O mestre Gustavo Oliveira está desde o Carnaval de 2019 comandando a “Furiosa” junto ao seu irmão mestre Guilherme. Em entrevista ao CARNAVALESCO, ele contou um pouco sobre seu balanço do último carnaval do Salgueiro, o que já imagina para a bateria no próximo ano e como está sendo a parceria com Igor Sorriso. Primeiramente, mestre Gustavo fez um balanço do carnaval de 2024 da escola, reforçando os pontos positivos que foram levados para a avenida.
“Sendo bem sincero, foi um carnaval que a gente veio com sangue nos olhos para ser campeão. Aconteceram alguns detalhes ali que fizeram com que a gente não alcançasse esse objetivo, mas a comunidade ficou bem feliz com o samba, a bateria, a comunidade cantou bastante. Fizemos um carnaval digno de campeão, mas carnaval se ganha na avenida, né? Então, aconteceram alguns detalhes ali, mas, se Deus quiser, agora, a gente está consertando tudo isso e vamos vir para a briga, para as cabeças”.
Na linha do enredo da Vermelho e Branco, Gustavo foi perguntando sobre o uso de amuletos ou similares, e contou o que tem como superstição: “Não é que seja algum amuleto, mas eu sou cheio de superstição. Eu sempre tenho que subir no palanque com o pé direito, tenho umas manias muito doidas. Assim, até a questão da Sapucaí, também tenho que entrar com o pé direito, toda vez que eu fiz isso aqui e deu certo, aquele ano eu tenho que fazer de novo, então eu tenho umas manias assim, não é questão de um amuleto, mas eu tenho umas manias assim, de superstição”.
Ouça os sambas que seguem na disputa do Salgueiro para o Carnaval 2025
Em seguida, mestre Gustavo contou que já imagina o que pode levar para a avenida pensando no enredo e na linha dos sambas que estão na disputa: “Com certeza. O enredo é um enredo muito rico, cheio de informação, então a gente não pode só se agarrar numa situação e vamos fazer isso aqui, fazer isso aqui não, a gente tem que sentar com calma, estudar bastante, pesquisar bastante, agora com os sambas a gente consegue enxergar mais ou menos uma linha de raciocínio que a gente possa seguir, para gente conseguir agora começar a arrumar ali os pontinhos e pensar pra onde, qual o caminho seguir”.
Pra encerrar, mestre Gustavo, conta como está sendo a parceria com Igor Sorriso, que está no seu primeiro ano como intérprete do Salgueiro, porém, que foi intérprete na Aprendizes do Salgueiro, escola mirim da Vermelho e Branco, e como desde lá eles mantem uma boa relação: “Na verdade, o Igor não chegou esse ano, ele está retornando. Engraçado que o Igor, quando ele foi intérprete da Aprendizes aqui, eu era o mestre de bateria. O Igor é um cara, é um irmão, é uma família que a gente tem no samba, mesmo ele ficando esses anos todo lá em São Paulo. Ele estava afastado do carnaval do Rio por que está trabalhando na Mocidade Alegre, mas a gente sempre manteve contato, já viajamos junto ao trabalho. Então, é parceria profissional, musical e de amizade, isso já existe há anos. Só faltava só: ‘ó, cara, cheguei’, chegou, juntou tudo e está tudo perfeito, graças a Deus”.