As matriarcas da Porto da Pedra vieram representando as baianas de tabuleiro que até hoje ainda são figuras marcantes nas ruas de Salvador.
Ainda na época do Brasil colonial, elas começaram a ganhar destaques nas ruas da capital baiana. Preparavam seus quitutes e saiam para vender com tabuleiros na cabeça. Muitas utilizavam o lucro para comprar sua carta de alforria.
Com as cores da escola e com uma belíssima fantasia, as baianas estavam com um turbante na cabeça que portavam os famosos tabuleiros e também grandes argolas douradas nas orelhas. Elas se mostraram felizes e satisfeitas com a fantasia e com o enredo escolhido para apresentar na Avenida.
“A fantasia está muito bonita. Estamos representando todas as baianas da Bahia que por muito tempo serviram de inspiração pra gente”, disse Maria da Conceição, 79, que desfila como baiana da Porta da Pedra há 24 anos.
Para Claudiane Dutra, de 52 anos, é de responsabilidade da ala das baianas abraçar a escola.
“A gente vem falando da Bahia e consequentemente das baianas. Estamos trazendo toda essa culinária da Bahia e uma homenagem especial para as baianas. A baiana já vem como a mãe, ela vem abraçando a escola. É uma história que vem lá de trás, fala dos escravos, fala da cultura e aquilo passou de geração para geração e hoje tá aqui para mostrar no carnaval a importância. Tudo isso a gente vem trazendo no enredo porque a escola quer mostrar o que é que a baiana tem” explicou”, explicou.