Recém-estreante como mestre de bateria na “Qualidade Especial”, onde fez seu primeiro desfile em 2024, o mestre Léo Cupim conversou com o CARNAVALESCO e falou sobre as suas vivências no Acadêmicos do Tatuapé. O diretor da batucada da agremiação da Zona Leste é cria da escola, está desde criança e, logo no seu primeiro desfile, conseguiu concluir a missão de levar a nota máxima no quesito. Cupim falou sobre tudo isso e enfatizou que o seu trabalho é sempre pensado no conjunto da comunidade.

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cupim tatuape
Foto: Felipe Araujo/Liga-SP

Qual foi a sensação no Anhembi como mestre de bateria pela primeira vez?

“A sensação foi incrível. O Tatuapé é uma escola que eu fui criado, desde a ala das crianças, passando a desfilar como ritmista, diretor de bateria e agora assumindo o cargo de mestre de bateria. Foi uma emoção e uma gratificação muito grande. Só tenho a agradecer a diretoria da escola que confiou no nosso trabalho e dar continuidade no que a gente já vinha fazendo”.

Você substituiu o mestre Igor, que ficou muitos anos na agremiação. Sentiu alguma pressão?

“Foi normal, até porque a gente já trabalhava em conjunto na filosofia da escola que é bem estabelecida. Nessas substituições a gente sempre busca dar oportunidade para quem é da casa e acho que isso foi natural”.

A estreia foi marcante por já gabaritar as notas no seu quesito. Como vê isso?

“Eu acho que cada carnaval é uma nova oportunidade de mostrar um trabalho. O carnaval passado já foi e as notas 40 a gente sempre busca ela para dar o suporte para a escola. A gente está em busca dela novamente, trabalhando muito. Nós comemoramos, mas lá no Tatuapé a gente tem um trabalho coletivo. Os objetivos individuais a gente deixa um pouco de lado e sempre prevalece o bem coletivo da comunidade prezando o desfile como um todo. Na bateria a gente pensa assim. Os arranjos, o andamento a gente pensa para favorecer a nossa escola e o nosso desfile. É isso que a gente vai continuar fazendo”

Como é trabalhar com um dos maiores intérpretes paulistanos, o Celsinho Mody?

“É maravilhoso, um amigo que eu tenho o privilégio de estar 10 anos trabalhando com ele. Desde que ele voltou à nossa agremiação, eu também estava retornando. Eu sou fã dele e é um privilégio eu estar mais um ano trabalhando com ele”.

Nós vemos muitos jovens na bateria Qualidade Especial. É uma característica que pretende sempre manter?

“Eu acho que a comunidade do samba tem que prestar atenção sobre isso de trazer os jovens para o carnaval. Eu acho que isso deve ser um trabalho não só das baterias, mas como das presidências, diretores… Trazer essa rapaziada mais jovem para fazer parte do mundo do samba. A gente lá no Tatuapé dá oportunidade para as crianças, para os jovens. Isso faz parte do nosso trabalho”.

Como virá a Qualidade Especial no próximo desfile?

“A bateria Qualidade Especial é como a gente trabalha nessa linha de vir ajudando a escola, trabalhando para a evolução, para a harmonia, ajudando a nossa ala musical, que modéstia à parte é incrível, uma das melhores que a gente tem aí. Nós vamos sempre trabalhar em conjunto e ver o que é melhor para a nossa comunidade. Tenho certeza que em 2025 a gente vem forte para o tricampeonato beleza”.