O som dos tamborins e das caixas já ecoa forte na União de Maricá e quem comanda essa batida é o mestre Paulinho Steves. À frente da bateria “Maricadência”, ele é o responsável por ditar o compasso do desfile da escola, que se prepara para encantar a Marquês de Sapucaí com o enredo “Berenguendéns e Balangandãs”, criação de Leandro Vieira, que contará a história da joalheria negra e das mulheres que transformaram seus adornos em símbolos de resistência e identidade. O CARNAVALESCO conversou com o mestre, que falou sobre as mudanças no trabalho em relação ao ano passado e o novo momento da bateria. Sorridente e empolgado, ele deixou claro que o ritmo da Maricá vem com ainda mais energia e entrega.
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“A energia da bateria é a mesma, é a mesma. Nós saímos de um samba muito bom, uma obra de arte que é o samba de 2026. E a bateria maracadense acompanha essa energia. Não tem como a gente ir para a Bahia e não botar uma Bahia no samba. Não tem como a gente fazer aquelas coisas pra frente da nossa religião e não botar um adahum. Tem uma surpresinha mais pra frente. Mas, resumindo, se tinha uma ‘Maricadênci’a 100% em 2025, você pode esperar que tenha uma maracadência 1000% para 2026”.
O mestre também falou sobre o trabalho em conjunto com Zé Paulo, intérprete oficial da escola. Segundo Paulinho, a sintonia entre o carro de som e a bateria foi imediata e vem sendo um dos grandes trunfos da preparação da Maricá.
“Amor à primeira vista. Zé Paulo é um cara que dispensa comentários e que, com a voz maravilhosa dele, eu consegui encaixar todas as minhas ideias, sem tirar nada, desde a criação até agora”.

Com a chegada de Vitinho como presidente da bateria, Paulinho destacou o entrosamento de longa data e o quanto essa parceria contribui para manter o alto astral e a organização dentro da “Maricadência”. O mestre fez questão de lembrar a trajetória dos dois e ressaltar a confiança no trabalho conjunto.
“O cara que é meu irmão. A gente trabalha junto desde a escolinha mirim e ele vinha apresentando a minha bateria na Intendente Magalhães, quando a Maricá estava lá. Ele esteve comigo desde o início, tem que estar também agora. Ele vai ser aquele cara que eu vou perturbar: ‘estou precisando do jantar, precisando do amor, precisando de um talabá, quero churrasco para bateria’, e ele vai ser o cara que vai me perturbar também. Ele já mostrou na praça que é um dos melhores pra fazer isso pela bateria”.
Paulinho Steves fez questão de deixar um recado confiante sobre o papel da Maricá no próximo carnaval. Para ele, a missão da bateria e de toda a escola é clara: entregar um desfile inesquecível e abrir caminho para o tão sonhado acesso ao Grupo Especial.
“A missão vai ser cumprida, e muito bem cumprida, porque, se depender da União de Maricá e da bateria, o Grupo Especial 2027 vai ter ‘Maricadência’ na Marquês de Sapucaí”.









