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Olhar especial: o que vimos nas cabines de julgadores nos desfiles do Grupo Especial do Rio

Pela primeira vez, a Liesa disponibilizou para imprensa imagens das quatro cabines de julgadores do Grupo Especial no Carnaval 2025. Foi montado um telão, na sala de imprensa da Sapucaí, com imagens da pista, no mesmo ângulo do jurado. O CARNAVALESCO acompanhou tudo e apresenta o que viu de cada escola.

Unidos de Padre Miguel

A Unidos de Padre Miguel trouxe o enredo “Egbe Iyá Nassô”, dividido em seis setores com alegorias e um tripé.

Comissão de frente
A comissão de frente comandada por Sérgio Lobato representou “De Ori pra Ori”, a comissão abriu os caminhos de Iyá Nassô autorizando o desfile da Unidos de Padre Miguel. Nas quatro cabines a comissão se apresentou com correção, muito bem sincronizada nos movimentos das senhoras e com o efeito da orixá indo ao topo do tripé funcionando com êxito.

Mestre-sala e porta-bandeira
Vinicius Antunes e Jéssica Ferreira vieram representando “A corte real de Oyó”, com uma fantasia em branco e prata. E o casal realizou uma apresentação sem erros técnicos nos quatro módulos de jurados, com precisão nas finalizações e bom uso do espaço da pista.

Evolução
A escola veio com um contingente significativo e conseguiu realizar uma evolução firme e linear, pisando com bastante força na Marquês de Sapucaí. Uma evolução sem atropelos ou maiores espaçamentos, com bom preenchimento do espaço à frente das alegorias. Sem buracos nas quatro cabines.

Harmonia
A Unidos apresentou um excelente canto durante todo o seu desfile, com momentos de muita explosão, como o refrão principal e o trecho “toca o adarrum que meu orixá responde”. Bom desempenho do carro de som liderado por Bruno Ribas que não deixou o samba cair de rendimento. Vila Vintém cantou forte na avenida.

Samba
Um samba forte, potente e bonito que se provou na avenida com um desempenho aguerrido e explosivo. O samba segurou firme durante toda a apresentação da escola, impulsionando seu desfile.

Imperatriz

A Imperatriz Leopoldinense foi a segunda escola a desfilar apresentando o enredo “Omi Tutú ao Olufón – Água Fresca Para o Senhor de Ifón”, dividido em cinco setores, cinco alegorias e 24 alas.

Comissão de frente
A comissão coreografada por Patrick Carvalho veio apresentando a figura central do enredo, Oxalá, se banhando em suas águas. Bastante jogo de luz e efeitos de chafariz que funcionaram nas quatro cabines e uma coreografia correta. Uma comissão plasticamente muito bonita com um excelente tripé

Mestre-sala e porta-bandeira
Philipe Lemos e Rafaela Theodoro vieram representando o “Axé Funfun”, um tributo à Oxalá. O casal realizou uma apresentação irrepreensível nas quatro cabines, mostrando um nível de excelência alto e seguindo o grande momento dos dois. Entrosamento, bailado espetacular, elegância, fluidez, todos os elementos foram apresentados pelo casal em todos os módulos. Um brilhante desempenho.

Evolução
A Imperatriz apresentou uma evolução quente, empolgante e muito organizada em todo o seu desfile. A escola fluiu com muita tranquilidade, chegando sem sustos ao final da Sapucaí. Alas muito compactadas, ritmo constante e uma escola que não deixou claros durante a sua passagem pela avenida. Ótima evolução pelas quatro cabines.

Harmonia
Se a Imperatriz não apresentou a catarse no quesito e na comunicação com o público como foi em 2024, trouxe um canto muito satisfatório, com o samba na ponta da língua de todos os componentes. Todos os setores cantaram o samba do início ao fim, sem quedas. O carro de som liderado por Pitty de Menezes teve mais um grande desempenho, e Pitty se firma a cada ano como um dos grandes Interpretes do Carnaval.

Samba
Um dos melhores sambas do ano passou com o desempenho que fez jus à qualidade que possui, se mostrando envolvente e gostoso de ouvir. O samba fluiu com bastante facilidade e não caiu em momento algum.

Viradouro

A Unidos da Viradouro foi a terceira escola a se apresentar na Marquês de Sapucaí neste domingo de Carnaval com o enredo “Malunguinho, o mensageiro de três mundos”, divididos em quatro setores, com 21 alas, seis alegorias e um tripé

Comissao de frente
Comandada pelo casal Priscilla Mota e Rodrigo Negri, a comissão representou a invocação de Malunguinho, aparecendo para o líder do Catucá, João Batista. Uma comissão que impressionou pelos diferentes atos e uso de muitos elementos, além de efeitos de luz, fogo e drones trazendo chapéus. E tudo fluiu perfeitamente, uma comissão que tinha um fato novo a cada momento, tornando a apresentação dinâmica. Mais um excelente trabalho do casal.

Mestre-sala e porta-bandeira
Julinho e Rute vieram fantasiados de “terreiro Viradouro”, abrindo a passagem de Malunguinho pela Sapucaí. E abriram com brilhantismo e uma apresentação de altíssima categoria. Eles flutuaram pela pista com uma apresentação bonita e de entrosamento perfeito. Nas quatro cabines exibiram o mesmo nível.

Evolução
A evolução da Viradouro teve algum descompasso em seu ritmo, com a escola ficando parada em alguns momentos sem avançar pela pista de forma constante. De resto a escola passou com correção, sem abertura de buracos ou desorganização em suas alas.

Harmonia
Forte quesito da Viradouro, tanto no canto da escola que em alguns momentos explodia como no trecho antes do refrão principal “o rei da mata que mata quem mata o Brasil”, quanto no carro de som extremamente afinado liderado por Wander Pires. O desempenho foi constante e o Intérprete segurou o samba até o fim da passagem da escola.

Samba
O belíssimo samba da Viradouro mostrou toda sua qualidade nesta noite na Marquês de Sapucaí. Excelente desempenho valorizado pela interpretação de Wander Pires que explora cada variação melodia da obra. O samba começou a mil, e se não explodiu, passou de forma muito competente mantendo um ótimo rendimento até o final.

Mangueira

A Estação Primeira de Mangueira fechou o primeiro dia de desfiles trazendo o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões”, dividido em cinco setores, com cinco alegorias, dois tripés e 26 alas.

Comissão de frente
Os coreógrafos Lucas Maciel e Karine Dias trouxeram uma comissão representando “À Flor da Terra”, com a primeira parte da coreografia formada por mulheres ancestrais, coreografia simples de passagem fazendo transição para a mudança de palco com dançarinos simulando passinhos de funk. A parte do passinho foi o ponto alto da apresentação, finalizando com os componentes soltando pipa, empolgando o publico presente. A comissão passou com a iluminação muito escura em alguns momentos, dificultando a observação da sincronia dos componentes. Nos dois primeiros módulos um componente demorou pra baixar o pano.

Mestre-sala e porta-bandeira
Matheus Olivério e Cintya Santos vieram representando os “Ancestrais Bantos da Negritude Carioca”, e fizeram uma boa apresentação nas quatro cabines, com bastante vigor, e pequenos desajustes. No primeiro módulo Cintya Santos deu duas bandeiradas muito bruscas destoando do restante de sua apresentação. No terceiro módulo teve alguma dificuldade de desenvoltura em alguns giros. No segundo e quarto módulo a apresentação foi excelente por parte de ambos, muita sincronia entre Cintya e Matheus.

Evolução
A Mangueira teve uma boa evolução durante sua passagem na Sapucaí. A escola arrancou forte, acabou diminuindo um pouco o seu ritmo mas finalizou o desfile sem correria, apesar de encerrar próximo do tempo máximo permitido. Mais uma escola que passou compactada sem abertura de maiores espaçamentos.

Harmonia
Um banho do carro de som da Mangueira liderado por Marquinho Art Samba e Dowglas Diniz, comprovando o excelente trabalho da direção musical da escola. Perfeita combinação das vozes e condução constante do samba. Os componentes também cantaram forte, com pouquíssimas alas passando mais abaixo. Em alguns momentos o canto explodiu, como no trecho “é de arerê, força de matamba” e no refrão principal.

Samba
O samba da Mangueira veio crescendo ao longo dos ensaios e comprovou seu viés de alta no desfile oficial. Rendeu bastante para a escola, com uma letra de fácil assimilação e uma melodia que joga o samba pra cima, apesar da mudança brusca pro refrão principal. O trecho “é de arerê, força de matamba” funcionou muito, inclusive com o público.

Unidos da Tijuca

A Unidos da Tijuca abriu o segundo dia de desfiles trazendo o enredo “Logun-Edé: Santo velho que menino respeita”, dividido em seis setores, com 27 alas, cinco alegorias e um tripé.
Comissão de frente
A comissão liderada pelas coreografias Ariadne Lax e Bruna Lopes, estreantes na agremiação, veio com a apresentação batizada de “tudo começa no Orum”, mostrando a origem da saga de Logun-Edé. A coreografia representou a briga e o perdão de Oxalá à Logun-Edé. Mais uma comissão com a coreografia feita praticamente toda no tripé. No primeiro módulo ocorreram algumas falhas de sincronia na realização da coreografia.
Mestre-sala e porta-bandeira
Matheus André e Lucinha Nobre desfilaram com uma fantasia chamada “O elo entre Orum e Ayê – Um movimento ancestral”. Eles realizaram uma apresentação com alguns deslizes, no primeiro módulo alguns movimentos e giros do casal não convergiram, na terceira cabine Lucinha teve dificuldades para manter a bandeira esticada que chegou a encostar em Matheus durante um momento da coreografia. A melhor apresentação do casal foi na última cabine, onde os movimentos foram mais afiados.
Evolução
A Tijuca abriu alguns espaços durante seu desfile e não passou de forma tão compacta, sobretudo na segunda metade de desfile. Algumas alegorias apresentaram uma evolução lenta e dificultaram o trabalho da escola, dois espaços maiores foram abertos em frente à cabine de jurados, sobretudo um buraco significativo no módulo 1.
Harmonia
Um bom canto apresentado pela Unidos da Tijuca, que ao contrário da evolução foi bem linear, com poucas alas destoando. Não foi um canto avassalador mas a escola foi muito correta no quesito e teve todos os trechos do samba entoados pelos componentes. Ito Melodia teve uma condução correta da obra.
Samba
O samba passou bem durante quase a totalidade da apresentação da Tijuca, com um ou outro pequeno momento de menor força, mas com a costumeira competência de mestre Casagrande a bateria Pura Cadência sustentou muito bem o samba da escola, que tem trechos de qualidade como o refrão central.

Beija-Flor

A Beija-Flor foi a segunda escola a desfilar com o enredo “Laila de Todos os Santos, Laila de Todos os Sambas”, dividido em seis setores, 26 alas e seis alegorias.

Comissão de frente
A comissão coreografada por Saulo Finelon e Jorge Teixeira trouxe o “Terreiro de Laíla”. Uma apresentação recheada de religiosidade, numa bela realização cheia de efeitos de luz, que funcionaram perfeitamente nos quatro módulos, assim como a coreografia idealizada pela dupla. Um belo momento do desfile da Beija-Flor.

Mestre-sala e porta-bandeira
Claudinho e Selminha Sorriso desfilaram com uma fantasia batizada de “Odu do destino – A Confirmação do Ori Ancestral”. Uma apresentação que cresceu demais nos dois últimos módulos após desajustes nas primeiras duas cabines. No módulo 1 o casal dançou de forma lenta e pouco dinâmica principalmente na segunda passada do samba. No segundo módulo essa quebra rítmica voltou a acontecer e no fim da apresentação Claudinho teve dificuldade na pegada da bandeira, ela escapa mas depois ele a retoma. Na terceira e quarta cabines o casal mostrou sua habitual categoria.

Evolução
A evolução da Beija-Flor foi correta, porém apresentou descompassos no andamento, pois a escola foi mais lenta na primeira metade de desfile e apressou um pouco o passo na parte final. Em relação a espaços na pista, a azul e branco evoluiu com tranquilidade, sem falhas.

Harmonia
Neguinho da Beija-Flor se despede da Marquês de Sapucaí repetindo o que mais fez nessa avenida, colocar um samba no bolso. Grande desempenho dessa legenda da história do Carnaval, bem auxiliado pelo carro de som da escola. Componentes cantaram muito o tempo inteiro, e quando a bateria fez um paradão sustentaram com muita força no gogó, uma harmonia excelente da Beija-Flor.

Samba
Um samba que fala ao coração do nilopolitano, com um espetacular refrão principal. O rendimento foi excelente, um samba de muita garra e uma letra emocional que fizeram a obra passar com muita força durante a totalidade do desfile. A parte final a partir do verso “eu vou seguir” emocionou.

Salgueiro

O Salgueiro foi a terceira escola a entrar na avenida nesta segunda noite de desfiles do Grupo Especial, apresentando o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, dividido em seis setores, 26 alas, três tripés e seis alegorias.

Comissão de frente
A comissão coreografada por Paulo Pinna representou o terreiro ancestral do próprio Salgueiro. Uma coreografia dividida em dois atos bem realizados, com um jogo de luzes na segunda parte da coreografia que valorizou o efeito do fogo acendendo e apagando. No último módulo uma das componentes demorou pra subir a rampa para o inicio do segundo ato, mas não atrapalhou a sequência da comissão

Mestre-sala e porta-bandeira
Sidclei e Marcella Alves vieram vestidos “De Corpo Fechado” e fizeram uma apresentação consistente. No primeiro e terceiro módulos o desempenho foi irrepreensível. No segundo e quarto módulos a fluência do bailado de Sidcley caiu um pouco, mas sem tirar o bom nível de uma apresentação azeitada do casal.

Evolução
Salgueiro evoluiu com fluidez e vigor pela Marquês de Sapucaí, com um bom ritmo imposto pela direção da escola e puxado pelo andamento do samba. Mais uma evolução que não apresentou problemas de preenchimento da pista, sem abrir buracos mesmo com um ritmo forte, e encerrou com tranquilidade o seu desfile.

Harmonia
O carro de som do Salgueiro foi correto, com boa condução do samba pelo Intérprete Igor Sorriso. A harmonia da escola fez um bom trabalho com os componentes que cantaram com gana o samba da escola. Na parte final a força do canto teve uma leve queda no pique.

Samba
O bom samba da agremiação começou fortíssimo, com uma pegada contagiante. Com o passar do desfile alguns trechos tiveram algum arrefecimento, como a primeira parte, mesmo com a bateria comandada por Guilherme e Gustavo. No cômputo geral, o samba do Salgueiro cumpriu bem o seu papel, principalmente o envolvente refrão principal

Vila Isabel

A Unidos de Vila Isabel foi a quarta e última escola a desfilar na segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro, com o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece!”, dividido em cinco setores, 30 alas e seis alegorias.

Comissão de frente
A comissão comandada por Alex Neoral e Marcio Jahú trouxe um trabalho batizado de “O homem que enganou o diabo… virou assombração!”, com um tripé representando o inferno. Nos dois primeiros módulos todos os efeitos funcionaram, mas após a apresentação na segunda cabine o drone que levantava a abóbora fantasma caiu, causando a ausência do efeito na terceira cabine de jurados, onde a solução para a finalização da coreografia foi empurrar a abóbora para o chão do tripé. Na última cabine a abóbora voltou a subir.

Mestre-sala e porta-bandeira
Marcinho e Cristiane Caldas desfilaram com uma fantasia representando o olho grego, espantando o mau-olhado e protegendo os passageiros do trem fantasma que viria a seguir no abre-alas. A apresentação foi claudicante nas duas primeiras cabines, muito por causa do vento que atrapalhou a condução da bandeira por parte de Cristiane. No primeiro módulo a bandeira chega a dobrar em um determinado momento, e na última pegada de Marcinho na bandeira o movimento foi feito com alguma dificuldade. No segundo módulo a apresentação foi mais limpa, porém Cris voltou a ter dificuldades com a bandeira e após um giro a bandeira enrolou rapidamente. Nos dois últimos módulos Marcinho e Cristiane realizaram excelentes apresentações, com dinamismo e boa técnica.

Evolução
Muito boa a evolução da Vila Isabel por todas as cabines, com um ritmo constante e uma escola pujante. Apesar do samba ter arrancado num ritmo alucinante e minutos depois diminuído o andamento, as alas não tiveram oscilação no avanço pela Sapucaí, seguindo firme até a linha final de desfile.

Harmonia
O povo de Noel defendeu com energia o samba da Vila, principalmente nos primeiros 20 a 30 minutos de desfile, onde algumas alas gritavam o samba. Com o avançar da escola, o canto caiu por parte de alguns componentes, passando pelos setores finais de forma mais morna. Tinga mais uma vez teve um desempenho de muita empolgação levantando o samba e o sustentando o tempo todo.

Samba
A proposta da Vila Isabel foi por um samba animado e de fácil assimilação com o público e componentes. E essa proposta funcionou até certo ponto, com uma escola empolgada em seu início, uma arrancada com muita pegada e um ritmo acelerado por parte de Tinga e a bateria de Macaco Branco. O andamento logo foi acertado pro padrão que se seguiu no desfile e aos poucos o samba foi apresentando suas lacunas, tendo um desempenho regular ao final da apresentação da Vila.

Mocidade

A Mocidade Independente de Padre Miguel abriu o último dia de desfiles trazendo o enredo “Voltando para o futuro – Não há limites para sonhar”, dividido em cinco setores, com 24 alas, dois tripés e cinco alegorias.

Comissão de frente
A comissão liderada por Marcelo Misalidis veio com uma apresentação batizada de “IA, venida Matrix do Samba, o futuro é aqui”, com alguns elementos de rodas mas sem um grande tripé.A coreografia tinha um grande robô e os elementos viravam painéis exibindo imagens de fogo. Na parte final da apresentação surgem um robô pequeno e dois cães tambem articulados como robôs. Tudo funcionou a contento nas quatro cabines, em uma boa apresentação.

Mestre-sala e porta-bandeira
Diogo Jesus e Bruna Santos vieram com uma fantasia representando “Supernova, A Grande Explosão”, um fenômeno que ocorre com estrelas de grande massa, formando outras estrelas através de suas partículas. O casal teve dificuldades com a bandeira em algumas cabines. Nas duas primeiras a bandeira chegou a dobrar, sendo que na segunda de forma mais sutil. Na terceira cabine a apresentação foi limpa e o casal pôde demonstrar toda a sua categoria. No quarto e último módulo num dos últimos movimentos da apresentação do casal a bandeira esbarrou no rosto de Diogo.

Evolução
Excelente a evolução da Mocidade, com uma escola passando empolgada e organizada, com um ritmo linear sem aceleração excessiva ou mais travada em algum momento. Nas quatro cabines a escola evoluiu com força, sem abertura e espaçamentos e passou com tranquilidade na Sapucaí

Harmonia
Um canto forte que se manteve até o fim da apresentação, tendo boa comunicação com o público, o que impulsionou os componentes da escola a seguirem no ritmo até o final. Muito bom desempenho da harmonia da Mocidade nas quatro cabines. No carro de som as vozes femininas foram o destaque, com boa sustentação para o samba.

Samba
Um samba dolente que traz até uma melancolia em alguns trechos, mas que neste desfile mostrou ser um samba de força e impulsionou o canto da escola. Mesmo com o andamento mais pra trás característico da bateria “Não existe mais quente” o samba não amornou e não perdeu rendimento durante o desfile.

Paraíso do Tuiuti

A Paraíso do Tuiuti foi a segunda escola a desfilar nesta terça-feira, última noite de apresentações das escolas do Grupo Especial. A escola trouxe o enredo ” Quem tem medo de Xica Manicongo?” dividido em seis setores, com 28 alas, cinco alegorias e dois tripés.

Comissão de frente
A comissão comandada por Claudia Mota e Edifranc Alves representava o “Transpasssado e transfuturo”, mais uma comissão dividida em dois grupos de dança. No primeiro módulo o efeito do fogo no açoite das componentes não funcionou. Nos demais módulos todos os elementos funcionaram bem.

Mestre-sala e porta-bandeira
Raphael e Dandara vieram vestidos de “Kimbandas”. O desempenho do casal foi de ótimo nível, com uma dança de bastante desenvoltura e entrosamento, bailado elegante de ambos. No último módulo a bandeira de Dandara quase pegou em Raphael, que teve que se desvencilhar.

Evolução
O grande calcanhar de aquiles da Tuiuti. A escola teve problemas com o abre-alas e o quarto carro que estavam passando lentos pela pista, por isso ficou parada em vários momentos na avenida para não abrir espaços, só que isso matou qualquer fluidez na evolução e fez a escola demorar muito pra chegar no fim da pista, apenas com 56 minutos a comissão de frente atravessou a linha final. A partir daí o que se viu foi uma imensa correria, com abertura de buracos, alas se abrindo todas e desespero para evitar o estouro de tempo, o que a Tuiuti conseguiu passando em 80 minutos, porém comprometeu em definitivo uma evolução ruim desde o início.

Harmonia
No que tange ao carro de som, Pixulé mostrou mais uma vez o grande intérprete que é. Atuação soberba, com afinação, impostação de voz e sustentação do samba o desfile inteiro. Em relação ao canto dos componentes, foi um desempenho satisfatório da maior parte das alas, com algumas destoando um pouco e só reforçando o canto no trecho “eu, travesti”.

Samba
O samba da Tuiuti impulsionado pelo brilhante desempenho de Pixulé passou com força pela Marquês de Sapucaí, apesar de uma queda na parte final do desfile. Os trechos em que a letra é mais direta esquentavam o samba, que mostrou uma boa variação melódica.

Grande Rio

A Acadêmicos do Grande Rio foi a terceira escola a passar na terceira e última noite de desfiles com o enredo “Pororocas Parawaras – As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós”, dividido em cinco setores, com 24 alas, cinco alegorias e três tripés.

Comissão de Frente
Hélio e Beth Bejani elaboraram uma comissão com o significado de “quatro contas”, utilizando um tripé para o primeiro ato da comissão e depois um outro elemento para o efeito final, sendo que no segundo ato a comissão veio no chão. Uma comissão longa, porém muito bonita, a mensagem e a coreografia deixaram a apresentação dinâmica e todos os efeitos funcionaram nas quatro cabines.

Mestre-sala e porta-bandeira
Daniel Werneck e Taciana Couto vieram com uma fantasia batizada de “As Águas dos Meus Encantos”. E encantaram com uma grande apresentação, de extrema elegância, sintonia e leveza. Um casal que fluiu muito fácil na pista, em todas as cabines, mostrando um entrosamento de veteranos.

Evolução
A Grande Rio teve uma evolução firme, porém com alguns momentos onde oscilou o seu ritmo, em boa parte por conta da terceira alegoria que estava um pouco lenta na pista. Quando a alegoria evoluía mais rapidamente, a escola acompanhava e ficava mais solta. Na frente da bateria na apresentação no segundo módulo os guardiões do segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira deixaram um espaço maior para a bateria, mas logo foi arrumado. Na reta final de desfile a Grande Rio acelerou um pouco o passo.

Harmonia
Os componentes cantaram forte o excelente samba da escola, com ápice em vários trechos, como nos refrãos e nos versos “e foi assim, suas espadas têm as ervas da Jurema, novos destinos no mesmo poema”. Um canto que não arrefeceu em nenhum momento do desfile da Grande Rio. O carro de som liderado por Evandro Malandro teve ótimo desempenho.

Samba
O samba que despontou como destaque do ano desde sua escolha mostrou toda sua qualidade nesta noite, com um desempenho onde passou extremamente gostoso de ouvir, melodioso e com uma letra que envolve por sua poesia, todas as qualidades realçadas pela levada que mestre Fafá e Evandro Malandro imprimiram ao samba. Um grande desempenho desta excelente obra.

Portela

A Portela fechou o desfile do Grupo Especial com a homenagem a Milton Nascimento, “Cantar Será Buscar o caminho que vai dar no Sol – uma homenagem ao Milton Nascimento”, dividido em cinco setores, 27 alas, cinco alegorias e dois tripés.

Comissão de Frente
A comissão coreografada por Léo Senna e Kelly Siqueira trouxe “Vou Partir em Procissão”, dividido em três cenas. A coreografia no chão teve mais impacto, enquanto a finalização no tripé acabou não acrescentando tanto à apresentação e entendimento da comissão. As apresentações nas quatro cabines ocorreram sem erros técnicos.

Mestre-sala e porta-bandeira
Marlon Lamar e Squel vieram com a fantasia “é feito uma reza, um ritual”. O casal realizou uma apresentação superior ao do ano passado, mostrando mais entrosamento. Alguns desencontros ainda ocorreram, como na última cabine onde Marlon terminou um giro muito antes da Squel e ficou parado esperando o complemento da coreografia.

Evolução
Portela apresentou uma evolução irregular, com abertura de alguns espaços como na primeira cabine, onde duas alegorias avançaram com lentidão e abriram espaços já que as alas da frente não pararam para segurar a sequência da escola. Um dos espaços foi significativo, gerando um buraco na frente do módulo de jurados. Em termos de andamento, a Portela seguiu um ritmo um pouco melhor, apesar de ter ficado travada em alguns momentos.

Harmonia
Um quesito que funcionou na águia de Madureira, a harmonia da Portela rendeu um bom trabalho pra escola. O canto dos componentes foi bem linear, sem grande explosão mas com todas as alas cantando bastante o samba inteiro, não apenas com força nos refrãos. O carro de som foi muito bem e Gilsinho fez uma grande apresentação, conduzindo o samba com maestria.

Samba
O samba portelense de característica mais melódica teve um rendimento satisfatório no desfile da agremiação. O casamento com a voz e condução do Gilsinho fez o samba passar de forma agradável, mesmo sem maior explosão, a obra não apresentou uma queda significativa durante o desfile.

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