A Mocidade Independente de Padre Miguel abriu na noite da última quinta-feira a temporada de ensaio de bateria do Grupo Especial no Setor 11 Sapucaí do Carnaval 2025. Além dos ritmistas, comandados pelo mestre Dudu, estiveram presentes as equipes do carro de som, sob liderança do intérprete Zé Paulo, harmonia e evolução, passistas, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diogo Jesus e Bruna Santos, e alas selecionadas. O diretor de carnaval Mauro Amorim também compareceu.
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“Nós temos um espaço bom em Padre Miguel para ensaiar, que é Guilherme Silveira, além da Vintém, que é um espaço bom também, em que é possível executar as manobras, saída e entrada de box. Mas aqui é o campo oficial”, disse o mestre Dudu ao CARNAVALESCO, antes de começar o aquecimento, a respeito da importância do ensaio no Sambódromo.
“Claro que a gente não tem aqui o som que a gente vai ter no dia do desfile, mas só de tocar fora de ambiente de quadra, a gente já consegue sentir um pouco mais de andamento, sonorização e afinação”, explicou Zé Paulo.
O resultado agradou o diretor de carnaval Mauro Amorim. “Hoje a gente conseguiu desempenhar bem: canto, volume bom de comunidade dentro das alas que a gente escolheu trazer, carro de som, bateria, passista, casal”, afirmou ele. “Isso aqui é muito importante para a gente fazer um bom trabalho no sábado”, disse, referindo-se ao ensaio técnico do dia 25, no Sambódromo.
Integrantes comentam sobre as expectativas para o desfile de 2025
Em 2025, a Mocidade apresenta o enredo “Voltando para o futuro, não há limites para sonhar”, assinado por Renato e Márcia Lage (in memoriam). Zé Paulo acredita que pode se esperar um desfile atual, futurista e inovador, enquanto Dudu o caracterizou como uma proposta high-tech. Sob o aspecto musical, há grande expectativa para que o samba de 2025 repita o sucesso do carnaval passado.
“Claro que as pessoas ficam comparando com o caju (samba de 2024), mas acho que é uma comparação injusta. É uma outra proposta de enredo, uma outra proposta de samba. Esse de 2025 passa uma mensagem muito positiva de preservação, de atenção, de alerta. Como a gente vem destruindo as coisas. Fica esse alerta para que a gente comece a prestar atenção, porque senão vai acabar realmente. É a cara da Mocidade”, defendeu o intérprete da escola.
“Era um samba muito mais para cima e esse ano é um samba mais cadenciado, que faz chorar. É um samba emocionante. “Se você parar para analisar, ele fala de outros carnavais então quem é Independente de verdade, e até quem não é, vai se emocionar com o nosso desfile”, concordou o mestre de bateria.
O filho do mestre Coé e líder da “Não Existe Mais Quente” desde 2012 adiantou ainda detalhes do que vem preparando para esse ano. “Eu desenvolvi uma sequência de bossas para os jurados. Conversei com a harmonia, que pensa no samba como um todo. São várias nuances que eu botei para poder sustentar o samba. Tudo que eu faço aqui eu aprendi com os mestres, com os melhores. Mestre André, Mestre Jorjão, meu pai”, reverenciou Dudu.
O desfile da Mocidade em 2025 promete ser ainda mais especial por ser em homenagem para a carnavalesca Márcia Lage, que morreu no domingo passado, vítima de leucemia.
“A gente sente a saudade da presença física, mas ela está com a gente todos os dias. Nosso enredo fala de estrela, fala em voltar, retorno… Várias situações onde a gente vai ver a Márcia Lage na avenida e principalmente a gente vai sentir a presença da pessoa dela, que sempre foi uma mulher vibrante, alegre”, lembrou o diretor de carnaval Mauro Amorim.
“A gente agora tem essa obrigação também de fazer muito mais pela Márcia, para gente poder fazer um grande carnaval. Não só brindar à comunidade, que merece demais, mas também fazer isso por ela”, finalizou Zé Pedro.
Veja fotos do ensaio