Wilson Moisés deixou a presidência da Vila Isabel em 2011. Fez o seu filho, Wilsinho Alves, seu sucessor em 2012 (permaneceu até 2014) e desde que a família se afastou do comando da azul e branca, Moisés estava distante de cargos diretivos nas escolas de samba. O momento do retorno chegou e Moisés assumiu a direção de carnaval na Acadêmicos da Rocinha e na União do Parque Curicica, escolas do Grupo de Acesso. Em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, o ex-presidente da Vila falou deste retorno e traçou um paralelo da forma de se administrar uma escola no Acesso.
“O retorno se deu através da minha esposa, que é musa da Rocinha e rainha da Curicica. Acompanhando ela, recebi com carinho o convite para ajudar as duas escolas. Espero que as duas galguem a vitória. Também tive a felicidade de ser campeão do Acesso, em 2004, com a Vila. É uma diferença grande para o Especial. Hoje a disputa está bastante acirrada. Os profissionais da Série A quase não possuem condições e apresentam bonitos espetáculos. Existem escolas que nem barracão tem. Precisamos olhar com carinho para o Acesso”, alertou.
Moisés foi perguntado sobre o momento de dificuldade que o carnaval atravessa. Segundo ele, a questão organizacional precisa ser olhada com atenção.
“O carnaval nunca vai acabar. Organização é uma questão prioritária. Dificuldades estão postas não é de hoje. O poder público está virando as costas, mas precisamos seguir trabalhando. Alguma coisa precisa mudar, sem dúvida. Os dirigentes estão atentos a isso”, disse.
Sobre o momento vivido pela Vila Isabel, Moisés trata de elogiar a nova gestão da escola, cita a volta de seu filho e também ex-presidente Wilsinho e avisa que mesmo afastado sabe tudo que se passa na agremiação onde em sua gestão foi conquistado o primeiro campeonato depois de Kizomba.
“A Vila está legal. Tem um grande enredo e um grande samba. O povo de Noel sabe o trabalho de qualidade do Wilsinho, foi campeão. Estou na torcida para que a escola volte a fazer carnavais vencedores como na minha época. Eu não estou lá, mas sei de tudo que se passa”.