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Mestre Nilo alcança 15 anos à frente da bateria da Portela e brinca com marca: ‘vou dançar valsa na avenida’

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Apenas 13 pessoas ao longo de 90 anos tiveram a honra de receberem o título de mestre de bateria da Portela. A Tabajara do Samba, um dos maiores patrimônios da cultura brasileira, tem à sua frente desde 2006 o mestre Nilo Sérgio. O tímido ritmista vai aos poucos ajudando a escrever seu nome na história da maior campeã do carnaval.

E não é pouca coisa o que vem alcançando Nilo. Em 2020 ele completará ininterruptos 15 anos como mestre na Portela. Apenas o lendário Betinho, que por longos 30 anos foi o mestre da Tabajara, ficou mais tempo no cargo. Nilo confessa à reportagem do CARNAVALESCO que ser mestre nunca foi sua meta e que vai dançar uma valsa para celebrar a marca.

“Eu nem espera ser mestre da Portela. Quando virei diretor eu já achei o ápice. Sou o 13º mestre da Portela, o segundo a ficar mais tempo, depois do Betinho. Para mim é de suma importância essa marca de 15 anos. São sambistas de alta patente que passaram pela Tabajara. Os dirigentes que se passaram acreditaram em mim. Vou dançar valsa na avenida (risos)”, brinca.

Quinze anos é uma vida. E nesse período é claro que as emoções se sucedem. Nilo confessa que sua maior tristeza na escola se deu em 2011 no ano em que o barracão pegou fogo. E claro pontua como maior alegria o título tão sonhado que tirou a Portela de uma fila de 33 anos sem um campeonato.

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“Eu tive duas imensas alegrias. Ao assumir a bateria em 2006, algo que eu não queria, tinha uma insegurança. Mas claro que o título de 2017 foi uma emoção grande, vários portelenses jamais haviam gritado campeão. A minha maior tristeza na escola foi em 2011, quando nosso barracão pegou fogo. Me desesperei ali, ao abrir o barracão senti uma tristeza profunda”.

O mestre também fala da alegria que sente em ver jovens que passaram por sua bateria alcançarem sucesso na música e até no comando de outras baterias, como os mestres da Unidos da Ponte, Vitinho, e, da Renascer de Jacarepaguá, Sampaio.

“Não somente eu como outros colegas mestres ajudaram a formar esses meninos. É algo muito bom para o samba e o carnaval. Eu acho importante essa reinvenção do ritmo. Eu acho que é uma troca. Esses garotos sempre me ajudaram muito com a troca de ideias, experiência, como eu adquiri com os mestres da minha época”.

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