O cantor Nêgo será homenageado no desfile dos 50 anos da Banda do Central, na Praia de Icaraí, na manhã deste domingo, 23. Atual intérprete da escola de samba Acadêmicos de Niterói, o artista é o grande vencedor do Estandarte de Ouro na categoria. Ele foi premiado cinco vezes por interpretar na Sapucaí sambas da Grande Rio (2), Império Serrano (2) e Unidos da Tijuca (1). Nêgo também já cantou na Viradouro, Porto da Pedra, Salgueiro, Mocidade e Ilha, entre outras agremiações.
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O sambista estreou nas quadras ao lado de Neguinho da Beija-Flor, o irmão mais velho. Em 1983, os dois venceram a disputa de samba para o enredo “A grande constelação das estrelas negras”, de Joãosinho Trinta, quando a escola de Nilópolis foi mais uma vez campeã na voz de Neguinho, que agora se despede da Passarela, após 50 carnavais.
Também festejando bodas de ouro, a Banda do Central vai concentrar para o desfile, às 11h30, com fôlego renovado, em frente ao clube, na Praia de Icaraí 335. A pré-folia continua no baile do Point do Idoso, dia 25, das 14h às 19h, como acontece toda última terça-feira do mês, no clube. Dia 28, sexta-feira, às 20h, o Central faz um Baile de Carnaval, com o show “Velhas Companheiras: Mangueira e Portela”. O evento reunirá pela primeira vez em Niterói as velhas guardas das tradicionais escolas, com ritmistas e passistas entre os foliões.
No dia 4 de março, será a vez das crianças. A Matinê Infantil do Clube Central terá o Bloco do Lekolé, às 17h, com brincadeiras e animação. Nos quatro dias de Carnaval, o clube também terá shows do projeto Verão Musical, das 13h às 17h, para sócios e convidados. Dia 1, com Samba do Mikimba. Dia 2, acontece a Roda do Pedro Ivo. Dia 3, Lê Santana é a atração. Dia 4, o Samba do Wagner do Vale embala a terça de Carnaval.
“O Nêgo tem um talento inquestionável e uma contribuição ímpar à cultura popular e ao Carnaval. Ter o Nêgo e todos esses artistas ao nosso lado é uma grande alegria. Os clubes sempre tiveram um papel importante na construção do Carnaval. Os grandes bailes e desfiles dos blocos dos clubes são parte da memória afetiva”, diz o presidente do Central, Fernando Tinoco.