Leandro Vieira vai comandar mais um carnaval da Imperatriz Leopoldinense, trazendo para a Sapucaí o enredo “Camaleônico”, em 2026, para homenagear Ney Matogrosso, um dos maiores nomes da música brasileira. Ao CARNAVALESCO, ele comentou sobre o desejo de fazer um desfile em homenagem ao cantor, sobre a visita de Ney ao barracão e como ele pode inspirar os segmentos da escola com sua obra no próximo Carnaval. Para o artista, a ideia de falar sobre Ney é uma forma de reverenciar uma das grandes figuras da cultura brasileira, que oferece uma possibilidade de carnavalização muito interessante.
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“O Ney Matogrosso é uma grande personalidade do cenário artístico brasileiro. Não é só um grande intérprete da música popular brasileira, ele é uma personalidade do cenário artístico brasileiro que vem acompanhada, além de um universo musical, de um universo imagético muito poderoso. Então, juntar música, imagem e essa pontinha de loucura, de liberdade, eu acho que é muito carnavalesco. O Ney é uma bomba carnavalesca que me interessa, e é uma bomba carnavalesca afinada com essa Imperatriz mais solta, com mais vontade de fazer dos seus carnavais uma experiência de alegria e de liberdade”.
Leandro comentou a visita de Ney ao barracão, realizada para o artista conhecer a escola, os integrantes e os segmentos, e celebrar este ano de aproximação entre ele e a agremiação.
“A visita do Ney foi uma aproximação com a escola. Ele estava cheio de vontade de ir lá porque ele é realmente ligado ao trabalho artístico. Ele tinha a expectativa de conhecer, de ver o tamanho das coisas, como são produzidas, conhecer a equipe, participar de um momento de festa, de alegria mesmo, com um mestre de bateria, com um cantor”.
O carnavalesco, então, aprofundou como as formas pelas quais o cantor se expressa artisticamente podem auxiliar na construção musical, performática e imagética dos principais segmentos da escola para a folia do próximo ano.
“Na verdade, são todos envolvidos com o universo artístico de um artista muito inspirador. O Ney é inspirador musicalmente, então naturalmente ele interessa ao Lolo e ao Pitty; é inspirador coreograficamente, então ele interessa ao nosso mestre-sala, à nossa porta-bandeira, ao nosso coreógrafo da comissão de frente; e, naturalmente, ele é um personagem musical, então também interessa ao diretor de harmonia da escola. Ele é um personagem que traz uma carga de imagens muito forte, que faz com que me interesse. A visita foi um dia de a equipe se envolver com ele, de a equipe ouvir as suas histórias, conhecer, tirar fotos. Foi um dia de festa — e um dia de trabalho, naturalmente, mas um trabalho com a alegria de estar junto com uma figura inspiradora”.
Por fim, o artista comentou sobre o caminho que a Imperatriz vai seguir no desenvolvimento do enredo, após ser perguntado sobre o recente lançamento do filme “Homem com H”, afirmando que será um enredo biográfico, mas não cronológico.
“Se você for olhar, eu penso que um artista, quando escolhe o que cantar e como se apresentar, está falando dele. Se ele está falando dele, é biografia. Agora, eu não preciso fazer uma biografia cronológica, não me interessa. Na verdade, nunca me interessou. Na Bethânia, por exemplo, eu não fui narrativo cronológico. O que me interessa, em todas as homenagens que faço, é o perfume. Há dez anos, eu me interessei pelo perfume e pela essência da Bethânia. Dez anos depois, na Imperatriz, o que me interessa é o perfume e a essência do Ney Matogrosso”.