Mestre de bateria da Viradouro, campeão em 2020, declara amor pela escola de Niterói e pede que os jovens sejam acolhidos nas escolas de samba. Ele conversou com a coluna “Espaço do Sambista”, que é publicada toda sexta-feira no jornal MEIA HORA.
O que representou o desfile de 2020 na Viradouro?
Ciça: “O título de 2020 era o que faltava na minha trajetória. Aumentou ainda mais meu elo de amor com a Viradouro e comunidade”.
Qual sua análise das baterias e o que pode melhorar?
Ciça: “O nível está muito alto. Fica difícil para os jurados tirarem algum décimo. Precisamos melhorar a área de concentração para os ritmistas. Não temos lugar para ficar quando chove e os instrumentos molham enquanto esperamos nosso desfile”.
Os sambistas te acham muito carismático e você é amigo de todos. Qual é o segredo?
Ciça: “Sou um cara totalmente humilde. Respeito todos. Sempre ouvi as pessoas e o grupo. Meu jeito é respeitar o ritmista, porque sem ele não fazemos um trabalho legal.
Você renasceu na Viradouro. Como isso aconteceu?
Ciça: “A gestão da escola é excelente. Oferece todo suporte para o meu trabalho. Isso ajudou no meu resgate. Tenho muito carinho pela escola e eles por mim. Não tem preço essa relação”.
Qual seu sonho para o futuro do carnaval?
Ciça: “Sou um apaixonado. Todas escolas deveriam resgatar suas bases. Trazer os jovens. Tenho muito preocupação em não deixar o samba morrer”.