Apresentador do sorteio da ordem dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro para o Carnaval 2025, ao lado da atriz Regina Casé, o comentarista Milton Cunha conversou com o site CARNAVALESCO sobre o evento e o momento das escolas de samba. Leia abaixo o papo.

Fotos: Divulgação/TV Globo

O que representa para você apresentar o sorteio e ter Regina Casé como parceira?

Milton Cunha: “É um sonho antigo estar nesses eventos oficiais da Liga. Representa muito para mim. É a abertura, modernidade, inclusão, representatividade. O Gabriel (David) ser um presidente jovem, lança esse produto para outra esfera, além do sorteio, o povo, o show, a estrela convidada (Regina Casé). Ele já tinha mostrado que era ousado quando me deu a transmissão dos ensaios técnicos e deu tudo certo. Tenho visto que a maré está pra mim e o presidente da Liga não tem problema de diversidade. O Gabriel é antenado. Chamar uma estrela da televisão, como a Regina Casé, é valorizar muito o projeto. Me sinto no olho do furacão, onde o carnaval, o sambista e o show tudo vai estar tudo girando. Me sinto muito honrado”.

O que você espera dos três dias dos desfiles do Grupo Especial em 2025?

Milton Cunha: “É uma decisão das escolas, dos presidentes. Os presidentes votaram e aprovaram. Eles sabem o que estão fazendo. Não sou desses que acha que vai dar errado. Que seja testado, aprovado e que seja sucesso de público, comercial, escolas e todo mundo. Eu confio”.

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O que pensa sobre a participação do público no sorteio?

Milton Cunha: “Uma das guinadas do Gabriel David é abrir para o público. Quando ele bota três mulheres pretas na direção da Liesa diz que é inclusivo e democrata. O público vai estar em volta do palco, sendo privilegiado, vendo o sorteio e melhores os shows. Tem escola com cinco ônibus com integrantes das comunidades. Viva o samba e o público”.

Qual sua opinião sobre os enredos do Grupo Especial para o Carnaval 2025?

Milton Cunha: “A procissão negra da Marquês de Sapucaí é dos mitos de negritude. Além disso, há os mitos originários. Caiu em desgraça os enredos de branquitude, injustos, colonizadores. Não da mais para ficar ‘viva os mitos brancos’, tem que passar por visão crítica. Essa visão vai ser apresentada por completo em 2025 na Avenida. São explosões de elogios a negritude, candomblé. São tão diferentes uns dos outros. São visões tão recortadas. Não é só uma África. É um continente gigantesco, muito rico e grande. A África luminosa da Viradouro de 2024. É uma estética que você pode ir para muitos lugares. Nunca é repetitivo”.

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