$ 1.690,00 que saem por R$ 1.352,00, para Domingo (15/02) e Segunda-feira (16/02), de R$ 3.100,00 por R$ 2.480,00 cada dia, e Terça-feira (17/02), de R$ 3.100,00 por R$ 2.170,00. Não perca a chance de garantir seu lugar de ouro e viver o Carnaval com conforto, glamour e experiências inesquecíveis! É por tempo limitado! Para mais informações e compra de ingressos, entre em contato pela Central de vendas: (21) 99994-3632 ou através do link oficial: ingresso.camaroteriopraia.com.br

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Foto: Divulgação/Camarote Rio Praia

Camarote Rio Praia: o coração pulsante da Sapucaí

Contagem regressiva para viver momentos incríveis no camarote mais vibrante, contagiante e exclusivo da Marquês de Sapucaí! Localizado entre os setores 8 e 10, de frente para o 2º recuo da bateria, o Rio Praia oferece uma experiência completa, onde cada batida da bateria ganha outra dimensão. Além da vista privilegiada, o camarote reúne conforto, sofisticação e toda infraestrutura pensada para garantir muita diversão durante todos os dias de folia.

O espaço conta com Open Bar Premium, com drinks, destilados e uma seleção completa de bebidas, além de Open Food, com buffet variado assinado por chef renomado para acompanhar cada brinde. Há Transfer exclusivo desde a chegada até o retorno, garantindo comodidade do início ao fim da festa, e uma vista especial para duas cabines de jurados localizadas nos setores 9 e 10.

A energia é garantida com shows e DJs, que animam o público antes, durante e depois dos desfiles, enquanto os Espaços Beauty oferecem serviços de maquiagem e cabelo. O conforto é prioridade, com banheiros privativos e ambiente climatizado, e quem busca sofisticação e networking conta com uma Área VIP exclusiva ao lado de personalidades.
No Espaço de Customização, os convidados podem personalizar a camisa do camarote e itens exclusivos com bordados, pedrarias e muito mais. O Lounge exclusivo é ideal para experiências corporativas ou momentos de total privacidade, acomodando confortavelmente grupos a partir de 16 pessoas, podendo receber mais de 50 convidados, oferecendo vista privilegiada dos shows internos, serviço de garçom dedicado e transfer exclusivo.

O Meeting Point será no Pestana Rio Atlântica, em Copacabana, garantindo praticidade e conforto antes da folia na Sapucaí. Cada detalhe do Camarote Rio Praia é cuidadosamente pensado para transformar cada momento do Carnaval em uma experiência única e inesquecível.

Viva o Carnaval no ponto mais desejado da Sapucaí e aproveite a Golden Friday para garantir seu lugar de ouro!

Serviço:
Localização: setores 8 e 10 da Sapucaí, de frente ao 2º recuo da bateria
Site oficial: https://camaroteriopraia.com.br
Link venda: ingresso.camaroteriopraia.com.br
Central de vendas: (21) 99994-3632
Instagram: @camaroteriopraia