Aclamada presidente da Imperatriz para o triênio 2021-2024, em agosto do ano passado, Cátia Drumond é profunda conhecedora da administração de um barracão de escola de samba. Sempre nos bastidores, ela revelou ao site CARNAVALESCO que passou 27 anos com o pai, o ex-presidente Luizinho Drumond, que faleceu em 2020, colhendo ensinamentos sobre a preparação de um desfile.
Quem visita o barracão da Verde e Branco da Leopoldina percebe um novo momento, já visto no desfile campeão da Série A em 2020 e nas ações sociais e culturais durante a pandemia, principalmente, envolvendo a comunidade do Complexo do Alemão. Agora, Cátia Drumond garante que a Imperatriz fará a maior abertura da história do Grupo Especial do Rio de Janeiro, no dia 22 de abril.
“Tenho certeza que a Imperatriz vai fazer um grande desfile e vai ser a maior abertura de todos os carnavais. A gente merece, o povo merece, a gente está cansado de esperar esse carnaval e teremos um carnaval bonito, forte e mostrar que a Imperatriz é Imperatriz. Os desfiles vão ser a libertação, a celebração da vida e que vamos mostrar acima de tudo com todos os contratempos de 2020 até 2022 o carnaval é importante, o sambista é importante”, afirma.
Perguntada sobre o sentimento que irá sentir no momento do desfile da verde e branco, Cátia disse que será de emoção.
“Hoje, se for falar sinceramente, nem me vejo na Avenida. Acho que será uma emoção muito grande. Ao mesmo tempo, sei da minha responsabilidade e tenho que estar ali forte. A única escola que tem uma mulher presidente e uma mulher carnavalesca. Acima de tudo estou representando meu pai e minha família. Vai ser difícil segurar as pernas, mas vou estar ali firme e forte”.
A presidente da Imperatriz respondeu como seria o papo se pudesse conversar com o pai sobre sua administração.
“Ele ia me puxar minha orelha. Falaria obrigada pelo pai que foi e pelos 27 anos de ensinamento. Sem esse tempo dentro do barracão, eu não seria capaz de estar na condução da Imperatriz. Comecei como secretária e passei por diversas etapas na escola. Fiz de tudo um pouco dentro da Imperatriz. A parte de administradora falou mais alto, gosto de estar nos bastidores, não esquento se meu nome vai aparecer ou não. Fiquei 27 anos ao lado do meu pai aqui dentro. Sei que não é possível passar o que ele fez. Ele é insubstituível. Vou fazer meus anos de mandato com grandes carnavais, mas nunca vai haver um presidente que vai fazer a história que ele construiu na Imperatriz”.
Cátia Drumond finalizou a entrevista enaltecendo o trabalho da carnavalesca Rosa Magalhães, que voltou para Imperatriz, e prepara o enredo “Meninos, Eu Vivi… Onde Canta o Sabiá, Onde Cantam Dalva e Lamartine”.
“A Rosa é a cara da escola. O casamento com a escola. Ela está feliz e a gente está feliz. Fico feliz de ser presidente e ter uma carnavalesca como a Rosa. Ela vai mostrar um grande carnaval. Ela merece isso também”.