A Unidos do Viradouro realizou no último sábado, em sua quadra, mais uma etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2025. O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você pode conferir a análise de cada apresentação. Nesta noite se apresentaram seis sambas da chave “Menino Rei”, o anúncio das obras que seguem na disputa será feito após a apresentação da chave “Debret”, no próximo sábado, dia 7 de setembro. * OUÇA OS SAMBAS CONCORRENTES
Parceria de Franco Cava: A primeira obra a se apresentar nesta noite foi composta por Franco Cava, André Freitas, Rute Labre, Eloi Ferreira, Breno Melo, Luiz Felipe Soares e Ricardo Simpatia. A quadra ainda estava fria e o samba passou de forma protocolar, foi uma apresentação correta, mas que não causou comoção no público presente. O cantor Marcelo Rodrigues e seus auxiliares foram competentes, porém, a primeira parte do samba não emplacou e nem mesmo o refrão interessante foi capaz de elevar a apresentação. A parceria contou com uma boa torcida, que apesar de não estar numerosa esteve animada durante toda a passagem. Como mencionado, vale destacar o refrão principal, por ser curto ele foi bem executado e cantado, principalmente o verso “sobo nire mafá! Teu destino é triunfar… Viradouro”.
Parceria de Felipe Filósofo: o segundo samba a se apresentar foi composto por Felipe Filósofo, Fabio Borges, Russo da Festa, Elenice Baptista, Cacá Nascimento, Marcio Nascimento, André Braga, Evaldo Silva, Guilherme Kauã e Felipe Trotta. O responsável por conduzir o samba foi o cantor Pixulé, que contou com o auxílio de Thiago Acácio e Cacá Nascimento, ela inclusive deu um tom diferente ao samba e casou perfeitamente com a obra. Por ser um samba de fácil entendimento e com passagens extremamente alegres, ele passou com muita energia. A obra apresentou crescimento em relação a primeira eliminatória, além dos intérpretes estarem mais entrosados, foi observado que a torcida cantou com mais empolgação, numerosa e com vários elementos de adereços, como balões e bandeiras, eles embarcaram na proposta do samba e cantaram com bastante alegria e empolgação. Várias partes merecem destaque, mas fica como menção o verso “Bebo cachaça, bato com pé, sopro a fumaça nos filhos de fé”.
Parceria de Argentina Caetano: A terceira parceria da noite foi composta por Argentina Caetano, Dandara Alves, Karla Basket, Silvia Pereira, Vânia Moraes, Fernando Viradouro, Alisson Oliveira, Beto Machado, Elias Andrade e Rafael Lima. O intérprete Wantuir foi o responsável por comandar o microfone principal, porém, o destaque da apresentação ficou por conta da presença feminina como apoio, além de realizar a introdução do samba com maestria, ela foi responsável por realizar alguns contra cantos que fizeram uma diferença enorme na condução do samba, principalmente no refrão do meio. Em uma comparação com a primeira apresentação, a obra cresceu de forma acentuada, sendo a passagem dessa noite extremamente positiva, a torcida, apesar de menos numerosa, cantou com empolgação. O refrão “Já fui findado, renasci nos encantados/ Vim ao som dos maracás trazer luz pra sua fé” foi o principal momento do samba.
Parceria de Renan Gêmeo: A parceria de Renan Gêmeo, Lucas Macedo, Diego Nicolau, Carlinhos Viradouro, Jeferson Oliveira, Silvio Mesquita, Orlando Ambrosio, Marcelo Adnet, Neném Perigo e Rodrigo Gêmeo deu sequência a noite de apresentações e conseguiu elevar o nível que já era bom, com um carro de som de impressionar, composto pelos intérpretes Igor Sorriso e Gilsinho, o samba mostrou toda sua competência e passou de forma extremamente satisfatória nesta noite, os cantores demonstraram entrosamento, conhecimento do samba e muito vigor, a presença deles contagiou a enorme torcida, que apesar de não estarem com adereços, mostraram sua força no canto, antes mesmo do início da apresentação entoaram o refrão para aquecer. Foi observado que alguns segmentos da escola também estavam com o samba na ponta da língua.
Parceria de Paulo César Feital: O penúltimo samba da noite teve autoria de Paulo César Feital, Inácio Rios, Márcio André Filho, Vaguinho, Chanel, Igor Federal e Vitor Lajas. A obra foi defendida pelo intérprete Nêgo, com auxílio de Bico Doce, o samba teve uma crescente em relação a sua primeira apresentação e se destacou nesta noite com uma passagem exatamente aguerrida, do jeito que essa obra “pede”. A apresentação mexeu com inúmeros presentes na quadra, seja segmentos, ou quem foi apenas para acompanhar a disputa. O jogo de palavras utilizado no refrão principal é um achado e fez com que todos fossem “obrigados” a cantar, principalmente na parte “Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo”. Outros momentos da letra merecem destaque, como o verso que abre a primeira parte do samba “Acenda tudo que for de acender”, assim como a melodia que se difere dos demais e por isso acaba se destacando. Vale mencionar ainda a torcida que cantou durante toda a passagem da obra. O único senão ficou por conta do desempenho irregular do intérprete Nego, apesar de muito vigor no início, ao longo da apresentação foi possível perceber um pequeno desconforto dele com algumas partes do samba.
Parceria de Deco: O sarrafo estava alto por conta do nível dos sambas concorrentes e assim se manteve com a última obra a se apresentar, de autoria de Deco, Samir Trindade, Fabrício Sena, Victor Rangel, Deniy Leite, Robson Moratelli, Felipe Sena, Jeiffer e Ricardo Castanheira. Os intérpretes Freddy Vianna e Guto defenderam a obra com maestria e muito vigor, assim como a torcida que comprou a briga e não desanimou em nenhum momento. Houve uma crescente em relação a primeira noite de eliminatórias (que já havia sido boa) e desde o início a parceria mostrou que estava disposta e encerrar a noite com chave de ouro, foram usados fogos de artifício durante a apresentação, outro destaque foi a torcida, uma das mais numerosas da noite. O refrão principal, que diz em uma parte “Esse carnaval é meu, hoje sou a Viradouro e a Viradouro sou eu” foi um dos momentos de maior impacto, assim como todo o refrão do meio.