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Som que o carnaval nunca ouviu! Projeto inédito faz sucesso nos minidesfiles e promete transformar os desfiles de 2026

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A Marquês de Sapucaí já vem se preparando para contar com um novo sistema de som para o próximo carnaval. Sob responsabilidade da empresa BMX Eventos, o novo som da Avenida já vem sendo testado há algum tempo, mas um teste em especial ocorreu nos desfiles em comemoração ao Dia Nacional do Samba, no último fim de semana. O CARNAVALESCO conversou com Francine Almeida, empresária responsável pela BMX e, por consequência, por toda a estrutura do novo som da Passarela do Samba, para saber o que esperar do sistema e da estrutura que atenderá as escolas.

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Francine Almeida, empresária responsável pela BMX. Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Francine falou sobre como surgiu o convite da Liga para a empresa e como estão os desafios para implementar esse novo sistema na Avenida, principalmente em questões como retorno, delay e equipamentos. Ela destacou que o projeto vem trazendo uma tecnologia mais atual para o sistema de som que a Sapucaí terá, sendo um grande desafio, na visão dela, para todos os envolvidos, da empresa às escolas, passando pela Liesa.

“Já trabalhávamos para a Liesa fazendo os camarotes, prestando outros tipos de serviço de sonorização em espaços menores, e eles fizeram essa solicitação para a gente. Começamos a estudar o que seria feito, como era o projeto, percebendo que o projeto podia evoluir, porque o som estava parado há muitos anos com o mesmo equipamento e sistema. Hoje já existe uma tecnologia muito mais avançada, sugerimos fazer esse avanço e eles toparam. É um desafio grande, porque nunca ninguém fez isso no mundo, se você procurar referência, não existe. Estamos com o desafio de afinar e ajustar as coisas, porque tudo é um teste: tanto para a empresa quanto para a Liesa e para todas as escolas”, declarou.

Francine prosseguiu destacando o trabalho de retirar o carro de som e a atuação com outros sistemas para aprimorar a sonorização, buscando atender o que cada escola deseja para sua ala musical. Ela afirmou que é um desafio que a equipe está empenhada em superar.

“Tiramos o carro de som e estamos trabalhando com outro sistema de delay. Está sendo um desafio bacana, porque a galera comprou a briga. As escolas estão satisfeitas com a mudança, com a atenção que estamos dando, porque descobrimos também que não havia uma atenção à escola no sentido de: o que você quer, como você gosta? E estamos correndo atrás de fazer isso. É desafiador, mas também é gratificante ver o quanto estamos conseguindo trazer evolução para o samba do Rio de Janeiro, que é o maior espetáculo da Terra”.

A empresária também falou sobre o som baixar quando a bateria estiver desfilando pela Avenida, destacando um sistema que reduz automaticamente a captação por onde os ritmistas passam, trazendo o benefício de tornar mais clara a compreensão de onde a bateria está.

“Temos um sistema automatizado que, por onde a bateria está passando, segura um pouco o próprio som dela e deixa mais voz e harmonia para que fique mais equilibrado, e para que também não haja nenhum tipo de delay que provoque erros no andamento. Estamos preparando isso e temos certeza de que será muito bom e que vai dar certo”.

Francine explicou ainda a melhor posição dos integrantes do antigo carro de som — agora as alas musicais das escolas, em relação à bateria, justamente com o fim do uso do veículo nos desfiles. Ela pontua que não há uma posição obrigatória, mas o ideal é que o time de harmonia venha atrás da bateria, como de costume, por alguns motivos.

“A gente recomenda por uma questão de que a frente da bateria normalmente é composta por chocalho e instrumentos muito agudos. Isso pode entrar no microfone dos cantores e causar algum tipo de microfonia, e prezamos por evitar isso. Então, manter atrás é importante. Porém, operacionalmente, tanto faz, porque entendemos que o bloco formado por bateria, harmonia e cantores é um bloco único, que representa o ponto zero do delay. Então, pode vir em qualquer lugar, mas recomendamos que venha atrás para que o som dos cantores fique mais claro”, declarou.

Por fim, Francine afirmou a importância dos testes para evitar problemas nos dias de desfile e reforçou que a empresa sempre buscará o melhor resultado possível para o espetáculo.

“Começamos a nos preparar quando acabou o carnaval deste ano, desde março. Fizemos um teste na Avenida no dia 5 de junho, e esse teste já mostrou muita coisa para a gente; foi ali que começamos a desenhar o projeto. Estamos nos preparando com testes mesmo, como aqui no minidesfile do Dia Nacional do Samba, e esperamos realizar outros testes, como nos ensaios técnicos, com a passagem de som. Isso tudo vai ajudar a afinar e ajustar as coisas, e não paramos de pensar nos dias de desfile, porque esse é o nosso objetivo: entregar o melhor possível nesses dias”.

‘Reverenciar os nossos é diferente’: Ritmistas celebram homenagem a mestre Ciça

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Os minidesfiles do Grupo Especial, realizados no último fim de semana na Cidade do Samba, foram marcados por um sentimento coletivo de reverência e emoção. Entre ritmistas, foliões e apaixonados pelo carnaval, um tema dominou as rodas de conversa: a escolha da Viradouro em transformar mestre Ciça em enredo para 2026. O CARNAVALESCO ouviu integrantes de outras escolas, e todos foram unânimes ao destacar a importância histórica, e afetiva, de homenagear em vida um dos maiores nomes da bateria.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

O vendedor Vitor Cortopassi, de 24 anos, observava com atenção o impacto da homenagem idealizada pela Viradouro. Para ele, o gesto pode influenciar de forma duradoura o carnaval.

“O samba está muito emocionante, tocante. Só quem é ritmista sabe a importância de ver o Ciça sendo homenageado”, comentou Vitor, que desfila há dois anos como ritmista da Mocidade.

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Vendedor Vitor Cortopassi. Foto; Ana Júlia Agra/CARNAVALESCO

Outro que se emocionou ao falar do tema foi o autônomo Matheus Ferreira, de 30 anos, que cresceu tendo mestre Ciça como referência.

“O Ciça é um ícone do carnaval carioca, assim como tantos outros: Márcia Lage, Rosa, Neguinho. Ele é um ícone surreal do segmento dele. O meu segmento é a bateria, então tenho o Ciça como espelho. E ver essa homenagem para o Ciça em vida, não tem nada mais lindo que isso. Ele ser mestre do enredo dele, não tem nada maior que isso”, afirmou, fazendo um apelo para que mais escolas sigam esse caminho. “Espero que se torne recorrente. A Beija-Flor mesmo ganhou no último carnaval homenageando o Laíla, que é um ícone do carnaval no geral”.

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Autônomo Matheus Ferreira, de 30 anos. Foto; Ana Júlia Agra/CARNAVALESCO

O cabeleireiro Pedro Flores, de 28 anos, também celebrou a valorização dos grandes nomes do carnaval, lembrando que reconhecer quem constrói a festa é um ato de responsabilidade com a própria história.

“Acho fundamental homenagear e defender os nossos. Impossível não citar o campeonato da Beija-Flor, que foi um cara que fez muito pelo carnaval e pela própria escola. Reverenciar os nossos é diferente”, declarou.

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Cabeleireiro Pedro Flores, de 28 anos. Foto; Ana Júlia Agra/CARNAVALESCO

Entre os ritmistas mais jovens, a sensação foi a mesma. Jonathan Diniz, integrante da “Não Existe Mais Quente”, de 21 anos, destacou a importância de seguir valorizando mestres que moldam gerações.

“Acredito que outras escolas, a partir do pontapé inicial da Viradouro, irão homenagear seus mestres em um futuro bem próximo. Eles são espelhos para nós, que somos ritmistas, e para mestres também, como o Mestre André, por exemplo. A geração vai passando, vão chegando mestres novos, o carnaval vai se atualizando e o Ciça continua com a ciência dele, garantindo o quesito”, finalizou.

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Jonathan Diniz, integrante da “Não Existe Mais Quente”. Foto; Ana Júlia Agra/CARNAVALESCO

Salgueiro leva violino ao carro de som para recriar universo de Rosa Magalhães

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Toda a estética erudita, narrativa e cheia de personagens dos carnavais de Rosa Magalhães ganha uma nova leitura no Salgueiro. Traduzir a biblioteca da carnavalesca em trilha sonora é o objetivo central da equipe musical para 2026. A escola aposta na inclusão de um violino no carro de som, proposta criada pelo diretor musical Alemão do Cavaco em parceria com os mestres Guilherme e Gustavo Oliveira, para criar tensões, coloridos melódicos e referências diretas aos carnavais da eterna Professora. Apresentada no minidesfile da escola em comemoração ao Dia Nacional do Samba, a novidade surgiu quando a direção musical e os mestres da bateria “Furiosa” mergulharam no enredo. Não se tratava de um inventário biográfico da carnavalesca, mas de um desfile que revisita sua obra, seus personagens e seu universo estético.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

“É como se a gente estivesse abrindo a biblioteca da Rosa”, explicou o mestre Guilherme. “A ideia é falar dos carnavais importantes dela, e não da vida pessoal. E o enredo entrega muita coisa do que podemos criar musicalmente”, completou.

O irmão e parceiro no comando da “Furiosa”, Gustavo, reforçou essa leitura: “A gente sempre teve essa veia pesquisadora. Não é só chegar e tocar o que o samba pede. A gente pensa como o enredo pode guiar nossa criação, qual é a filosofia que ele entrega. A Rosa falava muito do Brasil, do barroco, mostrava muito seu lado acadêmico. A gente precisava traduzir isso em som”.

Trilha sonora da biblioteca

Com a pesquisa consolidada, uma proposta começou a ganhar força entre os mestres: a de criar uma trilha sonora para os carnavais da Rosa. “O Gustavo chegou com essa ideia. Ele falou: ‘E se a gente criasse algo pensando como uma trilha de filme?’”, lembrou Guilherme.

Alemão do Cavaco, diretor musical, abraçou a ideia de imediato. Antes mesmo do fim da disputa de samba, ele e os mestres já conversavam sobre uma bossa que fugisse do padrão. “A bateria queria uma bossa que não fosse uma bossa. Queria algo quase como uma trilha de filme”, contou o diretor. E completou: “A Rosa sempre teve personagens em seus enredos. A gente lembrou de ‘Piratas do Caribe’, das trilhas tensas do filme”.

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Foto: Marcos Marinho/CARNAVALESCO

O primeiro instrumento pensado foi o cello, mas Alemão sugeriu outro caminho. “Eu disse: ‘Vou trazer um violino’. Já trabalhei com violino em escola de samba, e ele tem a tessitura do bandolim. Funciona melhor”, explicou.

Violino no carro de som

O violino, nascido do diálogo entre direção musical e bateria, trouxe também a memória dos carnavais dos anos 1990, fase de ouro da carreira de Rosa. “A maioria dos carnavais dela remetia ao barroco, ao erudito”, lembrou Alemão. “O violino tem tudo a ver com isso. Quisemos relembrar essa estética.” Ele explica que, além do timbre erudito, a opção dialoga com elementos musicais marcantes da época: o alusivo em formato de pagode, muito usado pelas escolas nos anos 1990. “A gente juntou tudo isso e trouxe o violino para dar um colorido diferente”, completou.

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Foto: Marcos Marinho/CARNAVALESCO

O músico convidado para o desafio foi Mateus Soares, de 27 anos. Ele recebeu o convite diretamente de Alemão: “Ele me ligou e falou para eu ir gravar. A gente testou, e deu certo”, contou o violinista.

Mateus vem da música de concerto e nunca havia vivido o ambiente de escola de samba. “É algo novo para mim, apesar de gostar de samba, nunca vivenciei esse ambiente. O arranjo do Alemão é muito eficiente no sentido de combinar o violino com o cavaquinho, o violão e todos os instrumentos da bateria. A gente constrói a música, mas também é construído por ela”, declarou.

Bossas, suspense e arranjos

Alemão detalha como o instrumento foi integrado ao samba. “O violino acompanha as bossas e, onde não tem bossa, eu fiz desenhos de arranjo para dar riqueza. No disco já demos um aperitivo: aquele ‘tan tan tan tan tan tan’ no refrão do meio. Agora aumentamos para dar um clima maior”, revelou.

Os mestres confirmam que o instrumento entra em duas bossas, mas não revelam tudo. “A gente criou algo para o CD, mas já mudou. Queremos dar uma cara mais específica. Não dá para entrar em detalhes, porque entregaríamos o projeto do Jorge. Vamos deixar esse gostinho para o Carnaval”, disse Guilherme.

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Foto: Marcos Marinho/CARNAVALESCO

Gustavo reforçou que a relação do violino com enredo será revelada na performance da escola na avenida: “Tem a ver com a fantasia, com o estilo musical que remete a fantasia. No carnaval, essa conexão vai ficar clara: é para a galera tomar aquele baque quando entender a relação do violino com o enredo”.

Emoção como chave

No minidesfile, o impacto foi imediato. Parte do público reagiu ao timbre agudo que dobra a melodia e atravessa a paradinha da bateria. “O violino causa emoção”, disse Guilherme. “Vi muita gente comentando isso nos vídeos. A Rosa morreu há pouco tempo, e o instrumento traz essa memória também. Depois, com a explosão da bateria, joga a energia lá para cima”, completou.

Mateus confirma o efeito. A primeira escuta do samba o marcou profundamente: “Achei a melhor melodia. Me emocionei. Ouvi muitas vezes para internalizar. Vai ser meu primeiro desfile, estou super animado”, finalizou.

Baródromo recebe Mocidade Independente de Padre Miguel no domingo

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O bar Reduto dos Sambistas abre mais uma vez suas portas para a Roda de Samba com presença das escolas de samba e trará a Mocidade Independente de Padre Miguel no domingo, dia 07 de dezembro. As Rodas de Samba do Baródromo comandadas pelas Escolas de Samba já fazem parte do calendário dos amantes do carnaval que esperam para estarem próximos das agremiações e de seus artistas.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

O bar se tornou o ponto de encontro dos torcedores das agremiações reafirmando o espaço como local de afeto e diversão fora das quadras das escolas de samba.

O Baródromo está aberto de terça a domingo com entrada gratuita.

Serviço:
Local: Rua Dona Zulmira, 41, Maracanã
Funcionamento:
Terca a quinta: 17h à meia noite
Sexta: 17h à 1h
Sábado: 12h à 1h
Domingo: 12h às 22h

Wallace Palhares recebe título de ‘Cidadão Niteroense’ na Câmara Municipal

Em virtude da sua história no carnaval e toda trajetória levantando a bandeira do samba, o Presidente da Acadêmicos de Niterói, Wallace Palhares, recebeu uma homenagem especial na Câmara Municipal da cidade, sob indicação do Vereador Anderson Pipico. Dentre as homenagens, nosso gestor recebeu o título de “Cidadão Niteroense”, em pleno Dia Nacional do Samba, fruto de todo seu trabalho, principalmente à frente da agremiação azul e branca, campeã do carnaval 2025 pela Série Ouro e que estreará no Grupo Especial em 2026.

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Foto: Divulgação/Niterói

“Só tenho a agradecer a todos por essa homenagem tão especial, principalmente ao meu querido amigo e Vereador Anderson Pipico. São tantos anos de história no carnaval e receber essas homenagens, logo hoje no Dia Nacional do Samba, é um reconhecimento não só ao meu trabalho, mas de todas as conquistas. Hoje temos a comunidade que leva o nome da cidade no Grupo Especial, e receber esse título de cidadão Niteroense é saber que estou no caminho certo e que venham mais vitórias e realizações”, afirma Wallace.

Minidesfiles Rio Carnaval 2026: apresentações técnicas e fortes com as candidatas brilhando na Cidade do Samba

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As três noites de minidesfiles do Grupo Especial na Cidade do Samba deram o pontapé inicial para o Carnaval 2026, com apresentações marcadas por técnica, emoção e forte participação da comunidade. Brilharam comissões de frente criativas, casais de mestre-sala e porta-bandeira talentosos e baterias impecáveis, mostrando que o pré-carnaval de 2026 já está sendo memorável. Veja abaixo a análise escola por escola.

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ACADÊMICOS DE NITERÓI: O samba-enredo, como esperado, rendeu muito com os componentes e o público cantando junto com a escola. Dois destaques foram o intérprete Emerson Dias pela atuação no canto (harmonia) e com toda sua energia impulsionando a evolução da comunidade, além da porta-bandeira Thainara, que vem tendo exibições cheias de talento e vigor na dança. Como o presidente Wallace Palhares falou no discurso: “a escola não vai fazer feio” e realmente não fez. Uma estreia digna de quem pisa pela primeira vez no Grupo Especial.

IMPERATRIZ: Impressionante! Nada supera o trabalho! A Verde e Branco calou todos os críticos. O samba tão criticado, pós-escolha, funciona e não somente isso, consegue ser cantado não com “raiva”, mas com amor e devoção. O componente gresilense é um ser feliz. A escola possui muitos ingredientes para brigar no topo, ou seja, é impossível não esperar que lute e muito pelo título. O intérprete Pitty de Menezes e o mestre Lolo são pilares do sucesso. Porém, não apenas eles. O casal Phelipe e Rafaela mostrou porque é um dos melhores do grupo, a comissão de frente traz o talento de Patrick Carvalho. Enfim, é só se jogar na festa.

PORTELA: Vivendo uma nova fase, após a eleição do presidente Junior Escafura, a Portela fez um grande minidesfile. O samba, como na rua, aconteceu demais entre os componentes. A obra é muito boa e conta com uma dupla muito afiada: o intérprete Zé Paulo e o mestre Vitinho. Ótima estreia dos coreógrafos Claudia Mota e Edifranc no comando da comissão de frente. O portelense começa a deixar de sonhar e ter certeza que 2026 será muito, muito, muito, diferente dos anos anteriores.

MANGUEIRA: Escola repleta de quesitos fortes é a Estação Primeira de Mangueira. Como falado pelo CARNAVALESCO, o intérprete Dowglas Diniz está voando e conduziu com maestria o canto da Verde e Rosa, que possui a melhor ala musical do Grupo Especial, com os diretores Vitor Art e Digão. Excelência no ritmo tem nome é a “Tem que respeitar meu tamborim”, dos mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto. Outras duplas de sucesso da Mangueira são os coreógrafos Lucas e Karina, na comissão de frente, e o casal Matheus e Cintya. A comissão fez, sem dúvida, uma das melhores apresentações das três noites de minidesfiles. Já o mestre-sala e a porta-bandeira conseguem unir muita categoria na dança e energia. Mérito da escola, através do comando do diretor Dudu Azevedo, foi ter apresentado uma evolução com os componentes mais soltos.

MOCIDADE: Apresentação marcada por leveza, musicalidade e alegria, mostrando que o astral da escola está renovado, mas mantendo os pilares que a sustentam nos últimos anos. O ritmo “Não Existe Mais Quente”, de mestre Dudu, foi fundamental para evidenciar canto e irreverência, enquanto o intérprete Igor Vianna brilhou no carro de som, acompanhado de vozes femininas que deram contraste e sofisticação à apresentação. A comissão de frente, comandada por Marcelo Misailidis, encantou ao representar vampiros e roqueiros com sensualidade e criatividade. Diogo Jesus e Bruna Santos, mestre-sala e porta-bandeira, equilibraram vigor e delicadeza, incorporando coreografias que dialogaram com o enredo de forma irreverente. A evolução da escola se destacou pela fluidez, organização e espontaneidade.

BEIJA-FLOR: A Beija-Flor, atual campeã do Grupo Especial do Rio de Janeiro, levou à Cidade do Samba uma apresentação marcada por empolgação, organização e força cultural, celebrando o enredo “Bembé”. A comissão de frente, coreografada por Jorge Teixeira e Saulo Finelon, encantou com sincronismo e impacto visual, especialmente no tripé de flores secas e nas alas que evoluíram no chão. O casal Claudinho e Selminha Sorriso destacou-se pelo bailado seguro e elegante. A escola evoluiu com fluidez, mesmo com muitas alas coreografadas. O samba, considerado um dos melhores da safra, arrebatou o público com refrões marcantes e a performance entrosada de Nino e Jéssica, além da bateria dos mestres Rodney e Plínio. Lutará e muito pelo bicampeonato.

VIRADOURO: Dona dos quesitos. Essa é a Vermelho e Branco de Niterói. Exibição de gala da Viradouro. Sem dúvida, a mais bonita das três noites. É preciso sempre frisar que mestre Ciça ser enredo é uma das histórias mais bonitas da história da Marquês de Sapucaí. Carrega técnica e emoção. A escola apresentou componentes muito bem fantasiados e maquiados, com materiais de alta qualidade, e um excelente entrosamento entre bateria e carro de som, comandado por Wander Pires. A comissão de frente, comandada por Priscila Motta e Rodrigo Negri, destacou-se com figurino criativo e teve grande interação com o público. Julinho e Rute Alves, mestre-sala e porta-bandeira, exibiram o espetáculo da verdadeira técnica apurada. A Viradouro entregou um minidesfile de grande qualidade, equilibrando emoção, precisão e carisma. Quer o topo, mais uma vez.

UNIDOS DA TIJUCA: A Unidos da Tijuca encerrou a segunda noite de minidesfiles com uma apresentação marcada por energia, confiança e organização, mostrando sinais de retomada do nível que a escola atingiu até meados da década passada. O enredo sobre Carolina Maria de Jesus foi explorado com força em alas coreografadas que traduziram a luta e a garra da homenageada, enquanto a comissão de frente, comandada por Ariadne Lax e Bruna Lopes, impressionou pela teatralidade e impacto. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus André e Lucinha Nobre, apresentou um bailado equilibrado entre tradição e coreografias inovadoras. A evolução da escola ganhou ritmo e fluidez à medida que a apresentação avançava. Canto potente de um dos melhores sambas do ano. Desempenho consistente e no mais alto nível da “Pura Cadência”, do mestre Casagrande.

PARAÍSO DO TUIUTI: Impecável! Apresentação marcada pela leveza e comunicação intensa com o público. A escola mostrou que atingiu a maturidade técnica com quesitos fortes. A comissão de frente, comandada por David Lima, encantou com coreografia ritualística e figurinos afro, fez uma excelente estreia. casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinícius Antunes e Rebeca Tito, apresentou bailado tradicional com movimentos ágeis e sintonia exemplar, incorporando passos que remetem a danças latinas, combinando suavidade e vigor. O intérprete Pixulé brilhou no carro de som, conduzindo o canto da comunidade com energia, enquanto a bateria de mestre Marcão manteve o ritmo com paradinhas estratégicas e bossas criativas, garantindo interação com o público. A evolução da escola foi fluida e organizada, com componentes soltos, cantando e celebrando o samba, tornando o minidesfile uma apresentação vibrante, envolvente e bem-sucedida. Sem dúvida, uma das melhores dos três dias.

VILA ISABEL: A Vila Isabel apresentou um minidesfile arrebatador na Cidade do Samba, mostrando que chega ao Carnaval 2026 como uma das fortes candidatas ao título. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane, encantou com coreografia sedutora, técnica apurada e momentos de tirar o fôlego. O samba-enredo, conduzido magistralmente por Tinga, destacou-se sendo cantado em perfeita sintonia pela comunidade e pelo carro de som. A evolução foi coesa e fluida e a bateria de mestre Macaco Branco garantiu ritmo e energia desde a abertura. A Vila Isabel entregou uma apresentaçãoequilibrando musicalidade, técnica, emoção e espetáculo, deixando claro que está de volta ao seu melhor nível.

GRANDE RIO: Excelência no ritmo e na harmonia. A escola de Duque de Caxias não se empolga por coisa pouca. Ela mantém sua identidade musical. Não se perde!. Destaques foram a comissão de frente, casal de mestre-sala e porta-bandeira, bateria e evolução. A comissão, coreografada por Beth e Hélio Bejani, impressionou com movimentos dinâmicos, trocas de posição, e teatralidade, garantindo sincronia e impacto visual. Daniel e Taciana defenderam o pavilhão com elegância, leveza e segurança, mostrando refinamento típico de um dos principais casais do carnaval carioca. A evolução foi constante e bem ritmada. O canto da escola se manteve correto e harmônico, apoiado pelo carro de som de Evandro Malandro, enquanto a bateria de mestre Fafá apresentou um desempenho sólido, com bossas pontuais e destaque para o refrão central. A Grande Rio entregou um minidesfile competente e bem estruturado, combinando musicalidade, técnica e estética, apesar da apresentação não ter sido explosiva. Ah… e Virgina Fonseca. Sinceramente? Não é quesito, não acrescenta e nem prejudica ao que mais interessa que é a avaliação dos julgadores. Fora isso, a escola que sabe a dor e a delícia de ser o que é.

SALGUEIRO: Encerrou com chave de ouro. A Academia do Samba volta a sonhar. Será que agora vai, salgueirenses? Aqui, sempre defendi o samba de 2026, porque sei que tem poesia, tem melodia e conta com craques, como o intérprete igor, sua equipe do carro de som, o diretor Alemão do Cavao e os mestres Guilherme e Gustavo. Posso cravar, sem medo de errar, que foi uma das melhores das três noites. A comissão de frente, coreografada por Paulo Pinna, destacou-se pela coreografia divertida e figurino muito bonito. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Sidclei e Marcella, exibiu bailado seguro e elegante, com movimentos precisos e figurinos belíssimos, reafirmando seu padrão de excelência. Evolução digna de manual, com dinamismo e interação. Foi uma passagem memorável e de alto nível para fechar o fim de semana de minidesfiles.

Protagonismo e arte! Giovanna Paglia na linha de frente da bateria da Portela

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Em 102 anos de sua gigantesca história, a Portela teve apenas duas mulheres como diretoras de algum naipe em sua bateria. Um cargo majoritariamente masculino, mesmo com um número significativo de mulheres ritmistas, uma barreira ainda existente. Mas suplantada por algumas mulheres corajosas, valentes e talentosas, como Giovanna Paglia. Mineira de Ituiutaba, patinadora artística na adolescência, onde seu corpo começou a desenvolver um lado artístico e rítmico, radicada em Brasília, lugar onde conheceu e se apaixonou pelo xequerê, ela se define como nômade, descobrindo e vivenciando diferentes locais, experiências que também a enriquecem como musicista e ritmista. Criadora do Agbelas, importante movimento de percussão afro-brasileira, agora experimenta, pela primeira vez, a sensação de tocar e comandar ritmistas em uma escola de samba. Mais um desafio para quem se permite tanto experienciar o que a vida lhe entrega.

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Foto; Luiz Gustavo/CARNAVALESCO

“Já em Brasília, fui a uma oficina de blocos de vários ritmos, com diferentes instrumentos. O professor me deu o xequerê e me disse para eu copiar minha colega. Como assim eu aprenderia simplesmente copiando alguém? Isso mexeu com minha veia educacional, que sempre tive, e me deu vontade de fazer as pessoas aprenderem a tocar o instrumento diferente de como me foi ensinado. Então passei a querer aprofundar no fundamento, na mágica da cabaça, no que isso representa para além da beleza do instrumento que vai na frente. Aí entrei nesse mergulho de querer ensinar, pois, antes mesmo de me reconhecer como artista, eu sou arte-educadora. Quando o xequerê chegou à minha mão, eu queria ensinar; só há dois anos rolou a virada de chave de, além de professora, me enxergar como ritmista, musicista e sambista”, declarou Giovanna, que, como diretora dos xequerês da Tabajara do Samba, exercerá esse lado educador, comandando uma ala com dez mulheres, formando a primeira fila da bateria, uma posição nobre.

O desejo de ensinar foi o maior impulsionamento para a criação do movimento Agbelas, surgido em 2019. O projeto visa não só ensinar a prática do instrumento, mas também falar de sua história, sua ancestralidade e todo o seu significado. Atualmente, o projeto conta com cerca de 3.000 alunas em todo o mundo, em aulas presenciais e online. Uma iniciativa que ensina não apenas as inscritas, mas também a própria Giovanna. “O Agbelas me ensinou a escutar, silenciar e escutar a mim mesma antes de tudo, aquela voz interna que muitas vezes a gente não quer ouvir, mas, principalmente, escutar o coletivo. Quando trabalhamos com muitas mulheres juntas, lidamos com inúmeras feridas, traumas, muitas faltas. A Agbelas, antes de ser um movimento educacional, é um espaço de acolhimento, é um grande movimento. Vejo nosso projeto como um portal de entrada para muitas mulheres se conectarem com a arte, um lugar onde elas se sentem passíveis de transformação. Tenho várias alunas que seguiram outras vertentes artísticas: flautista, perna de pau, maquiadora, saxofonista, dançarina; temos uma menina que virou artesã do nosso ateliê e faz xequerê para o mundo inteiro, e essa transformação também ocorreu comigo, que, quando percebi, estava me transformando em luthier, cantora, dançarina, maestrina — tudo surgiu a partir dessa vivência”, afirma.

Nos últimos anos, o movimento ganhou notoriedade ao participar de apresentações com nomes importantes da música, como Margareth Menezes, Luiz Caldas e Carlinhos Brown, que se tornou padrinho do grupo. Esse impulso certamente contribuiu para o convite que Giovanna recebeu para ser diretora da Portela, mas ela já tinha iniciado uma tentativa de tocar no Carnaval carioca, e antes da azul e branco quase se tornou ritmista da Mangueira.

“Honrando minha vida nômade, decidi vir para o Rio de Janeiro e me aproximar do universo das escolas de samba. O conceito de escola de samba e sua comunidade me chamaram de alguma forma, e ver minhas amigas do xequerê brilhando na Mangueira me permitiu estar mais perto dessa realidade. Em novembro do ano passado fui à quadra, participei de um ensaio e confirmei que era realmente isso que eu queria. Ensaiei outra vez, porém não foram abertas novas vagas para a ala e fiquei de fora. Cheguei a pensar em voltar para Salvador ou ir para Recife, mas um grande amigo que fundou o naipe de xequerês da Mangueira me avisou que a Portela estava abrindo a ala do instrumento. Compareci à quadra e entrei no naipe; pouco tempo depois recebi o convite para comandar essas ritmistas”.

Dirigir um naipe em uma das escolas mais tradicionais do varnaval é uma grande honra e responsabilidade. Ser a terceira mulher a alcançar o feito em mais de um século de história tem uma representatividade imensa.

“Estar na linha de frente regendo dez mulheres, carregando um útero na mão, que é a cabaça, é uma honra que não tem tamanho. Uma responsabilidade gigantesca, um trabalho árduo, mas quando o mestre Vitinho me disse que a bateria precisava deste trabalho, eu não hesitei em contribuir para a Portela, para a Tabajara do Samba. Ter tocado no minidesfile foi maravilhoso. Eu, que sou amante de tocar este instrumento, no desfile não estarei tocando, estarei de costas, cumprindo uma missão. Às vezes, pensar nisso assusta, mas o trabalho com o Vitinho está sendo bacana, ele escuta muito. Hoje já estreie a emoção, o nervosismo; agora é deixar aflorar o restante das emoções e cumprir essa missão tão bonita”, ressaltou uma vibrante Giovanna.

Se depender da energia e da entrega dela ao xequerê, a Portela virá ainda mais carregada no dendê.

Brahma lança coleção de latinhas para o Carnaval 2026 em ação especial na Cidade do Samba

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A noite de minidesfile do Grupo Especial, na última sexta-feira, marcou mais do que apenas a prévia do que as escolas de samba levarão para a Sapucaí em 2026. Logo na entrada da Cidade do Samba, o público era recebido por um túnel gigante formado por latinhas enormes da Brahma, pois, para acessar o evento, era preciso passar por dentro dele. A ação, montada especialmente para os três dias de programação, serviu para anunciar uma das grandes novidades da noite: o lançamento do novo design das latinhas oficiais da marca para o Carnaval 2026.

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Fotos: Carolina Freitas/CARNAVALESCO

A coleção, que faz parte da parceria entre Brahma e Rio Carnaval, chega ao terceiro ano homenageando um dos maiores símbolos das escolas de samba: o casal de mestre-sala e porta-bandeira. A gerente de Marketing da Ambev, Renata Pimenfel, explicou que a ideia surgiu da vontade de inovar, mantendo o carinho do público pelas latinhas temáticas.

“Nós temos uma parceria com o Rio Carnaval e estamos indo para o nosso terceiro ano. Desde o primeiro, a forma de homenagear as escolas foi através da nossa lata. Agora, pensamos: o que podemos fazer de diferente? Resolvemos homenagear o mestre-sala e a porta-bandeira, que carregam o símbolo mais importante da escola, que é o pavilhão. A ideia para o design foi trazer novos elementos das escolas para continuar fazendo essa homenagem”.

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Gerente de Marketing da Ambev, Renata Pimenfel

O resultado, segundo Renata, superou as expectativas. “O balanço é superpositivo. O Carnaval é uma paixão cultural gigantesca, e o brasileiro pulsa muito por esse momento. É um período de muita felicidade para o nosso povo, e poder colocar isso em uma das nossas marcas é superespecial. A gente fica muito feliz de representar as escolas e o carnaval através da latinha de Brahma. Não sei nem colocar em números, mas é mega positivo”.

As novas latas começam a chegar ao grande público já em dezembro. “Vamos começar a vender nos mercados também, nos grandes e nos menores. Todo mundo vai conseguir encontrar as latinhas de Brahma, além das quadras”, confirmou a gerente.

Para o presidente da Liesa, Gabriel David, a iniciativa reforça uma parceria que transformou o carnaval atualmente.

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“A parceria com a Ambev é fundamental, mudou a história do carnaval há três anos. Estamos indo para o próximo ano desse contrato, que é muito importante para as escolas. Fico feliz de ter ajudado a construir e espero que dure por muito, muito tempo. Todos os sambistas se identificam com a Brahma. Fico feliz de a Ambev estar entendendo cada vez mais o macroambiente do carnaval, investindo não só na Liesa, mas também nos sambistas e artistas que fazem a festa acontecer. E hoje, em um dia como esse, ver que todos os contratados da ação são sambistas é muito legal”.

A novidade também animou colecionadores, como a enfermeira Viviane Freitas, 42 anos, moradora de Padre Miguel e torcedora apaixonada da Mocidade. Ela contou que guarda suas latinhas com carinho desde que ganhou as primeiras de presente.

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“Eu ganhei as minhas latinhas de um amigo que conseguiu para mim nos ensaios técnicos. Ele me deu de presente a da Mocidade e a da Beija-Flor. Eu fiquei muito feliz porque sou nascida em Nilópolis, mas meu coração foi para Padre Miguel, onde criei raízes após me mudar para lá por amor. Esse presente tem um apego emocional muito grande”.

Empolgada com a coleção, Viviane criou até um grupo para troca de latinhas. “Estou guardando as que tenho e fiz um grupo para todo mundo que tiver latinhas e quiser doar ou trocar as repetidas. Pode ser de qualquer lugar, até de fora da cidade”.

Ela também torce para que a ação cresça. “Eu queria latinhas do Grupo de Acesso também. A Série Ouro tem ótimas escolas que lutam muito para estar no Carnaval. Todas são merecedoras, porque, para chegar até aqui, é necessária muita garra. Um espacinho para cada uma seria gratificante”.

O bibliotecário Guilherme Costa, 31, morador de Niterói, também aprovou a iniciativa, especialmente pelo vínculo visual com as escolas.

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“Legal essa iniciativa, pois aproxima a marca e as escolas de samba. Conecta de outra forma, além do álcool e da celebração, criando uma identidade visual que tem aderência com a escola do coração. Já vi da Imperatriz, da Mangueira no mercado, nos ensaios de rua. Sempre vende bastante”.

Sobre o design deste ano, Guilherme achou familiar, mas ainda assim bonito. “Achei bacana. Não vi muita diferença do ano passado, mas achei tão bonita quanto. Eu bebo muito pouco, mas pretendo comprar para colecionar”.

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Com o túnel de latinhas gigantes fazendo sucesso nas redes sociais e milhares de pessoas passando por ele nos três dias de Minidesfile, a apresentação das novas embalagens virou parte da festa e reforçou o papel da marca dentro do carnaval carioca. Para além da estética, a coleção 2026 reafirma o que Renata, Gabriel e os foliões destacam: a Brahma tem encontrado, nas latinhas, uma forma de celebrar a identidade das escolas e aproximar ainda mais o público dessa paixão nacional que é o carnaval do Rio.

Liga Carnaval SP e Radar Records apresentam álbum oficial “Sambas-Enredo Carnaval SP 2026”

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A Liga Carnaval SP em parceria com a Radar Records, unem suas forças e abrem alas para mais um grande espetáculo com o lançamento do álbum oficial “Sambas Enredo Carnaval SP 2026”. O álbum reúne os sambas oficiais das escolas dos Grupos Especial, Acesso e Acesso II. A coletânea traduz a diversidade, a criatividade e a emoção que marcam a preparação para os desfiles no Sambódromo do Anhembi, destacando temas que exaltam a história, a ancestralidade, a cultura e as vozes das comunidades sambistas.

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Foto: Divulgação

Entre as faixas, ganha brilho especial o samba da Rosas de Ouro, atual campeã do Carnaval paulistano, que retorna com força total apresentando o enredo “Escrito nas Estrelas”. A agremiação do bairro da Freguesia do Ó, na Zona Norte do estado, mergulha no universo, na astrologia e no encanto dos astros para construir um enredo cósmico, poético e profundamente emocionante.

“Sambas Enredo Carnaval SP 2026” é mais do que uma coletânea: é um registro da alma do samba paulistano e o convite perfeito para sentir, desde já, o calor da avenida.

O álbum já está disponível na principais plataformas de música como Spotify, Deezer, Amazon Music, entre outras.

Com abordagem própria, Camisa Verde e Branco revela identidade de seu enredo sobre Exu

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O Camisa Verde e Branco realizou no último sábado sua feijoada com a apresentação dos pilotos para o Carnaval 2026. A escola já vinha ensaiando com foco no próximo desfile, mas esta festa marcou o primeiro grande evento após a retomada das atividades da agremiação. O encontro, feito na quadra da agremiação, contou com diversas atrações, incluindo a participação da coirmã Barroca Zona Sul. Depois da apresentação da ala musical do Trevo, ocorreram homenagens feitas pela presidente Érica Ferro e pelo vice-presidente João Victor Ferro. Em seguida, chegou o momento mais esperado: a revelação das fantasias. Enquanto o carnavalesco Guilherme Estevão explicava a concepção e o significado das vestimentas, elas eram exibidas no palco.

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O Carnaval 2026 representa um grande desafio para o Camisa Verde e Branco. O barracão foi reaberto recentemente, pois as atividades estavam suspensas devido a imbróglios judiciais. Com isso, tanto o galpão quanto a quadra permaneceram fechados, impossibilitando o trabalho da equipe. O CARNAVALESCO conversou com Guilherme Estevão, artista responsável pelo desfile do Camisa Verde e Branco no próximo ano. Com o enredo “Abre Caminhos”, o Trevo da Barra Funda irá fechar os desfiles do Grupo Especial, sendo a última escola do sábado.

Respeito com a comunidade

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Segundo o artista, a escola se mobilizou para demonstrar maior respeito aos componentes e apresentar como o trabalho vem sendo realizado no barracão. Um tempo recorde foi estipulado para a produção das fantasias. “Foi um carinho a mais com a comunidade. passamos por toda essa turbulência para conseguir iniciar o trabalho. Havia muitas dúvidas no ar e precisávamos mostrar que o trabalho está sendo feito e bem feito. Esta festa marca a retomada da feijoada do Camisa e também serve para mostrar um pouco do que estamos produzindo. Foi um piloto construído em menos de um mês, em tempo recorde. A escola se organizou em projeto, equipe de ateliê e busca de fornecedores. É importante apresentar à comunidade como as fantasias estão sendo confeccionadas. Era uma resposta que precisávamos dar, um gesto de carinho de forma geral”, afirmou.

Apesar dos percalços, o trabalho segue firme

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Guilherme explicou o processo de criação e afirmou que, mesmo com a interrupção das atividades, o desenvolvimento do tema continuou no projeto estético, na sinopse e no samba-enredo. “Executamos o projeto desde abril. Não conseguíamos avançar na execução das fantasias e dos carros porque não podíamos acessar o barracão, mas sabíamos que, assim que isso acontecesse, precisaríamos iniciar tudo com rapidez. A sinopse foi construída desde abril, acompanhamos os compositores no samba-enredo e desenvolvemos fantasias e alegorias. O projeto estético precisou ser ajustado ao tempo disponível para este carnaval. É fazer o melhor dentro dessa nova realidade. Se não tivéssemos começado antes, hoje não conseguiríamos entregar o que estamos realizando”, disse.

União para o sucesso

O carnavalesco afirma que tem recebido total suporte da diretoria e que todos caminham juntos, já que o enredo nasce de uma promessa da presidente Érica Ferro. “O enredo é uma promessa da presidente. Era um desejo dela e da diretoria. Eles me propuseram o desafio e, desde o início, me deram o suporte necessário. As dificuldades vão além do tempo: há a questão do material, da mão de obra e dos custos. A diretoria está se desdobrando para fazermos o melhor dentro dessa realidade. O processo reúne inteligência administrativa e criação estética. Tudo precisa caminhar junto e eu não avanço sem ter todos ao meu lado. A escola inteira está andando na mesma direção”, declarou.
Enredo sobre Exu: uma abordagem diferente.

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Nos últimos anos, quando se fala em Exu na avenida, o desfile da Grande Rio de 2022 se tornou referência. Porém, segundo Guilherme, a proposta do Camisa Verde e Branco segue outro caminho. “Não vamos fazer o Exu da Grande Rio. Aquele desfile foi uma obra de arte. São enredos diferentes. Embora o orixá seja o mesmo, as abordagens são distintas. Nosso objetivo é mostrar os caminhos de energia de Exu e como ele está presente na nossa vida, abrindo caminhos para o povo brasileiro e para o Camisa Verde e Branco. Também há a questão do tempo: Exu encerrou o carnaval de São Paulo e abrirá o próximo. Exu representa continuidade e transformação. Enquanto o caos estava instaurado, conseguimos organizar. Essa é a mensagem dele. Estamos realizando um pré-carnaval carregado da energia de Exu, e por isso o enredo não poderia ser outro”, comentou.

Uma nova experiência profissional

Guilherme Estevão fala sobre sua estreia como carnavalesco solo no carnaval paulistano e diz que deseja corresponder às expectativas.

“É minha estreia como carnavalesco sozinho em São Paulo. Já havia desenhado para outras escolas e participado da produção, mas nunca colocado carnaval na rua assinando sozinho. Está sendo uma oportunidade incrível. Sempre brinco que, no meu caminho, ou trabalho com escolas jovens ou com as matriarcas, como foi com a Mangueira, agora com o Camisa e com a Império da Tijuca. É um grande desafio coordenar uma escola desse porte e definir sua estética e projeto artístico. O trabalho é intenso e cansativo, até porque também atuo na União do Parque Acari, no Rio de Janeiro, mas tem sido produtivo e prazeroso. Espero corresponder à expectativa da comunidade, da presidência e do público de São Paulo e do carnaval em geral. Sei que muitos estão curiosos para ver o que vamos apresentar, e estamos trabalhando diariamente para entregar um grande desfile”, concluiu.

Veja imagens das fantasias

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