Por Luiz Gustavo e Alberto João. Fotos de Magaiver Fernandes
A equipe do CARNAVALESCO acompanhou todas 16 apresentações das escolas de samba da Série Ouro, no último sábado, na Cidade do Samba. Abaixo, você confere um balanço de cada minidesfile.
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BOTAFOGO SAMBA CLUBE: Fez sua primeira apresentação como escola da Série Ouro mostrando bastante empolgação e um bom canto. O samba passou de uma forma bem linear com momentos de maior explosão no canto, como no trecho “E ninguém cala esse nosso amor, é assim que eu canto, é por ti fogo” que antecede o refrão de cabeça. No geral a escola manteve um canto satisfatório em quase toda sua passagem. A Botafogo passou com um contingente enxuto e não teve problemas de espaçamento ou um ritmo acelerado, desfilou com boa cadência. A Comissão de frente. comandada pelo coreógrafo Jardel Lemos, teve integrantes vestidos de jogadores simulando uma partida com um gol como elemento cenográfico, apresentação com uma coreografia para o minidesfile. O casal de mestre- sala e porta-bandeira Diego e Beatriz desfilou com leveza e teve um bom rendimento, com entrosamento e poucos passos coreográficos. A escola trouxe um elemento alegórico soltando fogo atrás do casal. O samba funcionou muito bem dentro do estilo de canto do intérprete Emerson Dias e passou bem, também impulsionado pela boa bateria, comandada por Branco Ribeiro, outro estreante na agremiação. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
TRADIÇÃO: A Tradição voltará à Sapucaí após onze anos e fez seu minidesfile afirmando ser uma “nova Tradição.” A escola ainda precisará ajustar alguns pontos para pisar forte na avenida. A azul e branca de Campinho precisa reforçar o canto dos componentes. Sobretudo, no primeiro setor da escola, que por um lado os componentes vieram muito bem fantasiados, mostrando um cuidado da escola, porém pouco cantaram, nem mesmo no refrão principal. A partir do segundo setor teve um canto irregular, mas com algumas alas cantando com mais afinco. A evolução da Tradição foi tímida, é possível ter mais espontaneidade. O experiente casal Jorge Vinícius e Verônica fez uma bela apresentação com extrema elegância, passos sincronizados, movimentos esguios e um bonito girar de Verônica. A Comissão de frente, que tem Tony Tara como seu coreógrafo, veio fantasiada de bruxas, fazendo uma bonita coreografia que em certo momento simulava um ritual. Bonita coreografia e feita no tempo certo pelos componentes, deixando uma boa expectativa para o que a escola trará no desfile oficial. O quadripé trazido pela agremiação tinha bom acabamento e teve como destaque o condor, símbolo da escola. A ala de passistas veio bem vestida, com uma coreografia em parte do samba. Samba este que foi defendido com garra pelo intérprete Tuninho Junior e terminou o minidesfile com um rendimento superior ao seu início. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
ARRANCO: Após um desfile bastante elogiado em 2024, apesar do resultado final do júri ser inaceitável, o Arranco pisou na pista mostrando o enredo “Mães que alimentam o sagrado”, desenvolvido pela carnavalesca Annik Salmon, estreando na escola. Foi um minidesfile onde a escola apresentou bons quesitos, como o casal de mestre-sala e porta-bandeira Diego Falcão e Laryssa Victoria, que fizeram uma bela apresentação. Principalmente Laryssa, que demonstrou uma ótima postura, rodando a bandeira aliando força e elegância, sendo bem acompanhada por Diego, de volta ao Arranco após 20 anos. Outro quesito que teve bom desempenho foi a comissão de frente, em uma bonita apresentação com 14 mulheres combinando dança e teatralização, mostrando bastante sincronia. A porta-bandeira Anderson Morango, mais uma vez, foi destaque na escola com sua dança e carisma, recebendo aplausos do público presente. Já em evolução e harmonia o Arranco não teve um bom rendimento. A escola abriu um significativo espaço à frente da bateria, alguns diretores entraram na área para fechar o buraco só se acertou após alguns metros. O canto foi irregular, com algumas alas quase mudas, não cantando nenhum trecho do samba. Outras alas já cumpriram seu papel e mostraram um canto satisfatório. O samba teve um desempenho agradável, muito pelo bom casamento entre a bateria do mestre Gilmar e o carro de som comandado por Thiago Acácio e Pamella Falcão. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
UNIÃO DO PARQUE ACARI: Após garantir a permanência na Série Ouro em 2024, a União do Parque Acari vem para tentar dar passos maiores no grupo, trazendo um dos enredos mais elogiados do Acesso, “Cordas de Prata: o retrato musical do povo”, sobre a relação do violão na música e permeando a vida dos brasileiros, criado pelo carnavalesco Guilherme Estevão, estreando na escola após uma passagem de dois anos pela Mangueira. A escola trouxe uma comissão de frente, coreografada por Valci Pelé, com mulheres de vestido vermelho e rosa nos ombros, homens de lenço rosa e roupa estilo os velhos malandros com uma coreografia mais de passagem, sem maiores arroubos, mas fazendo uma simpática apresentação com bom samba no pé. O casal Renan Oliveira e Laís Lúcia, vindos do Império da Tijuca, tiveram uma boa apresentação. Laís desfilou extremamente sorridente, com uma alegria que chamou a atenção. O elemento alegórico com um destaque sambando o tempo todo teve boa comunicação com o público que acompanhou os minidesfiles. A escola da Zona Norte teve seus componentes acompanhando o samba no refrão principal, porém no restante da obra apresentou dificuldades no canto em quase todas as alas. Na evolução Acari apresentou alguns espaçamentos entre as alas, apesar da escola desfilar num ritmo satisfatório, sem correr, e fechando seu desfile com tranquilidade. O rendimento do samba pode melhorar. Leozinho Nunes e Tainara Martins tiveram um desempenho firme no canto. O maior destaque musical da escola foi a bateria comandada pelos mestres Daniel Silva e Erik Castro, com um andamento firme. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
EM CIMA DA HORA: A Em Cima da Hora realizou uma boa apresentação, com destaque para o samba que teve ótimo rendimento na voz de Charles Silva, estreando na escola, e mais um desempenho irrepreensível da bateria comandada por Léo Capoeira, com uma cozinha afiadíssima e bossas muito bem encaixadas, com destaque para a realizada na cabeça do samba. A obra tem bonitas passagens que foram realçadas pelo trabalho musical de alto nível da escola. Outra bela apresentação foi a do casal Marlon Flores e Winnie Lopes, que teve um desempenho com bastante elegância, aliando elementos de coreografia com a dança livre, e ótima sincronia entre ambos. A Comissão de frente da escola de Cavalcante trouxe uma forte coreografia com elementos afro e de incorporação, bem teatralizada pelos seus componentes. O quesito é comandado pela dupla Luciana Yegros e Carlos Aleixo. Dois integrantes na frente do elemento alegórico em cima de pernas de pau, um com o Machado de Xangô e outra segurando uma pequena tocha e chegando a cuspir fogo. A escola mostrou firmeza na sua passagem, imprimindo um bom ritmo. Nem todas as alas seguraram o canto, mas quem segurou o fez com força e entusiasmo, levados por um samba que impulsionou a passagem e levou os componentes que já estavam com a obra na cabeça a cantarem com empolgação. A ala de passistas com maioria de mulheres negras se destacou entre as alas da agremiação. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
UNIDOS DA PONTE: A Unidos da Ponte entrou na pista da Cidade do Samba relembrando velhos tempos. Trouxe a velha-guarda na frente da escola fazendo o papel da comissão de frente. Sem coreografias, sem passos marcados, apenas a presença e experiência de quem representa a história da agremiação. A sequência da apresentação não teve o mesmo impacto. O samba não alcançou um desempenho satisfatório. A obra teve maior sustentação no refrão central, mas na segunda parte já tinha uma nítida queda. Leonardo Bessa teve uma condução correta. Darllan Nascimento, estreando como mestre de bateria, levou a “Ritmo Meritiense” a passar com firmeza pela pista. O casal Emanuel e Thainara realizou uma apresentação muito marcada, com coreografias na maior parte do tempo, sendo graciosa, com passos e movimentos suaves. Mostraram excelente entrosamento. Em relação à harmonia da azul e branco, o canto foi mais forte no refrão central, principalmente, no trecho “É bicho morrendo queimado, ah meu Deus”, porém os demais trechos não contaram com a mesma adesão. Poucos componentes acompanharam o samba. Já a evolução não teve maiores percalços, com um contingente menor a escola evoluiu com tranquilidade e sem abrir espaços, porém com pouca animação. Uma destaque com um cabelo digno de medusa, com nove coques enormes chamou a atenção durante a passagem da escola. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
UNIDOS DE BANGU: A Unidos de Bangu realizou um minidesfile cujo destaque foi o casal formado por Leonardo Moreira e Bárbara Moura, que também formam o segundo casal do Salgueiro. Eles fizeram uma apresentação de muito bom nível, com bastante leveza nos passos de Leonardo, obtendo um bom casamento com Bárbara, com quem já possui um ótimo entrosamento. A comissão de frente, comandada por Fábio Costa, foi outro ponto positivo. A equipe veio com uma fantasia indígena, nove homens e cinco mulheres apresentaram uma coreografia bastante dinâmica e com bastante diferenciação nos passos, alcançando uma passagem bem agradável. Outro ponto bacana da apresentação da vermelho e branco da Zona Oeste foi a ala de baianas, extremamente bem vestida. Igor Vianna comandou muito bem o carro de som da escola, obtendo um desempenho de bom nível durante toda a apresentação. O canto da escola não respondeu da mesma maneira, faltou mais intensidade. Mas no que tange a qualidade da obra, o samba da Unidos da Bangu passou bem e mostrou suas qualidades. Mestre Laion realizou várias bossas com coreografias, uma marca em seu trabalho, e manteve o samba forte. A evolução deixou a desejar, Bangu abriu clarões durante sua passagem, até por ter várias alas bem pequenas. Nas alas maiores a evolução foi mais conjunta e componentes menos afastados entre si. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
VIGARIO GERAL: A escola comandada pela presidente Betinha vai firmando quesitos de bastante qualidade, e mostrou mais uma vez neste minidesfile, como o seu casal de mestre-sala e porta-bandeira. Yuri e Thainá, seguem o embalo do grande desfile de 2024, tudo flui perfeitamente, dança livre, cortejo, girar da bandeira, coreografias, e o sorriso no rosto de ambos é o retrato de mais uma excelente apresentação. A bateria de mestre Luygui é outro quesito de segurança para a escola. Mais um ótimo desempenho; desta vez, além da ótima afinação e boas bossas, Luygui usou e abusou da parada total dos instrumentos no trecho pouco antes do refrão de cabeça “o sino da igrejinha faz belém blem Blom”, que foi o destaque da passagem do samba da azul, vermelho e branco”. O trecho que mais teve resposta do público até aquele instante, além de impulsionar o canto da escola e levantar a bola para o refrão principal que seguiu com um canto satisfatório. Só que após o refrão principal, a harmonia da escola teve uma queda muito acentuada, com inúmeros componentes calados durante a maior parte do samba. Samba este que foi muito bem cantado por Danilo Cezar, em seu segundo ano na agremiação. A comissão de frente, comandada por Handerson Big, se mostrou bastante performática com muita dança, incluindo passos de charme, executados com muita precisão. Os componentes estavam vestidos como carteiros viajantes e tiveram boa resposta do público. A evolução da escola foi compacta e com boa animação, principalmente no trecho do samba citado anteriormente. A Vigário terminou sua apresentação sem nenhuma correria. A escola trouxe um quadripé com duas destaques com bastante samba no pé, dando um gás no início da apresentação. Vigário Geral se apresentará no sábado de carnaval, sendo a terceira escola do dia, com o enredo “Ecos de um vagalume”, desenvolvido pelos carnavalescos Caio Cidrini e Alex Carvalho. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
ACADÊMICOS DE NITERÓI: A Acadêmicos de Niterói mostrou mais um passo de amadurecimento neste minidesfile, indo para o seu terceiro ano na Série Ouro após receber os direitos de desfile da Acadêmicos do Sossego. A azul e branco realizou uma apresentação bem linear, com todos os quesitos dentro de um nível de qualidade. A comissão de frente, coreografada por Fábio Batista, fez uma apresentação bem divertida com uma quadrilha junina misturada com as danças de boneca do mamulento. Apresentaram uma coreografia de muito bom nível. Já o experiente casal de irmãos Vinicius e Jack Pessanha bailou com tranquilidade na pista, mostrando o lastro adquirido em muitos anos de avenida. O girar dos dois ao mesmo tempo é muito bonito. Bela apresentação do casal que tirou 40 pontos no último carnaval. Se não foi um canto irrepreensível, o quesito harmonia funcionou bem na Acadêmicos de Niterói. Muitos componentes tinham todo o samba na boca, não houve uma diferença absurda de canto nos refrãos para o restante da obra. A harmonia também foi satisfatória em relação ao desempenho do seu carro de som. O samba da Niterói tem passagens cantadas num tom bem agudo, principalmente, a subida do final do refrão principal, o que ajuda a manter o samba numa pegada mais forte. Nêgo e seus auxiliares se saíram muito bem com essa responsabilidade, levando a obra sem deixar cair. A bateria do mestre Demétrius fez duas bossas usando elementos do forró e baião, ambas muito bem encaixadas no samba. A evolução foi um quesito que funcionou bem na agremiação, que manteve um ritmo constante sem atropelos. A escola ameaçou abrir um buraco quando a bateria saiu do seu box, mas o espaço foi rapidamente preenchido. A azul e branco desfilará com o enredo “Vixe Maria”, desenvolvido pelo carnavalesco Tiago Martins, e será a sétima escola a desfilar no sábado de carnaval, penúltima escola da Série Ouro a entrar na Marquês de Sapucaí. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
UNIÃO DA ILHA: A escola fez uma ótima apresentação na Cidade do Samba. A comissão de frente, do coreógrafo Márcio Moura, passou com uma coreografia especial e bem sincronizada. Uma personagem representando a Maria Baderna interagia muito bem com o restante dos integrantes. Um quesito seguro para agremiação. Estreando na Ilha, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, David Sabiá e Fernanda Lhove, que traz a experiência de ser o segundo da Beija-Flor, foi um dos destaques da noite. Muita dança, com intensidade, além de sincronismo. Quem também estreou na Ilha foi o intérprete Tem-Tem Jr. Um dos melhores cantores da nova geração, ele comandou com perfeição a harmonia insulana. Ajudou demais a impulsionar o forte canto da comunidade. A evolução teve o ritmo correto e seguro, deixando o componentes felizes e brincando o tempo inteiro. Mestre Marcelo é craque e com a “Baterilha” foi fundamental para a ótima apresentação. A Ilha teve uma performance no seu conjunto digna de Grupo Especial. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS //
INOCENTES DE BELFORD ROXO: A escola da Baixada Fluminense contou com a reedição do samba de 2008 para impulsionar o canto da comunidade. Destaque para atuação da dupla de intérpretes Daniel Silva e Thiago Brito. Eles conduziram com perfeição o samba-enredo. A comissão de frente, comandada pela coreógrafa Juliana Frathane, passou com muita dança e sincronia nos movimentos. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus e Jaçana, se apresentou fantasiado e exibiu todo talento que possui. É um quesito de muita segurança da Inocentes. Outro grande destaque foi a bateria, de mestre Washington Paz, que deu sustentação ao samba e ajudou a impulsionar o canto com um andamento gostoso para execução da obra. A escola deu um tratamento todo especial para o minidesfile, inclusive, com a ala de baianas fantasiada. Organizada, a Inocentes mostrou que é uma das forças da Série Ouro. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
SÃO CLEMENTE: A escola de Botafogo começou seu minidesfile com uma exibição de gala da comissão de frente. A estreia do coreógrafo David Lima foi espetacular. Sem dúvida, a exibição já poderia ser feita no desfile oficial. Os integrantes representando cachorros divertiram o público na Cidade do Samba. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Alex Marcelino e Thaís Romi, estreando juntos, fez uma apresentação muito segura, com todos os fundamentos do quesito. A dupla foi uma ótima aquisição para 2025. O intérprete Rafael Tinguinha, outro estreante na escola, foi bem demais na condução do samba-enredo. Após ter ficado muito anos no Grupo Especial, a São Clemente possui um padrão de apresentação muito seguro. Mais uma vez, a escola mostrou organização e o canto muito harmônico da comunidade. A bateria, de mestre Marfim, é mais um quesito de segurança. Os ritmistas ajudaram e muito na condução do samba-enredo. O clementiano está feliz com o enredo para o ano que vem. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
UNIÃO DE MARICÁ: Espetáculo! É o que foi feito pela União de Maricá na Cidade do Samba. Uma das favoritas da Série Ouro, a escola pisou forte demais. A abertura já foi a mostra que estaria por vir. Os integrantes, comandados pelo coreógrafo Patrick Carvalho, mostraram muito vigor na dança. A exibição feita já poderia ser realizada em um desfile oficial. O experiente casal de mestre-sala e porta-bandeira, Fabrício e Giovanna, é um fator de segurança. A dupla consegue unir todos os fundamentos do quesito, além de mostrar intensidade na dança e sincronismo nos movimentos. O pavilhão fica sempre majestoso no alto. A comunidade deu show no canto. Impecável em todas partes da obra. O trio de intérpretes, Matheus Gaúcho, Bico Doce e Nino do Milênio, passou segurança e vibração na dose certa. Perfeita a equalização das vozes. A evolução, sem dúvida, foi a melhor da noite, com organização e liberdade, na medida correta. A bateria, de mestre Esteves, conduziu bem demais o samba-enredo. Realmente, a União de Maricá saiu do minidesfile consagrada pelo público. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
PORTO DA PEDRA: Mordido, o Tigre de São Gonçalo pisou forte na Cidade do Samba. Exibição de Grupo Especial. A escola manteve quase toda equipe que desfilou em 2024. A porta-bandeira, Pietra, que estreou como primeira, mostrou muito talento, ao lado do experiente mestre-sala Rodrigo França. A comissão de frente, do coreógrafo Junior Scapin, exibiu muita dança, característica do artista, e representatividade em cima do enredo. O intérprete Wantuir teve uma exibição de gala, de um cantor que é e sempre será de Grupo Especial. A atuação do cantor impulsionou o canto da comunidade, que foi um dos mais fortes da noite. O samba e o enredo são um dos melhores da Série Ouro. Craque, mestre Pablo conduziu muito bem a “Ritmo Feroz”. Organizada e vibrante, a Porto fez uma grande apresentação no minidesfile. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
ESTÁCIO: O Leão é “escolona”. Sempre chega com o pé na porta. O minidesfile foi um exemplo do potencial estaciano. Desde a comissão de frente, com muita dança e intensidade, comandanda pelo coreógrafo Junior Barbosa, passando pela performance perfeita do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Feliciano e Raphaela, a Estácio mostrou que é forte candidata ao título no grupo. O samba, impulsionado pelos intérpretes Serginho do Porto e Tiganá, funcionou muito bem para comunidade. Harmonia forte e uniforme. Ver uma apresentação da escola é se deliciar com fundamentos do samba. O DNA raiz é, sem dúvida, de uma escola de samba, que precisa voltar com urgência ao Grupo Especial. Para a apresentação na Cidade do Samba, a Estácio levou um lindo tripé. Destaque para as baianas cantando o samba com muito amor. Vale citar a ala de passistas com muito samba no pé. A bateria “Medalha de Ouro”, do mestre Chuvisco, é um quesito de segurança. Deu o ritmo ideal para o andamento fazer o samba fluir e ser cantado o tempo inteiro pelos estacianos. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA
IMPÉRIO SERRANO: Gigante! Com nove títulos no carnaval, o Império Serrano é sempre pujante em suas apresentações. A realizada no último sábado, na Cidade do Samba, reuniu todos ingredientes de uma escola pronta para vencer. A comissão de frente, do coreógrafo Marlon Cruz, mostrou muita dança e interagiu com o tripé. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Anderson Abreu e Eliza Xavier, é muito entrosado e está o tempo inteiro dançando. Impresisonante a apresentação da “Sinfônica do Samba”. Mestre Vitinho é um dos gênios do quesito. Como falado nos bastidores, o mestre está maior do que o grupo, o lugar dele é no Grupo Especial. Atuação espetacular. O samba, um dos melhores do grupo, rendeu muito, a comunidade cantou o tempo todo, embalada pelo intérprete Kléber Simpatia. Minidesfile de almanaque feito pelo Reizinho. * VEJA AQUI A GALERIA DE FOTOS // VEJA AQUI A ARRANCADA DO SAMBA