Em sua primeira década como mestre de bateria, Fafá se consolidou como um dos pilares da Grande Rio, realizando um trabalho de excelência e conduzindo uma bateria cuja cadência e educação musical são marcas reconhecidas. Mesmo após a perda de um décimo na apuração de 2025, a confiança em seu trabalho permanece ampla, e a base será mantida, tanto em características quanto em relação aos ritmistas.
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“Mantivemos praticamente a mesma base, a galera do ano passado continuou. A cada ano, a Grande Rio vem frisando a importância de ter mais ritmistas da casa. Um naipe ou outro acaba rolando de o cara querer desfilar na escola do coração, que vai desfilar colada com a nossa, a gente entende. Mas a maioria continua, e estamos trabalhando firme para recuperar nossos pontos perdidos”, garante o mestre.

A escola de Duque de Caxias levará para a avenida o enredo “A Nação do Mangue”, uma homenagem ao movimento Manguebeat, que mais uma vez permite acrescentar elementos de uma cultura regional à bateria. “O Manguebeat é um enredo extremamente musical. Acabei de vir de Recife, conheci mais sobre a história do movimento, não conhecia muito, para ser sincero, mas tenho me aprofundado bastante. Agora é esperar a escolha do samba para, com o samba definido, começarmos a fazer inserções, ver o que podemos colocar da musicalidade de Chico Science dentro da bateria, da parte de cordas, junto com o Evandro Malandro também”, declarou Fafá.
O mestre também comentou sobre a mudança no sistema de som da Sapucaí, que não contará mais com o carro de som percorrendo a pista durante o desfile. Ele disse que ainda não recebeu informações mais detalhadas, mas espera uma melhora na qualidade, uma reclamação antiga de intérpretes e mestres de bateria.
“Eu não tive contato nenhum com esse novo som. Ficamos sabendo pela internet e estamos esperando para ver como vai ficar. Se for uma mudança boa para o carnaval, vamos abraçar. Eu espero que ajude muito o espetáculo, pois o som é um problema que vem de muito tempo. Ano passado, o Gabriel David nos ouviu e tentou ajudar de alguma forma. Acredito que, mais para frente, devem realizar outros testes, chamar mestres de bateria, intérpretes… a gente precisa ver para poder opinar, para que seja o melhor som possível e, assim, desempenharmos muito bem o nosso trabalho”, ressaltou.
É na manutenção de uma base bastante azeitada e na pitada de musicalidade do maracatu pop eletrônico do Manguebeat que a Grande Rio aposta em mais um excelente desempenho da bateria de mestre Fafá.