A Tom Maior voltou ao Anhembi no dia 8 de março para celebrar o retorno ao Grupo Especial com o título do Grupo de Acesso 1 do carnaval de São Paulo. Em seus mais de trinta anos na comunidade Vermelho e Amarelo, mestre Carlão conquistou seu primeiro título como presidente. O agora dirigente fez questão de lembrar, em entrevista para o CARNAVALESCO, que não é a primeira vez que sente o gosto de ficar em primeiro lugar, e falou sobre a dedicação que teve no ciclo de 2025 à frente da escola do Sumaré.
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“Foi o primeiro título como presidente, mas eu fui campeão em 95 e 99 com a Tom Maior como ritmista. A sensação é muito boa, e a lição que fica é a de que, se você quer um resultado, você tem que ficar vivendo ele diariamente. Eu não tive folga esse ano, tive que abrir mão da minha vida particular. Procurei não deixar meus filhos, que são a coisa mais importante da minha vida, mas eles estão sempre comigo juntos e nos dedicamos muito. Quer ter bom resultado? Tem que ficar dia e noite em cima do projeto, correndo atrás e até se indispondo com pessoas às vezes, mas com a consciência de que você sempre quer o melhor para a escola”, declarou.
A apuração teve um dos desfechos mais eletrizantes dos últimos anos: cerca de cinco minutos separaram a leitura da última nota para a divulgação do resultado oficial. Mestre Carlão comentou que as notas do quesito evolução causaram aflição quanto a conquista da escola e exaltou o alto nível das coirmãs que disputaram o Grupo de Acesso I.
“Eu senti que ameaçou realmente, nós não esperávamos perder o décimo antes. No último jurado de evolução nós sabíamos que iríamos ser penalizados, mas no segundo não, estávamos tranquilos. No segundo, em que nós perdemos, foi só de um buraco em uma ala e isso não estávamos esperando. Nós fomos para o último quesito sabendo que, se tirássemos nota 30, nós éramos campeões, e como não foi 30, foi 29.9, eu sabia que nós tínhamos subido, mas não sabíamos, com os descartes, em que lugar nós iríamos ficar. Foi tenso realmente, muito tenso, e as outras escolas do grupo também eram muito fortes. Não foi nada fácil, tudo foi difícil”, afirmou o presidente
Quando o telão ao lado da mesa julgadora enfim mostrou a classificação, a Tom Maior pôde soltar o grito de campeã. O momento proporcionou fortes sentimentos para o dirigente.
“Foi um misto de alegria e de um filme que passou na cabeça em relação ao ano passado, onde nós tínhamos tudo para sair daqui com um bom resultado e fomos rebaixados, aquilo estava na minha mente. Foi um misto de tudo que passamos esse ano e por aí afora, foi uma coisa boa. Eu ainda não tinha sentido essa sensação, daquele lance que dizem: saiu um caminhão das minhas costas. Eu senti isso, foi legal”, disse.
Com a volta da escola para o Grupo Especial, mestre Carlão garante que a dedicação ao trabalho será ainda maior para o próximo carnaval. “Nós ainda estamos renovando os contratados, na semana que vem vamos anunciar, mas ainda não temos nada em mente (para 2026). O que temos em mente é que nós vamos continuar trabalhando do mesmo jeito e mais um pouco ainda”, concluiu.